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PSICOLOGIA E SAÚDE EM DEBATE

ISSN (eletrônico) 2446-922X

ESTUDO TEÓRICO

HIPNOSE: definição, importância, limitações e possibilidades


baseadas em evidências
DOI: 10.22289/2446-922X.V8N2A14
Filipe Luís Souza 1
Camilla Volpato Broering

RESUMO

O objetivo primário desta revisão é analisar as principais perspectivas teóricas que definem o
que seria a hipnose enquanto fenômeno, analisando também as evidências que as sustentam e
suas aplicações em pesquisas, vez que, por não haver um consenso na comunidade científica
sobre sua definição, há mais de um século em que o fenômeno é pesquisado, os resultados
potenciais dos achados podem estar comprometido por uma falha metodológica na gênese das
pesquisas. Esta revisão utilizou a Medline via Pubmed como base de dados para levantamento
bibliográfico, incluindo um total de 41 estudos, onde constatou-se que, 72,7% das pesquisas,
levantadas, utilizam uma perspectiva de estado alterado de consciência para explicar o
fenômeno e guiar a interpretação de seus achados, mesmo que não existam evidências que
sustentem a proposição da existência de um estado alterado de consciência exclusivamente
hipnótico e sua relação com a capacidade de resposta hipnótica. Por fim, propõe-se a realização
de mais estudos que tragam uma integração entre perspectivas sociocognitivas e estatais,
menos espaçadas, para que os achados venham auxiliar na evolução da hipnose, que já possui 226
forte corpo de evidências em diferentes quadros de tratamentos médicos e psicoterápicos,
sobretudo na Terapia Cognitivo-Comportamental.

Palavras-chave: Hipnose; Prática Baseada em Evidências; Imagem de Ressonância Magnética.

HYPNOSIS: definition, importance, limitations and


evidence-based possibilites
ABSTRACT
The primary objective of this review is to analyze the main theoretical perspectives that define
hypnosis, the value of considering it as a unique phenomenon, the evidence that sustains that
view, and its effect on research. For more than a century in which the subject has been studied,
the results are still hampered by a methodological flaw since the beginning of the research, the
definition of the phenomenon. This review used the Medline via Pubmed as database for
bibliographic search, including a total of 41 studies, where it could be found that 72,7% of the
surveyed studies, adopt the approach in which there's an alternate state of consciousness to
explain the phenomenon and to guide its interpretations, even though there isn't enough evidence
to sustain the existence of an alternate state of consciousness exclusively hypnotic and it's
relation to the capability of hypnotic response. In conclusion, it's suggested the performance of
more studies that bring a merger between sociocognitive and state of mind perspectives, so that

1
Endereço eletrônico de contato: filipe.souza@clinicasouzaecabral.com
Recebido em 12/09/2022. Aprovado pelo conselho editorial para publicação em 07/12/2022.

Rev. Psicol Saúde e Debate. Dez., 2022:8(2): 226-245.


the findings can come to help with the evolution of hypnosis, which already presents strong results
when applied in different medical and psychotherapeutic treatments, predominantly in the
Cognitive-Behavioral Therapy.

Keywords: Hypnosis; Evidence-based Practice; Magnetic Resonance Imaging.

HIPNOSIS: DEFINICIÓN, importancia, limitaciones y


posibilidades basadas en la evidencia

RESUMEN
El objetivo principal de esta revisión es analizar las principales perspectivas teóricas que definen
la hipnosis, el valor de considerarla como un fenómeno único, la evidencia que sustenta esa
visión y su efecto en la investigación. Durante más de un siglo en el que se ha estudiado el tema,
los resultados todavía se ven obstaculizados por una falla metodológica desde el inicio de la
investigación, la definición del fenómeno. Esta revisión utilizó Medline vía Pubmed como base
de datos para la búsqueda bibliográfica, incluyendo un total de 41 estudios, donde se pudo
encontrar que el 72,7% de los estudios encuestados, adoptan el enfoque en el que hay un estado
alternativo de conciencia para explicar el fenómeno y guiar sus interpretaciones, a pesar de que
no hay suficiente evidencia para sostener la existencia de un estado alternativo de conciencia
exclusivamente hipnótico y su relación con la capacidad de hipnótico. respuesta. En conclusión,
se sugiere la realización de más estudios que traigan una fusión entre las perspectivas
sociocognitivas y del estado de ánimo, de modo que los hallazgos puedan ayudar con la
evolución de la hipnosis, que ya presenta resultados sólidos cuando se aplica en diferentes 227
tratamientos médicos y psicoterapéuticos, predominantemente en la Terapia Cognitivo-
Conductual.

Palabras clave: Hipnosis; Práctica basada en la evidencia; Resonancia magnética.

