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CIPA -

Conceitos e
Implantação
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida,


desde que citada a fonte.

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Sumário
Apresentação 5

Unidade 1 | Funções e Atribuições da CIPA 7

1 Introdução à CIPA 8

2 Funções e Atribuições da Comissão 10

Glossário 12

Atividades 13

Referências 14

Unidade 2 | Riscos Ambientais, Insalubridade e Periculosidade 16

1 Estudo do Ambiente e das Condições de Trabalho 16

1.2 Riscos Originados do Processo Produtivo 18

1.2.1 Riscos de Queda de Pessoas e Objetos 18

1.2.2 Esforço Físico no Transporte Manual de Carga 19

1.2.3 Manipulação ou Movimentação de Produtos Químicos e Perigosos 20

2 Medidas de Controle dos Riscos 21

2.1 Medidas Técnicas 21

2.2 Medidas Médicas 22

2.4 Medidas Administrativas 23

2.5 Medidas Educativas 23

Glossário 24

Atividades 25

Referências 26

Unidade 3 | Doenças Ocupacionais e Acidentes de Trabalho 28

1 Acidentes de Trabalho 28

1.1 Doença Profissional e Doença do Trabalho 30

1.2 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS 31

Glossário 34

Atividades 35

3
Unidade 4 | Mapa de Riscos e Investigação de Acidentes 38

1 Mapa de Riscos 38

1.2 Investigação e Análise de Acidentes e Doenças de Trabalho 40

Glossário 42

Atividades 43

Referências 44

Unidade 5 | Primeiros Socorros e Combate a Incêndios 46

1 Providências a Serem Tomadas 47

1.1 Isolamento e Sinalização do Local 47

1.2 Acionamento de Recursos e Socorro 48

1.3 Cuidados com a Vítima 49

2 Combate aos Incêndios 49

2.1 Triângulo de Fogo e Formas de Transmissão de Calor 50

2.2 Classes de Incêndio 51

2.3 Tipos de Extintores e Técnicas de Utilização 52

Glossário 54

Atividades 55

Referências 56

4
Apresentação

Prezado aluno,

Seja bem-vindo ao Curso CIPA - Conceitos e Implantação !

Neste curso você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 30h e foi organizado em 5 unidades, conforme a
tabela a seguir:

Unidade Carga horária


1 - Funções e atribuições da CIPA 6 horas
2 - Riscos ambientais, insalubridade e periculosidade 6 horas
3 - Doenças ocupacionais e acidentes de trabalho 6 horas
4 - Mapa de riscos e investigação de acidentes 6 horas
5 - Primeiros Socorros e Combate a incêndios 6 horas

Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar pelos conteúdos e realizar as atividades previstas nas “Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”;

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas entre em contato com a suporteead@sestsenat.org.br (0800 7282891).

Bons estudos!

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UNIDADE 1 | FUNÇÕES E
ATRIBUIÇÕES DA CIPA

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Unidade 1 | Funções e Atribuições da CIPA

ff
Muitas pessoas imaginam que os acidentes de trabalho
ocorrem apenas com as pessoas que trabalham em profissões
perigosas ou em atividades que claramente oferecem riscos
à sua saúde. Você conhece alguém que tenha sofrido um
acidente de trabalho? Acredita que os acidentes de trabalho
possam ser evitados?

Para começar o nosso curso, vamos conhecer a legislação que trata da prevenção de
acidentes e compreender as funções e as atividades da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA). Vamos iniciar nosso estudo esclarecendo o que é a CIPA e por
qual motivo ela é essencial para a garantia das boas condições de trabalho e para a
manutenção da saúde do trabalhador.

As Normas Regulamentadoras (NR) são de observância obrigatória pelas empresas


privadas e públicas e pelos órgãos públicos. O descumprimento de suas disposições
legais e regulamentares acarretará ao empregador a aplicação das penalidades
previstas na legislação (MTE, 2015).

7
1 Introdução à CIPA

Em 2013, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou a Pesquisa


Nacional de Saúde (PNS) em colaboração com o Ministério de Saúde (MS). Um dos
objetivos da pesquisa foi fazer um levantamento acerca dos acidentes de trabalho
(FUNDACENTRO, 2015).

Segundo dados da PNS, quase 5 milhões de trabalhadores

ee
sofreram algum tipo de acidente de trabalho no ano de 2013,
dos quais mais de 1,6 milhão na faixa de 18 a 29 anos.Do total
de acidentados, 3,5 milhões eram homens e 1,5 milhão eram
mulheres.

A PNS aponta que quase 17% dos trabalhadores sofreram mais de um acidente no
intervalo de 12 meses. Isso significa que as empresas não estão agindo de maneira
satisfatória na prevenção de acidentes, permitindo que reincidências aconteçam em
curtos espaços de tempo. Por meio desses números podemos perceber como a CIPA
exerce papel fundamental nas empresas.

bb
Conhecer as NR é uma obrigação de todo empregador. Para
saber quais são e do que tratam as normas, acesse o portal do
MTE no link a seguir.

http://acesso.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.

A Norma Regulamentadora NR 5 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),


publicada em 1978 e suas alterações, é o principal documento que trata dos
procedimentos que devem ser adotados para constituição da CIPA e suas atribuições.
De acordo com o item 5.1 da Norma:

8
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem
como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes
do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador. (MTE, 1978)

A NR 5 (MTE, 1978), estabelece que A CIPA deve ser composta de representantes do


empregador e dos empregados, garantindo que sua atuação será imparcial. A norma
estabelece, ainda, a quantidade de membros que farão parte da Comissão, os trâmites
para a eleição de titulares e substitutos e todas as regras para a instituição da Comissão.

aa
Para saber quantos membros deve ter a CIPA de sua empresa,
consulte o Quadro I da NR 5.

A norma define que cabe aos empregados:

• participar da eleição de seus representantes;

• colaborar com a gestão da CIPA;

• indicar à CIPA, ao Serviço especializado em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT) e ao empregador situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho;

• observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção


de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

9
2 Funções e Atribuições da Comissão

bb
Aprofunde-se, assista a um vídeo que esclarece um pouco
das funções e atribuições da CIPA em uma das maiores e mais
conhecidas empresas do mundo. Acesse o link a seguir.

https://www.youtube.com/watch?v=4DBhhBQetcM

Para compreendermos melhor a importância da CIPA, o item 5.16 da NR 5 trata da


extensa lista de atribuições da CIPA. São elas (MTE, 1978):

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com


a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de


problemas de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de


prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais
de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu


plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no


trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

10
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros


programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como


cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;

k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador,


da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;

l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham


interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana


Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de


Prevenção da AIDS.

