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Periclys

Registradores

Os registradores são os elementos superiores da


pirâmide de memória, por possuírem a maior velocidade de
transferência dentro do sistema, menor capacidade de
armazenamento e maior custo.
Os registradores são utilizados na execução de programas de
computadores, disponibilizando um local para armazenar dados. Na maioria dos
computadores modernos, quando da execução das instruções de um programa,
os dados são deslocados da memória principal para os registradores. Então, as
instruções que utilizam estes dados são executadas pelo processador e,
finalmente, os dados são movidos de volta para a memória principal.
Vamos analisar as características dos registradores:
Tempo de acesso: por serem construídos com a mesma tecnologia
do processador, possuem o menor tempo de acesso (da ordem dos
nanossegundos).

Capacidade: os registradores são fabricados com a capacidade de


armazenar um único dado, uma única instrução ou até mesmo um
único endereço. Sua capacidade, portanto, é da ordem dos bits
(geralmente de 8 a 128 bits).

Volatilidade: por serem memórias de semicondutores necessitam de


energia para funcionar, assim não memórias voláteis.

Tecnologia: memórias de semicondutores.

Temporariedade: são memórias auxiliares internas ao processador


e, portanto, tendem a guardar informação de forma mais temporária
possível. São, então, transitórias.

Custo: maior custo entre os diversos tipos de memória.

Registradores

Tempo de acesso: menor (mesma tecnologia dos processadores).


Capacidade: único dado, instrução ou endereço.
Volatilidade: voláteis
Tecnologia: semicondutores.
Temporariedade: transitórias.
Custo: maior custo.

Esquema 20 Registradores.

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Memória cache

Na pirâmide de memória, abaixo dos registradores, encontra-se o


conjunto cache-memória principal. Em sistemas de computação mais antigos a
pirâmide não possuía memória cache e, desse modo, os registradores eram
ligados diretamente à memória principal. No entanto, as velocidades distintas
entre o processador e a memória RAM causavam grandes perdas de
desempenho. Na busca de uma solução para este problema, criou-se um
mecanismo, que consiste na inclusão de um dispositivo de memória entre o
processador e a memória principal, denominado memória cache, cuja função
é acelerar a velocidade de transferência das informações entre
processador e memória principal e, com isso, aumentar o desempenho.
Vamos analisar as características da memória cache:
Tempo de acesso: altas velocidades de transferência (da ordem das
poucas dezenas de nanossegundos).

Capacidade: é importante que a cache tenha capacidade adequada


para armazenar uma apreciável quantidade de informações, de modo
que o sistema não sofra atrasos. Varia conforme o nível de cache (indo
da ordem dos kilobytes até uns poucos megabytes).

Volatilidade: por serem construídas com circuitos eletrônicos,


requerem energia elétrica para seu funcionamento. São voláteis.

Tecnologia: fabricadas com circuitos eletrônicos de alta velocidade.


São em geral memórias estáticas.

Temporariedade: o tempo de permanência de uma instrução ou


dado nas memórias cache é relativamente pequeno, menor que a
duração da execução do programa em que estão inseridos.

Custo: o custo de fabricação é alto, sendo que as internas ao


processador são mais caras que as externas.

Memória Cache

Tempo de acesso: baixa (poucas dezenas de nanossegundos)


Capacidade: baixa (ordem dos kilobytes até poucos megabytes)
Volatilidade: volátil.
Tecnologia: circuitos eletrônicos de alta velocidade.
Temporariedade: transitórias.
Custo: alto custo.

Esquema 21 Memória cache.

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A memória cache armazena dados e instruções que o processador


precisa recorrentemente ou precisará em breve. É importante ressaltar
que as memórias cache podem ser inseridas em até três níveis:
Cache L1: memória cache inserida internamente no processador,
encapsulada na mesma pastilha. A memória cache L1 é subdivida em
duas partes, sendo uma dedicada para instruções e outra para
dados. Com isso, o processador vai direto à memória de instrução, se
estiver buscando uma instrução, ou vai direto à memória de dados, se
estiver buscando um dado.
o Intel Core i9-7980XE: 576 KB de cache L1.
o : 1,5 MB de cache L1.

Cache L2: cache secundária. Pode estar dentro ou fora do


processador. Maior e mais lenta que a L1.
o Intel Core i9-7980XE: 18 MB de cache L2.
o : 8 MB de cache L2.

Cache L3: cache localizada fora do processador, instalada na placa


mãe. Maior e mais lenta que a L2. Em processadores multinúcleo,
é compartilhada por todos os núcleos.
o Intel Core i9-7980XE: 24,75 MB de cache L3.
o : 32 MB de cache L3.

De forma esquemática, os níveis de cache são:

Intel Core i9-


7980XE Threadripper 1950X
Cache L1 - 1º nível, mais próximo
da CPU, localizada dentro da CPU.
576 KB Subdividida em cache para 1,5 MB
instruções e cache para dados.

Cache L2 - 2º nível, pode estar


18 MB localizada dentro ou fora da CPU. 8 MB
Maior e mais lenta que a L1.

Cache L3 - 3º nível, utilizado em


alguns processadores, sempre
24,75 MB externo à CPU. Maior e mais lenta 32 MB
que a L2. Compartilhada por todos
os núcleos.

Esquema 22 Níveis de Cache.

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Sempre que a unidade de busca do processador precisa de um novo dado


ou instrução, ela procura inicialmente no cache L1. Se não encontrar, parte para
o L2 e depois para o L3. Se a informação não estiver em nenhum dos níveis de
memória cache, ela terá de ir até a memória RAM. Quando um dado é
encontrado em cache temos um cache hit, e quando o dado não é encontrado
em cache temos um cache miss.
O funcionamento de uma busca de instrução ou dado em um sistema com
cache ocorre conforme demonstrado no esquema a seguir:

Processador Cache L1
Busca dado ou instrução

Encontrou?

Não

Cache L2
Realiza
Cache
processamento Hit Encontrou?

Não

Cache L3

Não Cache
Encontrou? Miss

Memória
Principal

Esquema 23 Busca de dado ou instrução em sistema com cache.

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