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CONCLUSÕES
Hoje em dia, a situação das trabalhadoras domésticas está
mudando, pelo menos nas cidades grandes. Existe a convicção
de que as condições gerais do trabalho doméstico melhoraram,
havendo mais informações, e a mentalidade que definia o traba-
lho doméstico como submissão total é abertamente criticada7.
As mulheres pobres e as mulheres negras têm mais espa-
ços públicos para reivindicar seus direitos como trabalhadoras.
Trata-se de uma mudança que é resultado de uma transforma-
ção que diz respeito à sociedade brasileira inteira e que tem que
ser reatada ao longo processo de lutas pela democratização, não
somente da política, mas também da sociedade, iniciado nos
anos 1970 e dentro do qual os grupos de mulheres e de mulheres
negras desempenharam um papel central. Um elemento funda-
mental nesse processo corresponde à afirmação dos sindicatos
que contribuíram para reforçar a posição das empregadas domés-
ticas como sujeitos de direito, como cidadãs, obtendo em 2013 o
reconhecimento dos mesmos direitos dos outros trabalhadores
(Emenda Constitucional 72/2013) e lutando para definir o trabalho
doméstico como trabalho.
7 Essas mudanças desencadearam obviamente uma resposta por parte das elites
(homens e mulheres) na tentativa de recolocar a trabalhadora doméstica no
lugar (inferior) dela. Vejam-se algumas considerações em Pinheiro-Machado: “A
minha empregada é muito abusada”. Disponível em: <http://www.cartacapital.
com.br/sociedade/201cminha-empregada-e-muito-abusada201d-7617.html>.
REFERÊNCIAS
ACKER, J. Revisiting Class: thinking from Gender, Race, and
Organizations. Social Politics, v. 7, n. 2, p. 192-214, 2000.