11
Resumindo

• Prevenir acidentes não é uma tarefa simples, pois eles podem ocorrer
com qualquer trabalhador, mesmo que ele esteja executando tarefas
simples do dia a dia nas empresas.

• A constituição da CIPA é uma das mais importantes ações relacionadas


à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

• Entre muitas responsabilidades, o objetivo principal da Comissão


é compatibilizar as atividades de trabalho nas empresas com a
preservação da saúde e da integridade física e mental do trabalhador.

• A CIPA é formada por representantes do empregador e dos funcionários.


A ideia é que os dois grupos trabalhem juntos para prevenir acidentes e
melhorar a qualidade do ambiente de trabalho.

Glossário

Reincidências: voltar a praticar um delito havendo sido anteriormente condenado por


outro.

Prevenção: conjunto de medidas ou preparação antecipada que visa evitar que algo
aconteça.

12
Atividades

1. A CIPA realiza muitas atividades em empresas, como:

dd (

(
) comprar equipamentos de proteção individual (EPI).

) substituir o trabalhador ferido em caso de acidente.

) desligar as máquinas ao fim do expediente.

( ) identificar os riscos do processo de trabalho.

2. A atuação da CIPA é importante, mas cabe ao trabalhador


colocar em prática as recomendações quanto à prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

( ) Certo ( ) Errado

3. A NR 5 (MTE, 1978), estabelece que a CIPA deve ser


composta de representantes ____________________________,
garantindo que sua atuação será imparcial.

( ) de todos os setores administrativos da empresa.

( ) do empregador e dos empregados.

( ) de fornecedores e clientes da empresa.

( ) do sindicato dos trabalhadores.

4. Marque C (certo) ou E (errado):

( ) A CIPA não poderá propor medidas de solução dos


problemas de segurança.

( ) Somente a CIPA poderá sugerir mudanças para a redução


dos riscos.

( ) É importante para a CIPA avaliar o cumprimento de metas


periodicamente.

( ) A Comissão deve participar ativamente das campanhas


internas de promoção da saúde do trabalhador.

13
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.


DIAS, Elizabeth C. (Org.). ALMEIDA, Idalberto M., et al (Col.). Doenças Relacionadas ao
Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Brasília, 2001.

_______. MTE. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/


legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 20 de outubro de 2015.

_______. MTE. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. Portaria


GM no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. Portaria GM


no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. Portaria SIT nº 313, de 23 de março de


2012. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2012.

_______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios


da Previdência Social e dá outras providências. Presidência da República. Brasília,
1991.

FUNDACENTRO. Acidentes de trabalho no Brasil em 2013: comparação entre dados


selecionados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (PNS) e do Anuário Estatístico
da Previdência Social (AEPS) do Ministério da Previdência Social. Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/
arquivos/projetos/estatistica/boletins/boletimfundacentro1vfinal.pdf>. Acesso em:
20 de outubro de 2015.

GONÇALVES, E. A. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR, 2000.

GONÇALVES, E. A. Segurança e Medicina do Trabalho. 3ºed. São Paulo: LTR, 2000.

SANTOS JÚNIOR, E. A. De que adoecem e morrem os motoristas de ônibus? Revista


Brasileira de Medicina do Trabalho, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 138-147, 2003.

TAMBURRO, A. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. São Paulo, 2015.

WALDHELM NETO, N. CIPA – NR 5 Implementando e Mantendo. Editora Viena, São


Paulo: 2014.

14
UNIDADE 2 | RISCOS
AMBIENTAIS, INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE

15
Unidade 2 | Riscos Ambientais, Insalubridade e
Periculosidade

ff
Você já analisou as atividades desenvolvidas em sua empresa?
Saberia dizer se há alguma atividade que oferece riscos maiores
de ocorrência de acidentes? Além dos possíveis acidentes,
você considera que alguma atividade desenvolvida pode gerar
desgastes físicos e psicológicos aos trabalhadores?

Nesta unidade, vamos aprender a reconhecer os riscos inerentes ao ambiente de


trabalho. Vamos compreender que algumas atividades oferecem condições de
insalubridade e periculosidade aos trabalhadores, os quais devem estar preparados
para que os prejuízos à saúde sejam os menores possíveis.

O curso de CIPA tem como objetivo capacitar os trabalhadores membros da CIPA em


relação às normas, instruções e rotinas importantes para a prevenção de acidentes e
manutenção da segurança e saúde do trabalhador. Para isso é preciso reconhecer os
riscos que o próprio ambiente de trabalho oferece.

1 Estudo do Ambiente e das Condições de Trabalho

Os acidentes de trabalho podem ser decorrentes de (Tabela 1):

• atos inseguros – relacionados a falhas humanas;

• condições inseguras – relacionados às condições de trabalho.

16
Tabela 1: Exemplos de atos inseguros e condições inseguras

Atos inseguros (exemplos) Condições inseguras (exemplos)


- Deixar materiais espalhados. - Trabalhos realizados em altura.

- Deixar áreas molhadas ou escorregadias. - Trabalhos que utilizam produtos


químicos e perigosos.
- Operar máquinas e equipamentos sem
habilitação. - Esforço físico elevado ou transporte
manual de cargas.
- Distrair-se ou realizar brincadeiras
durante o trabalho. - Ausência de corrimão em escadas.

- Trabalhar cansado ou com sono. - Ausência de guarda-corpo em patamares.

- Utilizar ferramentas inadequadas. - Piso irregular.

- Manusear, misturar ou utilizar produtos - Escadas inadequadas.


químicos sem conhecimento.
- Equipamentos mal posicionados.
- Trabalhar sob efeito de álcool ou drogas.
- Falta de sinalização ou sinalização
- Usar ar comprimido para realizar limpeza inadequada e ilegível.
em uniforme ou no próprio corpo.
- Falta de proteção em partes móveis.
- Carregar peso superior ao recomendado
ou de modo a dificultar a visão. - Ferramentas defeituosas.

- Ausência de extintores.

- Falta de treinamento para os


trabalhadores.

Fonte: adaptado de Waldhelm Neto (2014) e Tamburro (2015).

17
Como vimos, nem todos os acidentes e doenças que afetam os trabalhadores são
provocados por ações humanas indevidas e atos impensados ou indevidos. Muitos
acidentes ocorrem devido ao tipo e às condições de trabalho impostos ao trabalhador.
O mesmo podemos dizer sobre as doenças, que muitas vezes só aparecem porque o
trabalhador foi exposto a situações inadequadas.

