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Apresentação
Neste curso iremos falar sobre os métodos ex-
trativos para preparar o óleo de Cannabis e como
esse processo deve ser feito para garantir maior
segurança e qualidade na confecção do óleo ar-
tesanal. Para realizarmos esse procedimento, ire-
mos precisar de alguns materiais listados ao longo
desta apostila.
Iremos detalhar a importância de cada ma-
terial listado, relação custo/benefício e alternati-
vas que podem ser adotadas caso você não tenha
condições de adquirir todos esses materiais.

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Curso de extração
Sumário
1. HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO 4

2. SECAGEM 12

3. MOAGEM 20

4. DESCARBOXILAÇÃO 25

5. MACERAÇÃO 32

6. FILTRAÇÃO 38

7. EVAPORAÇÃO DE SOLVENTES 44

8. ESTERILIZAÇÃO DE RECIPIENTES 50

9. ESTABILIZAÇÃO 55

10. IDENTIFICAÇÃO DE CANABINÓIDES 59

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

A importância da assepsia e segurança pessoal


É válido ressaltarmos que, por mais que alguns itens que citamos aqui sejam de uso comum na própria
residência, é necessário que esses materiais sejam destinados apenas à produção do óleo.
Por exemplo, não se deve utilizar a mesma panela ou espátula que você usa na cozinha para fazer o óleo.

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

A importância da assepsia e segurança pessoal

É importante falarmos da necessidade de

atender alguns padrões de boas práticas na pro-

dução de um medicamento, que é o nosso óleo

de Cannabis. E essas boas práticas serão detalha-

das e ensinadas nos próximos módulos, pois, tão

importante quanto fazermos o óleo é garantir a

sua segurança e a qualidade final dele durante e

após sua produção!

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

Garantia do controle da qualidade


Diversos estudos da área de MICROBIOLOGIA

apontam que produtos artesanais, principalmente

produtos de higiene pessoal como sabonetes, são

FACILMENTE contaminados por bactérias como

Escherichia coli e Staphylococcus aureus que são

causadoras de doenças e podem ser facilmente

encontradas em diversos lugares e superfícies, in-

clusive dentro de nossas casas.


O pensamento de que estou manipulando para mim mes-
mo e dentro de casa não nos exime de todos os cuidados
necessários para termos um óleo artesanal seguro e livre de
contaminantes.

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

LEGISLAÇÃO GUIA

A RDC N°67 é um guia de boas práticas de

manipulação de preparações magistrais para uso

humano em FARMÁCIAS!

Portanto, é importante respeitá-la na ma-

nipulação e adaptá-la às necessidades de quem


ACESSE VIRTUALMENTE EM:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/
prepara o próprio óleo, que é o que será sugerido rdc0067_08_10_2007.html

nas próximas páginas deste guia.

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

Equipamentos

A paramentação é o primeiro passo para ga-

rantir a própria segurança e evitar a contamina-

ção do material de trabalho.

Touca Jaleco Luvas

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |
Higienize suas mãos de acordo com o tutorial abaixo!
A higienização das mãos é imprescindível para evitar a contaminação da nossa matéria prima. A
higienização das mãos deve ser feita com sabão neutro ou álcool em gel, devendo-se seguir alguns
passos para essa higienização ser feita adequadamente.

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

Equipamentos
Caso não consiga encontrar as luvas, reforçamos que quando for manipular, evite o uso de obje-
tos e adornos pessoais, como anéis ou pulseiras, pois estes além de acumularem microorganismos,
são feitos de materiais que podem contaminar o medicamento.

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HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO |

Passo a passo

1• Borrifar álcool 70% na bancada;

2• Utilizar papel descartável para limpar a

bancada, no sentido de dentro para fora;

3• Higienizar todos os materiais a serem

utilizados antes do procedimento.

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SECAGEM |

Etapa de estabilização da planta

UMA SECAGEM BEM FEITA AJUDA A:

• Manter qualidade e teor de princípio

ativo ideal;

• Confere aroma e palatabilidade mais

agradável ao óleo;

• Previne proliferação de microorganis-

mos.

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SECAGEM |

Por que fazer a secagem?


A secagem consiste na retirada de água das

células vegetais, cessando o metabolismo delas e

evitando que ocorra perda dos princípios ativos de

interesse e o crescimento de fungos e bactérias.

