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OS BENEFICIOS

DA CANNABIS
NA MEDICINA

PARA O SER HUMANO


O QUE E A CANNABIS?
Cannabis é um gênero de angiospermas que inclui três variedades diferentes: Cannabis
sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis. Estes três táxons são nativos do Centro e do
Sul da Ásia.
Nome científico: Cannabis
Classificação superior: Cannabaceae
Classificação: Gênero
Género: Cannabis; L. 1753Ordem: Rosales
Reino: Plantae
DIFERENÇA DA MACONHA X CANNABIS

Cannabis é um gênero de plantas


provenientes da Ásia. Dentro deste grupo
encontramos, por exemplo, a maconha e o
cânhamo. A maconha (Cannabis sativa subsp.
sativa) é considerada ilícita em muitos países,
inclusive no Brasil. O motivo dessa proibição
reside na presença da molécula
tetrahidrocanabinol, mais conhecido como
THC, que é o maior responsável pelos efeitos
psicoativos dessa planta.
Os Tipos Da Erva

SATIVA LEMON HÍBRID


AS
RUDERA PURPLE
LIS HAZE
OS BENEFICIOS
DA CANNABIS
BENEFÍCIOS DA CANNABIS

Para explicar como se dá o processo para extrair o óleo feito a partir das flores da Cannabis,
parte da planta que possui alta concentração de canabinoides (CBD, THC, CBG, CBN…) e
outros compostos bioativos, Gabriel Barbosa, Supervisor de P&D e Assuntos Regulatórios
na HempMeds, explica que podemos comparar – com muita cautela – com o ato de passar
um café pelo coador tradicional.
Importante da cannabis na sociedade
Desse modo, a Cannabis é capaz de tratar um grande número de doenças com suas
propriedades anticonvulsivantes, anti-inflamatórias, ansiolíticas, antipsicóticas,
neuroprotetoras e até antitumorais, além do efeito analgésico, pois o canabidiol ajuda a
aliviar sintomas como dores e náuseas.
BENEFÍCIOS DA CANNABIS

O THC, como é conhecida a molécula mais psicoativa da cannabis, atua como relaxante
muscular e anti-inflamatório. Dentre os benefícios, produz efeito anticonvulsivo, anti-
inflamatório, antidepressivo e anti-hipertensivo. Além de ser usado também como
analgésico e no tratamento para aumentar o apetite
O QUE E THC É O CBD
Por conter substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central, a maconha tem um grande
potencial para o bem e para o mal. Ela é composta de diversos tipos de canabinoides – os
mais conhecidos são o Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol(CBD). O THC se destaca
para o mal: é responsável pelos efeitos psicoativos e neurotóxicos. Já o CBD funciona para
o bem: possui diversas possibilidades terapêuticas e até efeitos protetores contra os danos do
próprio THC, incluindo efeitos antipsicóticos. O problema é que os efeitos benéficos do
CBD não compensam os maléficos do THC quando a maconha é fumada.Além disso, nas
últimas décadas, tem se observado aumento nos níveis de THC e diminuição nos níveis de
CBD nas variedades de maconha consumidas. As consequências são desastrosas para os
usuários, principalmente na esfera mental.
Especificamente, usuários de variedades ricas em THC e pobres em CBD estão sob risco
maior de quadros psicóticos, de diminuição volumétrica de áreas cerebrais responsáveis pela
memória, planejamento e execução de tarefas e de diversos tipos de prejuízos cognitivos. Já
o modo pelo qual o CBD protege os neurônios da degeneração induzida por THC
permanece incerto, mas esse potencial tem despertado interesse em estudar o CBD para
tratamento de várias doenças.
O QUE E THC É O CBD
Sobre o THC, acumulam-se evidências de que é o responsável não apenas pela dependência,
mas por todos aqueles diversos outros efeitos maléficos. Um estudo de revisão publicado em
abril de 2016 na Biological Psyhicatry, uma das mais conceituadas revistas de Psiquiatria,
ressaltou as principais alterações cerebrais encontradas em estudos com usuários de longo
prazo de maconha. A maioria deles iniciou o uso entre 15 e 17 anos de idade, por períodos
que variam entre 2 e 23 anos. As áreas cerebrais mais afetadas são aquelas também com
maior densidade de receptores canabinoides CB1: ocorrem diminuições volumétricas e de
densidade de matéria cinzenta no hipocampo (associado à memória), nas amígdalas, no
estriado ( região cerebral ligada ao sistema motor e comportamento), no córtex orbitofrontal,
no córtex insular e no cerebelo. São regiões cerebrais relacionadas à memória, à emoção, à
tomada de decisão e ao equilíbrio motor.Pode-se concluir que não é possível fumar maconha
para obter os efeitos benéficos do CBD. É preciso separá-lo do THC. Exatamente por isso
que a maconha não deve ser considerada remédio. O potencial efeito terapêutico está apenas
no CBD
BENEFICIOS DA CANNABIS