1 INTRODUÇÃO

A hipnose é a forma mais antiga de psicoterapia ocidental e um poderoso tratamento


baseado em evidências para vários distúrbios (DeSouza, Stimpson, Baltusis, Sacchet, Gu, Hurd,
Wu, Yeomans, Willliams, & Spiegel., 2020). Atualmente conta-se com abordagens2, tais quais a
Terapia Cognitivo-comportamental (TCC), Terapia Comportamental Dialética (DBT) e a Terapia
de Aceitação e Compromisso (ACT), já bem respaldadas a respeito do seu funcionamento e
resolução de transtornos mentais. Dos conceitos do Behaviorismo Radical somados a
compreensão das teorias cognitivas, nasceu a TCC que conta com um robusto arcabouço de
evidências mostrando sua eficácia no tratamento dos principais transtornos mentais. A TCC
apresenta eficácia no tratamento de diversos problemas, tem-se como exemplo a insônia,
mostrando resultados de efeitos moderados a grandes na Eficiência do Sono (SE) e na Latência

2
A Divisão 12 da APA (Associação Psicológica Americana) disponibiliza uma lista com
os tratamentos psicológicos baseados em evidências.
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do Sono (SOL) com prevalência mesmo após meses de encerrados os tratamentos (van der
Zweerde, Bisdounis, Kyle, Lancee, & van Straten., 2019), também apresentando evidências de
melhora significativa na insônia apresentada em sobreviventes de câncer (Johnson, Rash,
Campbell, Savard, Gehrman, Perlis, Carlson, & Garland., 2016; Reed & Sacco, 2016). Dentro
ainda dos benefícios dos cuidados da saúde mental, a TCC mostra-se ser altamente eficaz no
tratamento de transtornos de ansiedade como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC),
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), Transtorno do Pânico (TP), Transtorno de
Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno de Ansiedade Social (TAS), Fobias Específicas e
Agorafobia (Carpenter, Andrews, Witcraft, Powers, Smits, & Hofmann., 2018; van Dis, van Veen,
Hagenaars, Batelaan, Bockting, van den Heuvel, Cuijpers, & Engelhard., 2019; McGuire,
Piacentini, Lewin, Brennan, Murphy, & Storch., 2015). Saindo do que o senso comum espera dos
resultados de uma intervenção psicoterápica, a evolução da Psicologia Baseada em Evidências
tem mostrado através de estudos multidisciplinares como a psicoterapia é na realidade um
tratamento biológico, graças às recentes descobertas, contata-se que mais de 50% das mortes
em todo o mundo são atribuíveis a doenças relacionadas à inflamação, sendo que o estado de
inflamação crônica pode estar associada a problemas cardíacos, diabetes, câncer, artrite e
doenças intestinais (Harvard Health Publishing, 2020) e sabe-se, com respaldo de 56 ensaios
clínicos e o total de 4060 participantes, que a TCC demonstra melhora da nossa função 228
imunológica (Shields, Spahr, & Slavich., 2020).
Diversificando a base de amostragem do presente manuscrito, a terceira onda das
terapias cognitivas traz abordagens como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), que
originalmente, foi desenvolvida para tratar pacientes com transtornos mentais em estado de alta
desregulação emocional e comportamento suicida. Contudo, a apuração dos elementos desta
abordagem fez com que ela, hoje, seja indicada para o tratamento de outros quadros clínicos,
como o tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM), abuso de substâncias e Transtorno
do Estresse Pós-Traumático (TEPT). A DBT apresenta uma alta eficácia para diminuir a
incidência de automutilação bem como tentativas de suicídio (McCauley, Berk, Asarnow, Adrian,
Cohen, Korslund, Avina, Hughes, Harned, Gallop, & Linehan., 2018; Kliem, Kröger, & Kosfelder.,
2010; Koerner & Linehan, 2000). No tratamento do Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL)
através da DBT, encontra-se evidência de redução significativa das principais características do
transtorno, que são parassuicídio, internação psiquiátrica e o abandono do tratamento (Choi-
Kain, Finch, Masland, Jenkins, & Unruh., 2017).
Concomitantemente as evidências de métodos de tratamento psicológico desenvolvidos
no ocidente, outro grande avanço em direção as facilidades que os acometidos por transtornos
mentais vêm obtendo é a farmacoterapia. Até o momento, sabe-se que o transtorno depressivo
maior é um dos transtornos mentais mais comuns e onerosos para adultos por todo o mundo e
que mesmo havendo intervenções não medicamentosas para o mesmo, os medicamentos

