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ID: 75966077 20-07-2018 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1

ANÁLISE
DA OCC

ANA CRISTINA SILVA


O abate de bens
Consultora da OCC
comunicacao@occ.pt do ativo fixo tangível
s normascontabilísticas estabele- tiver total mente depreciado, o seu ção e comprovação dos factos que pessoas que presenciaram tal ato.

A cem que um bem dó ativo fixo tan-


gível deve ser desreconhecido
quando não se espere futuros be-
abate irá gerar perdas que, para se-
rem fiscalmente aceites na deter-
minação do lucro tributável, exi-
originaram as desvalorizações ex-
cecionais que conduziram à neces-
sidade de abate dos bens.
Embora não seja obrigatória, con-
forme já referido, a comunicação
prévia do abate ou destruição ao
neficios económicos do seu uso ou gem a realização de determinados Subjacente a estas imposições respetivo serviço de finanças, pode
alienação. Nestas condições, tal procedimentos. está o princípio de que a deprecia- o contribuinte ter vantagem em tal
desreconhecimento deVe ser feito Estabelece a norma do Código ção de um bem do ativo fixo tangí- procedimento, pois constituirá
ainda que o bem não esteja total- do I RC que deve ser comunicado vel deve resultar da adequada es- mais um meio de prova da destrui-
mente depreciado. ao serviço de finanças da área do lo- timativa da sua vida útil no âmbi- ção ou inutilização do bem.
Deste modo, se um bem do ati- cal onde aqueles bens se eneow to da atividade, sem prejuízo de Estamos perante bens que per-
vo não corrente deixa de ser usado 'trem, com a antecedência mínima existir a fixação de um valor resi- manecem vários períodos na em-
na atividade sendo expetável' que de 15 dias, o local, a data e a hora do dual quando haja a expetativa de presa, mas tal não é razão para ser
essa situação se mantenha no tem- abate físico, do desmantelamento, alienação desse bem após o fim da descurado o seu controlo, nomea-
po, e não havendo qualquer possi- do abandono ou da inutilização e o sua vida útil. damente, através da realização do
bilidade da sua alienação, ainda que total do valor líquido fiscal dos Esta doctunentação deve inte- seu inventário no final de cada pe-
Se um bem do por valores inferiores à sua quantia bens. Deve existir a comprovação grar o processo de documentação ríodo económico. A inventariação
ativo não escriturada, terá de deixar de figu- do abate, desmantelamento, aban- fiscal, o designado dossiê fiscal. fisica contribui para a identificação
rar nas demonstrações financeiras dono ou inutilização dosbens atra- Se o bem a abater já estiver to- dos bens suscetíveis de serem des-
corrente deixa da entidade. Deve existir, na práti- vés da elaboração do respetivo auto, talmente depreciado, sendo a sua reconhecidos e daqueles que, man-
de ser usado na ca, um abate de tal bem. assinado por duas testemunhas. Tal quantia escriturada nula, entãojá tendo-se em uso, sofreram perdas
atividade terá Se tal ativo for vendido para su- auto deve ser acompanhado de re- não existem as obrigações atrás
referidas. Todavia, é necessário
de valor que devam ser registadas,
contabil isticarnen te, como perdaas.
cata, para reciclagem ou para qual- lação discriminativa dos elementos
de deixar de quer forma de reaprovei Lamento do em causa, contendo, relativamen- que exista a comprovação do des- por imparidade. ■
figurar nas bem ou dos seus componentes, já te a cada ativo: a descrição, o ano e tino que lhe foi dado, quer para
demonstrações não estamos perante um abate, mas o custo de aquisição, bem como o
valor líquido contabilístico e o va-
efeitos de imposto sobre o rendi-
mento, quer em IVA, pelo que,
uma transmissão onerosa que é su-
financeiras da portada pela fatura de venda. lor líquido fiscal. E, como última deve sempre existir a elaboração Artigo em conformidade
entidade. Se o bem abatido ainda não es- condição, deve haver a identifica- do auto de abate assinado pelas com o novo Acordo Ortográfico

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