Casa Aula12

Curso de Aconselhamento em Dependência Química Virtual
Apresentação do CASO
• O paciente em questão foi acompanhado durante 2
meses e 19 dias no setor Mirante do Instituto Bairral de
Psiquiatria.
• Paciente realizou atendimento psicológico individual
uma vez por semana e acompanhamento em grupo
terapêutico.
• Além das anotações dos atendimentos realizados com
o paciente, foi revisto o prontuário com as anotações
dos demais profissionais da equipe multidisciplinar.
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Estudo de Caso Clínico
Aconselhamento em Dependência Química Virtual
IDENTIFICAÇÃO
• Nome: E.R.T.
• Sexo: Masculino
• Idade: 43 anos
• Data e Local do Nascimento: 10/11/1970 em Juiz de
Fora
• Procedência: Juiz de Fora
• Estado Civil: Solteiro
• Profissão: Advogado e Jornalista
• Escolaridade: Mestrado
• Religião: Espírita
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Queixa
Alcoolismo, Dependência de
Benzodiazepínicos e Depressão
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História Clínica do Consumo de SPA

Álcool:
• Aos 14 anos E. passou a ingerir bebida alcóolica com
amigos com a frequência de 1 vez ao mês e com os
tios em festas de família específicas como natal e
casamentos.
• Aos 18 anos o consumo passou para 1 vez na semana,
bebia com amigos do colégio e em shows de música,
sempre preferiu destilado, o consumo foi aumentando
gradativamente para até 5 doses.
• Aos 28 anos foi para Miami fazer mestrado, como
ficava sozinho, sem amigos manteve as 5 doses mais
aumentou a frequência para 4 vezes na semana.
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• Aos 36 anos após a separação com a esposa,
continuou com a frequência de 4 vezes na semana,
mas bebia por volta de 8 doses ( vodca ou whisky)
• Com 37 anos, saiu da empresa de advocacia que
trabalhava , foi para SP, ficava muito tempo sozinho em
casa, com isso a frequência continuou a mesma mas
passou a beber 1 litro por dia.
• Esse padrão permaneceu até o momento da
internação.
• Inicialmente E. diz que a bebida melhorou sua timidez,
depois foi incentivada por uma classe cultural artística
da qual ele se identificava, passou a ter a função de
aumentar o libido e também trazia relaxamento.
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Tabaco:
• Aos 18 anos começou a fumar, no início era 1 maço por
semana, aos 19 passou para maço por dia, e nos
últimos 5 anos consumia 2 maços por dia, durante a
internação diminuiu para 10 cigarros diários.
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Cocaína:
• Experimentou cocaína aos 19 anos com amigos, quando
voltou da Noruega, usou por curiosidade nessa época e não
se interessou.
• Voltou a consumir aos 27 anos quando começou a trabalhar
num escritório de advocacia, usava com outros colegas com
a frequência de 2 vezes na semana, consumia 6 gramas
entre 4 pessoas. Usou até os 29 anos, parou devido o
nascimento do filho.
• Chegou a usar de forma esporádica algumas outras vezes
como em formaturas ou casamentos.
• Em uma época em que seu casamento não ia bem consumia
com o objetivo de diminuir seu libido.
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Maconha:
• Aos 18 anos experimentou maconha duas vezes com
amigos, depois foi fazer intercâmbio na Noruega, ficou
abstêmio lá. Retornou aos 19 anos e voltou a consumir em
média 2 “ baseados” por dia, 4 vezes na semana. Usava com
o intuito de aumentar seu libido. Consumiu até seus os 25
anos quando entrou no escritório de advocacia .
LSD:
• Aos 22 anos, morou durante 4 meses na Califórnia, lá
consumiu LSD, uma unidade com uma média de 1 vez na
semana. Nunca usou no Brasil por desconfiar da
procedência. Nessa época usou essa SPA para esquecer das
suas escolhas, e associou à artistas, poesia, criação.
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Benzodiazepínicos:
• Por volta dos 8 anos teve “ terror noturno”. Era resistente
para dormir, acordava a noite, ficava pensando
“enlouquecidamente” e não dormia mais, o pai receitou
Flurazepam, como ficou resistente a essa medicação, passou
a tomar Flunitrazepam, E. lembra que ficou durante 1 ano e
meio fazendo o “ desmame”.
• Voltou a tomar Flurazepam aos 12 anos, tinha dificuldade
para dormir por preocupação com a competição de natação,
era 1 comprimido diário.
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• Aos 23 anos, no retorno da Califórnia, começou a tomar 1
comprimido de 3 mg de Bromazepam, E. conta que era para
ansiedade e depressão. Foi aumentando gradativamente
para 3 comprimidos diários. Interrompeu o uso pois começou
a fazer terapia.
• Aos 36 anos, após a separação, começou a usar
Clonazepam, conta que manipulava nas consultas com
psiquiatras para aumentar a dosagem, chegou até a 10 mg/
dia.
• Passou a ingerir no dia seguinte ao uso do álcool para dormir
e se recuperar dos efeitos da bebida. Estava tomando 3
comprimidos de noite e 2 de dia.
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PADRÃO DE USO DAS SPA

