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ATENDIMENTO,

DESEMPENHO ESCOLAR,
ATENDIMENTO,
AUTOCONCEITO,
DESEMPENHO ESCOLAR,
PROGRAMAPROGRAMA
AUTOCONCEITO, DE
INTERVENÇÃO
DE INTERVENÇÃOEE SUPORTE
SUPORTE
PSICOPEDAGÓGICO
PSICOPEDAGÓGICO

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
INE – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ATENDIMENTO, DESEMPENHO ESCOLAR, AUTOCONCEITO, PROGRAMA DE
INTERVENÇÃO E SUPORTE PSICOPEDAGÓGICO

CONTEÚDO DO LIVRO
➢ Emocionais,
➢ Orgânicos,
➢ Psicossociais
➢ Culturais.
Estes são alguns aspectos cognitivos que envolvem a aprendizagem. A aprendizagem é
resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência
destes para novas situações.
A ação educativa da escola com alunos especiais deve incluir muitos conteúdos curriculares
específicos, que servirão de suporte ao trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula e
totais condições para o aluno integrar-se ao mundo das letras, despertando total interesse e
desejo de saber e de saber fazer.
Mas não é um processo fácil o de escolarização, já que são detectados muitos problemas como:
➢ Dificuldade de coordenação motora,
➢ Agressividade,
➢ Falta de atenção em sala de aula,
➢ Dificuldade com ordenação
➢ Fatores biológicos,
➢ Sociais,
➢ Emocionais,
➢ Pedagógicos, etc.
Ao se fazer uma análise profunda na falta de aprendizado de uma criança ainda detectamos
outros agravantes como a imaturidade para determinados conceitos, baixa autoestima,
problemas sociais e fisiológicos, dificuldade de concentração ou até mesmo não estar em
sintonia com o que a escola ensina e sua maneira de aprender. A família e o professor são a base
para o sucesso da aprendizagem. E muitas vezes o professor sempre enxerga as dificuldades
primeiro que os pais e ao estar atento, pode encaminhar a criança a especialistas.
Toda criança é fruto do seu meio e de sua herança genética. Essa combinação de fatores começa
desde a fase pré-natal, onde o ambiente começa a exercer sua ação até a fase adulta.
O psicopedagogo trabalha todo esse aspecto em uma visão holística do ser humano. Devido ao
fator ambiental um indivíduo irá sofrer influências significativas conforme sua predisposição
hereditária e as fases de desenvolvimento que ele enfrenta.
Fruto de diversas interações, a aprendizagem pode ser influenciada por diversos fatores e
interferem entre si no contexto do desenvolvimento global do ser humano. Existem inúmeros
fatores que podem desencadear uma dificuldade ou um distúrbio de aprendizagem e existem
várias condicionantes fundamentais como:
➢ Orgânicos: Saúde física deficiente, falta de integridade neurológica (sistema nervoso
doentio) alimentação inadequada, etc.
➢ Psicológicos: Inibição, fantasia, ansiedade, angustia, inadequação à realidade, sentimento
generalizado de rejeição.
➢ Ambientais - O tipo de educação familiar, o grau de estimulação que a criança recebeu desde
os primeiros dias de vida, a influência dos meios de comunicação, etc.

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Quando uma criança apresenta alguma dificuldade de aprendizagem ela tem a necessidade de
ser avaliada em vários aspectos como a sua relação com o professor, entre colegas de classe, os
métodos didáticos, situação familiar, personalidade da criança e dificuldade de educação.
O comportamento que indique problemas pode ter origem no fator genético da criança ou no
fator social.
Para Mielnik um comportamento que caracteriza distúrbio, dificuldade ou problema de
aprendizagem deve conter os seguintes fatores:
➢ Tendências internas e defesas psíquicas do ego infantil
➢ Influencias de pressões internas e externas
➢ Meios de adaptação a essas pressões·
➢ Ambiente cultural
➢ Conduta e personalidade dos pais e irmãos
➢ Idade
➢ Constituição física
➢ Desenvolvimento (período em que a criança se encontra)
➢ Tensões e traumas de vida cotidiana ao qual a criança fica exposta
➢ Processos envolvidos na maturação da personalidade infantil.
Quando o professor detecta alguma coisa diferente, ele precisa analisar se estas características
permanecem ou não, pois pode ser uma fase temporária e precisa apenas de supervisão mais
direta para poder superá-la.

