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Curso: Noções de Informática para Fiscais

Teoria e Questões comentadas


Prof. Ramon Souza
Memória principal

A memória principal é a memória


básica de um sistema de computação
desde seus primórdios. É o dispositivo
onde o programa (e seus dados) que
vai ser executado é armazenado para
que o processador busque as instruções.
Geralmente, a memória principal é
sinônimo para a memória RAM, embora,
por vezes, o termo englobe também os
registradores e memória cache.
Vamos analisar as características da memória principal:
▪ Tempo de acesso: constituída com elementos cuja velocidade
operacional se situa abaixo das memórias cache, embora sejam muito
mais rápidas que a memória secundária. Operam na ordem das
dezenas de nanossegundos.

▪ Capacidade: sempre bem superior a memória cache, podendo ser


limitada pela definição do tamanho máximo na arquitetura do
processador e pela tecnologia da placa mãe. Os processadores de 64
bits suportam até 16 exabytes de memória principal, no entanto,
comercialmente é comum as memórias principais serem da ordem de
alguns gigabytes (2GB a 16 GB).

▪ Volatilidade: por serem construídas com semicondutores e circuitos


eletrônicos, são voláteis.

▪ Tecnologia: fabricadas com circuitos eletrônicos e semicondutores.

▪ Temporariedade: as instruções e os dados ficam temporariamente


na memória principal. São, portanto, memórias transitórias.

▪ Custo: custo intermediário (R$ 0,80 a R$ 5,00 por megabyte).

Memória Principal

Tempo de acesso: intermediária (dezenas de nanossegundos)


Capacidade: intermediária (ordem dos gygabytes)
Volatilidade: volátil.
Tecnologia: circuitos eletrônicos e semicondutores.
Temporariedade: transitórias.
Custo: custo intermediário.

Esquema 24 – Memória Principal (RAM).

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A memória principal é a memória de trabalho do processador, seu
grande “bloco de rascunho”, onde os programas (e seus dados) se sucedem
em execução, uns após os outros. Ou seja, para que um programa seja
executado é necessário que suas instruções e os dados por ela manipulados
estejam armazenados, ainda que temporariamente, na memória principal.
Atualmente, não é mais requerido que o programa inteiro esteja
armazenado na memória principal, bastando que ele seja dividido em
“pedaços”, chamados páginas, e o sistema transfere apenas algumas das
páginas de cada vez (as que estão ou irão ser usadas em breve).
A memória principal dos microcomputadores é comercial e
popularmente denominada memória RAM (Random Access Memory – Memória
de Acesso Aleatório).
A tecnologia RAM tem variações que podem ser agrupadas em dois
grandes grupos:
▪ SRAM (Static RAM): conseguem manter os bytes mesmo sem
atualização contínua, perdidos somente após a interrupção da fonte
de energia. É mais econômica e entrega mais performance, porém é
mais cara. Geralmente utilizada para as memórias cache.

▪ DRAM (Dynamic RAM): precisa que a informação seja


atualizada o tempo todo para que permaneça armazenada. Com
isso gasta mais energia que a SRAM. Geralmente utilizada na memória
principal comercial (memória RAM).

SRAM DRAM

Estática Dinâmica

Mantem os bytes sem Precisa de atualização da


atualização informação

Menos energia Mais energia

Mais performance Depempenho mais baixo

Ex.: memórias cache Ex.: memória principal

Esquema 25 – SRAM x DRAM.