1.2 Riscos Originados do Processo Produtivo

Algumas situações de trabalho naturalmente oferecem riscos, os quais devem ser


dimensionados e para os quais medidas de proteção são especialmente desenvolvidas.
A seguir, vamos conhecer alguns riscos originados do processo produtivo, ou seja,
relacionados às atividades realizadas no trabalho.

1.2.1 Riscos de Queda de Pessoas e Objetos

Nas atividades nas quais os trabalhadores atuam acima do nível do solo, é importante
considerar o risco de queda e, consequentemente, de ocorrências de lesões e outros
efeitos mais graves.

bb
Para regulamentar os procedimentos que envolvem as
responsabilidades e a proteção aos riscos deste tipo de
atividade, foi publicada a NR-35 (Trabalhos em Altura) (MTE,
2012). Para conhecer o conteúdo completo da norma, acesse-a
através do link a seguir.

http://acesso.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-35.htm

18
Podem ocorrer, por exemplo, quedas de plataformas e andaimes. Por este motivo, é
importante que o trabalhador esteja atento ao uso de EPI e EPC. Além disso, seguir
os procedimentos de seguranças e prestar muita atenção ao trabalho executado são
ações obrigatórias!

Outro risco está relacionado a objetos que podem cair e ferir o trabalhador ou causar
danos à empresa. Portanto, ao abrir a porta de um caminhão, armário e até mesmo
para manipular carga armazenada, é importante executar a operação lentamente,
sempre atento para evitar a queda de objetos soltos.

bb
O uso de EPI é regulamentado pela NR-6 (Equipamento
de Proteção Individual – EPI) (MTE, 1978). Para conhecer o
conteúdo completo da norma, acesse-a através do link a seguir.

http://acesso.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-6.htm

1.2.2 Esforço Físico no Transporte Manual de Carga

Esta atividade é muito comum nas empresas,


sendo uma das mais antigas formas de trabalho. O
transporte manual de cargas não é feito apenas nas
empresas de transporte, mas em todas aquelas que
produzem ou que movimentam grandes volumes
de mercadorias. Os estoquistas e almoxarifes, por
exemplo, lidam com essas situações diariamente.

Muitos trabalhadores acabam sofrendo acidentes


ao tentar carregar ou deslocar grandes volumes de
cargas ou cargas de peso elevado. A carga pode cair
sobre o trabalhador ou sobre um colega, causando
grandes ferimentos. Além disso, é importante
lembrar que os danos à mercadoria, ao piso ou a outros objetos também é indesejável.

19
Algumas profissões demandam esforço físico acima do normal. Mesmo que não ocorram
acidentes imediatos, o esforço físico acumulado pode gerar desgaste cumulativo
e causar acidente por fadiga muscular ou óssea. Além disso, mesmo que nenhum
acidente ocorra, o processo certamente desencadeará alguma doença decorrente das
condições de trabalho.

Estas lesões, em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral,

ee
mas também podem causar outros males como, por exemplo,
a hérnia escrotal.

Faz parte das atividades desenvolvidas pela CIPA a identificação de situação de esforço
elevado e a recomendação de alternativas que possam evitar os acidentes e proteger
a saúde do trabalhador.

1.2.3 Manipulação ou Movimentação de Produtos Químicos


e Perigosos

Não são apenas as empresas que trabalham


diretamente com produtos químicos que oferecem
este tipo de risco. Às vezes, produtos comuns, do
dia a dia, podem afetar a saúde do trabalhador,
suas vias respiratórias, pela pele ou outros órgãos.

Para proteger os trabalhadores é imprescindível


que a empresa possua e mantenha disponíveis
os EPI e EPC. Além disso, é importante oferecer
treinamento e atualização quanto ao uso desses
equipamentos e manter sempre disponíveis e em perfeito estado os extintores
obrigatórios para o tipo de empresa e produto existente no local de trabalho.

20
aa
Todos os acessos aos extintores devem estar livres de
obstrução, permitindo que o combate ao incêndio seja o mais
imediato possível!

2 Medidas de Controle dos Riscos

As medidas de controle de risco envolvem ações: técnicas, médicas, administrativas,


educativas.

A seguir, vamos detalhar as principais etapas que envolvem cada uma dessas ações
relativas às medidas de controle:

2.1 Medidas Técnicas

Relacionadas ao controle relativo à disponibilidade e uso dos EPI e EPC, os quais podem
reduzir os riscos e as lesões.

Os objetivos das medidas técnicas são:

• eliminar o risco;

• neutralizar/isolar o risco, através do uso de Equipamento de Proteção Coletiva;

• proteger o trabalhador através do uso de Equipamentos de Proteção Individual.

O uso de EPC ajuda a eliminar, neutralizar os riscos e a evitar ou reduzir as lesões


decorrentes dos acidentes.

21
2.2 Medidas Médicas

É papel das empresas e dos membros da CIPA desenvolver o Programa de Controle


Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), responsável por promover a prevenção, o
rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,
além da constatação da existência de doenças profissionais ou de danos à saúde dos
trabalhadores.

Todos os trabalhadores devem ser submetidos


aos exames médicos: admissional, demissional
e periódico. Os exames também devem
ser aplicados quando o trabalhador estiver
afastado e retornar ao trabalho ou quando ele
mudar de função dentro da empresa.

Os trabalhadores expostos a situações de ruído


ocupacional devem ser submetidos a exames
de audiometria para prevenir a Perda Auditiva
Induzida por Ruído Ocupacional (PAIRO).

Também faz parte das medidas médicas:

• promover campanhas de vacinação contra gripe, hepatite e outras doenças com


vacinação pública;

• controlar e avaliar as causas de absenteísmo (faltas ao trabalho);

• realizar atendimento de Primeiros Socorros;

• trabalhar em conjunto com o SESMT na investigação e análise dos Acidentes do


Trabalho.

22
2.4 Medidas Administrativas

Representam as ações administrativas tomadas com o intuito de controlar a exposição


dos trabalhadores aos agentes ambientais, tais como:

• praticar o revezamento/rodízio dos trabalhadores nas atividades da empresa,


evitando desgastes e fadiga;

• efetuar pausas programadas das atividades de trabalho para descanso ou


exercícios laborais;

• modificar o layout da empresa e dos setores produtivos de maneira a estarem


mais adequados às atividades praticadas.

2.5 Medidas Educativas

A empresa deverá efetuar programas de treinamentos, palestras e cursos, inclusive


por meio do Diálogo Diário e Segurança (DDS), destinados a informar e capacitar os
trabalhadores na execução segura de suas atividades.

