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primórdios (parte 1)
O objetivo neste texto é dar uma perspectiva histórica para o leitor da pesquisa do Novo
Testamento. As principais escolas são abordadas, tendo início na igreja dos primórdios até a
história da literatura (Die Literaturgeschichte): são 6 os grupos de abordagens introdutórias
ao Novo Testamento.
Reforma:
No período da Reforma surgiram, entre católicos e protestantes, estudos sobre a origem dos
livros canônicos do Novo Testamento.
Surge nesta época a Crítica Textual com Richard Simon, oratoriano, nas suas três obras
sobre Histoire critique do Nouveau Testament (1689-1693). Estas obras abriram o caminho
para uma introdução do Novo Testamento de caráter científico.
Simon tratou da tradição manuscrita e da origem de cada escrito em particular. Este viés da
pesquisa fez surgir o interesse na análise do Novo Testamento sob o viés histórico.
O primeiro autor a tratar o texto neotestamentário sob uma incipiente crítica histórica foi J.
D. MICHAELIS, na obra Einleitung in die göttlichen Schriften des Neuen Bundes (1750, 4a ed.
1788). percebe-se nesta obra claramente a influência de Simon.
Faziam parte desta escola F. C. Baur, A. Zeller, A. Hingenfeld e A. Ritschl (nos seus inícios).
Baur definiu a introdução como sendo a crítica do cânon, ou ciência cuja tarefa é investigar a
proveniência e a originalidade dos escritos canônicos.
A origem dos escritos canônicos deve ser entendida dentro do contexto maior dos conflitos
espirituais das eras apostólicas e pós-apostólicas. Esta é interpretada pela lógica hegeliana
(tese – antítese – síntese).
Baur entende que o cristianismo apostólico foi marcado pela oposição entre o cristianismo
judaizante dos primeiros apóstolos, e o evangelho universalizante e liberto da Lei, de Paulo.
Ainda compreende que o cristianismo pós-apostólico foi marcado pela atenuação desta
oposição mediante concessões e compromissos, alcançando uma posição intermediária para
fazer frente à oposição gnóstica e montanista do século II.
Bibliografia católica
SCHREINER, J.; DAUTZENBERG, G., Gestalt und Auspruch des Neuen Testament, 1969.
Análise Histórico-literária
Até o século XIX, o pensamento crítico-literário com suas indagações sobre as fontes e
interdependências dos escritos do Novo Testamento prevaleceu.
O texto não é visto mais no tocante à sua produção por um autor individualmente tomado,
mas é analisado a partir da pré-história da forma do material que lhes veio ter às mãos.
Desenvolvimento da tradição popular (Sitz im Leben) ==> Substrato das formas tradicionais
da literatura cristã primitiva + conteúdo da tradição ==>Tradição Cristã Pré-literária ==>
Tradição cristã literária
As influências para esta leitura são: o estudioso do Antigo Testamento, Hermann Günkel; o
teólogo Henrici e A. Deissmann; e estudiosos da antigüidade, como E. Norden.
http://www.abiblia.org/artigosview.asp?id=81