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CAUCAIA-CEARÁ
2018
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CAUCAIA-CEARÁ
2018
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AGRADECIMENTOS
Ao criador e a minha família, por ter me concedido sabedoria e força para o prosseguimento
nos estudos e pela busca do conhecimento, bem como em olhar todos os dias para mim
fazendo-me superar todos os obstáculos.
A minha orientadora, Keila Andrade Haishida, por ter me transmitido sua experiência
educacional com tanta dedicação, compromisso, paciência e competência tornando possível a
realização deste trabalho.
Ao polo da UECE/UAB Caucaia- Novo Pabussu, por oportunizar o crescimento profissional
por meio desta Graduação.
Todos os professores, que nos transmitiram e mediaram seus saberes, tornando o nosso
desenvolvimento aprimorado e transformado de forma positiva e construtiva.
Aos meus colegas, por tornar as aulas sempre formidáveis, no que concerne às discussões e
reflexões.
A todos cujo nome não constam neste trabalho, entretanto que de alguma forma contribuíram
para a conquista de tal ofício.
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RESUMO
ABSTRACT
This research is located in the field of Pedagogy, and consists of a formation memorial. In the
methodological aspect it consists specifically in the (auto) biography of Évila Cristina
Vasconcelos de Sá (1988-2018), an educator who began to act in formal education in the year
2010, in the specific subjects of History and Geography, in the final series of Elementary
School . The objective since work consists in the biography of himself, seeking through it, the
reflection on my teaching and formative practice. The research is structured in the times of
formation in Basic Education, passing the first undergraduate degree in History, by the State
University of Vale do Acaraú (2008-2011), later in the Specialization in Methodology of
Teaching History by the State University of Ceará ( 2012-2013), and from this, the approach
with the pedagogical themes, making the same provide vestibular for the referred course, in
Pedagogy of UAB / UECE. This TCC, also narrates the educational practices in the prefecture
of Fortaleza, related to the Supervised Internships in Early Childhood Education and
Elementary Education.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 10
1.1 RELAÇÕES ENTRE MEMORIAL DE FORMAÇÃO E
(AUTOBIO)GRAFIA)......................................................................................... 11
1.2 ESTRUTURÇÃO DESTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO... 11
2 TEMPOS DE MENINICE E EDUCAÇÃO ESCOLAR............................ 12
2.1 NASCIMENTO E CARACTERÍSTICAS FAMILIARES........................... 12
2.2 PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E FESTA DO ABC................................ 13
2.3 REMINISCÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO COLÉGIO
MILITAR DO CORPO DE BOMBEIROS AO TÉRMINO DO ENSINO
MÉDIO EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO PERÍODO NOTURNO.............. 14
3 DOS MUROS ACADÊMICOS À PRÁTICA DOCENTE.......................... 15
3.1 PRIMEIRA EXEPERIÊNCIA FORMATIVA NO ENSINO SUPERIOR:
LICENCIATURA EM HISTÓRIA PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL
VALE DO ACARAÚ................................................................................... 15
3.2 APROXIMAÇÃO NA PESQUISA DA PAIDÉIA: ESPECIALIZAÇÃO EM
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA PELA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ............................................................................. 16
3.3 MEMÓRIAS FORMATIVAS DO CURSO DE PEDAGOGIA UAB/UECE E
DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS EM MINHA FORMAÇÃO
DOCENTE...................................................................................................... 18
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 29
REFERÊNCIAS................................................................................................ 30
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1 INTRODUÇÃO
Nesse sentido, vale inferir que o ser humanidade apropria-se de sua vida e de si mesmo
por meio de histórias. Antes de rememorar essas histórias para comunica-las aos outros, o que
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ele vivencia, por meio de figurações com as quais representa o seu existir. O memorial
consiste em uma narrativa que retrata meus percursos formativos “as experiências mais
significativas de prática educativa do educando, no que se refere à construção identitária de
professor, com caráter histórico, reflexiva, crítica, científica e como atividade pessoal e
coletiva.” (OLIVEIRA; CAVALCANTE, 2011, p.09).
A escolha das mesmas não foi por acaso. Minha formação está entrelaçada ao
universo de Clio. Sou graduada em História e cursei duas especializações: em Ensino de
História e História do Brasil. E concomitante ao referido curso que apresento, concluí o
mestrado em Educação, com pesquisa em estudos biográficos da primeira educadora do Liceu
do Ceará, Henriqueta Galeno. Deste modo, com pretensão de me especializar na área de
História da Educação, e sobre o Ensino de História almejo elencar as contribuições destas
disciplinas para minha formação como pedagoga.