23
Resumindo

• Os acidentes de trabalho podem ser decorrentes tanto de falhas


humanas como das condições inadequadas de trabalho.

• Algumas situações de trabalho oferecem riscos. É importante


dimensioná-los e desenvolver medidas de proteção.

• As medidas de controle de risco envolvem ações técnicas, médicas,


administrativas e educativas.

Glossário

Inerentes: é o que faz parte da pessoa ou coisa e que lhe é inseparável por natureza.

Insalubridade: estado de algo ou de alguma coisa que prejudica a saúde.

Imprescindível: algo que não pode ser dispensado.

24
Atividades

1. Entre as causas dos acidentes de trabalho, podemos

dd
identificar os (as) ________________, que estão relacionados
(as) às condições de trabalho:

( ) condições inseguras

( ) atos inseguros

( ) condições inadequadas

( ) atos improváveis

2. A disponibilidade de EPI e EPC para uso durante as


atividades de trabalho estão relacionados às:

( ) Medidas médicas.

( ) Medidas técnicas.

( ) Medidas administrativas.

( ) Medidas educativas.

3. É papel das empresas e dos membros da CIPA desenvolver


o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO).

( ) Certo ( ) Errado

4. Os trabalhadores expostos a situações de ruído


ocupacional devem ser submetidos a exames de audiometria
para prevenir:

( ) distrações decorrentes do barulho do ambiente.

( ) situações de estresse entre colegas de trabalho.

( ) a perda das condições de atenção e de produtividade.

( ) a perda auditiva induzida por ruído ocupacional.

25
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.


DIAS, Elizabeth C. (Org.). ALMEIDA, Idalberto M., et al (Col.). Doenças Relacionadas ao
Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Brasília, 2001.

_______. MTE. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/


legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 20 de outubro de 2015.

_______. MTE. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. Portaria


GM no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. Portaria GM


no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. Portaria SIT nº 313, de 23 de março de


2012. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2012.

_______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios


da Previdência Social e dá outras providências. Presidência da República. Brasília,
1991.

FUNDACENTRO. Acidentes de trabalho no Brasil em 2013: comparação entre dados


selecionados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (PNS) e do Anuário Estatístico
da Previdência Social (AEPS) do Ministério da Previdência Social. Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/
arquivos/projetos/estatistica/boletins/boletimfundacentro1vfinal.pdf>. Acesso em:
20 de outubro de 2015.

GONÇALVES, E. A. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR, 2000.

GONÇALVES, E. A. Segurança e Medicina do Trabalho. 3ºed. São Paulo: LTR, 2000.

SANTOS JÚNIOR, E. A. De que adoecem e morrem os motoristas de ônibus? Revista


Brasileira de Medicina do Trabalho, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 138-147, 2003.

TAMBURRO, A. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. São Paulo, 2015.

WALDHELM NETO, N. CIPA – NR 5 Implementando e Mantendo. Editora Viena, São


Paulo: 2014.

26
UNIDADE 3 | DOENÇAS
OCUPACIONAIS E ACIDENTES DE
TRABALHO

27
Unidade 3 | Doenças Ocupacionais e Acidentes de
Trabalho

ff
Sabemos que o acidente de trabalho é uma ocorrência não
programada, inesperada, e que interfere no processo normal
de uma atividade, trazendo como consequências danos
materiais ou físicos ao trabalhador.

Você sabe dizer em quais casos podemos dizer que ocorreu um


acidente?

Nos tópicos a seguir vamos conceituar os acidentes de trabalho e conhecer a legislação


que trata do assunto.

Vamos também diferenciar as doenças profissionais daquelas chamadas doenças do


trabalho.

Por fim, vamos conhecer um pouquinho mais a respeito da AIDS e de sua prevenção,
assunto tão importante para a saúde de todos.

1 Acidentes de Trabalho

Vamos começar explicando como a legislação brasileira define os acidentes de trabalho.


O Art. 19 da Lei nº 8.213 (BRASIL, 1991) estabelece que:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício
do trabalho dos segurados [...] provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

28
Com base na redação da lei e de suas leis complementares, chamamos de acidentes de
trabalho aquele que ocorre no local de trabalho ou durante o horário de trabalho. Por
exemplo, um motorista não possui local fixo de trabalho, pois ele nem sempre está no
prédio onde funciona a sede da empresa. No entanto, se algum acidente ocorre durante
seus deslocamentos, enquanto ele está em horário de trabalho, este é considerado um
acidente de trabalho.

Os acidentes de trabalho podem ser causados por fatores diversos, como (WALDHELM
NETO, 2014):

• atos provocados por terceiros;

• sabotagem ou até mesmo terrorismo;

• atos de pessoas privadas do uso da razão;

• ofensa física ou psicológica;

• situações de força maior (catástrofes).

Não é considerado acidente do trabalho o ato de agressão

ee
relacionado a motivos pessoais. Por exemplo: uma briga
entre dois colegas de trabalho, mesmo que ocorra dentro da
empresa.

Poucas pessoas sabem que os acidentes que ocorrem fora do local e horário de trabalho
também podem ser considerados acidentes de trabalho. Mas apenas nos seguintes
casos (WALDHELM NETO, 2014):

• acidente de trajeto (durante o deslocamento para o trabalho);

• durante a execução de serviço sob ordem da empresa, ainda que fora dela
(inclusive nos finais de semana e feriados);

• viagem para aperfeiçoamento profissional custeado pela empresa;

29
• prestação espontânea de serviço.

Acidentes de trajeto são aqueles que ocorrem enquanto o trabalhador se desloca entre
a residência ou local de refeição para o trabalho (e vice-versa), independentemente do
meio de locomoção utilizado, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso habitualmente realizado pelo segurado.

aa
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou se estiver
satisfazendo alguma necessidade fisiológica, no local do
trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho. Por exemplo: se um acidente ocorre
quando o trabalhador estiver em qualquer local da empresa
ou durante o expediente, este também será considerado um
acidente de trabalho.

1.1 Doença Profissional e Doença do Trabalho

As doenças profissionais são aquelas que já são reconhecidas como decorrentes das
atividades profissionais, não sendo necessário, na maior parte dos casos, comprovar
que elas são decorrentes da atividade laboral.

São aquelas doenças inerentes ou peculiares a determinado ramo de atividade, para


as quais é dispensada a comprovação de relação causal, ou seja, relação de causa e
efeito. Podemos citar como exemplo a Siderose, uma doença das vias aéreas que
acomete as pessoas que trabalham nas minas de ferro e que acabam inalando partículas
microscópicas da substância. Essas partículas se alojam no pulmão, provocando falta
de ar constante.