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antidepressivos são utilizados com mais frequência. Um dos motivos apontados por Cipriani et
al. (2018) são os recursos inadequados para tal, o que reforça a necessidade de ferramentas
novas e melhor embasadas nas intervenções psicológicas. Com 522 estudos envolvendo
116.477 participantes, foram aplicados testes de 21 medicamentos psiquiátricos sendo
sistematicamente comparados no tratamento do transtorno depressivo maior em adultos, em
termo de eficácia, todos os antidepressivos foram mais eficazes que o placebo (Cipriani et al,
2018). Levando em conta o tema deste estudo e a preocupação em avaliar um catalisador de
resultados clínicos, deve-se olhar ainda mais aos fármacos e sua correta utilização.
Exemplificando o tema, é possível observar um público que muito sofre com os transtornos
depressivos, os adolescentes e as crianças, sendo que após a revisão de 71 ensaios envolvendo
9.510 participantes, constatou-se que nenhuma farmacoterapia sozinha foi mais eficaz do que a
psicoterapia sozinha e que apesar do baixo número de evidências de qualidade relevante, a
fluoxetina (isolada ou em conjunto com a TCC) mostrou-se a melhor escolha para o tratamento
agudo do transtorno depressivo moderado a grave em crianças e adolescentes (Zhou, Teng,
Zhang, Del Giovane, Furukawa, Weisz, Li, Cuijpers, Coghill, Xiang, Hetrick, Leucht, Qin, Barth,
Ravindran, Yang, Curry, Fan, Silva, & Cipriani., 2020). Mesmo existindo as intervenções
psicológicas e farmacológicas, entre 76% e 85% da população em países de baixa e média renda
não recebem nenhum tratamento para seu transtorno (James, Abate, Abate, Abay, Abbafati, 229
Abbasi, Abbastabar, Abd-Allah, Abdela, Abdelalim, Abdollahpour, Abdulkader, Abebe, Abera,
Abil, Abraha, Abu-Raddad, Abu-Rmeileh, Accrombessi, & Acharya., 2018).
Ao lidar com uma correlação entre abordagens psicológicas e eficácia, deve-se focar na
otimização, ou seja, como tornar o fluxo da experiência entre se perceber mal, procurar e
encontrar ajuda. Assim como se tornar melhor fluido e encontrar sua recuperação também de
uma maneira mais rápida, como já demonstram as pesquisas comparativas entre a eficácia das
abordagens psicoterápicas de cunho psicanalítico ou não em comparação com antidepressivos
(Eysenck, 1952), portanto, aqui é apresentada uma possibilidade de otimizar e acelerar o
processo psicoterápico, usar a hipnose nas intervenções psicológicas (como TCC, AC, DBT,
Gestalt terapia e outras). No contexto clínico, o pesquisador Irving Kirsch, vai relatar que a
hipnose trata-se de uma ferramenta terapêutica que pode ser usada em conjunto com qualquer
terapia em que o profissional tenha competência (Carvalho, 2010) e quando se fala em
hipnoterapia, é necessário lembrar que não existe nenhuma teoria da personalidade própria,
visão de mundo e homem própria ou técnica exclusiva dos métodos hipnóticos. Isso traz à luz o
pensamento de que a hipnoterapia em si não existe, se resume ao seu “nome comercial”, sendo
na realidade sempre a utilização da hipnose como uma catalisadora de resultados associada à
ferramentas de alguma abordagem terapêutica.
Em pacientes com depressão clínica em estado de cuidados paliativos a hipnoterapia
cognitiva (HC - hipnose associada à TCC) mostrou-se capaz de desenvolver circuitos neurais