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É importante ressaltar também que houve uma evolução do padrão
DRAM, para o chamado SDRAM (Synchronous dynamic RAM), que é o
padrão DRAM sincronizado com o barramento do sistema. Isso quer dizer
que a memória aguarda por um pulso de sinal antes de responder. Com isso,
ela pode operar em conjunto com os demais dispositivos e, em consequência,
ter velocidade consideravelmente superior.
Além disso, é importante destacar que os módulos de memória podem
ser do tipo SIMM (Single In-Line Memory Module) com uma única via de
contatos ou DIMM (Double In-Line Memory Module) com vias de contatos
dos lados do pente. O padrão DIMM é o que perdura nas memórias atuais.
Outra classificação importante é a que divide as memórias em SDR
(Single Data Rate) e DDR (Double Data Rate). As memórias SDR eram capazes
de trabalhar sincronizadas com os ciclos da placa-mãe, sem tempos de espera,
mas realizando apenas uma transferência por ciclo. Já as memórias DDR
superaram as memórias SDR por sua capacidade de realizar duas transferências
por ciclo. As memórias adotadas atualmente são do tipo DDR.
Em síntese, atualmente as memórias mais comuns utilizadas em
microcomputadores são do tipo DDR-SDRAM-DIMM, mas são comercialmente
divulgadas simplesmente como DDR.

De maneira esquemática, as características das memórias comerciais


atuais estão apresentadas a seguir:

SDR: apenas uma


transferência por
ciclo.
Número de
transferências por
ciclo
DDR: duas
transferências por
ciclo.

SIMM: única via


DDR-SDRAM- de contatos.
DIMM
(DDR comercial) Número de vias de
contatos
DIMM: via de
contatos de ambos
os lados.

SDRAM: DRAM
sincronizada com
Dinamicidade
o barramento do
sistema.

Esquema 26 – Classificações da DDR Comercial.

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As memórias DDR (DDR-SDRAM-DIMM) estão evoluindo com o passar
dos anos, sendo numeradas sequencialmente DDR, DDR2, DDR3, DDR4 e a
DDR5 prometida para até 2020 e ganhando cada vez mais velocidade
(frequência) e realizando mais operações por ciclo, além de buscarem um menor
consumo de energia.
Vejamos um quadro comparativo entre elas.
Operações Voltagem
TIPO Clock base Clock efetivo
por ciclo
DDR 100 a 250 MHz 2 200 a 500 MHz 2.5/2.6 V
DDR2 133 a 233 MHz 4 533 a 1333 MHz 1.8 V
DDR3 100 a 300 MHz 8 800 a 2400 MHz 1.35/1.5 V
DDR4 133 a 200 MHz 16 2133 a 3200 MHz 1.2 V
DDR5
Esquema 27 – Memórias DDR.

DMA (Direct Memory Access)

Normalmente para acessar a memória, os dispositivos conectados ao


computador precisam do processador. No entanto, com o uso do DMA (Direct
Memory Access) é possível que certos dispositivos de hardware num
computador acessem a memória do sistema para leitura e escrita
independentemente da CPU. Com DMA, o processador apenas inicia o
processo de transferência de dados, mas a execução fica a cargo dos próprios
dispositivos.

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Memória ROM

Falamos até agora das memórias RAM que permitem leitura e escrita,
pois o mercado associou o termo memória RAM apenas para estes tipos de
memória. Todavia, existem memórias RAM que permitem apenas a
leitura, as chamadas memórias ROM (Read Only Memory).
As memórias ROM são, portanto, memórias RAM que
permitem apenas leitura, isto é, os dados não podem ser
alterados e com a particularidade de serem não voláteis, ou seja,
e não são perdidos quando há desconexão da fonte de energia.
Normalmente, a ROM é utilizada para armazenar firmwares, pequenos
softwares que funcionam apenas no hardware para o qual foram desenvolvidos
e que controlam as funções mais básicas do dispositivo.
Com o advento das novas tecnologias para memórias ROM, a
característica de ser apenas leitura deixou de ser totalmente verdadeira,
sendo possível alterar o conteúdo gravado.

RAM

Com as
novas
tecnologias,
Utilizadas
Memória Somente deixou de
em
ROM leitura ser
firmwares
totalmente
verdade.

Não
voláteis

Esquema 28 – Memórias ROM.

