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Docente: Lourielson Calvalcante

Discentes: Alexia Paiva Brasil, Alice Araujo Chaves, Brenda Pinto Gonçalves, Denise
Oliveira da Silva, Mirian Silva de Souza Paganini, Patrícia Andrielly Pereira de Souza e
Willian Henrique Valadão Santos.

Interações com ansiolíticos


Os benzodiazepínicos são os fármacos de primeira escolha para o controle de ansiedade
na clinica odontológica, pela sua eficácia e segurança. Além de diminuir a ansiedade,
tornando o paciente mais cooperativo ao tratamento dental, os benzodiazepínicos
apresentam outras vantagens para a odontologia, como, reduzir o fluxo salivar e o
reflexo do vomito, provoca relaxamento na musculatura esquelética, em pacientes
hipertensos ajuda a manter a pressão arterial e em pacientes diabéticos mantem a
glicose. Entretanto, mesmo sendo de baixa incidência, os benzodiazepínicos podem
trazer efeitos adversos no paciente, sendo a sonolência o principal efeito. uma baixa
porcentagem (menos de 1%) dos pacientes podem apresentar efeitos paradoxais, ou
seja, invés dos pacientes estar mais calmo, o paciente se apresenta mais agitado. Outros
efeitos, como, confusão mental, visão dupla, dor de cabeça, depressão, aumento ou
diminuição da libido, falta de coordenação motora e dependência química, está
associado a tratamentos prolongados do fármaco.
Os benzodiazepínicos apresentam uma boa margem de segurança clínica e serem
admitamos em dose única pré-operatória, porém, estes fármacos podem interagir com
outros medicamentos, acarretando efeitos indesejáveis. As interações farmacológicas
são modificações da intensidade e duração da resposta de um fármaco devido a ingestão
simultânea de outro fármaco, álcool etílico e alguns alimentos. Em pacientes que fazem
uso contínuo de outras drogas depressoras no sistema nervoso central, como hipnóticos,
neurológicos, antidepressivos e anticonvulsivantes. O cirurgião-dentista deve tomar
cuidado ao prescrever os benzodiazepínicos, pela a possibilidade de potencialização do
efeito depressor. No entanto, nem sempre essa relação é maléfica, pois algumas das
interações farmacológicas são preferíveis na clínica odontológica como as interações
medicamentosas farmacodinâmicas e farmacocinéticas. Nestes casos, é importante
trocar informações com o médico do paciente para se avaliar, em conjunto, a relação
risco/benefício do uso dos benzodiazepínicos.
Da mesma forma, toda prescrição de benzodiazepínicos, mesmo por tempo restrito,
deve ser acompanhada de uma alerta quanto aos riscos de interação com o álcool etílico,
que deve ser proibido pelo período de 24 horas antes e 24 horas após o uso da
medicação, pelo risco de depressão pronunciada do SNC.Também não é aconselhável
para portadores de insuficiência respiratória, pelo fato de que a ação do fármaco no
sistema respiratório, diminui o volume de ar corrente e frequência respiratória, e é
preciso ser evitado tanto na gravidez quanto no período de lactação, pois seu efeito é
sedativo no feto e no lactente. E foi mostrado que recém-nascidos de mães que usaram
benzodiazepínicos da gestação podem desenvolver síndrome de abstinência logo após o
nascimento.
Alguns dos principais benzodiazepínicos são: Diazepam, lorazepam, alprazolam,
midazolam e triazolam. Embora não existam protocolos definitivos para a escolha de
um benzodiazepínico para sedação consciente por via oral em odontologia, alguns
critérios precisam ser considerados, como idade do paciente, tipo de benzodiazepínico
utilizado e possibilidade de interação com outros medicamentos. O midazolam tem seu
início de ação rápido e menor tempo de meia vida plasmática, quando comparado ao
diazepam. O alprazolam, apresenta rápido início de ação e duração intermediária entre
midazolam e o diazepam. Para uso em odontopediatria, o diazepam é o midazolam,
ambos possuem vantagem sobre outros agentes sedativos como a proletária, hidroxizina
e hidrato de coral. Em idosos, o tiramolam seria a medicação ideal para procedimento
odontológicos curtos, por apresentar um rápido início de ação e menor tempo de meia
vida plasmática que o Diazepam. Atualmente, porém, o triazolam não é comercializado
no Brasil. Recaindo para o lorazepam.
Referências Bibliográficas
ANDRADE, Eduardo Dias de (ed.). Terapêutica Medicamentosa em Odontologia:
Procedimentos Clínicos e Uso de Medicamentos nas Principais Situações da Prática
Odontológica. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2006.

Gestantes podem fazer uso de benzodiazepínicos?. BVS Biblioteca Virtual em Saúde, 2017.
Disponível em: https://aps-repo.bvs.br/aps/gestantes-podem-fazer-uso-de-
benzodiazepinicos/#:~:text=O%20uso%20de%20doses%20altas,apneia%2C%20diarreia%2C%2
0v%C3%B4mitos. Acesso em: 20 set. 2023.

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