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SECAGEM | Itens Necessários

Materiais e insumos
Dependendo do caso pode ser necessário um ar condicionado portátil ou

desumidificador de ambiente.

Frasco de vidro Termohigrômetro Ventilador

PreçoMédio
Preço MédioR$
R$23,00
23,00 Preço Médio
Preço Médio R$40,00
R$ 40,00 Preço
PreçoMédio
MédioR$
R$90,00
90,00

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SECAGEM | Local de secagem

Se necessário, utilize equipamentos regulares de ambiente para deixar o local nas

condições ideias para a secagem, verificando esses critérios com o termo-higrô-

metro.

• BEM AREJADO
• TEMPERATURA ENTRE 18-25°C
• BAIXA LUMINOSIDADE (a luz degrada as substâncias)
• UMIDADE ENTRE 30-50%;

NÃO HÁ PADRONIZAÇÃO ESPECÍFICA PARA TEMPERATURA E UMIDADE NA SECAGEM DE CANNABIS,

PORTANTO, AS REFERÊNCIAS DESSE MATERIAL SÃO BASEADOS EM UM “PADRÃO” DE SECAGEM DE DIVER-

SAS OUTRAS PLANTAS MEDICINAIS!

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SECAGEM |

Verifique suas flores TODOS os dias!

Fungos e pragas podem aparecer no

início dessa fase de secagem.

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SECAGEM | Metodologia de secagem:

Estratégias e possibilidades
Durante a secagem, utilize bandejas ou pen-

dure os galhos com as flores para baixo;

Para esta etapa deve haver uniformidade de

espaço entre os galhos de pelo menos um palmo;

Utilize um ventilador para circular o ar interno,

mas não deixe ele ou outros equipamentos dire-

cionados à planta;

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SECAGEM | Metodologia de secagem:

Estratégias e possibilidades

O ambiente de secagem deve estar entre 18-25°C e


30-50% de UR. Para medir e monitorar estes parâmetros,
utilize um termohigrômetro.

Se você seguir essas recomendações, provavelmente


em 10 ou 14 dias as suas plantas já estarão secas. A maneira
mais adequada para saber se ela definitivamente está seca
é tentando quebrar um pedaço do galho que deve ter a
cor marrom. Se ele fizer aquele estalo clássico, está prati-
camente pronta, se ela se esticar muito, deixe mais alguns
dias secando.

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SECAGEM | Metodologia de secagem:
Armazenamento de plantas secas
Após a secagem, você pode armazenar o material vegetal - flores secas - embalando-as a vácuo,
para uma maior durabilidade. O armazenamento das flores pode ser feita em um frasco de vidro
hermeticamente fechado, em um ambiente escuro e com as condições de temperatura e umidade
semelhantes aos do ambiente de secagem: 18-25°C e 30-50% UR.

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MOAGEM | Redução do tamanho do material

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MOAGEM | Importância da moagem:

Por que moer e não descarboxilar as flores íntegras?


Diversas variáveis podem influenciar na descarboxilação
das formas ácidas dos canabinóides. Uma delas, é a superfí-
cie de contato entre a planta e o calor empregado durante
a descarboxilação. Maior a padronização do processo, maior
uniformidade você terá nos resultados. Veremos detalhada-
mente mais à frente.
Não fazer a moagem poderá dificultar a etapa de des-
carboxilação e fará com que tenha alto teor de canabinóides
ácidos na sua planta, prejudicando a atividade terapêutica
esperada do óleo medicinal.

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MOAGEM | Itens Necessários:
Sistemas caseiros de moagem

Almofariz com pistilo Tesoura Liquidificador Moinho de café elétrico

Preço Médio R$ 50,00 Preço Médio R$ 15,00 Preço Médio R$ 250,00 Preço Médio R$ 280,00

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MOAGEM | Importância da moagem:
Não exagere!
Evite moer por muito tempo, pois isso pode deixar o material muito fino
e dificultar o processo de extração do óleo.

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MOAGEM | Processo de moagem

1. Antes do processo de descarboxilação, colocar o


material vegetal no equipamento selecionado para
moer;

2. Pulsar o moedor por 20s;

3. Moer a planta com a mesma ferramenta do início


ao fim e durante o mesmo período de tempo para
todas as porções;

A vantagem deste processo é a fácil adaptabilidade

das diversas opções disponíveis.