Substância Início de Uso Período Consumo Último Uso
Álcool 14 anos 29 anos 1 litro/ dia Agosto/2014

Tabaco 18 anos 25 anos 2 maços/ dia Em uso
Maconha 18 anos 8 anos 2 baseados 1997
Cocaína 19 anos 3 anos 6 gramas 2000
(dividia)
LSD 22 anos 4 meses 1 unidade 1993
Benzo- 23 anos 7 anos 6 comprimidos Durante a
diazepínicos de internação
Clonazepam 2
mg/ dia
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DIA TÍPICO
Dia de Uso:
• Acordava por volta das 11:00 horas, tomava café com
leite e uma dose de conhaque para levantar, saia para
fazer compras no mercado e trazia mais bebida. As
14:00 horas ingeria uma dose de cachaça, almoçava e
tomava outra dose, depois ficava na internet pagando
contas.
• As 18:00 horas começava a tomar whisky enquanto
corrigia provas. As 19:00 horas tomava pinga ou
alguma cachaça como aperitivo e por volta das 20:00
fazia um último lanche, depois voltava a consumir
whisky.
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DIA TÍPICO
• As terças e quintas-feiras E. dava aula na faculdade no RJ,
nesses dias saia as 16:00 horas de casa , durante a viagem
de ida e volta ingeria 4 doses de whisky. Retornava as 24:00
horas. Nas noites em que não lecionava tomava de 6 a 8
doses.
• A partir das 24:00 horas acessava a internet, escrevia para
web sites, revistas ou jornais, tarefas ligadas ao jornalismo,
conversava com pessoas de grupos vinculados ao curso de
letras e acessava sites pornográficos.
• Entre as 04:30 e 06:00 horas se alimentava com algum
congelado, tomava 4 comprimidos de Clonazepam 2 mg de e
dormia, já exausto.
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DIA TÍPICO
Dia seguinte ao consumo de álcool:

• Acordava entre as 12:00 e 14:00 horas tomava 2
comprimidos de Clonazepam 2 mg e voltava a dormir.
• Acordava as 17:00 horas, tomava leite ou comia alguma