Dificuldade da escrita
A escrita, antes de qualquer coisa é um maior aprendizado motor. Por isso, o trabalho
psicomotor tem como objetivo principal a motricidade espontânea, coordenada e rítmica. Os
professores desenvolvem as habilidades manuais usando modelagem, recortes e colagem.
Através disso, o ritmo do traçado e sua orientação da esquerda para a vão gradualmente
melhorando.
O controle da velocidade e a manutenção de sua constância serão obtidos por exercícios em
séries crescentes e decrescente. O trabalho que chamamos de controle tônico assume
igualmente uma enorme importância. É essencial para a criança dispor de uma motricidade
espontânea, rítmica, liberada e controlada, sobre a qual o professor poderá apoiar-se.
Disgrafia: É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual ou a percepção da “coisa”.
Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, em geral são ilegíveis. Existem vários níveis da
disgrafia, desde a incapacidade de segurar um lápis e traçar uma linha, até a apresentada por
crianças que são capazes de fazer desenhos simples, mas não cópias de palavras do quadro.
As principais características das crianças disgráficas são:
➢ Apresentação desordenada do texto,
➢ Margens mal feitas ou inexistentes,
➢ Espaço irregular entre palavras,
➢ Linhas e entrelinhas,
➢ Traçado de má qualidade,
➢ Distorção de formas de letra
➢ Separação inadequada de letras.

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Deficiência de Atenção
É a dificuldade de concentrar e de manter concentrada a atenção em objetivo central, para
discriminar, compreender e assimilar o foco central de um estímulo. Esse estado de
concentração é fundamental para que, através do discernimento e da elaboração do ensino,
possa completar-se a fixação do aprendizado. A Deficiência de Atenção pode manifestar-se
isoladamente ou associada a uma Linguagem Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou,
opostamente, a Hipoatividade.

Psicomotricidade e seus conceitos


Psicomotricidade é um assunto que vem sendo desenvolvido desde o século passado, embora
nos últimos trinta anos tenha ocupado um espaço de discussão bem maior, principalmente pelos
profissionais da educação. Vários estudos foram feitos, primeiro a teoria e depois a prática, mas
posteriormente chegaram a um consenso. Após o conceito de debilidade motora, veio o de
coordenação geral do corpo e aptidões físicas, até hoje estudado.
Definição de Psicomotricidade:
“uma ciência que tem por objetivo o estudo
do homem por meio do seu corpo em
movimento, nas relações com seu mundo
interno e externo”. (Sociedade Brasileira de
Psicomotricidade,1982, p.17).
Historicamente o termo “psicomotricidade” aparece a partir do discurso médico, mais
precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do
córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras.

Alguns enfoques de Psicomotricidade


Dupré, neuropsiquiatria, em 1909, ele quem afirma a independência da debilidade motora
(antecedente do sintoma psicomotor) de um possível correlato neurológico.
Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria
fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon
relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo.
Edouard Guilmain- 1935, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de
diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico. Julian de Ajuriaguerra -1947-
psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com
suas próprias particularidades. Delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam
entre o neurológico e o psiquiátrico.

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Classificação das funções psicomotoras, baseadas em Vera Gomes (1992), divididas em:
1. coordenação dinâmica global:
2. esquema corporal:
3. tônus:
4. coordenação motora fina:
5. organização espacial e temporal:
6. ritmo:
7. lateralidade:
8. equilíbrio:
9. respiração:
10. relaxamento:

Como Era Percebido O Brincar?