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DESCARBOXILAÇÃO |

Etapa de transformação do THCA e CBDA em


THC e CBD
Apesar de parecer algo relativamente complexo, o pro-

cesso é mais simples do que parece, pois essa transforma-

ção ocorre por meio da temperatura. Então, para realizarmos

a descarboxilação, precisamos de uma boa fonte de calor.

Recomendados que você utilize um forno próprio para essa

finalidade, podendo optar por outros equipamentos como

Air Fryer que utiliza circulação de ar quente ou o mais reco-

mendável, que é a utilização da estufa de secagem

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DESCARBOXILAÇÃO | Importância da descarboxilação
PORQUE DESCARBOXILAR?
É importante lembrar que o material deve ser pesado antes e depois de realizar o processo de

descarboxilação e isso deve ser anotado, pois será importante nas próximas etapas.

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DESCARBOXILAÇÃO | Importância da descarboxilação

Forma ativa
A Cannabis produz canabinóides-
na forma de ácido e, apesar desses ca-
nabinóides ácidos estarem sendo estu-
dados atualmente, o objetivo é adquirir
a forma “neutra’ dos canabinóides, que
é transformá-lo de canabinóide ácido
para canabinóides livres (forma ativa).

CBD THC

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DESCARBOXILAÇÃO | Importância da descarboxilação

BIOSSÍNTESE DOS CANABINÓIDES

O GRUPO ÁCIDO É RETIRADO POR MEIO DO EM-

PREGO DE TEMPERATURA, QUE FAZ ESSE GRU-

PO SAIR NATURALMENTE

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DESCARBOXILAÇÃO | Itens necessários

Fonte de Calor e Balança

Bandeja de INOX Forno Balança

Preço Médio R$50,00 Preço Médio R$400,00 Preço Médio R$30,00

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DESCARBOXILAÇÃO | Processo de descarboxilação

Descarboxilação e terpenos

Apesar de não haver muitos estudos sobre o emprego medicinal dos terpe-

nos da Cannabis, muitos autores ressaltam sua importância na atividade terapêu-

tica e possivelmente sua ação sinérgica com as outras substâncias químicas, tais

como CBD e THC.

Para tentar preservar o máximo possível desses terpenos, recomendamos

que quando for realizar esse processo de descarboxilação no forno a superfície

das flores seja coberta por um papel alumínio, que é o procedimento que alguns

artigos adotam para preservar o máximo possível dessas substâncias.

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DESCARBOXILAÇÃO | Processo de descarboxilação
Novas pesquisas surgem constantemente. Sempre se atualize com especialistas

• Pré-aquecer o forno à 115-140°C

• Os canabinóides podem se degradar acima

de 180°C!

• Para fornos: Temperatura a 130°C por 30-35mi-

nutos. Lembrando de pré-aquecer o forno an-

tes de contabilizar o tempo.

• Para estufa e Air Fryer: Temperatura a 120°C

por 40 minutos.

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MACERAÇÃO | Etapa de extração dos princípios ativos

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MACERAÇÃO | Importância da maceração

Por que fazer a maceração?

A maceração é a etapa em que, definitivamen-


te, começamos a realizar a extração dos princípios
ativos da Cannabis. Nessa etapa, o material vege-
tal já descarboxilado, ou seja, com as substâncias
químicas já transformadas na sua forma ativa, en-
tra em contato com um solvente, no caso o álcool
de cereais, que irá extrair os canabinóides do mate-
rial vegetal e solubilizá-los. Basicamente, o solvente
transfere os princípios ativos da planta para o meio
líquido.