Meu pai atualmente sexagenário foi militar do exército nos finais de sua adolescência,
deixando sua carreira para trabalhar no antigo Banco do Estado de Ceará (BEC), pelo fato da
empresa do ramo de calçados no bairro de Monte Castelo ter falido, precisou deixar o quartel
que tanto estimava, para cuidar de assuntos burocráticos e financeiros, a fim de ajudar no
sustento de seus genitores e os oito irmãos.
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Com sete nos fui alfabetizada na Escola Beija-Flor, no município de Caucaia, bairro
Jurema. Nesta escola lembro-me que as atividades eram apresentadas em folhas de papel
ofício, bem como copiadas da lousa, em forma de ditados, textos, contações de histórias, e
atividades fora do ambiente escolar.
Um evento que ficou marcado em minha memória consta na visita da Fábrica
Fortaleza, onde tive contato com o processo de fabricação dos produtos desta empresa, bem
como minha primeira experiência na visualização de cinema em uma sala apropriada, junto
com os meus colegas de sala e professores.
Minha alfabetização ocorreu por meio da memorização dos conteúdos. O livro que
possuía era “Essa Mãozinha vai longe”. Junto com o caderno de caligrafia, dei forma as
minhas primeiras letras e me aproximei do mundo da leitura.
No final do ano de 1995, estava eu me preparando para a minha festa do ABC.
Festividade esta marcada pela efetividade do meu processo de alfabetização. Minha mãe,
educadora desta fase do ensino, empolgada em deixar sua única filha estonteante para o
referido evento escolar, alugou um vestido branco pomposo, com mangas estilo princesa,
enfeitadas de bijuterias que imitavam pérola.
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No cabelo, um penteado de coque, portando uma tiara com o mesmo tecido e adornos
do vestido. Com uma rosa iluminada, feita artesanalmente pelas professoras da instituição,
dancei a valsa do ABC com meu primo paterno da mesma idade.
No ano de 1988, meu pai teve uma grande iniciativa: fazer a minha inscrição no
processo seletivo para o ingresso no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Estado do
Ceará. As disciplinas em avaliação consistiam em Português e Matemática. Durante o período
de dois meses, acredito, me preparei com o mesmo, através de leituras e exercícios de fixação,
e correção das atividades.
Posteriormente, o resultado do concurso saiu, e eu fiquei em 18º lugar, informação
obtida por meio de uma notícia de jornal. Nesta escola fiz muitas amizades, e tive o primeiro
contato afetivo com os estudos históricos, alcançando notas satisfatórias, bem como sempre
optando por temas historiográficos nas Feiras de Ciências.
O currículo escolar desta escola centrava-se no estudo de Português, Matemática,
Ciências, Geografia, História, Artes, Educação Física e Educação Militar. Todos os dias
entrávamos em forma, caracterizando-se na organização de cada série, uma separada da outra,
sendo que cada uma tinha seus educandos ordenados em filas, para aclamar em forma de
canto os símbolos nacionais e regionais: desde o Hino Nacional, perpassando pelo Hino da
Independência, da Bandeira e o Hino do Ceará.
Entretanto, em 2013, por motivo da separação de meus pais que residiam perto desta
escola, tive que sair da mesma, e começar meus estudos na rede pública regular, no bairro dos
meus avós: o Henrique Jorge. No ano de 2007, aos 19 anos, trabalhando durante o dia, e
estudando a noite, por conta de questões financeiras, concluí o Ensino Médio na escola
Professor Paulo Freire.
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Com o intuito de conhecer as ditas práticas funerárias, comecei por inciativa própria
(no segundo semestre de graduação), a frequentar locais de investigação de fontes manuscritas
do século XIX no Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC), no que concerne relatórios de
médicos, testamentos e inventários, bem como na Biblioteca de Ciências Humanas da
Universidade Federal do Ceará (UFC), para a coleta de fontes secundárias relacionadas ao
assunto. Objetivando entender as características e pormenores das inumações, recorri ao
Arquivo da Cúria de Fortaleza, no Seminário da Prainha, para compreender os Livros de
Óbito. E ao analisar o discurso médico que condenava os sepultamentos nas igrejas,
investiguei os jornais da Hemeroteca da Biblioteca Pública Menezes Pimentel.
Esta imagem se refere à coleta de dados do túmulo do Boticário Ferreira. Falecido nos
finais da década de 1850 e sepultado no primeiro cemitério da capital cearense: O Cemitério
do Croatá, que se localizava na atual Praça da Estação, bairro Centro. Por conta de uma
grande epidemia de cólera, muitos fortalezenses morreram bem como tal necrópole estava
cometido pela proliferação e acúmulo das areias do Morro do Croatá, o presidente da
província do período, desativou tal cemitério, dando lugar ao novo, no ano de 1866: o
Cemitério São João Batista. Onde jornais locais, como O Cearense, publicavam notícias
solicitando que os habitantes exumassem os corpos de seus familiares para o novo campo
santo. (SÁ, 2012).
