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Álvaro Medeiros
Introdução
Objetivos
– Entender o conceito de celular e reuso de frequência
– Aprender noções básicas para projeto de sistemas celulares
– Verificar como é feito o dimensionamento de células considerando
cobertura, capacidade e interferência
Introdução
Sistemas de rádio
– Maior cobertura possível com um único transmissor
– Baixa capacidade
– Alta potência em antena de grande altura
– Porção do espectro de frequências não pode ser re-utilizada dentro
da área de cobertura
Aumento da demanda por serviços de rádio
– Falta de espectro disponível
Introdução
Sistemas celulares
– Maior capacidade de usuários em alocação de espectro limitada
– Substituição de um único transmissor (célula grande) por muitos
transmissores de baixa potência (células pequenas) de menor cobertura
– Cada célula recebe parte do espectro (canais) que é diferente das células
vizinhas
– Células com mesmo grupo de canais estão dispostas suficientemente
distantes para interferência seja mantida abaixo dos níveis aceitáveis
Introdução
Célula
– Área de cobertura de uma estação-base (BS)
– Possui grupo de canais de frequência
– Antena com potência limitada para garantir área de cobertura necessária
Área de cobertura determinada por medições de campo e modelos de previsão de propagação
Reutilização de frequência
Planejamento de frequências
– Projeto de alocação de canais para cada célula do sistema
Formato de célula hexagonal
– Polígono mais próximo do círculo
Antena omnidirecional
– Facilidade de encaixe
Idealmente a antena é posicionada no centro do hexágono
Reutilização de frequência
Padrões de reuso
Fonte: http://www.utdallas.edu/~torlak/courses/ee4367/lectures/lectureradio.pdf
Interferência co-canal
Expoente de perda de percurso
– Depende do ambiente de propagação
– Quanto mais obstáculos, maior o valor de n
Ambiente Expoente de perda de percurso
Espaço livre 2
Área urbana 2,7 a 3,5
Área suburbana 3a5
Indoor com linha de visada 1,6 a 1,8
Indoor obstruído (prédios) 4a6
Indoor obstruído (fabricas) 2a3
Fonte: http://www.utdallas.edu/~torlak/courses/ee4367/lectures/lectureradio.pdf
Interferência co-canal
No enlace direto
– Maior interferência, ocorre quando MS está na borda da célula (d=R)
– SIR da MS
S R −n R é o raio da célula
= i0 Li é a distância da i-ésima BS interferente a MS
I
∑ iL
i =1
−n
n é o mesmo em todo o sistema
Considerando apenas a primeira camada de células interferentes e
todos os interferentes equidistantes (Li = D ∀i)
S (D R )
= =
n
( 3N )
n
I i0 i0
Interferência co-canal
Exemplo: Testes demonstraram que, para uma qualidade de voz
aceitável no sistema celular analógico, a SIR deve ser pelo menos de
18 dB. Se o expoente de perda de percurso é de 4, qual deve ser o
tamanho do cluster?
Interferência co-canal
Enlace direto
– BS → MS
Interferência co-canal
Enlace reverso
– MS → BS
Interferência co-canal
Grid hexagonal apresenta uma visão inicial
– Na prática, condições reais de geografia e de propagação e dificultam o
planejamento
Espectro é dividido em canais
– Canais de tráfego (voz e dados) e de controle (5%)
– Canais de controle são essenciais para estabelecimento da comunicação
Maior SIR de requisito
– MSC aloca canais de forma diferente no tempo para células co-canais
Sequência de alocação é chamada sequência de caça
Interferência de canal adjacente
Resultante de sinais vizinhos em frequência
Causado por filtros receptores imperfeitos
– Permitem que sinais de frequências vizinhas vazem para a banda de passagem
Near-far problem
Fonte: http://www.analog.com/library/analogDialogue/archives/31-1/Mixed_Signal.html
Interferência de canal adjacente
Solução
– Melhor filtragem na recepção e na transmissão
– Atribuições de canais não-adjacentes na mesma célula
Separações em largura de até N canais
Quanto menor o fator de reutilização (N menor), menor a separação entre canais adjacentes
– MSC aloca canais de forma diferente no tempo para células mais próximas
com canais adjacentes
Atribuição de frequências no Brasil
Faixas 850 e 900 MHz Transmissão da
Freqüências (MHz)
Estação Móvel ERB
824-835 869-880
Subfaixa A**
845-846,5 890-891,5
835-845 880-890
Subfaixa B**
846,5-849 891,5-894
910-912,5 955-957,5
Subfaixa D
1710-1725 1805-1820
912,5-915 957,5-960
Subfaixa E
1740-1755 1835-1850
898,5-901* 943,5-946*
Subfaixas de 907,5-910* 952,5-955*
Exrtensão 1725-1740 1820-1835
1775-1785 1870-1880
Fonte: http://www.teleco.com.br/bandac.asp
Atribuição de frequências no Brasil
Faixas 1700 e 1800 MHz Transmissão da
Freqüências (MHz)
Estação Móvel ERB
824-835 869-880
Subfaixa A**
845-846,5 890-891,5
835-845 880-890
Subfaixa B**
846,5-849 891,5-894
910-912,5 955-957,5
Subfaixa D
1710-1725 1805-1820
912,5-915 957,5-960
Subfaixa E
1740-1755 1835-1850
898,5-901* 943,5-946*
Subfaixas de 907,5-910* 952,5-955*
Exrtensão 1725-1740 1820-1835
1775-1785 1870-1880
Fonte: http://www.teleco.com.br/bandac.asp