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antidepressivos, eficaz no tratamento da depressão sendo catalisadora de abordagens baseadas
em atenção plena (Alladin & Alibhai, 2007; Lynn, Barnes, Deming, & Accardi., 2010) e é capaz
de fornecer uma multiplicidade de ferramentas para o manejo psicológico da depressão (Alladin,
2018). A hipnose demonstra ter efeito imediato sobre a ansiedade em pacientes com câncer (g
de Hedges: 0,70-1,41, p <0,01) e o efeito foi mantido (g de Hedges: 0,61-2,77, p <0,01) (Chen,
Liu, & Chen., 2017). Um tratamento em que a utilização da hipnose como ferramenta terapêutica
já foi amplamente estudado é o tratamento da Síndrome do Intestino Irritável (SII), sendo a
hipnoterapia resultante da melhora dos sintomas advindos da SII, de melhora em escores de
depressão e ansiedade (todos P's <0,001), qualidade de vida, cognições relacionadas a SII
também mostram melhora com redução do escore cognitivo total (TCS; P <0,001) e todos os
temas componentes relacionados à função intestinal (todos P <0,001) (Gonsalkorale, Toner, &
Whorwell., 2004). Outro quadro com profundo arcabouço teórico para o apontamento positivo e
recomendação da hipnose como ferramenta terapêutica nas intervenções psicológicas são seus
benefícios no tratamento da dor crônica (Adachi, Fujino, Nakae, Mashimo, & Sasaki., 2013),
afinal, usando a definição de dor crônica da IASP (Associação Internacional para o Estudo da
Dor), 35,5% da população mundial é acometida pela condição (Ashmawi, 2020). A ideia de
acrescentar a hipnose clinicamente baseada em evidências não é sem motivos, já que em 1995
foi demonstrado através de uma meta-análise de 18 estudos no qual a TCC foi comparada com 230
a própria TCC mas com o aditivo da hipnose, os achados foram de que com a Hipnoterapia
Cognitiva os pacientes apresentaram uma melhora maior do que pelo menos 70% dos clientes
que receberam tratamento não hipnótico. Ainda mais impressionante foram os resultados de
pacientes do tratamento de obesidade que continuaram a perder peso mesmo após o término
do tratamento (Kirsch, Montgomery, & Sapirstein., 1995). Em pacientes de Transtorno de
Estresse Agudo (TEA), resultante de traumas civis, a hipnose juntamente com a TCC mostra-se
mais eficaz que a TCC e o Aconselhamento de Suporte, afinal, a hipnose é uma ferramenta
capaz de fazer o paciente se envolver completamente na terapia de exposição e com isso
demonstrou maiores reduções nos sintomas de revivência no pós-tratamento que as outras
intervenções (Bryant, Moulds, Guthrie, & Nixon., 2005), bem como há evidências dos benefícios
da adição da hipnose na TCC para o tratamento de insônia (Graci, 2007) e bulimia (Barabasz,
2012). A hipnose é uma ferramenta que necessita de melhores evidências sobre sua efetividade
clínica, sobretudo na descrição e definição do fenômeno, embora já existam obras fazendo uma
redefinição conceitual e integrando a neurobiologia com as teorias sociocognitivas (Gruzelier,
2000), a utilização e divulgação em massa de que a hipnose seria um “estado alterado de
consciência” afasta não só a sociedade dos possíveis benefícios obtidos através do processo
hipnótico como também afasta a mesma dos olhares respeitosos de profissionais da saúde. O
presente estudo analisou quais perspectivas teóricas possuem aplicabilidade clínica somada a
uma perspectiva teórica baseada em evidências e suas possibilidades, uma vez que o cenário

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atual do campo do hipnotismo é dividido, majoritariamente, entre hipóteses de estado alterado
de consciência e as hipóteses sociocognitivas, ambas, derivadas das cinco visões de hipnose
melhores articuladas na comunidade científica atualmente (Kirsch, 2011), sendo elas: hipótese
de estado qualitativo, hipótese de estado quantitativo, hipótese de não estado, visão de estado
fraco e hipótese epifenomenal. Os dados permanecem inconclusivos e inconsistentes quanto à
existência de um estado alterado de consciência hipnótico e sua relação causal com a
capacidade humana de resposta a sugestões, uma vez que numerosos estudos de neuroimagem
mostram a associação da hipnose a mudanças nos padrões de ativação neural mas essas
também podem estar associadas, simplesmente, a variação normal da atividade cerebral
(Tuominen, Kallio, Kaasinen, & Railo., 2021), contudo, a inexistência de confirmação de um
estado alterado de consciência, em nenhum momento, parece mudar a aplicação em massa de
teorias estatais na academia e prática clínica.

2 DESENVOLVIMENTO

Método
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, pautando-se no levantamento de
dados da literatura, publicados de Jan/2017 a 21/Jan/2022. A literatura revisada veio de uma 231
única base de dados científicos, a Medline via Pubmed. As revisões integrativas trazem
relevantes contribuições para uma prática baseada em evidências no campo da saúde, uma vez
que, considerando sua sistematização, a produção da síntese de conhecimento tida por
diferentes pesquisas sobre um fenômeno em comum, expande a fronteira do conhecimento
humano e repercute na prática da saúde.
Nas buscas, os seguintes descritores, em língua inglesa, foram considerados: “hypnosis
definition”, “hypnosis AND sociocognitive” e “hypnosis AND fmri”.
Por se tratar de uma revisão integrativa da literatura, pautando-se nas suas etapas
operacionais, como primeira etapa, formula-se a questão norteadora: Qual perspectiva teórica
melhor se aproxima de definir hipnose? Na segunda etapa, os critérios de inclusão e exclusão
de estudos estabelecem-se em aderir, somente, estudos que contribuam na discussão da
questão norteadora, dando subsídio de diferentes perspectivas teóricas da definição de hipnose.
Através deste método de busca, levantou-se, a princípio, 65 publicações potencialmente
elegíveis para integrar esta revisão. Em seguida, sem estabelecer distinção por títulos, realizou-
se a leitura integral das publicações levantadas a fim de identificar se determinado ponto da obra,
uma perspectiva teórica de hipnose seria apresentada. Distinguiram-se os artigos incluídos na
análise da obra, da qual, seguiram os seguintes critérios: (a) cronologia a partir de 2017; e (b)
consideração de artigos que contribuam com a questão norteadora. Após a realização do parecer

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das obras, seguindo os critérios anteriormente descritos, 41 artigos foram incluídos.