coisa, assistia televisão ate as 21:00 horas e depois tomava
mais 3 comprimidos para dormir.
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Antecedentes Pessoais
Gestação e Parto:
É o primeiro filho de uma prole de 3, E. conta que os pais
sempre disseram que foi desejado. Nasceu de parto normal,
sem complicações.
Desenvolvimento na infância:
Segundo E. sabe através de relatos da sua família conta que
teve um desenvolvimento precoce, quando começou a estudar
foi para uma turma onde as crianças eram 1 ano mais velhas
que ele. Era o melhor aluno e rodeado de amigos. E. diz que
sempre teve facilidade em respeitar regras e limites, era
disciplinado.
Ele refere também, sempre ter tido receio de ser rejeitado
pelas pessoas. Sentia-se tímido na infância.
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Complicações Clínicas:
• Aos 5 anos lembra de ter simulado uma dor na virilha,
ficou durante 1 ano mantendo essa suposta dor, nesse
período foi para SP fazer exames, passou por vários
médicos. Aos 7 anos quando fez a primeira comunhão,
confessou para o padre e se sentiu melhor.
• Com 8 anos contraiu Hepatite A, lembra ter ficado 7 meses
de cama, quando se recuperou começou a fazer Bullying com
o irmão que era Hiperativo.
• Aos 14 anos contraiu Gonorreia.
• Com 18 anos rompeu o ligamento do joelho jogando futebol,
ficou impossibilitado de fazer esporte.
• Nunca fez cirurgia, nem sofreu acidente de trânsito.
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Escolaridade:
• E. conta que sempre foi um excelente aluno, tirava boas
notas sem estudar muito. Suas notas eram acima da média:
“era normal tirar 10”. Não tinha exigências dos pais: “ o foco
dos problemas sempre foi meu irmão”
• Estudou nas melhores escolas, permaneceu ate os 12 anos
na mesma, onde segundo E. era considerado o melhor aluno.
• Com 12 anos foi para o RJ devido a natação, permaneceu lá
durante 3 anos, depois retornou para Juiz de Fora e no meio
do segundo ano do colegial, foi fazer intercâmbio na
Noruega, estudou durante 1 ano lá. Ao retornar, prestou
vestibular e passou no curso de direito.
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• No segundo ano de direito, fez vestibular para jornalismo, fez
os dois cursos simultaneamente durante 1 ano, após esse
período resolveu ir para a Califórnia, permaneceu lá durante
6 meses. Ao retornar, passou a se identificar mais com
jornalismo, acreditava que era um curso mais aberto, e
“combinava” com a maconha. Em paralelo aos dois cursos,
estudou durante 6 meses letras.
• E. relata que com a pressão do pai que disse que pararia de
pagar por conta das suas incertezas, acabou concluindo a
faculdade, após 7 anos o curso de direito e em 5 anos,
jornalismo.
• Aos 28 anos foi para Miami fazer seu mestrado.
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História Ocupacional:
• Aos 25 anos começou a trabalhar num escritório de
advocacia, permaneceu lá durante 12 anos, E. diz que saiu
pois se deu conta que não fez o trabalho de forma correta, nã
gostav d ambient agressivNum oportunidad d
ser sócio precisaria deixar as pessoas para trás e não
concordava com isso.
• E. relata que logo em seguida conseguiu um emprego em SP
como diretor jurídico, trabalhou nessa empresa durante 1 ano
e meio, mas conta que não se adaptou em SP. Devido a
venda da empresa e a possibilidade de ser demitido, resolveu
sair.
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• Retornou para o RJ e começou a trabalhar na empresa de
grande empresário no ramo da mineração, conta que
trabalhava diretamente com ele e outros diretores, nesse
ambiente todos queriam ser igual ao empresário e para isso
“passavam a perna em qualquer um“, depois de 5 meses
pediu sua demissão.
• Com 40 anos começou a dar aula de direito na faculdade e