Outro exemplo de relação causal inquestionável: a Bissinose, doença causada pela


poeira das fibras de algodão, que afeta principalmente as pessoas que trabalham na
indústria algodoeira. Caso venha a desenvolver a doença, o trabalhador terá seu direito
garantido apenas por comprovar ter trabalhado nesse ramo de atividade.

30
Por outro lado, as doenças do trabalho são aquelas que aparecem e se desenvolvem
em função da exposição do trabalhador aos riscos e às condições de trabalho que sua
atividade exige. No entanto, elas são doenças que podem aparecer em qualquer
pessoa, mesmo em pessoas que trabalham em ramos completamente diferentes de
atividade.

Nesses casos, é exigida a comprovação


do nexo causal, ou seja, o trabalhador
deverá comprovar que adquiriu a doença
no exercício ou em decorrência das
atividades de trabalho. Podemos citar
como exemplo os problemas de saúde
na coluna dos motoristas profissionais,
decorrentes das longas jornadas dirigindo
ônibus e caminhões. Qualquer pessoa pode
ter problema de coluna por má postura.
Portanto, o motorista deverá comprovar que
seu problema é decorrente da sua atividade
profissional.

Outro exemplo é a tuberculose. Ela poderá


ser considerada uma doença do trabalho se o trabalhador comprovar que ela se
desenvolveu durante suas atividades de trabalho em uma câmara frigorífica.

1.2 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS

A AIDS (cuja sigla em português é SIDA, não é uma doença ocupacional, nem decorre
de um acidente de trabalho). No entanto, devido à sua evolução e efeitos negativos, e
até mesmo devido à volta de seu crescimento nos últimos anos, é importante que todo
trabalhador se proteja.

A AIDS é uma doença sexualmente transmissível que ataca o sistema imunológico


devido à destruição dos glóbulos brancos do sangue (linfócitos). É considerada um dos
maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo
muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade.

31
aa
Para quem tem AIDS, uma simples gripe já é motivo de enorme
preocupação, pois o sistema de defesa do corpo não consegue
reagir.

A infecção se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo
os glóbulos brancos. A falta deles diminui a capacidade do organismo de se defender
de doenças oportunistas, causadas por micro-organismos que normalmente não são
capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma ou secreção vaginal, pelo leite
materno ou transfusão de sangue contaminado. O portador do HIV (quem tem o vírus
no organismo), mesmo sem apresentar os sintomas da AIDS, pode transmitir o vírus;
por isso a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais. Você não
conseguirá perceber se a pessoa está contaminada e não manifestou a doença ainda.

A transmissão não é feita pelo toque entre as pessoas. Sabendo disso, você pode
conviver normalmente com uma pessoa portadora do HIV. Pode beijar, abraçar, dar
carinho e compartilhar o mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus. Ele não
passa pelo ar nem pela pele.

Transmissão do HIV pode ocorrer das seguintes maneiras:

• sexo com contato do pênis com a vagina sem camisinha;

• sexo oral ou anal sem camisinha;

• uso de seringa médica por mais de uma pessoa se alguma delas estiver
contaminada pelo HIV;

• transfusão de sangue contaminado;

• durante a gravidez, no parto e na amamentação, passando da mãe infectada para


seu filho;

• instrumentos que furam ou cortam não esterilizados usados em paciente


contaminado pelo HIV.

32
Maneira segura de não adquirir HIV:

• sexo com o uso correto da camisinha;

• masturbação no homem ou na mulher;

• beijo no rosto ou na boca;

• suor, saliva e lágrima;

• picada de inseto;

• aperto de mão ou abraço;

• uso compartilhado de sabonete, toalha ou lençóis;

• uso compartilhado de talheres e copos;

• uso compartilhado de assento de ônibus, piscina ou banheiro;

• pela respiração.

33
Resumindo

• Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço de empresa ou com o empregador doméstico ou pelo exercício
do trabalho dos segurados da previdência.

• Os acidentes que ocorrem fora do local e horário de trabalho também


podem ser considerados acidentes de trabalho.

• Nos períodos destinados a refeição ou descanso no local do trabalho,


ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

• A AIDS é uma doença sexualmente transmissível que ataca o sistema


imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos do sangue. A
pessoa contaminada fica com seu sistema de defesa prejudicado, sendo
afetada gravemente até por doenças simples como a gripe. Previna-se!

Glossário

Peculiar: algo característico, próprio.

Preservativo: objeto para não deixar passar secreções sexuais ou DSTs.

34
Atividades

1. ________________________ é o que ocorre pelo exercício do

dd
trabalho a serviço de empresa ou de empregador.

( ) Doença profissional

( ) Acidente do trabalho

( ) Doença do trabalho

( ) Doença sexualmente transmissível

2. Os fatos que ocorrem fora do local e horário de trabalho


também podem, em algumas situações, ser considerados
acidentes de trabalho. Por exemplo:

( ) Brigas de trânsito com vítima.

( ) Acidentes com familiares próximos.

( ) Acidentes de trajeto.

( ) Ferimentos em brigas com subordinados.

3. Doenças profissional e doença do trabalho são termos que


significam exatamente a mesma coisa.

( ) Certo ( ) Errado

4. A AIDS é uma doença sexualmente transmissível, mas


pode ser passada também de outras formas além do sexo. No
entanto, nem todo contato oferece risco. Podemos dizer que
NÃO se transmite a doença por:

( ) Relação sexual com ou sem camisinha.

( ) Seringas em transfusão de sangue.

( ) Durante a gravidez ou amamentação.

( ) Contato com suor, saliva e lágrimas.

35
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.
DIAS, Elizabeth C. (Org.). ALMEIDA, Idalberto M., et al (Col.). Doenças Relacionadas ao
Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Brasília, 2001.

_______. MTE. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/


legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 20 de outubro de 2015.

_______. MTE. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. Portaria


GM no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. Portaria GM


no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. Portaria SIT nº 313, de 23 de março de


2012. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2012.

_______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios


da Previdência Social e dá outras providências. Presidência da República. Brasília,
1991.

FUNDACENTRO. Acidentes de trabalho no Brasil em 2013: comparação entre dados


selecionados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (PNS) e do Anuário Estatístico
da Previdência Social (AEPS) do Ministério da Previdência Social. Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/
arquivos/projetos/estatistica/boletins/boletimfundacentro1vfinal.pdf>. Acesso em:
20 de outubro de 2015.

GONÇALVES, E. A. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR, 2000.

GONÇALVES, E. A. Segurança e Medicina do Trabalho. 3ºed. São Paulo: LTR, 2000.