Na antiguidade, as crianças participavam das mesmas brincadeiras dos adultos. Toda a
comunidade participava das festas e brincadeiras, com a finalidade de estreitar os laços afetivos.
Essas brincadeiras, jogos e divertimentos eram vistos sob dois prismas. Uma parte da sociedade
aceitava este tipo de atitude, percebendo-as como meio de crescimento social, os outros
recriminavam pois associavam aos prazeres carnais, ao vício e ao azar.
Os humanistas do Renascimento perceberam as possibilidades educativas dos jogos e passaram
a utilizá-los. Passou-se a considerar as brincadeiras e jogos como uma forma de preservar a
moralidade dos “minis adultos”, proibindo-se os jogos considerados “maus” e aconselhando-se
aqueles considerados “bons” (WAJSKOP, 1995, p. 63).
Houve uma preocupação com a moral, a saúde e o bem comum e passou-se a elaborar propostas
baseadas no jogo especializado, de acordo com a idade e o desenvolvimento da criança. Foi com
a ruptura do pensamento romântico que se deixou de ver a brincadeira apenas como um ato
lúdico. Ela passou a ser valorizada no espaço educativo.
Segundo WAJSKOP (1995), pesquisadores como Comenius, Rousseau e Pestalozzi, contribuíram
para a valorização da infância. Baseados numa concepção idealista e protetora da criança
propuseram uma educação dos sentidos, utilizando-se de brinquedos e centrada na recreação.
Iniciou-se, assim, a elaboração de métodos próprios para a educação infantil. Com essas ideias
é que se passa a ver a educação das crianças pequenas como características particulares, não
mais como a educação dos “adultos em miniatura”.
Os pedagogos Friedrich Fröebel, Maria Montessori e OvideDécroly realizaram pesquisas a
respeito da criança. Fröebel iniciou a educação institucional.
Estes pesquisadores iniciaram a educação sensorial, utilizando-se de jogos e materiais didáticos.
WAJSKOP (1999, p. 21) afirma que... foram os primeiros pedagogos da educação pré-escolar a
romper com a educação verbal e tradicionalista de sua época. Propuseram uma educação
sensorial, baseada na utilização de jogos e materiais didáticos, que deveria traduzir por si a
crença em uma educação natural dos instintos infantis.
Segundo Kishimoto, citado por SANTOS (1999), Fröebel foi o primeiro educador que justificou o
uso do brincar no processo educativo. Ele tinha uma visão pedagógica do ato de brincar. O
brincar, pelo ato de brincar desenvolve os aspectos físicos, moral e cognitivo, entre outros, mas

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o estudioso defende, também, a necessidade da orientação do adulto para que esse


desenvolvimento ocorra.
Consequentemente, as escolas que adotam as teorias froebelianas permitem o brincar com
atividades orientadas e também livres. Os brinquedos são vistos como suporte para a ação do
brincar, proporcionando a aquisição de habilidades e conhecimentos.

REFLEXÃO SOBRE A FALÊNCIA DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO SABER E DA


INSTITUIÇÃO ESCOLAR
O fracasso escolar do aluno e o fracasso da própria escola tem sido objeto de reflexão e da
análise crítica da sociedade e de estudiosos.
A competência profissional duvidosa dos docentes, o modelo institucional-autoritário, perverso
e ultrapassado, e o indivíduo, ainda em formação, sujeitado em sua fragilidade a esse meio -
compõem, infelizmente, o retrato da educação em nosso país.
Refletir sobre esta questão requer, a princípio, uma postura política ideológica e,
essencialmente, uma postura de humildade, a saber-se sempre no papel de aprendiz da
construção do conhecimento, de aprendiz da aquisição dos saberes que fundamentam a relação
ensino aprendizagem.
Para além de prédios, de novas tecnologias e de todas as inovações que o porvir possa
incorporar ao processo pedagógico a grande meta é, e sempre será, o sujeito. A qualidade da
pedagogia é uma tarefa humana que prescinde de uma visão ampla e crítica em constante
evolução, nutrindo-se da interdisciplinaridade e compondo uma visão holística sobre o ato de
ensinar e qualificar o sujeito para ser um agente de transformações do seu tempo - e, não o
adaptar destruindo assim sua subjetividade; qualificando-o, então, a ser escravo do seu tempo.
Portanto, mais que ensinar ou mais que transmitir conhecimento; ou ainda fazer parte do
processo de construção cognitiva; os que se colocam no lugar da transmissão de um suposto
saber têm a responsabilidade de aceitarem para si o desafio - do lugar ocupado - vazio por
excelência; já que ainda não concluído (quiçá nunca!), que é preenchido pela expectativa, pela
esperança descender-se a esse espaço privilegiado onde se supõe haver um instrumento, uma
ferramenta que abrirá portas - internas e externas a esse sujeito - Aprendiz por natureza
nomeado: Aluno
Até que todas as grades escolares sejam derrubadas libertando as diferenças e a subjetividade;
até que construir o saber seja permitido e louvado; até que a afetividade seja um ingrediente
necessário e trabalhado - O professor há de ocupar esse lugar.
Entretanto, se estiver consciente da impossibilidade de preenchê-lo (mas da necessidade de
ocupá-lo) sua função será com certeza exercida sem hipocrisia e arrogância, mantos que vestem
os espaços destinados ao poder. Essa concepção exige do professor um amplo domínio tanto do
conteúdo a ser ensinado quanto um conhecimento pedagógico para que possa selecionar
estratégias mais adequadas para colaborar com a reorganização dos conceitos do aluno. Requer,
também, um aprofundamento do saber das relações humanas e suas vicissitudes. Pois, no
processo ensino aprendizagem, acima de métodos e técnicas, interagem pessoas de diferentes
formações, afetos, carências e demandas.

