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Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra

História da Arquitectura Antigua e Medieval II

Bizâncio, foi fundado por Constantino por volta de 330 d.C., ao mesmo tempo o império
romano do ocidente sucumbia (acabando por cair a 476 d.C.), surgindo assim o centro de uma
nova cultura. A cultura bizantina, baseada no cristianismo ortodoxo, tornar-se-ia protagonista de
um esplendor que teve origem no universo estilístico do Oriente. Foi aqui que se fundiram as
correntes do pensamento do Helenismo, do Judaísmo e do Cristianismo.
Desta forma, a cidade de Constantinopla uniu duas culturas antagónicas – a pagã, de
culto imperial e a cristã – foi concebida e orientada como cidade de Jerusalém, possuindo
estruturas e edifícios com essa dupla influencia.
A arquitectura teve um lugar de destaque, esta foi herdeira do arco, da abóbada e da
cúpula, oriundas do Irão, da antiguidade Síria e da Caldeia. Foi também herdeira, do plano
centrado, da planta de cruz grega com cúpula central e absides laterais, originárias da Arménia.
O edifício mais marcante é, sem dúvida, a famosa catedral de Santa Sofia de
Constantinopla (Hagia Sofia) que definiu com clareza o estilo bizantino e o reinado de Justiniano.
Este edifício afirma a vontade de um Imperador absoluto, apoiando a exaltação de sua majestade
suprema.
Após um período conturbado, de invasões e lutas internas, Bizâncio voltou a adquirir
uma nova fase de magnificência sob a dinastia macedónia.
Surge uma nova fase na arquitectura, onde se abandona a construção de cúpulas
sobre pendentes, que permitiam espaços mais amplos. Os arquitectos edificaram-nas, então,
sobre um tambor cilíndrico, tornando-as salientes quando vistas do exterior. Devido aos
problemas técnicos resultantes desta alteração, reduziram-se as suas dimensões, cobrindo-se as
restantes áreas com abóbadas de berço. A cúpula continuou o elemento preferido pelos
arquitectos para as coberturas de edifícios, sendo empregue em plantas de cruz grega e as suas
variantes.
Outro elemento marcante e muito visível nos edifícios deste período é o mosaico
bizantino, apelidado como a arte do esplendor, é uma das expressões artísticas mais essenciais,
que recobre as paredes das igrejas e emociona o espectador com toda a sua riqueza e brilho
cromático.
Esta arte parietal, cujos motivos são sempre de inspiração bíblica ou votivos, possui
uma representação esquemática, decorativa, sem preocupações de volume ou ilusão de
profundidade. Têm uma função decorativa de valores e cores convencionais.
Um aspecto interessante foi que a vitalidade da arte bizantina foi tal que se expandiu no
espaço e no tempo, um dos exemplos mais fascinantes é o da Catedral de São Marcos, em
Veneza (1063), edifício de planta centrada, em cruz grega, com cinco cúpulas. No seu interior, o
brilho e a cor dos mosaicos, onde predominam o dourado, reflectem a opulência desta
arquitectura.

Relatório realizado por:


Susana Lourenço Boliqueime 2008103956

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