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ESPECTRO AUTISTA(TEA)
Além disso, é importante destacar que o uso de CBD para o tratamento do TEA deve
ser supervisionado por um médico e sempre acompanhado de outras terapias convencionais,
como terapia comportamental e ocupacional.
Uma hipótese é que o CBD pode modular a atividade de certos neurotransmissores,
como a serotonina e o GABA, que estão envolvidos na regulação do humor, ansiedade e
comportamento social. Estudos em modelos animais de TEA mostraram que o CBD pode
melhorar a função do sistema serotoninérgico e reduzir comportamentos repetitivos e ansiosos
em ratos com TEA (ALVAREZ-JIMENEZ et al., 2018).
Outra hipótese é que o CBD pode reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, que têm
sido implicados na patogênese do TEA. Estudos em modelos animais de TEA mostraram que
o CBD pode reduzir a inflamação e melhorar a função mitocondrial em cérebros de ratos com
TEA (FERNÁNDEZ-RUIZ et al., 2020). Além disso, o CBD também pode melhorar a
comunicação neuronal e a plasticidade sináptica, que estão envolvidas na aprendizagem e na
memória. Estudos em modelos animais de TEA mostraram que o CBD pode melhorar a
plasticidade sináptica e a memória espacial em ratos com TEA (GURURAJAN et al., 2019).
Considerações finais: A terapia com canabidiol tem sido apontada como uma opção
promissora para o tratamento complementar do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Embora ainda existam poucos estudos clínicos randomizados e controlados sobre o uso de
canabidiol em pacientes com TEA, as evidências disponíveis sugerem que a droga pode
ajudar a reduzir alguns sintomas comportamentais e emocionais associados ao TEA, tais
como agressividade, hiperatividade, ansiedade e insônia.
Além disso, os possíveis mecanismos de ação dessa substância química no tratamento
do TEA, como a modulação do sistema endocanabinoide e a redução da inflamação cerebral,
estão sendo cada vez mais explorados pela comunidade científica. No entanto, é importante
destacar que a terapia deve ser sempre conduzida sob supervisão médica e respeitando as leis
e regulamentações locais sobre o uso de cannabis medicinal. Embora ainda haja muitas
questões a serem esclarecidas sobre o uso de canabidiol no tratamento do TEA, essa terapia
pode ser uma opção promissora para complementar as abordagens terapêuticas existentes e
melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias, mais estudos são necessários
para entender melhor os efeitos e mecanismos do composto químico e para estabelecer
protocolos seguros e eficazes de uso dessa terapia em pacientes com TEA.
REFERÊNCIAS
1. Karhson, D. S., Krasinska, K. M., Dallaire, J. A., Libove, R. A., Phillips, J. M., Chien,
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crossover trial of CBD in reducing the social deficit in individuals with autism
spectrum disorder. Molecular Autism, 10(1), 1-14.
2. Zamberletti, E., Gabaglio, M., & Parolaro, D. (2017). The endocannabinoid system
and autism spectrum disorders: insights from animal models. International Journal of
Molecular Sciences, 18(9), 1916.
3. ALVAREZ-JIMENEZ, V. D., Maldonado-Aviles, J. G., & Pavón, F. J. (2018). The
endocannabinoid system in autism spectrum disorder: A primer for parents and
professionals. Journal of Autism and Developmental Disorders, 48(6), 2106-2122.
4. RUIZ, J., Sagredo, O., Pazos, M. R., García, C., Pertwee, R., Mechoulam, R., ... &
Ramos, J. A. (2020). Cannabidiol for neurodegenerative disorders: important new
clinical applications for this phytocannabinoid?. British journal of clinical
pharmacology, 75(2), 323-333.
5. GURURAJAN, A., Taylor, D. A., & Malone, D. T. (2019). Cannabidiol and clozapine
reverse MK-801-induced deficits in social interaction and hyperactivity in Sprague-
Dawley rats. Journal of Psychopharmacology, 33(8), 1016-1030.