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Onde se insere, na maioria das vezes, totalmente despreparado, a figura do educador como
mediador e continente de todos os possíveis conflitos que surgem nos relacionamentos dessa
natureza.
Esta visão holística do processo ensino-aprendizagem pressupõe uma reorganização dos
conteúdos a serem trabalhados, exigindo uma visão mais ampla do conceito de “disciplinas” ...
A interdisciplinaridade é, sem dúvida, uma meta a ser buscada, na medida. em que o
conhecimento não deve ser fragmentado em disciplinas isoladas, mas sim trabalhado numa
visão globalizante e integracional. Gusdorf citado por Fazenda (1991), afirma que o que se
designa por interdisciplinaridade é uma atitude epistemológica que ultrapassa os hábitos
intelectuais estabelecidos ou mesmo os programas de ensino(...) A ideia de interdisciplinaridade
é uma ameaça à autonomia dos especialistas, vítimas de uma restrição de seu campo mental.
Eles não ousam suscitar questões estranhas à sua tecnologia particular, e não lhes é agradável
que outros interfiram em sua área de pesquisa” (p.24).

Sobre a sexualidade infantil e suas consequências


Em 1905 Freud publica seu trabalho sobre a sexualidade infantil, que será revisto até 1920.As
ideias básicas desse texto, e aparentemente óbvias para nós do fim do século, causaram um
espanto e um repúdio tão grande que Freud foi considerado por muitos, como um perverso,
pregador de um pansexualismo inconsequente.
Foi preciso o tempo passar e a humanidade tornar-se um pouco mais flexível em relação a sua
sexualidade e seus modelos afetivos para que muito da hipocrisia da sociedade em que Freud
vivia fosse desmascarada, e o seu trabalho encarado como uma contribuição fundamental para
a compreensão da psique humana.
Freud pontua a diferença do ser civilizado e do animal a partir de sua estrutura pulsional. Os
animais têm instintos, que moldam padrões de comportamentos, que variam de espécie para
espécie, porém, dentro de cada espécie são altamente inflexíveis.
Uma criança não é um animal, não tem instintos com padrões fixos, forçados ou moldados. Um
animal sobrevive instintivamente em seu habitat através de seu comportamento fixado por
hereditariedade. O sujeito só sobrevive amparado afetivamente e economicamente. Sua missão
de vida e, em termos, domesticada através da educação em favor da civilização.
Porém, o percurso da pulsão ao longo do desenvolvimento do sujeito, terá características
próprias e peculiares. Para Freud o indivíduo nasce potencialmente bissexual, dado que a pulsão
é polimorfa - não trazendo discriminada em sua estrutura um objeto específico. E de acordo
com o desfecho do caminho que a pulsão percorre pelas fases do desenvolvimento, que o
indivíduo, independentemente de sua configuração anatômica, se tomará um homem ou uma
mulher.
O desenvolvimento humano será marcado por suas relações afetivas que darão sentido a pulsão.
São os responsáveis pela educação da criança desde a mais tenra idade, ou seja, seus primeiros
objetos de amor, que marcarão o destino do sujeito, através das épocas sucessivas de sua.
maturação. Freud observa, no decorrer de suas análises, que as fases do desenvolvimento
individual se organizam de acordo com a parte do corpo em que a libido esta
momentaneamente concentrada em consequência das necessidades fisiológicas e dos cuidados
de higiene porque passa a criança em seus primeiros anos de vida. Estabelecendo, assim, a
primazia de uma zona erógena do corpo.