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MACERAÇÃO | Itens necessários

Frasco de vidro Álcool de cereal 5L Proveta Balança

Preço
Preço Médio
Médio R$R$ 23,00
23,00 PreçoMédio
Preço MédioR$
R$65,00
65,00 PreçoMédio
Preço MédioR$
R$40,00
40,00 Preço
PreçoMédio
MédioR$30,00
R$ 30,00

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MACERAÇÃO | Processo da maceração
É necessário ter cautela!
Utilizar o álcool de cereal gelado como solvente extrativo arrastará
menos ceras e ácidos graxos e, consequentemente, facilitará as etapas
posteriores;

Utilizar proporção 1:10 para cada maceração, ou seja, para cada 1g


de planta colocar 10mL de álcool; É possível utilizar a proporção 1:30
para aumentar o rendimento, no entanto, o aumento de rendimento
NÃO COMPENSA o preço do litro do álcool e dificultará a etapa de fil-
tração;

Recomendamos deixar macerando por 30 minutos, realizar a fil-


tração e macerar o material vegetal novamente por mais 30min e filtrar,
repetindo esse processo três vezes no total.

O macerado deve ser armazenado ao abrigo da luz, em processo


estático, ou seja, sem agitação.

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MACERAÇÃO | Processo da maceração
Importância do álcool de cereal
O álcool etílico hidratado (álcool de cereais) é

obtido por meio de cereais como o milho, arroz e

trigo, e é o álcool recomendado para a produção

de medicamentos homeopáticos, extratos para

uso humano, perfumes, aromatizadores, tinturas,

dentre outras finalidades terapêuticas, por ter ca-

racterísticas químicas que garantem mais segu-

rança e palatabilidade no produto final quando

comparado com o álcool que não é obtido de ce-

Lembre-se que se trata de um remédio e que este será reais.


ingerido. Portanto, use sempre álcool de cereal.

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MACERAÇÃO | Processo da maceração

Não deixe macerando por muito tempo!


Os ácidos graxos e ceras extraídas em longos processos macerativos, além de promoverem perda de

rendimento na etapa de evaporação darão sabor mais amargo e aspecto turvo ao óleo.

Macerando de acordo com nosso protocolo


Macerando por uma semana.

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FILTRAÇÃO | Etapa de eliminação de biomassa

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FILTRAÇÃO | Por que fazer a filtração?

Etapa de eliminação de biomassa


O processo de filtração visa retirar a biomassa ou material vegetal, que agora está sem os prin-

cípios ativos, e permite que tenhamos apenas o líquido com o princípio ativo extraído.

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39
FILTRAÇÃO | Itens necessários
Filtração e utensílios
Filtro de Café INOX Filtro de Malha

Preço Médio R$ 40,00 Preço Médio R$30,00

Papel filtro 100 unidades Becker 500ml Pisseta

Preço Médio R$ 30,00 Preço Médio R$20,00 Preço Médio R$10,00

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FILTRAÇÃO | Primeira filtragem
Processo
1. Pegar o macerado (Álcool + Planta) e filtrar grosseiramente em filtro de malha, voal, peneira ou
escorredor.
2. Colete o líquido resultante,. Os canabinóides estão presentes nele!

O importante é retirar o excesso de biomassa para facilitar a próxima etapa.


Método de fácil adaptabilidade de opções. Escolha a mais prática e acessível!

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FILTRAÇÃO | Prosseguimento da filtragem
Processo
1. Eliminação dos resquícios de biomassa;
2. Filtração minuciosa, deve ser realizada com pa-
ciência e atenção, repetindo o processo se neces-
sário.
3. A utilização de filtros de papel celulose é impor-
tante para reter as partículas pequenas de mate-
rial vegetal.
4. O sistema a vácuo é mais rápido e facilita esse
processo. No entanto, possui alto custo. Por isso,
é recomendado utilizar um filtro de café para fa-
zer esse processo e repetí-lo até o papel filtro estar
límpido!

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42
FILTRAÇÃO | Prosseguimento da filtragem
Não pule esta etapa!
Na imagem abaixo, é possível observar a segunda etapa da filtragem, após a eliminação da bio-
massa. Mesmo depois da primeira filtração, ainda sobra muito material particulado que pode propi-
ciar o crescimento de microrganismos no seu óleo!
Realize a filtragem em papel celulose até o filtro sair o mais límpido possível.
Observe a imagem!

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43
EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE E PREPARAÇÃO DO ÓLEO |
Etapa de obtenção da resina de Cannabis

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44
EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE E PREPARAÇÃO DO ÓLEO |
Por que a evaporação do solvente e preparação do óleo?
Agora que secamos, descarboxilamos, extraímos e filtramos os princípios ativos, podemos nos

preparar para a etapa final de produção do óleo, evaporação do solvente (álcool de cereal) e a incor-

poração do veículo, que é o azeite de oliva.

