Você está na página 1de 3

Fichamento Tipo Transcrição

Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste - UNIDESC


Trabalho de Conclusão de Curso I
Fichamento: Tipo Transcrição
Orientando: Pedro Castelo Branco Filinto
Orientador: Adelaine Costa Curvo
Curso/Turno: Direito/matutino 

 MADOR, Fernanda Spanier; SANTORUM, Kátia; CUNHA, Charlotte Spode da


e BRAUM, Sandra Maria. Por um programa preventivo em saúde mental do trabalhador
na Brigada Militar. Psicol. cienc. prof. [online]. 2002, vol.22, n.3 [citado 2021-05-06],
pp.54-61.http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S141498932002000300009&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1414-9893.

“[...] Nogueira & Moreira (1999), ao discutirem as formações grupais e seus efeitos nas
instituições policiais militares, afirmam que tais organizações apresentam
particularidades que devem ser levadas em consideração, uma vez que apresentam regras
de convivências e ideais que permeiam as relações de trabalho e as relações interpessoais
que têm influências no psiquismo de seus integrantes.. [...]” (p. 58)

Ao ingressarem na polícia militar, os sujeitos são concitados a se destituírem de valores e


crenças para incorporarem os valores preconizados pelos regulamentos da instituição.
Inicialmente, sentem o impacto das regras na convivência social intramuros, onde as
relações perdem a naturalidade e se revestem de medo, de receio do erro e de tudo que
ele pode acarretar.. [...]” (p.58 )

“[...]Sustentam as autoras que a formação do policial militar é perpassada por um ideal de


homem, que, por conseguinte, se estrutura em princípios rígidos. Além dos
ideais difundidos, a padronização das condutas, comportamentos, atos
e fardamentos. [...]” (p. 59)
“[...] Nos policiais militares, existe uma pressão muito grande sobre o indivíduo visando
à coesão do grupo, sendo o Regulamento Disciplinar, o Código Penal Militar e todos os
documentos doutrinários e normativos os principais meios para tal. [...]” (p. 59)

“[...]o estudo apontam para a existência de pressões e desafios nas esferas da


organização prescrita do trabalho policial e do trabalho policial no cotidiano... [...]”
(p. 59)

“[...] Pressões e desafios que impõem rigorosos limites à expressão da


subjetividade dos policiais no trabalho, oferecendo-lhes escassas possibilidades
para encaminhar seu sofrimento de forma criativa).”. [...]” (p. 59)

“[...]tentativas de gerenciamento do sofrimento psíquico decorrente da experiência


laboral, os policiais, coletivamente, recorrem a mecanismos defensivos, visando à
tentativa de clivagem entre corpo, pensamento e psiquismo, de maneira a continuar
trabalhando nos limites entre a descompensação psíquica e a saúde mental. [...]” (p.
59)

“[...] Sob diferentes perspectivas, os pesquisadores vêm desbravando o terreno das


relações entre trabalho policial e saúde, procurando respostas e, sobretudo, indagações
que impulsionem a discussão do tema, bem como a busca de alternativas referentes à
promoção da saúde junto à categoria profissional dos policiais. [...]” (p. 60)

“[...]  sofrimento psíquico é o objeto da pesquisa-ação em saúde, proposta em


Psicodinâmica do Trabalho “[...]  (p. 60)

“[...]  Sofrimento este que, para ser transformado, pressupõe que os sujeitos elaborem
suas vivências laborais para, desse modo, propor e conduzir transformações na esfera da
organização do trabalho. “[...]  (p. 60)
“[...] que os policiais possam pensar sua situação em relação ao trabalho
negociando com seu universo prescritivo de maneira a “subvertê-lo” criativa e
saudavelmente, parece-nos que a prescrição minuciosa, característica da
organização do trabalho policial, representa, em certa medida, um obstáculo a esta
proposta. [...]” (p. 60)

“[...] é importante reconhecer que o trabalho tanto pode conduzir as pessoas à


saúde como à doença e além disso, que o sofrimento, enquanto categoria interme-
diária entre as duas, é condição inexorável dos sujeitos que trabalham, exigindo
não que se busque eliminá-lo, mas sim, transformá-lo.” [...]” (p. 61)

“[...]é necessário admitir que tal sofrimento está diretamente relacionado ao fazer
da polícia e, portanto, à qualidade que esse fazer apresenta [...]” (p. 61)

“[...]não mais é possível atribuir a problemas de seleção de pessoal ou a treinamento,


como freqüentemente se faz, os problemas apresentados pela categoria. Tão pouco é
possível conceber que “erros” ou problemas vividos por policiais tenham suas
explicações buscadas apenas em sua histórica individual, reforçando as teses que
sustentam práticas de exclusão, quer sejam temporárias ou definitivas. [...]” (p. 61)

“[...] é necessário que a Organização da Polícia Militar encare a sua


responsabilidade com a saúde dos policiais-trabalhadores, já que se trata de uma
importante questão de saúde pública, não apenas porque o sofrimento psíquico
decorrente do exercício laboral atinge uma categoria profissional inteira, como
também porque seus efeitos atingem ampla e gravemente toda a sociedade.. [...]” (p.
61)

“. [...]são necessários esforços no sentido de garantir a viabilidade de ações


promotoras e preventivas em saúde mental do trabalhador na Brigada Militar
mediante algumas iniciativas: a primeira que destacamos refere-se a dar
continuidade ao processo de democratização na Polícia Militar, o qual, para ser
verdadeiramente efetivo, pressupõe a restauração do direito à palavra no contexto
do trabalho; a segunda diz respeito ao investimento na contratação de
profissionais das áreas das ciências humanas e da saúde que possam atuar junto às
Companhias aproximando-se, desse modo, do cotidiano dos policiais e, por fim,
chamamos a atenção para a importância do estabelecimento de políticas públicas
em saúde e segurança que amparem programas sistemáticos em saúde do
trabalhador junto aos espaços de trabalho policial, oportunizando o repensar
permanente dos agentes da segurança pública acerca de sua relação com o

Você também pode gostar