também passou a trabalhar escrevendo artigos para revistas,
jornais e blogs.
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Adaptação e Orientação Sexual:
• Com 8 anos E. lembra que gostava de uma menina na escola
que era a mais popular, assim como ele, sentiam que era
para gostar um do outro.
• Uns anos depois começou a namorar uma menina que no dia
do seu aniversario terminou com ele, ficou com raiva e deu
uma “reguada” em seu rosto.
• Por volta dos 11 anos viajou com o pai para os E.U.A e
assistiu pela primeira vez um filme pornográfico, ao se tocar
ejaculou, sem saber que era masturbação.
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• E.R.T diz que era loiro e tinha o cabelo liso, mas com as
transformações da puberdade o cabelo ficou crespo, além
disso teve muito mais pelos comparado aos outros meninos
da sua idade, era visto como o mais bonito e nessa fase diz
que ficou feio.
• Aos 12 anos passou a fazer natação e começou a participar
de competições, nessa época mudou-se sozinho para o RJ,
ficou lá ate os 15 anos.
• Tinha a crença de que masturbação atrapalhava seu
desempenho e por isso se privou desse ato nesse período.
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• Com 14 anos, o pai de um amigo levou ele e outros amigos
numa casa de prostituição, E.R.T lembra de ter achado as
mulheres horrorosa e de não se sentir preparado, mesmo
assim foi para o quarto com uma garota mas não conseguiu
ter ereção e contraiu Gonorreia.
• A primeira relação sexual foi aos 18 anos com uma
namorada, namoraram por dois anos, ela viajou para fora do
país, tentaram manter a relação, com seu retorno, mas dois
anos depois se separaram. Conta que o fim foi bem
conturbado.
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• Aos 26 anos, como forma de superar o fim do namoro
anterior, começou um novo relacionamento, depois de
algumas interrupções, o namoro se firmou, após 3 anos de
namoro foram morar juntos durante mais 7 anos, tiveram um
filho que hoje tem 13. Quando seu filho tinha 4 anos se
separaram.
• Chegou a morar junto com outras duas mulheres, mas E. diz
que não foram relações importantes nem duradouras.
• E. refere que durante as relações amorosas sempre tem a
sensação de que será abandonado, acaba muitas vezes
terminando ou provocando situações para que as namoradas
terminem com ele, mas quando isso acontece sente muita
raiva, se sente fracassado e enganado.
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Personalidade:
Ele se define como uma pessoa inteligente, suficientemente
bonito, interessante, com dificuldade de manifestar seus
sentimentos, de lidar com a área emocional e afetiva, muito
exigente consigo, competitivo, que gosta de ajudar os outros.
Gosta de organização, de paquerar, ler, escrever e estudar.
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Tabaco e Maconha
Aumento
Linha do tempo Passou a Ingerir
Consumo do Álcool 1litro de Álcool
18 anos Aumento por dia
LSD
Quantidade 38 anos
22 anos Volta ao Aumento Álcool e
Uso Cocaína Frequência Benzo-
Álcool Benzo- 27 anos do Álcool diazepínicos
14 anos diazepínicos 28 anos 36 anos
Cocaína 23 anos
19 anos
1ª Relação Mestrado
Sexual Miami Saída Escritório
18 anos Escritório 28 anos Advocacia e ida
a SP 1ª Internação
Advocacia
Bairral
25 anos 37 anos
43 anos
Natação
RJ
Início Nascimento Aulas
12 anos Início Relação Filho Rompimento Faculdade
Faculdade ‘’Esposa” Casamento 40 anos
29 anos
23 anos 26 anos 36 anos
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Genograma
75a 69a
E.R.T
41a 42a 41a
43a
13a
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Relação com a Família

• Pai tem 75 anos, é médico hematologista, E. descreve que
eles são parecidos, o pai não fala de sentimentos e não
manifesta afeto, é muito inteligente e sempre escreveu muito
bem.
• Sua mãe tem 69 anos, é médica hemoterapeuta, ele diz que
possui com ela uma relação mais distante, nunca gostou do
jeito que ela é, mais extrovertida, não tem medo de expressar
o que sente e o que pensa.
• O irmão tem 42 anos, é médico anestesista, pegou muito no
seu pé pois ele tinha hiperatividade e déficit de atenção,
conta que são distantes.
• Sua irmã tem 41 anos, é médica clínica, também mantém
uma relação distante com ela.
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Relação com a Família