O QUE É CANABIDIOL?
O canabidiol ou CBD é uma substância química presente na Cannabis sativa, mais
conhecida como maconha. Diferente do que prega quem desconhece a substância,
canabidiol não possui THC, substância alucinógena presente nos cigarros feitos da planta.
Com isso, seu uso não apresenta efeitos colaterais. Ele é utilizado e eficaz no tratamento de
doenças e sintomas, como dores crônicas, epilepsia, náuseas, vômitos e espasticidade, por
exemplo, além de proporcionar diversos outros benefícios aos seus consumidores. O cérebro
humano possui um sistema capaz de interagir com os componentes da maconha, conhecido
como sistema endocanabinoide, atuando na regulação do sono, dor, humor, apetite e
processos físicos e cognitivos.
Conheça os 15 remédios à base de cannabis que foram
aprovados pela Anvisa:
Canabidiol Active Pharmaceutical (20 mg/ml);
Canabidiol Prati-Donaduzzi (20 mg/ml; 50 mg/ml e 200 mg/ml);
Canabidiol NuNature (17,18 mg/ml);
Canabidiol NuNature (34,36 mg/ml);
Canabidiol Farmanguinhos (200 mg/ml);
Canabidiol Verdemed (50 mg/ml);
Canabidiol Belcher (150 mg/ml);
Canabidiol Aura Pharma (50 mg/ml);
Canabidiol Greencare (23,75 mg/ml);
Canabidiol Verdemed (23,75 mg/ml);
Extrato de Cannabis sativa Promediol (200 mg/ml);
Extrato de Cannabis sativa Zion Medpharma (200 mg/ml);
Extrato de Cannabis sativa Alafiamed (200 mg/mL);
Extrato de Cannabis sativa Greencare (79,14 mg/ml);
Extrato de Cannabis sativa Ease Labs (79,14 mg/ml).
Cinco destes produtos são fabricados a partir de extratos de cannabis sativa, enquanto os outros 10 são
do fitofármaco canabidiol.
COMO A CANNABIS AGE NO CORPO

O componente ativo da maconha, o tetra-hidrocarbinol (THC), responsável pelos efeitos


alucinógenos e de relaxamento do corpo, é transportado no organismo por meio do sangue.
Além do THC, várias substâncias tóxicas também são lançadas na corrente sanguínea,
causando aceleração dos batimentos cardíacos.
USO TERAPÊUTICO DA CANNABIS ESTÁ
CADA VEZ MAIS DIFUNDIDO NO BRASIL
Clínica especializada em Curitiba atende com tratamentos para insônia e transtornos como
ansiedade e doenças autoimunes Em maio deste ano, a Anvisa aprovou o uso terapêutico de
mais três produtos à base de cannabis, reforçando o rol de opções para os tratamentos que
utilizam a planta como fonte. Essa decisão acompanha a evolução das pesquisas sobre o
produto, que tem se mostrado com máxima eficácia no tratamento de diversas doenças,
sinalizando uma contribuição significativa para a melhora da qualidade de vida de muitos
pacientes.
BENEFICIOS DO
CANNABIDOL
BENEFICIOS DO CANABIDIOL

Pode ajudar com problemas de saúde mental O óleo de canabidiol é bastante eficaz no alívio
e na diminuição do estresse e ansiedade, além de outras questões de saúde mental. Isso
acontece, principalmente, porque essa substância tem a mesma atuação de antidepressivos e
ansiolíticos, por exemplo, mas com menos efeitos colaterais. Pode auxiliar no combate a
dependência químicaO CBD é um grande aliado no combate à dependência de drogas, como
a heroína. Ele não acaba com a doença em si, mas ajuda na diminuição do desejo do
consumo de drogas ilícitas.Ajuda no combate a dorTanto o gel quanto o óleo de CBD são
capazes de minimizar as dores e inflamações nas articulações.Melhora a qualidade do sonoO
canabidiol pode gerar uma leve sonolência. Dessa maneira, essa substância pode ajudar no
combate à ansiedade, estresse e insônia
DOENÇAS QUE PODEM SER
TRATADAS COM CANABIDIOL
ESQUIZOFRENIA CANCER EPILEPSIA