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45
EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE E PREPARAÇÃO DO ÓLEO |
Itens necessários
Materiais e insumos

Azeite
Azeite de oliva
de oliva extra Proveta Panela de arroz
virgem

Preço
PreçoMédio
Médiopode
podevariar
variar Preço Médio R$40,00 Preço Médio R$150,00

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46
EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE E PREPARAÇÃO DO ÓLEO |
Processo de evaporação do solvente
Fazer o procedimento em local arejado. O va-
por do álcool de cereais é irritante das mucosas e
pode gerar perigo em ambientes fechados.
Deve-se aferir constantemente a temperatu-
ra. Não deixe passar de 100°C;
Fontes de calor constantes como o fogão po-
dem facilmente ultrapassar essa temperatura e
são PERIGOSAS, enquanto que a panela de arroz
tem maior estabilidade na temperatura emprega-
da.
Deve-se averiguar resíduos de solvente ao fi-
nal do processo;
Incorporar aos poucos o azeite no final da
evaporação e realizar a homogeneização vigoro-
samente.

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47
EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE E PREPARAÇÃO DO ÓLEO |
Processo de preparação do óleo

Incorporação do azeite de oliva à resina


Após a obtenção da resina é o momento de
incorporar o azeite de oliva. Quando a resina so-
fre choque térmico ela forma grumos que podem
prejudicar a solubilização e a uniformização da
concentração de ativos no óleo,. Portanto, é im-
portante pré-aquecermos o azeite de oliva antes
de incorporá-lo na resina.
A quantidade de azeite a ser utilizada é rela-
tiva à quantidade de óleo que será preparado e a
concentração desejada em cada frasco.

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48
EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE E PREPARAÇÃO DO ÓLEO |

Exemplo
Processo de preparação do óleo
DESEJA-SE PREPARAR UM ÓLEO MEDICINAL DE CANNABIS COM A CONCENTRAÇÃO DE 5g de
planta descarboxilada/30mL POR FRASCO (30 ml), COMO DEVE SER FEITA A CONTA?

Cálculo
SUPONDO QUE SE PREPARARÁ 30g DE PLANTA NO MÊS. PODE SER FEITA UMA REGRA DE TRÊS
PARA DESCOBRIR A QUANTIDADE EXATA DE AZEITE A SER UTILIZADO NO PROCESSO. TEMOS
30g DE PLANTA DESCARBOXILADA QUE RENDERÃO 6 FRASCOS (30 dividido por 5). A CONCEN-
TRAÇÃO POR FRASCO PODE E DEVE SER DISCUTIDA COM SEU MÉDICO PRESCRITOR!
Sempre verifique se há a presença de grumos de resina para solubilizá-la melhor antes do enva-
samento!

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49
ESTERILIZAÇÃO DE RECIPIENTES |
Esterilização dos frascos que acondicionarão o medicamento

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50
ESTERILIZAÇÃO DE RECIPIENTES |
Por que fazer a esterilização dos recipientes?

Agora com o óleo preparado, podemos re-

alizar o acondicionamento no frasco recipiente.

É importante que o frasco seja esterilizado para

evitar qualquer contaminação microbiológica

no medicamento.

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51
ESTERILIZAÇÃO DE RECIPIENTES | Itens necessários
Esterilização dos frascos que acondicionarão o medicamento
A eliminação pode ser por métodos físicos e/ou químicos, sendo muito importante respeitar

essa etapa para não comprometer o remédio manipulado e favorecer o aparecimento de doenças

infecciosas no paciente!

Ambos os métodos são eficazes. No entanto, sempre que possível utilize os dois métodos para

maior segurança!

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52
ESTERILIZAÇÃO DE RECIPIENTES | Processo de esterilização

Passo a passo

• Deixar submerso em álcool 70% por duas horas

• Secar em papel pardo ou papel toalha

• Realizar esterilização física do resíduo de álcool

utilizando o forno à 200°C até a sua completa eva-

poração

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53
ESTERILIZAÇÃO DE RECIPIENTES | Rotulagem

Segurança familiar e rotulagem


Proteja o remédio dos membros da famí-
lia que não sejam os pacientes, deixando cla-
ramente identificado o conteúdo do recipiente
com todas as especificações.
Manter longe de crianças!!!!