232

Figura 1 - Identificação e seleção das publicações levantadas utilizando as palavras-chave (key


words) “hypnosis definition”, “hypnosis AND sociocognitive” e “hypnosis AND fmri”, de acordo
com a cronologia Jan/2017 até 21/Jan/2022.

Discussão
Da gênese de um conceito, surge o debate e a pesquisa acerca do mesmo, portanto, não
seria a hipnose uma exceção à regra. Uma pesquisa sobre hipnose e suas possibilidades, antes
de mais nada, parte de sua definição do que seria a hipnose enquanto fenômeno, sendo então
direcionado seus fundos de pesquisa, realização de experimento, coleta e interpretação de
dados, tudo depende da gênese. Constata-se uma crescente preocupação com a antiga
problemática acerca da existência ou não existência de um estado hipnótico (Bartolucci &
Lombardo, 2017). No levantamento bibliográfico realizado, constatou-se uma maior aplicação do
conceito de que a hipnose seja um estado de consciência alterado, do qual, a partir de uma
consciência periférica reduzida e atenção focada e abandono dos pensamentos, constata-se um
aprimoramento de resposta a sugestões (Otte, Carpenter, Roberts, & Elkins., 2020; Taylor &
Genkov, 2019; Krouwel, Jolly, & Greenfield., 2019; Keefer, Ballou, Drossman, Ringstrom,
Elsenbruch, & Ljótsson., 2022; Jiang, White, Greicius, Waelde, & Spiegel., 2017; Liu, He, Li, Yu,

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Xu, & Xie., 2020; Halsband & Wolf, 2019; Li, Chen, Ma, Wang, Wan, Wang, Bu, Hong, Lv,
Vollstädt‐Klein, Yang, & Zhang., 2018; Liu, Qin, Li, Yu, He, & Xie., 2018; Chadderdon, Carns,
Pudalov, McKernan, & Honce., 2020; Casiglia, Finatti, Tikhonoff, Stabile, Mitolo, Albertini,
Gasparotti, Facco, Lapenta, & Venneri., 2020; Koban, Jepma, Geuter, & Wager., 2017; Napp,
Diekhoff, Stoiber, Enders, Diederichs, Martus, & Dewey., 2021; Walsh, Oakley, Halligan, Mehta,
& Deeley., 2017; Wolf, Faerber, Rummel, Halsband, & Campus., 2022; Li, Chen, Ma, Wang, Wan,
Bu, Hong, Lv, Yang, Rao, & Zhang., 2019; Sanyal, Raseta, Natarajan, & Roffe., 2021; Frati,
Pesce, Palmieri, Iasanzaniro, Familiari, Angelini, Salvati, Rocco, & Raco., 2019 e Komesu,
Rogers, Sapien, Schrader, Simmerman-Sierra, Mayer, & Ketai., 2017). Ao referir que a visão de
estado de consciência alterado tem uma maior aplicabilidade atual, a presente obra não a faz
com o intuito de constatar a qualidade ou validade de sua aplicação, apenas relatar os achados
em termos quantitativos. No levantamento bibliográfico, também foi possível notar a aplicação,
em menor número, de visões neo dissociativas da hipnose, da qual dispõe do princípio de que a
hipnose se daria como um estado dissociativo, onde a mesma, seria o fato gerador de uma
clivagem temporária da conectividade do automonitoramento com os processos executivos, que
assim, teriam influência no comportamento humano (Wawrziczny, Buquet, & Picard., 2021;
Wahbeh & Radin, 2017; Pancheri, Caredda, Pacchiarotti, Chiaie, & Biondi., 2017; Facco,
Mendozzi, Bona, Motta, Garegnani, Costantini, Dipasquale, Cecconi, Menotti, Coscioli, & Lipari, 233
2019 e Bastos, Oliveira Bastos, Foscaches Filho, Conde, Ozaki, Portella, Iandoli, & Lucchetti.,
2021). Tal qual na visão de estado alterado de consciência, nas teorias dissociativas, a atenção
e a concentração também ficariam menos sensíveis a estímulos irrelevantes (Facco et al., 2019).

Quadro 1 - Levantamento de perspectivas teóricas da hipnose aplicadas em pesquisas


com ressonância magnética funcional (fmri).