• E. diz que o nascimento do filho foi um dos acontecimentos
mais emocionantes que presenciou. Apesar disso fala pouco
do filho, diz que tem afeto por ele, mas ao mesmo tempo é
indiferente a sua ausência, acredita que eles são parecidos
por ser curioso, estudioso e mais calado, assim como ele.
• Suas lembranças da relação com o filho são vagas e
pontuais.
• Mantem uma relação amigável com a ex-esposa.
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Exame Psíquico
• Paciente lúcido, orientado, estabelece contato espontâneo,
cooperante, verbalização coerente, sem exteriorização
senso- perceptivo, humor depressivo, ansioso, com postura
negativista e sentimentos auto depreciativos.
• Dados da história com baixo limiar a frustrações e
impulsividade desde a infância.
• Crítica parcial de suas manifestações e do uso dependente
de substancias psicoativas, pragmatismo conservado e
memória preservada.
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Internação
• É sua primeira internação.
• Durante o tratamento não se envolveu em nenhuma
intercorrência, aderiu as atividades atingindo 100% de
frequência em várias semanas, demonstrava interesse.
Assumiu postura de líder, muitas vezes tomando muito espaço
nos grupos terapêuticos, e em alguns momentos ficou se
ocupando com o tratamento dos outros. Busca a aceitação e
agradar as pessoas. Demonstrou baixa tolerância a frustração
diante de apontamentos sobre alguns comportamentos.
• No final da internação já conseguia manifestar verbalmente seus
sentimentos. Se conscientizou sobre a doença e saiu
demonstrando motivação para manter a abstinência.
• Estágio Motivacional: Preparação
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FATORES DE RISCO E FATORES DE PROTEÇÃO
Fatores de risco: Fatores de Proteção:

• Isolamento; • Conscientização sobre a
• Ociosidade; doença;
• Afeto e prazer somente • Expor seus sentimentos/
através do sexo; confrontar pensamentos
• Relacionamento • Espiritualidade;
interpessoal; • Vaidade/ Saúde
• Pensamentos distorcidos; • Perfeccionismo e
• Alto grau de exigência. organização;
• Baixa autoestima • Auto- conhecimento.
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Diagnóstico
Hipótese Diagnóstica:
• F 10 ( Transtornos mentais e comportamentais devido ao

uso de álcool)
• F 60. 3 ( Transtorno de personalidade emocionalmente

instável)
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Critérios Diagnósticos
Critérios do DSM IV para transtorno de personalidade borderline:
• (1) Esforços frenéticos para evitar um abandono real ou
imaginário;
• (2) Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e
intensos caracterizado pela alternância entre extremos de
idealização e desvalorização;
• (3) Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e
resistente da autoimagem ou do sentimento do self;
• (4) Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente
prejudiciais à própria pessoa (gastos, sexo, abuso de SPA);
• (5) Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças
suicidas ou de comportamento automutilante;
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Critérios Diagnósticos
Critérios do DSM IV para transtorno de personalidade borderline:
• (6) Instabilidade afetiva decorrente de acentuada reatividade

do humor ( episódios de intensa disforia, irritabilidade ou
ansiedade, geralmente durando algumas horas e apenas
raramente mais de alguns dias);
• (7) Sentimentos crônicos de vazio;
• (8) Raiva inadequada e intensa ou dificuldade de controlar a
raiva ( p ex. demonstrações frequentes de irritação, raiva
constante);
• (9) Ideação paranoide transitória e relacionada ao estresse
ou a graves sintomas dissociativos.
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Medicações
Inicial:
• Citalopram 20 mg (1-0-0)
• Clonazepam 2,5 mg/ ml 30 gotas
Fim da Internação:
• Bupropiona 150 mg (1-0-0)
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História Clínica do Consumo de SPA

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PADRÃO DE USO DAS SPA

Álcool 14 anos 29 anos 1 litro/ dia Agosto/2014

Dia seguinte ao consumo de álcool:

• Acordava as 17:00 horas, tomava leite ou comia alguma

• Com 40 anos começou a dar aula de direito na faculdade e

Relação com a Família

Relação com a Família

FATORES DE RISCO E FATORES DE PROTEÇÃO

Fatores de risco: Fatores de Proteção:

• F 10 ( Transtornos mentais e comportamentais devido ao

• F 60. 3 ( Transtorno de personalidade emocionalmente

• (6) Instabilidade afetiva decorrente de acentuada reatividade

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