SANTOS JÚNIOR, E. A. De que adoecem e morrem os motoristas de ônibus? Revista


Brasileira de Medicina do Trabalho, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 138-147, 2003.

TAMBURRO, A. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. São Paulo, 2015.

WALDHELM NETO, N. CIPA – NR 5 Implementando e Mantendo. Editora Viena, São


Paulo: 2014.

36
UNIDADE 4 | MAPA DE RISCOS E
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

37
Unidade 4 | Mapa de Riscos e Investigação de
Acidentes

ff
Quando o assunto é acidente qual a importância do mapa de
risco? Como a investigação de acidentes pode ser uma aliada
na prevenção dos acidentes?

Na unidade 2 deste, curso vimos que os acidentes podem ser causados por atos
inseguros (ação humana) ou por condições inseguras (condições do ambiente). Em
alguns casos, os acidentes ocorrem por uma combinação desses fatores. Ao perceber
algum deles, os membros da CIPA devem agir imediatamente, modificando o processo
produtivo e capacitando os empregados de maneira a evitar os riscos e reduzir os
acidentes.

Isso é o que chamamos de traçar o mapa de riscos, ou seja, conhecer previamente os


riscos é a melhor forma de eliminá-los ou neutralizá-los!

1 Mapa de Riscos

É a representação gráfica (esquemática) do reconhecimento dos riscos existentes nos


locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos.

bb
Assista a este interessante vídeo, relativo aos riscos no local
de trabalho, através do link a seguir.

https://www.youtube.com/watch?v=Jg5cG2BOgAo.

38
ATENÇÃO:

O MAPA DE RISCOS DEVE SER REFEITO A CADA GESTÃO DA CIPA!

Objetivo do mapa de riscos (TAMBURRO, 2015):

• reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação;

• possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre


os funcionários.

Etapas da elaboração (TAMBURRO, 2015):

• conhecer o processo de trabalho no local


analisado;

• identificar os riscos existentes no local


analisado;

• identificar as medidas preventivas


existentes e sua eficácia;

• identificar os indicadores de saúde;

• conhecer os levantamentos ambientais já


realizados no local;

• elaborar o mapa de riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de


círculos, colocando em seu interior o risco levantado (cor), agente especificado e
número de trabalhadores expostos.

39
1.2 Investigação e Análise de Acidentes e Doenças de
Trabalho

Um dos fatores fundamentais para a correta investigação dos acidentes e de suas


consequências é seu registro por meio de um documento chamado Comunicação
Interna de Acidentes de Trabalho (CIAT). De acordo com a legislação trabalhista, todo
acidente do trabalho deve ser registrado e investigado pela CIPA, a fim de conhecer
suas causas e evitar sua reincidência.

A empresa deve disponibilizar canais por meio dos quais os acidentes serão registrados
e comunicados aos superiores e aos membros da CIPA.

ee
Como ressalta Tamburro (2015), a CIAT possibilita o controle
dos acidentes por meio de dados estatísticos.

Além de comunicar a ocorrência do acidente à CIPA, a legislação brasileira estabelece


que todo acidente deve ser imediatamente comunicado à Previdência Social, que irá
tomar as providencias relativas às doenças do trabalho e os seguros cabíveis que são
direitos do trabalhador. Esse comunicado é feito por meio de um documento chamado
Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT).

Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à autoridade policial. A empresa por


sua vez, deve comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia
útil seguinte ao da ocorrência (TAMBURRO, 2015).

aa
A comunicação do acidente poderá ser realizada pela empresa,
pelo acidentado ou por qualquer pessoa que dele tiver
conhecimento.

40
Após o registro do CIAT e do CAT, a CIPA deverá iniciar a investigação do acidente. As
principais etapas da investigação são:

• coletar os fatos, descrevendo o ocorrido detalhadamente;

• analisar o acidente, identificando suas causas;

• definir as medidas preventivas, e acompanhar sua execução.

A equipe da CIPA deverá analisar o acidente caso a caso, ou seja:

• definir os atos e as condições inseguras que levaram à ocorrência;

• definir as causas das lesões identificadas; e

• definir as falhas de supervisão que levaram ao ocorrido.

Além disso, é função da CIPA:

• Estabelecer as medidas corretivas para os problemas identificados, bem como se


certificar que as medidas preventivas são adotadas.

41
Resumindo

• O mapa de riscos é a representação gráfica (esquemática) do


reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho.

• São objetivos do mapa de riscos: reunir as informações necessárias


para estabelecer o diagnóstico e possibilitar a troca e divulgação de
informações entre os funcionários.

• A Comunicação Interna de Acidentes (CIAT) e a Comunicação de


Acidentes de Trabalho (CAT) são imprescindíveis para o processo de
investigação dos acidentes e correção das causas.

Glossário

Diagnóstico: é o processo analítico de algo para chegar a uma conclusão.

42
Atividades

1. Em caso de morte, a empresa deverá comunicar o acidente

dd
do trabalho à Previdência Social até o dia 30 do mês
subsequente.

( ) Certo ( ) Errado

2. Um dos fatores fundamentais para a investigação dos


acidentes e de suas consequências é seu registro por meio
de um documento chamado:

( ) Comunicação Interna de Trabalho (CIT).

( ) Comunicação Interna de Acidentes (CIAT).

( ) Comunicação de Acidentes Inesperados (CAI).

( ) Comunicação de Incidentes e Acidentes (CIA).

3. A ________________ deverá analisar o acidente caso a caso


e definir os atos e as condições inseguras que levaram à
ocorrência.

( ) presidência da empresa

( ) diretoria de riscos

( ) equipe da CIPA

( ) equipe de técnicos de segurança

4. O Mapa de Riscos é a representação gráfica do


reconhecimento das causas dos acidentes sistemáticos nos
locais de trabalho.

( ) Certo ( ) Errado

43
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.


DIAS, Elizabeth C. (Org.). ALMEIDA, Idalberto M., et al (Col.). Doenças Relacionadas ao
Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Brasília, 2001.

_______. MTE. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/


legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 20 de outubro de 2015.

_______. MTE. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. Portaria


GM no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. Portaria GM


no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. Portaria SIT nº 313, de 23 de março de


2012. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2012.

_______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios


da Previdência Social e dá outras providências. Presidência da República. Brasília,
1991.

FUNDACENTRO. Acidentes de trabalho no Brasil em 2013: comparação entre dados


selecionados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (PNS) e do Anuário Estatístico
da Previdência Social (AEPS) do Ministério da Previdência Social. Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/
arquivos/projetos/estatistica/boletins/boletimfundacentro1vfinal.pdf>. Acesso em:
20 de outubro de 2015.