Autoria Objeto de pesquisa Perspectiva teórica

Jiang et al., 2017 Alterações funcionais da DMN, ECN e SN Estatal (Padrão)


e sua associação à hipnose e a
hipnotizabilidade

Komesu et al., 2017 Metodologia para um ensaio de terapia Estatal (Padrão)


centrada no cérebro versus terapia
anticolinérgica em mulheres com
incontinência urinária de urgência

Koban et al., 2017 Mechanisms involved in the influence and Estatal (Padrão)
changes in the perception of pain and
emotion through speech, instructions,
placebo and hypnosis

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Walsh et al., 2017 Mecanismos envolvidos na influência e Estatal (Padrão)
alterações na percepção de dor e emoção
através da fala, instruções, placebo e
hipnose

Derbyshire et al., 2017 Sugestões para redução da dor na Sociocognitiva


fibromialgia e seus mecanismos cerebrais
subjacentes

Li et al ., 2018 Mecanismos neurais da hipnose no seu Estatal (Padrão)


efeito imediato e de acompanhamento no
tratamento de hipnótico para parar de
fumar

Liu et al., 2018 Mecanismo neural do controle respiratório Estatal (Padrão)


baseado em hipnose usando fmri

Solitário et al., 2018 Revisão dos estudos de neuroimagem Estatal (Padrão)


relacionados à modulação da dor em
sujeitos com altos e baixos índices de
suscetibilidade hipnótica

Trujillo-Rodriguez et Mecanismos subjacentes à modulação da Estatal (Padrão)


al., 2019 percepção da dor sob condições
hipnóticas mediadas pelo cíngulo anterior
e pré-frontal 234

Halsband & Wolf, 2019 Alterações da plasticidade cerebral após a Estatal (Padrão)
hipnose, sua aplicação em pacientes com
fobia e/ou limitações específicas bem
como quais as direções futuras do campo

Facco et al., 2019 Implicações epistemológicas e Dissociativa


neurofenomenológicas da identidade
dissociativa como um continuum da mente
saudável aos transtornos psiquiátricos
através da hipnose

Picerni et al., 2019 Variações estruturais cerebelares em Sociocognitiva


sujeitos com diferentes índices de
hipnotizabilidade

Rainville et al., 2019 Automaticidade hipnótica no cérebro em Sociocognitiva


repouso

Li et al., 2019 Mecanismos neurais do tratamento Estatal (Ajustes)


baseado em hipnose no tabagismo,
especificamente, se a hipnose envolve
mecanismo de regulaçao de cima para
baixo ou de baixo para cima

Rev. Psicol Saúde e Debate. Dez., 2022:8(2): 226-245.


Frati et al., 2019 Descrição dos resultados de uma Dissociativa
experiência preliminar de uma coorte de
pacientes operados com um protoclo
original de cirurgia acordada assistida por
hipnose

Liu et al, 2020 Desempenho fisiológico alterado na Estatal (Ajustes)


hipnose através da flutuação temporal,
controle do movimento respiratório e a
sincronização do sinal da atividade
cerebral

Chadderdon et al., Mecanismos de intervenções psicológicas Estatal (Padrão)


2020 para sua aplicação em pacientes que
precisam passar por ressonância
magnética e radiologia intervencionista

Casiglia et al., 2020 Mecanismos cerebrais envolvidos na Estatal (Padrão)


analgesia com foco hipnótico a partir da
ressonância magnética funcional em 20
indivíduos altamente hipnotizáveis

Bastos et al., 2021 Tamanho do corpo caloso, suscetibilidade Sociocognitiva


hipnótica e empatia com mulheres em um
estudo controlado sobre a suposta
mediunidade do grupo de mulheres 235

Napp et al., 2021 Auto-hipnose por áudio como forma de Estatal (Ajustes)
redução da claustrofobia durante a
ressonância magnética

Sanyal et al., 2021 Introdução da hipnoterapia como opção Estatal (Ajustes)


terapêutica para acidente vascular

Wolf et al., 2022 Revisão sistemática acerca das alterações Estatal (Padrão)
funcionais da atividade cerebral durante a
hipnose

Nota - Na execução desta integração de dados, as obras que utilizaram-se da mesma


perspectiva estatal, isso é, de que a hipnose seja um estado de consciência que envolve atenção
focada e consciência periférica reduzida caracterizada por uma maior capacidade de resposta a
sugestão, foram classificadas como “Estatal (Padrão)”. Obras que apresentaram uma
perspectiva teórica estatal mas com a apresentação de pequenas alterações das suas
definições, fluindo entre hipóteses de estado qualitativo, quantitativo e estado fraco, foram
agrupadas como “Estatal (Ajustes)”. Obras que apresentam a hipnose como fenômeno
dissociativo foram indexadas como “Dissociativa” e obras que apresentaram a hipnose como
fenômeno dependente de variáveis sociais, cognitivas e de expectativa foram indexadas como
perspectiva “Sociocognitiva”.