MODELO PADRÃO
ÓLEO MEDICINAL DE CANNABIS
Planta: ( ) CBD ( ) THC ( ) Mix
Data manipulação:
Data de validade:

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54
ESTABILIDADE | Conservar e garantir a qualidade do óleo

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55
ESTABILIDADE | Entendendo a estabilidade em óleo

Estudo da estabilidade em óleo

Este estudo avaliou a concentração do óleo


contendo THC e CBD armazenado em geladeira
(4°C) por 42 dias e demonstrou que em tempera-
turas baixas o óleo é estável!
Fatores oxidantes como a luz e temperatu-
ra podem estar relacionados com essa redução,
principalmente quando não há a adição de subs-
tâncias antioxidantes.
A redução do teor de canabinóides na primei-
ra semana ainda não é totalmente explicada.

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56
ESTABILIDADE | Entendendo a estabilidade da planta
-18°C 4°C

Os canabinóides são mais estáveis na planta


congelada do que no óleo pronto!

No gráfico ao lado é possível observar que em baixas

temperaturas os canabinóides são estáveis.


22°C 37°C
Apesar do CBD ser estável por muitas semanas, SEM-

PRE DÊ PREFERÊNCIA PARA GUARDAR A PLANTA

NA GELADEIRA!

• Caso sua colheita seja muito grande, prepare a quanti-

dade de óleo necessária para o mês e congele as flores

restantes.

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57
ESTABILIDADE | Armazenagem do óleo

• Caso necessário, só guarde na geladeira

os óleos que ainda não estão sendo utiliza-

dos e você usará posteriormente!

• Não recomendamos guardar o óleo que

você está utilizando, no momento, na gela-

deira, pois o azeite congela.

• Quando for utilizar o novo óleo, tire-o da ge-

ladeira e deixe ele em temperatura ambiente

para o azeite voltar ao seu estado líquido.

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IDENTIFICAÇÃO DE CANABINÓIDES|

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IDENTIFICAÇÃO DE CANABINÓIDES| Reagentes

O REAJA é uma empresa voltada à produção e desenvolvimento de reagentes colorimétri-


cos para testes de presunção de substâncias.
Os testes colorimétricos são estratégias de identificação baseadas na mudança de cor da subs-
tância quando na presença do reagente. As bases científicas estão respaldadas em diversos traba-
lhos acadêmicos que atestam a eficiência na utilização dos testes colorimétricos.
Um exemplo da aplicação dos testes está na identificação e diferenciação de cepas, extratos, ou
produtos de cannabis alto THC ou alto CBD.

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32956496/

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IDENTIFICAÇÃO DE CANABINÓIDES| Reagentes

EXTRATOS COSMÉTICOS e
FLORES ÓLEOS Testar em extratos con-
ALIMENTOS

Ao preparar seu óleo é centrados é ainda mais É possível realizar a testa-


É possível usar o REAJA
possível ter ideia da con- fácil, pois devido a alta gem em alguns produtos
para testar flores.
centração usando o RE- concentração a reação é cosméticos e alimentícios.
Assim, ainda durante o Ainda não foram completa-
AJA. ainda mais intensa.
cultivo você poderá sele- mente validados para essas
Compare a intensida- Caso seu extrato seja
cionar as plantas com o matrizes. Entretanto, diver-
de de cor e consiga pa- muito escuro, procure
sas amostras apresentam
perfil químico desejado. dronizar sua produção diluí-lo com álcool para
resultado positivo em con-
caseira. Identifica cana- visualizar melhor o resul-
centrações acima de 0,5%.
binóides em concentra- tado.

ções acima de 0,5%

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IDENTIFICAÇÃO DE CANABINÓIDES| Reagentes
Passo a passo
1. Separe uma porção da amostra:
• 1 gota de óleo • 50mg de flor • 10mg de extrato


2. Pingue uma gota do REAJA CBD
3. Pingue uma gota do REAJA THC:CBD
4. Aguarde a variação de cor por 5 minutos

5. Compare com a tabela de referência


*Ao comparar duas amostras, caso uma venha a desenvolver a cor mais rápido e intensamente, é possí-
vel inferir que essa está mais concentrada.

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Tabela de referência

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