GONÇALVES, E. A. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR, 2000.

GONÇALVES, E. A. Segurança e Medicina do Trabalho. 3ºed. São Paulo: LTR, 2000.

SANTOS JÚNIOR, E. A. De que adoecem e morrem os motoristas de ônibus? Revista


Brasileira de Medicina do Trabalho, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 138-147, 2003.

TAMBURRO, A. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. São Paulo, 2015.

WALDHELM NETO, N. CIPA – NR 5 Implementando e Mantendo. Editora Viena, São


Paulo: 2014.

44
UNIDADE 5 | PRIMEIROS
SOCORROS E COMBATE A
INCÊNDIOS

45
Unidade 5 | Primeiros Socorros e Combate a
Incêndios

ff
Alguma vez você participou de algum treinamento sobre
o assunto desta unidade? Se alguém estiver em situação de
emergência, você saberia como proceder? Por onde começar?

Nesta unidade, vamos saber como proceder para atender uma vítima em caso de
necessidade de atendimento de primeiros socorros. Para complementar, vamos saber
como agir em caso de incêndios, conhecer os extintores, saber como utilizá-los e os
tipos de incêndio para os quais eles são indicados.

Os primeiros socorros correspondem ao atendimento imediato e temporário, prestado


a alguém, em caso de acidente ou mal súbito, com a finalidade de manter as funções
vitais da vítima e evitar o agravamento da situação, até que a assistência médica e
especializada possa chegar ao local.

46
Ao prestar os primeiros socorros, o objetivo deve ser o de agir rapidamente, tomando
as providências necessárias evitar que outros acidentes aconteçam e que se agrave o
estado de saúde da vítima

1 Providências a Serem Tomadas

Se você for prestar os primeiros socorros, a sequência das ações deve ser:

• manter a calma;

• garantir a sua segurança;

• isolar e sinalizar o local do acidente ou da emergência;

• acionar os recursos e socorro;

• verificar as condições da vítima;

• realizar o atendimento pré-hospitalar.

1.1 Isolamento e Sinalização do Local

Após certificar-se de que é seguro permanecer na área, você deve isolar e sinalizar
o local em que ocorreu o acidente ou a situação de emergência, não permitindo que
pessoas ou veículos se aproximem.

A sinalização deve ser colocada sempre antes do local do

ee
acidente e deve ser visível. Não adianta colocar em um local
que as pessoas somente vão poder perceber ao chegar perto!

47
Nos casos de acidentes na estrada, é preciso colocar o triângulo de segurança, cones a
uma boa distância do veículo acidentado (se o acidente ocorrer na estrada, contar pelo
menos 30 passos). Se necessário, usar também galhos de árvores, nas estradas, para
ajudar na sinalização.

1.2 Acionamento de Recursos e Socorro

Os atendimentos de emergência são serviços gratuitos, com números de telefone


padronizados em todo o Brasil. Use um celular, os telefones dos acostamentos
das rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que esteja passando para
telefonar. Os telefones de emergência mais comuns são:

• 190: Polícia Militar;

• 191: Polícia Rodoviária Federal (para acidentes em estradas e rodovias);

• 192: SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;

• 193: Resgate do Corpo de Bombeiros;

• 199: Defesa Civil.

Para facilitar as providências de socorro, é


necessário dar algumas informações:

• local exato do acidente;

• o(s) tipo(s) de combustível(is) ou


produtos perigosos, caso existentes;

• veículo(s) envolvido(s);

• número de vítimas;

• outros fatores agravantes.

48
1.3 Cuidados com a Vítima

São necessários provimentos básicos nas diversas situações de emergência, podendo


variar de acordo com o estado da vítima. Para verificação das condições gerais da
vítima, proceda da seguinte forma:

(1) Verificar a respiração e a pulsação da vítima;

(2) Observar o estado de consciência;

(3) Testar a sensibilidade corporal: toque ou belisque partes do corpo da vítima,


enquanto pergunta se ela sente onde você está tocando ou beliscando;

(4) Averiguar a capacidade de movimentação da vítima: pedir para a vítima mexer


devagar os dedos das mãos e dos pés. Depois, os braços e as pernas. Perguntar
se ela sente alguma dor no pescoço ou na coluna. Se houver suspeita de fratura,
não movimentar a vítima;

(5) Na hora de verificar os sinais vitais, conversar com a vítima, procurando


tranquilizá-la;

(6) Fazer perguntas e observar se as respostas são lógicas. Perguntar como


aconteceu o acidente, o nome dela, o telefone;

(7) Se o acidente for violento ou se a vítima tiver recebido alguma pancada forte
ou sofrido uma queda, ela deve permanecer imóvel, mesmo que não apresente
qualquer dificuldade de movimentação;

(8) Certificar-se de que a vítima não apresenta fratura na coluna antes de


movimentá-la. Sensação de formigamento e dormência nos membros pode
indicar lesão ou fratura na coluna.

2 Combate aos Incêndios

A prevenção é sempre a melhor maneira de evitar os incêndios. Mas, no caso de


ocorrerem, precisamos saber como agir para evitar maiores danos.

49
2.1 Triângulo de Fogo e Formas de Transmissão de Calor

Conceitua-se incêndio como a presença de fogo


em local não desejado e capaz de provocar, além
de prejuízos materiais, quedas, queimaduras e
intoxicações por fumaça. O fogo, por sua vez, é um
tipo de queima, combustão ou oxidação que resulta
de uma reação química em cadeia, que ocorre na
medida em que atuam os combustíveis, oxigênio e
calor.

A conhecida figura do triângulo de fogo foi substituída


recentemente pelo tetraedro do fogo, devido à
inclusão de um quarto elemento: a reação em cadeia.

Portanto, podemos dizer que o fogo ou combustão é o resultado de uma reação


química e, para que ela se efetive, é necessária a presença de quatro elementos:

• Combustível – é o material oxidável (sólido ou gasoso) capaz de reagir com o


comburente (em geral o oxigênio) numa reação de combustão.

• Comburente – é o material gasoso que pode reagir com um combustível,


produzindo a combustão.

• Ignição – é o agente que dá inicio ao processo de combustão, introduzindo na


mistura combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária.

• Reação em cadeira – é o processo de sustentabilidade da combustão, pela


presença de radicais livres, que são formados durante o processo de queima do
combustível.

Eliminando-se um desses quatro elementos, se encerra a combustão e,


consequentemente, o foco de incêndio. Pode-se afastar ou eliminar a substância que
está sendo queimada.

50
2.2 Classes de Incêndio

Para saber combater um incêndio é essencial saber classificá-lo (Tabela 2).