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Figura 2 - Generalização versus abertura de espectro teórico-estatal. Nota - Constata-se a
supremacia das aplicações de teorias perspectivas estatais (Gráfico A) sobre a hipnose no
campo de pesquisa neurocientífico, contudo, ao ampliar o interesse pelo mesmo, observa-se um
espectro de definições de hipnose (Gráfico B) dentro de um espectro que os antecede.
236
Na teorização do fenômeno “hipnose”, as perspectivas sociocognitivas (visão não estatal e
hipótese epifenomenal), por outro lado, rejeitam as visões de hipersugestionabilidade gerada
pelo estado alterado de consciência (transe hipnótico) e passam a teorizar a resposta hipnótica
como produto de uma variada constelação de atitudes, crenças, habilidades imaginativas,
capacidades oníricas e sobretudo, expectativa, da qual, é potencialmente modificável (Short,
2018). Nem mesmo dentro das teorias de estado, a hipersugestionabilidade encontra refúgio,
segundo Janet (1925, pág. 282, apud Short, 2018): “É muito duvidoso que a hipnose possa ser
considerada uma sugestionabilidade aumentada. Certos assuntos são mais sugestionáveis no
estado de vigília do que durante o sono hipnótico”. Não existe consenso sobre a definição,
natureza ou perspectiva teórica. Sabe-se que em geral quando um fenômeno envolve indução,
relaxamento e sugestões (direta ou indiretamente), geralmente será chamado de hipnose (Lam,
Chung, Lee, Yeung, & Yu., 2018). As pesquisas sobre hipnose além de serem feitas, quase em
sua totalidade, com sujeitos saudáveis e com altos escores de hipnotizabilidade (Solitário et al.,
2018), ignora inclusive outros dados que seriam relevantes, como as variações morfológicas
encontradas na estrutura cerebelar que estende e tira a visão córtico-cêntrica da
hipnotizabilidade (Picerni et al., 2019), visão restritiva da hipnose como estado de diminuição da
consciência e percepção periférica como resultado da atividade alterada de regiões,
ditatorialmente, das regiões corticais.

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A proposta sociocognitiva traz à luz a possibilidade de entender a hipnose como um
comportamento envolvendo a motivação do sujeito, estando este, sujeito às influências sociais e
psicológicas como qualquer outro (Lynn, Maxwell, & Green., 2017). A expectativa do sujeito,
incluindo a expectativa acerca da palavra “hipnose”, deve ser levada em conta, uma vez que ela
faz enxergar as experiências hipnóticas como um continuum de influência social sobre o
comportamento e a cognição humana (Jiang et al., 2017). Muitos são os problemas que advém
a ideia de existência de um transe hipnótico, além da condição de mais de um século de
realização de pesquisas experimentais para solucionar esse debate e as evidências serem
ambíguas com relação às alterações no funcionamento neural que sustentariam a visão estatal,
chega a ser contraditório sua existência baseado nas alterações funcionais encontradas até hoje,
já que baseado nelas, hipnose, meditação e experiências de quase morte poderiam ser a mesma
coisa (Facco, Testoni, Ronconi, Casiglia, Zanette, & Spiegel., 2017). Inclusive, é sabido que
instruções de motivação de tarefas podem reproduzir os mesmos efeitos da indução hipnótica,
criando uma resposta semelhante ao da sugestão hipnótica (Bartolucci & Lombardo, 2017),
somado a esses dados, partindo para uma visão mais neurofisiológica, sabe-se que o
polimorfismo do gene OXTR é associado a tendência e capacidade de se concentrar mais a
experiências internas, o que aumentaria a hipnotizabilidade (Bryant et al., 2014 apud
Santarcangelo & Scattina, 2019), seguindo uma visão estatal, contudo, a liberação de ocitocina 237
após a indução é maior em sujeitos apontados com baixa e média hipnotizabilidade (Varga &
Kekecs, 2014 apud Santarcangelo & Scattina, 2019). Os dados dispostos reforçam a hipótese
de que embora tenha-se a necessidade de quantificar os fenômenos observados, todos podem
responder a hipnose em certo grau, ora, toda escala está sempre, intimamente, ligada a definição
do construto observado e descrito, logo, sabe-se que a precisão e confiabilidade das escalas de
hipnotizabilidade são inferiores ao que se deseja (Facco et al., 2017). Nada que a hipnose faça
não pode ser replicado sem ela (Derbyshire et al., 2017) mesmo que em menor grau, as
evidências apontam como todos podem responder a hipnose, mesmo que por diferentes
mecanismos neurofisiológicos (Santarcangelo & Scattina, 2019). No levantamento bibliográfico
foi possível encontrar uma única obra, sobre o uso da hipnose como analgesia medida pelo
cíngulo, que ao delimitar o que tratava por hipnose, especificou que a mesma não possui, até
hoje, correlatos neurais específicos e que a hipnose, em si, produz mudanças na experiência
perceptiva por meio de sugestões e respostas (Trujillo-Rodriguez et al., 2019), logo, percebe-se
que a comunidade tem consciência da falha estrutural das teorias estatais, apenas não replica
delimitações sóbrias ao descrevê-la.
A perpetuação de teorias que estipulam a hipnose como um estado alterado de consciência, pura
e simplesmente, gera um distanciamento do seu intuito inicial e conforme a sociedade se apropria
do conhecimento institucional, o interpreta de forma livre, transformando diferentes experiências
e fenômenos em “hipnose”, onde o termo passa a descrever exorcismos, imposição de mãos e