Os principais tipos de ROM existentes são a Mask ROM, a PROM, a EPROM


e a EEPROM que são descritas no quadro a seguir.
Mask ROM Primeiras ROMs desenvolvidas constituídas de chips
integrados que guardam o software ou os dados gravados
durante sua criação.
PROM O conteúdo pode ser modificado por meio de um dispositivo
(Programmable ROM) conhecido como programador PROM, mas somente uma vez.
EPROM Permite a regravação de dados. O conteúdo do chip pode ser
(Erasable apagado expondo-o à luz ultravioleta por cerca de 10
Programmable ROM) minutos. Já o processo de reescrita dos dados requer uma
voltagem cada vez maior e, com isso, a número de
reprogramações acaba sendo limitado.
EEPROM Permite que os dados sejam apagados e gravados com o uso
(Eletronic Erasable de eletricidade.
Programmable ROM)
Esquema 29 – Tipos de ROMs.

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Memória Secundária e Memória Terciária

A memória secundária (auxiliar ou de massa) é a que apresenta a


maior capacidade de armazenamento na pirâmide, menor custo por byte e
tempos de acesso superiores. Esta memória tem por objetivo garantir um
armazenamento mais permanente a toda a estrutura de dados e
programas do usuário.
A memória secundária pode ser constituída por diferentes tipos de
dispositivos, alguns diretamente ligados ao sistema para acesso
imediato (discos rígidos, por exemplo), e outros que podem ser conectados
quando desejado (CD-ROMs, pendrives, etc.).
Na pirâmide de cinco níveis, os dispositivos que podem ser
conectados quando desejado (ou montados) estão classificados como
memória terciária. Porém, lembre-se que estes são um tipo de memória
secundária. Assim, se estivermos em um contexto com quatro níveis,
considere-os como memória secundária, se, por outro lado, estivermos tratando
da hierarquia de cinco níveis, considere-os como memória terciária.

Memória Secundária Memória terciária

•Diretamente ligadas ao sistema •Conectados ao sistema quando


para acesso imediato. desejado.

•Não dependem de operações de •Dependem de operações de


montagem. montagem.

•Ex.: discos rígidos. •Ex.: discos óticos, fitas magnéticas e


mídias removíveis.

•São um tipo de memória


secundária.

Esquema 30 – Memória secundária x memória terciária.

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Vamos analisar as características destas memórias ou também chamados
dispositivos de armazenamento em massa:
▪ Tempo de acesso: por serem, em geral, constituídos por dispositivos
eletromecânicos possuem tempo de acesso mais altos. Aqui saímos da
ordem dos nanossegundos e entramos na ordem dos milissegundos
para discos rígidos dos segundos para fitas magnéticas. Vale ressaltar,
que os discos rígidos SSD, mais modernos, já possuem tempos de
acesso bem mais rápidos, da ordem dos décimos de milissegundos.

▪ Capacidade: são os dispositivos que possuem as maiores


capacidades de armazenamento. Os discos rígidos e fitas magnéticas
são da ordem dos terabytes. Os discos óticos têm sua capacidade
variável deste centenas de megabytes até uns pouco gigabytes.

▪ Volatilidade: como estes dispositivos armazenam as informações de


forma magnética ou ótica, elas não se perdem nem desaparecem
quando não há alimentação elétrica. São, portanto, não voláteis.

▪ Tecnologia: variado para cada tipo de dispositivo. Os dispositivos


serão analisados em tópicos específicos quando necessário.

▪ Temporariedade: são de caráter permanente ou, pelo menos, de


longo período de armazenamento.

▪ Custo: custo mais baixo, variando dependendo do dispositivo.

Memória Secundária (e terciária)

Tempo de acesso: mais alto (milissegundos ou segundos)


Capacidade: mais alta (até terabytes)
Volatilidade: não volátil.
Tecnologia: discos magnéticos ou óticos. Flash para os SSDs.
Temporariedade: permanentes.
Custo: mais baixo.

Esquema 31 – Memória Secundária (e terciária).

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