Atribuição de frequências no Brasil
Faixas 1900 e 2100 MHz
MHz Transmissão da
Subfaixa Estação Móvel ERB
F* 1920-1935 2.110-2.125
G* 1.935-1.945 2.125-2.135
H* 1.945-1.955 2.135-2.145
I* 1.955-1.965 2.145-2.155
J* 1.965-1.975 2.155-2.165
L 1.895-1.900 1.975-1.980
M 1.755-1.765 1.850-1.860
1.765-1.770 1.860-1.865
Subfaixa de 1.770-1.775 1.865-1.870
Extensão 1.885-1.890**
1.890-1.895**
Fonte: http://www.teleco.com.br/bandac.asp
Atribuição de frequências no Brasil
Faixas 850 e 900 MHz
– Inicialmente usada para os sistemas analógicos
– Canais de voz de 30 kHz
– 45 MHz de separação para o duplex
Fonte: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialbandcel/pagina_3.asp
Qualidade de Serviço
Acomodação um grande número de usuários em uma quantidade
limitada de canais de uma célula
– Quantidade de canais não pode ser igual a de usuários visto que os canais não
são ocupados 100% do tempo
– Usuários compartilham os canais, que são fornecidos sob demanda
Sistema celular é dimensionado como um sistema de entroncamento
Trunking
– Explora o comportamento estatístico do usuário
– Utilizado também em telefonia fixa
– Se o usuário solicita serviço e não há canal disponível, o acesso ao sistema é
negado
Qualidade de Serviço
Trunking
– Fundamentos desenvolvidos por Agner Krarup Erlang (século XIX)
– Baseado em teoria de filas
Modela sistemas em que clientes são atendidos por quantidade limitada de servidores
Qualidade de Serviço
Intensidade de tráfego (A)
– Quantidade de tráfego transportada por um canal ocupado
– Medida em Erlangs
– Ex: canal ocupado por 30 min durante 1 h → A=0,5 Erl
k =0
– Probabilidade de uma chamada adiada esperar mais que t segundos
P[atraso > t atraso > 0] = exp(− (C − A)t H )
– Probabilidade de uma chamada esperar mais que t segundos
P[atraso > t ] = P[atraso > 0]exp(− (C − A)t H )
– Atraso médio td para todas as chamadas no sistema
t d = P[atraso > 0]× H (C − A)
Probabilidade de atraso de espera
Exemplo
– Uma célula hexagonal em um sistema de 4 células tem raio de alcance de
1,387 km. O sistema inteiro utiliza 60 canais. Se a carga por usuário é de
0,029 Erl, λ=1 chamada /hora, e 5% de probabilidade de atraso, calcule: (a)
quantidade de usuários suportados por km2, (b) probabilidade de espera de
mais de 10 s em uma chamada adiada, (c) probabilidade de uma chamada
esperar mais de 10 s.
Grau de Serviço
Alocação de canais
– Modo de agrupamento de canais pode alterar capacidade do sistema
Exemplo: GOS=0,01
– Para 10 canais → A= 4,46 Erl
– Para 2×5 canais → A= 2 × 1,36 =2,72 Erl
Pr 2 [borda ] ∝ Pt 2 (R / 2 )
−n
Se n=4
Pt 2 = Pt1 16
Potência reduzida em 12 dB
Otimização do sistema celular
Overlay/underlay de células
– Mais fácil de implementar se há frequência disponíveis
– Menores chances de interferência co-canal
Otimização do sistema celular
Setorização
– Uma célula é dividida em vários setores
– Substitui a antena omnidirecional por várias
antenas direcionais
– Células setorizadas sofrem interferência de
apenas parte de estações co-canal
– Aumento da SIR
– Aumento da capacidade através da redução de N
– Mesmo R, porém razão D/R diminui
Otimização do sistema celular
Setorização
– Exemplo: reuso 7
– Também chamado de padrão de reuso
7 por 21
Otimização do sistema celular
Setorização
– Possibilita mais liberdade na atribuição dos canais
– Permite a redução do cluster
– Pode haver aumento da capacidade
Reduz a área de cobertura
Reduz quantidade de canais
– Aumenta a quantidade de antenas por BS
– Aumenta a quantidade de handoffs
– Na prática, diretividade da antena não é tão determistica
Condições de propagação podem afetar
Otimização do sistema celular
Mudança na inclinação vertical (tilt) da antena
– Pode confinar mais a potência transmitida à área de cobertura
– Reduz interferência nas outras células
– Pode reduzir área de cobertura
Otimização do sistema celular
Redução do tamanho das células
– Motivado pelo aumento da quantidade de usuários
– Redução da área de cobertura e aumento da capacidade
– Padrões de reuso com células de tamanhos diferentes dificultam o projeto
Células menores geram menos interferência mas podem sofrer mais interferência co-canal
– Aumento de handoffs
– Uso de células cada vez menores
Microcélula
Picocélula
Femtocélula
Otimização do sistema celular
Repetidores
– Extensão de cobertura a locais
com priores condições de
propagação
– Repetidor recebe sinal, amplifica
e irradia novamente
– Uso de antenas direcionais e de
Distributed Antenna Systems
(DAS)
– Não aumenta capacidade
– Posicionamento das antenas
determina interferência dentro e
fora do prédio
Otimização do sistema celular
Repetidores
– Repetidor ≠ BS
– Repetidor é apenas um amplificador do
sinal (signal booster) com capacidade de
processamento mais simples e menor
custo
Lista de Exercícios
Livro do Rappaport (Capítulo 3)
– 3.5, 3.6, 3.7, 3.10, 3.11, 3.12, 3.13, 3.15, 3.17, 3.26, 3.28, 3.29