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outros ritos, fazendo não só uma injustiça cultural (Wickramasekera 2º, 2020) mas também,
gerando um “condicionamento” social de que a hipnose exerce diferentes possibilidade sobre a
“mente” humana. Em espaço acadêmico isso pode ser relevado, na reverberação cotidiana, a
possibilidade de existência de um estado alterado da consciência que tenha a capacidade de
alterar percepções através de simples sugestões, baseado em teorias mentalistas ou não, faz
com que em diversos lugares pelo mundo, sob aval do Estado, a hipnose seja usada como
possibilidade de tratamento para a reversão da orientação sexual e/ou identidade de gênero
(Alempijevic et al., 2020).

3 CONCLUSÃO
A premissa da perspectiva teórica estatal é boa e necessária para a hipnose tal qual a
escola localizacionista radical, de Descartes, foi para as neurociências, não apenas isso,
constata-se facilmente sua utilização pedagógica, vez que sofre tantas alterações ao ser
explicada, fenômeno esse, percebido ao observar as hipóteses estatais não como um bloco mas
como um espectro (Gráfico 1). A hipnose gera alterações no funcionamento cerebral, esta é uma
afirmação sustentada. O que conclui-se é a necessidade não do abandono de uma perspectiva
teórica para o empoderamento de outro, faz-se necessário a adoção de um modelo multi teórico
(Bartolucci & Lombardo, 2017), somando o entendimento da hipnose como um comportamento 238

e a influência da expectativa, bem como seus correlatos neurais, à procura de seus marcadores
neuronais. Os resultados obtidos sobre hipnose, até hoje, já permitem conciliar a perspectiva
sociocognitiva com as teorias de estado (Rainville et al., 2019), uma vez que, entender a hipnose
como processo atrelado à comunicação humana e por sua vez, atrelada ao comportamento de
motivar-se a colaborar com determinada sugestão (hipótese sociocognitiva), é uma
possibilidade. A partir disso, pode-se entender seus correlatos neurais atualizando nosso
entendimento dos efeitos induzidos pela expectativa que afetam aspectos de auto representação
que produzem, por sua vez, uma alteração na percepção subjetiva do sujeito.
Se um experimento busca entender a aplicabilidade da hipnose e seu leque de
possibilidades baseadas em evidências para o favorecimento da saúde humana individual e/ou
coletiva nos mais diversos quadros clínicos e neuropsiquiátricos, fazê-la com um erro
metodológico em sua gênese, logicamente, guiará seu resultado, inevitavelmente, a
incapacidade de contemplar o máximo potencial da hipnose. Usada como tratamento para
acidente vascular (Sanyal et al., 2022), forma de terapia para incontinência urinária (Komesu et
al., 2017), alternativa controle de dores crônicas e dores agudas durante cirurgias invasivas
(Derbyshire et al., 2017), a hipnose é usada como ferramenta em tantas outras atividades nas
diferentes áreas da saúde humana, que não fazem parte do corpo de discussão desta obra,
portanto, independentemente da perspectiva teórica, sua aplicação é benéfica e conhecida, a

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instauração e reverberação de uma perspectiva sociocognitiva com o aparato de pesquisa de
neuroimagem e demais tecnologias empregadas nas pesquisas experimentais de visão de
estado, apontariam para um acolhimento público mais saudável e com possibilidades ainda
embrionárias. Esta revisão conclui que são necessárias pesquisas de qualidade e menos
espaçadas sobre a integração sugerida, uma vez que numerosos autores já defendem que existe
um continuum de posições sobre a hipnose e suas diferentes perspectivas teóricas, das quais,
não devem ser levadas como excludentes umas das outras mas integrativas (Bastos et al., 2021).

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