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Como já era professora da educação básica há quatro anos no começo desta graduação,
buscava na mesma, conhecimentos mais aprofundados na área educacional, bem como ouras
oportunidades de docência, pelo fato do curso de História ser mais restrito, no que se refere
ao mercado de trabalho.
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devemos articular o planejamento para contemplar todas elas sem distinção, mas respeitando
suas singularidades.
Vale lembrar que requer muita responsabilidade, uma vez que, temos que nos basear
nas teorias aprendidas durante a vida acadêmica, contribuir com ações deficientes na prática
docente da professora regente da sala e conciliar formas lúdicas e dinâmicas para conseguir
fazer com que a criança interesse em ser protagonista desse processo de aprendizagem. A
regência também nos induz a refletirmos sobre quais aspectos poderíamos ter trabalhado
diferente, que outras abordagens também importantes deixamos passar despercebidas e,
principalmente, nos motiva a decidir se realmente almejamos a carreira docente para nossa
vida.
Sabemos que o período é curto para uma decisão tão séria, no entanto mesmo sendo
restrito, quem tem o dom, por assim dizer, já consegue articular qual é o tipo de profissional
que você deseja ser, tem uma visão mais positiva da experiência. Foi o que percebi de forma
individual, que a educação infantil é um espaço no qual os saberes se articulam em meio à
brincadeira e que por tratar-se de crianças muito dependentes, o cuidar e o educar devem ser
indissociáveis. Sendo assim cada ação deve ser prontamente intencional pensando nesses
aspectos e embora a turma que realizamos o estágio fosse pouco numerosa, pudemos
vivenciar esses aspectos plenamente. Tendo em vista que nos dias de regência ficávamos a
maior parte a sós com eles e gostei muito do dia que a diretora nos delegou a responsabilidade
de assumir a turma devido à ausência da professora. Senti que ela confiava no nosso trabalho
e percebi nesse instante que mesmo diante de todas as adversidades, fizemos um bom
trabalho.
O contato direto com a regência na escola, nos permitiu refletir sobre a interligação da
teoria estudada em sala de aula com a realidade do cotidiano posto no ambiente escolar. O
estágio em si fez com que o futuro pedagogo, analise na pratica as demandas que conceituam
o sistema educacional nas indagações presentes na “escola-campo”.
Um ponto interessante na minha regência foi quando nós começamos uma dinâmica,
dividindo a turma em três equipes, a saber: vermelha, verde e azul. Pregamos um cartaz na
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sala, em que cada equipe, recebia uma estrelinha por comportamento, concepção e
participação. Nessa forma, encontramos um meio para que os educandos se interessassem em
nossa contribuição para o estágio, sendo um grande momento de interação.
Outro aspecto importante neste estágio foi que uma turma de fundamental I, requer
muita atenção por parte do professor, pois ele precisa corrigir caderno por caderno, apagando
as respostas erradas, acompanhando todos os detalhes, pois infelizmente, ainda existem
alunos que não foram letrados nessa etapa do ensino.
O trabalho com os jogos matemáticos foi muito importante para nossa prática
educativa, uma vez que a partir dessa experiência, encontramos meios para lecionar nossos
futuros educandos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para tanto, esmiucei além das minhas experiências de educação meios formais, em
relação à educação básica, relatei minhas vivências no seio familiar, no que concerne
características da primeira infância, o que aprendi nas séries iniciais (no que refere-se ao
processo de alfabetização), materiais de estudo, temas das Feiras de Ciências, e motivo de
desligamento e transferências das escolas.
Nos estágios, consegui aprender como se dava a rotina em espaços que ainda não tinha
contato, que era a Educação Infantil. Percebemos que na sala de aula possuía duas
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No Ensino Fundamental, pelo fato da faixa etária dos meus alunos serem maior, entre
oito e onze anos, tive maior facilidade de lecionar, pela minha experiência no Fundamental II.
Vale destacar que o Estágio não é somente um componente curricular destinado a pôr em
prática as teorias recebidas, é um aspecto importante de práxis, um lugar, que inicia nossa
prática educativa, que no caso é no curso de Pedagogia. “Por isso esse espaço é parte da
nossa trajetória, da nossa vida, é o lugar em que continuamos a nascer profissionalmente. O
espaço que guarda a nossa esperança no trabalho do professor e na formação docente.”
(LIMA [et. al], 2010, p. 19).
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REFERÊNCIAS
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p. 292-313, 2014. Disponível em:
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Batista como objeto de Educação Patrimonial no Ensino de História. 2013. 56f. Trabalho de
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Estadual do Ceará, Fortaleza, 2013.
______. Henriqueta Galeno: biografia de uma literata e feminista (1887-1964). 2018. 145f.
Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação,
Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2018.
SEVERINO, A. J.. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo:
Cortez, 2007.