Tabela 2: Classes de incêndio

Classe Descrição Exemplo

Fogo em
Fogo em papel,
A combustíveis sólidos
madeira, tecidos etc.
comuns

Fogo em líquidos Fogo em gasolina,


B inflamáveis óleo, querosene etc.

Fogo em motores,
Fogo em
transformadores,
C equipamentos
geradores,
elétricos energizados
computadores etc.

Fogo em zinco,
Fogo em metais
D combustíveis
alumínio, sódio,
magnésio etc.

Fogo em produtos
Fogo em material
E radioativo
de material
radioativo

Fogo sobre bancadas


Fogo em óleo e
K gordura, em cozinhas
ou fogão em
cozinhas industriais

51
2.3 Tipos de Extintores e Técnicas de Utilização

Quando ocorre um princípio de fogo, a reação natural das pessoas é procurar algum
extintor ou outro equipamento para tentar combater o fogo.

bb
Você sabe como usar um extintor? Assista a este interessante
vídeo, acessível no link a seguir, relativo ao tema.

https://www.youtube.com/watch?v=xx1CxvIjzB4

aa
ATENÇÃO! Não se pode usar qualquer extintor para combater
qualquer fogo!

Cada tipo de extintor possui um agente de combate específico (Tabela 3). Portanto,
antes de iniciar o combate ao fogo é importante saber identificar o tipo de incêndio
que você vai tentar combater.

52
Tabela 3: Tipos de extintores e técnicas de utilização

Tipo de extintor Classe de incêndio Técnica de utilização


indicada
Pó químico para veículos A, B e C Rompa o lacre, aperte a
alavanca e direcione o jato
para a base das chamas.

Espuma mecânica AeB Puxe o pino de segurança,


retire o esguicho e acione o
gatilho direcionando o jato
para a base das chamas.

Pó químico seco BeC Abra o registro do


propelente, puxe o pino
e empurre o esguicho
devidamente. Por
fim, acione o gatilho
direcionando o jato para a
base das chamas.

Água pressurizada A Abra o registro do


propelente, puxe o pino
e empurre o esguicho
devidamente. Retire-o do
porta-esguicho e acione o
gatilho direcionando o jato
para a base das chamas.

Gás carbônico BeC Retire o pino e acione o


gatilho direcionando o jato
CO2 para a base das chamas.

53
Resumindo

• Em caso de acidente ou de incêndio, quanto mais rápido iniciar o


socorro e o combate às chamas, maiores serão as possibilidades de
evitar maiores danos.

• Conhecer os procedimentos adotados nos primeiros socorros e no


combate a incêndios é valioso para se salvar vidas.

• É importante que todos os transportadores conheçam equipamentos


extintores e saibam utilizá-los, aumentando a segurança no trabalho.

Glossário

Mal súbito: é um fato comum entre os motoristas de caminhões que acabam se


envolvendo em acidentes graves e não se lembram de como tudo aquilo aconteceu.

Funções vitais: referem-se às funções necessárias realizadas por todo ser vivo para
manter a vida.

54
Atividades

1. Relacione a coluna de opções com os itens abaixo dela.

dd (A) Combustível

(B) Comburente

(C) Ignição

(D) Reação em Cadeia

( ) é o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença


de radicais livres formados na queima do combustível.

( ) é o material gasoso que pode reagir com um combustível,


produzindo a combustão.

( ) é o material oxidável, capaz de reagir com o comburente numa


reação de combustão.

( ) dá inicio ao processo de combustão, introduzindo a energia


mínima inicial necessária.

2. O extintor de água pressurizada é especialmente indicado para


incêndios de Classe A.

( ) Certo ( ) Errado

3. Enumere de 1 a 6 os procedimentos para prestar os primeiros


socorros.

( ) Manter a calma.

( ) Verificar as condições da vítima.

( ) Isolar e sinalizar o local do acidente ou da emergência.

( ) Acionar os recursos e socorro.

( ) Garantir a sua segurança.

( ) Realizar o atendimento pré-hospitalar.

4. O fogo pode ser entendido como um tipo de queima, combustão


ou oxidação, resultante de uma reação química em cadeia.

( ) Certo ( ) Errado

55
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.


DIAS, Elizabeth C. (Org.). ALMEIDA, Idalberto M., et al (Col.). Doenças Relacionadas ao
Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Brasília, 2001.

_______. MTE. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/


legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 20 de outubro de 2015.

_______. MTE. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. Portaria


GM no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. Portaria GM


no 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 1978.

_______. MTE. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. Portaria SIT nº 313, de 23 de março de


2012. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2012.

_______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios


da Previdência Social e dá outras providências. Presidência da República. Brasília,
1991.

FUNDACENTRO. Acidentes de trabalho no Brasil em 2013: comparação entre dados


selecionados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (PNS) e do Anuário Estatístico
da Previdência Social (AEPS) do Ministério da Previdência Social. Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/
arquivos/projetos/estatistica/boletins/boletimfundacentro1vfinal.pdf>. Acesso em:
20 de outubro de 2015.

GONÇALVES, E. A. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR, 2000.

GONÇALVES, E. A. Segurança e Medicina do Trabalho. 3ºed. São Paulo: LTR, 2000.

SANTOS JÚNIOR, E. A. De que adoecem e morrem os motoristas de ônibus? Revista


Brasileira de Medicina do Trabalho, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 138-147, 2003.

TAMBURRO, A. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. São Paulo, 2015.

WALDHELM NETO, N. CIPA – NR 5 Implementando e Mantendo. Editora Viena, São


Paulo: 2014.

56
Gabarito

Unidade 1
1. Resposta: Identificar os riscos do processo de trabalho.

2. Resposta: Certo.

3. Resposta: Do empregador e dos empregados.

4. Resposta: E, E, C, C.

Unidade 2
1. Resposta: Condições inseguras.

2. Resposta: Medidas técnicas.

3. Resposta: Certo.

4. Resposta: A perda auditiva induzida por ruído ocupacional.

Unidade 3
1. Resposta: Acidente do trabalho.

2. Resposta: Acidentes de trajeto.

3. Resposta: Errado.

4. Resposta: Contato com suor, saliva e lágrimas.

Unidade 4
1. Resposta: Errado.

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2. Resposta: Comunicação Interna de Trabalho (CIT).

3. Resposta: Equipe da CIPA.

4. Resposta: Errado.

Unidade 5
1. Resposta: D, A, B, C.

2. Resposta: Certo.

3. Resposta: 1, 5, 3, 4, 2, 6.

4. Resposta: Certo.

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