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As fases pré-genitais são nomeadas pela parte do corpo onde está concentrada a libido - fase
oral, anal e fálica - que por hipótese, num transcurso normal do desenvolvimento, deve alcançar
um período de latência que se situa entre os sete e treze anos de idade; até, finalmente, chegar
na fase genital que alcança sua plenitude por volta dos dezoito anos de idade.

Fase oral
Vai desde o nascimento até o desmame estando sob a primazia da zona erógena bucal. É pela
boca que começará a provar e a conhecer o mundo externo. O seio e a mamadeira são os
primeiros objetos de prazer que a criança tem contato; à medida que saciam a fome que causa
tensão no organismo.
A criança procurará repetir a sensação prazerosa de satisfação que ocorre com a alimentação,
tentando reproduzi-la independentemente da necessidade fisiológica – levando a boca todos os
objetos que estiverem disponíveis: dedo, chupeta, chocalho, fraldas, etc. A mãe passa a ser,
então, uma figura ligada à satisfação, ao prazer do ato de mamar - ao seio provedor -à quem a
criança está identificada. A mãe constitui-se, primitivamente, no primeiro objeto de amor há
quem a pulsão se liga fora do corpo da criança.

Fase anal
A libido passa da organização oral gradativamente sem evidentemente abandoná-la de todo,
para a fase anal aproximadamente entre 1 e 3 anos de idade. Esta zona passa a ter uma
importância significativa paralelamente ao aprendizado do asseio esfincteriano. A mãe passa de
nutridora incondicional da fase oral à exigente disciplinadora dos hábitos de higiene. Criando
um sentimento de ambivalência da criança em relação a ela.

Fase fálica
Ocorre dos quatro aos sete anos aproximadamente e é marcada pelo interesse sobre a diferença
anatômica, isto é, sobre os genitais. E marcada também por um momento decisivo para a
formação do sujeito - “O Complexo de Édipo”.
A curiosidade sobre as diferenças entre o menino e a menina se volta para o órgão sexual
masculino. O pênis, por ser visualmente destacado, passa a ter um significado de referência. O
menino que possui o pênis encara a falta na menina como uma ameaça à sua integridade física.
A fantasia de que todos são iguais e que por algum motivo as meninas foram punidas e
castradas, leva o menino a temer a castração. Já a menina, a priori, encara a diferença como
uma perda irreparável - o clitóris representa para ela o pênis não desenvolvido, que foi castrado.
Surge nessa fase o “Complexo de Castração”. O Complexo de Castração está ligado ao núcleo do
Complexo de Édipo; e surge como uma ameaça real ou fantasmática de castração.

Fase de latência
A fase de latência é o período que vai dos cinco aos dez anos de idade. É um período em que o
desenvolvimento sexual da criança é interrompido, uma vez que ela não exercita muito os
impulsos sexuais por perder o interesse.
A criança usa a energia psíquica para fortalecer o seu ego e, logo depois, com o ego fortalecido
e com o superego em desenvolvimento, a criança se volta para outras atividades, como amizade,
jogos, escola e outros.

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Caso a criança tenha passado pelas fases anteriores com aprazimento, os impulsos sexuais,
nessa fase, serão ignorados por causa das novas motivações. Porém, quando os conflitos
anteriores não são realizados com satisfação, o período de latência passa a ser de desordem, a
criança fica irritada, nervosa, agressiva. A fase de latência pode ser dividida em dois períodos:
1º - dos cinco aos oitos anos – Os problemas edipianos estão à tona, a criança impede
os impulsos eróticos e agressivos. Em seu momento de lazer e nas suas horas vagas,
utiliza rituais mágicos, simpatia e etc. Seria uma forma de consolidar a seu superego.
2º - dos oito aos dez anos – Nesse período a criança passa a ter menos conflitos, porque
o seu superego já está estabilizado, com isso a criança passa a ser independente e está
pronta para encarar a realidade. Nessa fase, a criança torna-se mais justa, desenvolve a
noção de equidade social e deseja que as outras crianças usufruam das mesmas
vantagens que ela.

Fase genital
Fase do desenvolvimento psicossexual caracterizada pela organização das pulsões parciais sob
o primado das zonas genitais; compreende dois momentos, separados pelo período de latência:
a fase fálica (ou organização genital infantil) e a organização genital propriamente dita que se
institui na puberdade (adolescência).

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