DOENÇA MAL DE
DE CHRON PARKINSON ENXAQUECA
A ORIGEM
DO USO DA
CANNABIS
ORIGEM DO USO DA CANNABIS NA
MEDICINA:
Os primeiros registros sobre o uso da maconha com fins medicinais são atribuídos ao imperador ShenNeng da
China, por volta de 2737 AC, que prescrevia chá de maconha para o tratamento da gota, reumatismo, malária
e, por incrível que pareça, memória fraca.A popularidade da maconha como remédio se espalhou pela Ásia,
Oriente Médio e costa oriental da África. Seitas hindus, na Índia, usavam maconha para fins religiosos e alívio
do estresse. Médicos da antiguidade prescreviam maconha para tudo, desde o alívio para dor de ouvido, até
para as dores do parto. Estes médicos também advertiam que o uso excessivo da maconha poderia provocar
impotência, cegueira e alucinações.Em 70 anos depois de Cristo, o médico Pedânio Dioscórides, greco-
romano, considerado o fundador da farmacologia, publicou sua obra “De Materia Medica”, a principal fonte
de informação sobre drogas medicinais, desde o início do século I até o século XVIII. Dentre as mais de mil
substâncias vegetais descritas e distribuídas em grupos terapêuticos, a maconha medicinal era indicada como
tratamento eficaz para dores articulares e inflamações.Em 1808, a maconha foi trazida ao Brasil por escravos
africanos, ainda durante o período colonial. Disseminou-se entre os índios, e mais tarde entre brancos, tendo
sua produção estimulada pela coroa. Até a rainha Carlota Joaquina habituou-se a tomar chá de maconha,
depois que a corte portuguesa se mudou para o Brasil.Durante o período de 1889, o artigo do PhD. EA Birch
na revista The Lancet, uma das principais revistas médicas do mundo, delineou a aplicação da Cannabis
Sativa L. para o tratamento de dependência ao ópio. A erva reduziu o desejo do ópio e agiu como um
antiemético. Nos anos seguintes a maconha consolidou-se como medicamento nos EUA e na Europa.
No Brasil, nos anos de 1905, tinha a ideia de que a maconha podia ser usada para fins medicinais, o
que já acontecia na Europa. A propaganda das cigarrilhas Grimault, em 1905, anunciava que a
maconha medicinal serviria para tratar desde “asmas e catarros” até “roncadura e flatos”.Em 1924,
discutia-se, não apenas no Brasil, mas em âmbito mundial, a tese de que o consumo da maconha era
um mal. E um médico brasileiro teve papel importante nessa história. Pernambuco Filho, em
conferência promovida pela “Liga das Nações” em Genebra, associou o uso maconha ao danoso uso
do ópio, um dos maiores problemas de saúde pública da época.Em 1961, a ONU determinou que as
drogas são ruins para a saúde e o bem-estar da humanidade e, portanto, eram necessárias ações
coordenadas e universais para reprimir seu uso. Com isso o uso medicinal da maconha foi fortemente
suprimido, deixando pacientes e cientistas longe da maconha. Essa proibição contribuiu para o
enriquecimento da indústria bélica interessada na manutenção de conflitos armados e deu início à
guerra contra as drogas.Entre o período de 1999-2000, o sistema endocanabinoide começa a ser
elucidado pela ciência. Após a descoberta dos canabinoides internos, produzidos pelo próprio corpo
humano, anandamida e 2-araquidonilglicerol, dos receptores de canabinoides CB1 e CB2, e das
enzimas relacionadas ao metabolismo dos mesmos, um sistema especializado se consolida. A
comunidade científica focou na investigação do seu potencial clínico, com resultados encorajadores
em muitas áreas. Os receptores canabinoides são identificados em várias células e sistemas, além do
sistema nervoso central, e a ciência avança na área da imunologia e oncologia.

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