Abordagens para o Manejo do Comportamento e Ansiedade em Pacientes com Transtorno

do Espectro Autista (TEA) durante o Tratamento Odontológico: Explorando Estratégias

Terapêuticas medicamentosas.

Alice Isabela Knobloch, Gabriel Angelo Brancher

UNIVALI
gabriel.brancher@edu.univali.br

Canabidiol (CBD) e THC: A ativação do

Introdução
O Tea é uma desordem acometida no
neurodesenvolvimento, sendo caracterizada por
distúrbios e déficits de interação social e
comunicação, deficiência intelectual,
comportamentais de sono, hiperatividade,
epilepsia e na maioria dos casos agressividade.
Uma das estratégias que podem ser utilizadas é a
abordagem psicofarmacológica (contenção
química ou terapia medicamentosa) que consiste
no uso de medicamentos para controlar estes
sintomas associados ao TEA a fim de obter o
máximo nível de cooperação do paciente. No
entanto, essa abordagem deve ser feita com
cautela, pois não há medicamentos específicos
para o TEA e os efeitos adversos podem ser
significativos.
Alguns exemplos destas contenções utilizadas
pelo cirurgião dentista incluem benzodiazepínicos,
buspirona, antidepressivos, betabloqueadores,
antipsicóticos, utilização de oxido nitroso via
inalatória, utilização do canabidiol, entre outros.
Objetivos
Descrever as terapias medicamentosas e seus
benefícios para o manejo odontológico de
indivíduos portadores do transtorno do espectro
autista (TEA).
Metodologia
Revisão de artigos a respeito da implicação do uso
de terapia medicamentosa no manejo odontológico
de indivíduos portadores do transtorno do espectro
autista.
Resultados
A pesquisa investigou métodos farmacológicos
eficazes no controle da ansiedade em pacientes
com TEA durante procedimentos odontológicos.
Dentre as abordagens, destacam-se o uso de
canabidiol (CBD) em combinação com
tetrahidrocanabidiol (THC) e benzodiazepínicos.
hipocampo e seus receptores CB1 durante a
ansiedade motivou a investigação do papel do
CBD e THC no sistema endocanabinoide (ECS).
A combinação desses compostos demonstrou
ação significativa na inibição da degradação da
anandamina, resultando em modulação sináptica
e redução da hiperexcitabilidade neural. Os
efeitos observados incluíram melhorias na
ansiedade, hiperatividade, letargia e irritabilidade
em pacientes com TEA.
Benzodiazepínicos: O mecanismo de ação dos
benzodiazepínicos no ácido gama-aminobutírico
(GABA), principal neurotransmissor inibitório do
Sistema Nervoso Central, proporcionou uma
redução eficaz na transmissão dos impulsos
nervosos. A administração oral desses
medicamentos resultou em sedação mínima,
promovendo um ambiente mais propício para o
tratamento odontológico em pacientes com TEA.
Sedação Mínima com Óxido Nitroso: A sedação
mínima, através da inalação de óxido nitroso e
oxigênio, regulamentada pela Resolução n°
51/2004 do Conselho Federal de Odontologia,
revelou um mecanismo de ação semelhante aos
benzodiazepínicos. Essa abordagem
proporcionou uma depressão do sistema nervoso
central, resultando na diminuição da ansiedade,
medo e estresse, além de aumentar o tempo de
trabalho e o limiar de dor em pacientes com TEA.
Considerações finais
Os resultados indicam que a combinação de óxido
nitroso e benzodiazepínicos, como o midazolam,
administrados via nasal, oferece uma alternativa
eficaz e segura. Essa abordagem proporciona
sedação rápida, sem efeitos adversos graves,
destacando-se como uma opção promissora para o
tratamento odontológico de crianças com TEA,
respeitando suas condições respiratórias
individuais. Essas descobertas contribuem para a
melhoria da experiência durante o atendimento
odontológico, beneficiando tanto os pacientes
quanto os profissionais de saúde.

Referências: