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A reforma religiosa
Foi um movimento religioso de renovação da Igreja que surgiu no séc.XVI, quando alguns
dogmas religiosos foram postos em causa, conduzindo à divisão da Igreja Católica e perda da sua
unidade. A veneração das relíquias e a venda das indulgências foram duas das razões que
originaram o surgimento da reforma da Igreja.
A veneração das relíquias consistia na crença de que os objectos usados por Jesus Cristos,
Virgem Maria e pelos Santos tinha poder para curar ou proteger. Enquanto a venda das
Indulgências conhecida como compra de “bilhete para entrada o céu ou venda de perdões”
consistia na venda pelo clero do perdão dos pecados e remissão das penas.
O Papa Leão X autorizou a venda de indulgências com o objectivo de angariar dinheiro para as
obras da Basílica de S. Pedro, no Vaticano. Contra esta situação insurgiu-se Martinho Lutero que
afixou na porta da Catedral de Wittenberg 95 teses contra as indulgências.
O movimento de contestação e divisão da Igreja Católica ficou conhecido como Protestantismo
ou reforma Protestante.
1.Luteralismo
Foi a primeira das Igrejas reformadas. Teve sua origem na Alemanha, em Outubro de 1517,
liderado por Martinho Lutero, o primeiro reformador protestante, quando se desencadeou um
movimento de revoltas contra bispos e papa.
Após ter sido excomungado ou expulso da Igreja Católica, Lutero criou a sua Igreja, na qual
defendia a doutrina de salvação pela fé, isto é; basta apenas ter fé para ser salvo. O perdão dos
pecados só se obtém pela fé e não as obras. Para Martinho Lutero, o culto consistia na leitura
comunitária da bíblia, que podia ser interpretada livremente por cada um. Admitia apenas três
sacramentos: baptismo, penitência – sem confissão ao padre e a eucaristia.
Lutero defendia que a única fonte da fé era a sagrada escritura, esta constituia a atoridade
máxima de que se necessita, negando a autoridade do papa. O Luteralismo nega que o casamento
seja de carácter de sacramento, porque admite a possibilidade de divórcio e de novo casamento
em caso de infidelidade. Era contra a Virgem, a crença no Purgatório, a invocação dos santos, o
jejum e as peregrinações.
O celibato não devia ser obrigatório.
2.Calvinismo
Surgiu na Suiça (Genebra) em 1534, por João Calvino. Este defendia a doutrina de
predestinação, que consistia na ideia da existência de um Deus todo-poderoso, que salva ou
condena os homens logo que nascem, uns para serem ricos e outros para serem pobres. Para
Calvino, Deus é que traça o destino de cada um, é eterno e não podemos mudar. Esta doutrina
nega a liberdade de escolha.
Na Igreja Calvinista não existia hierarquias entre fiéis e Deus, apenas admitiam un mediador –
Cristo. Baniu as imagens dos santos e da Virgem Maria da Igreja. Admitia a livre interpretação
da bíblia. O celibato não era obrigatório.
3.Anglicanismo
Nasceu na Inglaterra através do soberano Henrique VIII em 1534. Aparece como um problema
político-religioso. A base do seu surgimento foi a negação pelo Papa da separação do soberano
com a sua esposa (Catarina de Aragão) para se casar com uma outra (Ana Bolena).
Apesar da reforma, o rei Henriques VIII ainda se manteve fiel ao dogma católico. A partir do
reinado do seu filho (Eduardo VI) o Anglicanismo mais se identificou com o Calvinismo,
aceitando apenas dois sacramentos (baptismo e eucaristia), proibiu o culto das imagens, suprimiu
altares, admitia a salvação pela fé e a predestinação, também defendia que o celibato não era
obrigatório.
Contra-reforma foi movimento religioso da Igreja Católica que surgiu como resposta à grande
contestação que sofreu no sécula XVI, sendo caracterizada por um conjunto de medidas
repressivas que pretendiam travar o avanço do protestantismo.
O objectivo da contra-reforma foi o de fortalecer a Igreja na guerra contra os heréticos e infiéis.
Na Contra-reforma, a Igreja Católica assumiu um carácter violento e repressivo, tendo utilizado a
Companhia de Jesus, o Index e a Inquisição.
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Tipos de mercantilismo
1. Bulionismo ou Metalismo – Desenvolveu-se na península Ibérica (Portugal e Espanha),
defendendo a acumulação de metais preciosos.
2. Mercantilismo holandês – Apostou no desenvolvimento do comércio externo ou
colonial.
3. Colbertismo ou Intervencionismo – Desenvolveu-se na França, promovendo a
produção manufactureira.
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Absolulutismo foi um sistema político ou forma de governo que surgiu na Europa no século XVI
e se prolongou até finais do século XVIII, e que consistia na acumulação de todos os poderes nas
mãos de uma única pessoa – o rei. O absolutismo marcou o período de transição do Feudalismo
para o Capitalismo e o seu aparecimento está ligado ao aparecimento dos Estados modernos na
Europa. Este sistema foi muito contestado pela burguesia, pelos iluministas, humanistas e outros
estratos da sociedade.
O absolutismo atingiu o seu apogeu em França durante o reinado de Luís XIV, que se
caracterizou pela arrogância, extravagância e autoritarismo. Odiado por todos, quando morreu foi
enterrado de noite, às escondidas, por causa da fúria popular. Os reis igualavam-se ao sol que
ilumina o mundo ou a terra. O rei governa na base da razão, não tinha limites nas decisões.
Características do absolutismo
- Concentração de todos os poderes nas mãos do rei: poder legislativo, poder executivo e poder
judicial.
- O direito divino dos reis : os reis diziam que recebiam o poder directamente de Deus, por isso
todos lhe deviam respeito e total obediência, e este apenas prestava a Deus, em nome de quem
governava.
Defensores do absolutismo
Nicolau Maquiavel – No livro o Principe, refere que o fim justifica os meios.
Jean Bodin – Na Republica, defende a soberania real nao pode ter restriçoes nem ameaças.
Thomas Hobbes – No Leviatã, defende que ha direitos e liberdades (nega leis e deveres ) assim
guerra permanente entre os homens, - o homem é lobo do homem, cada um devia renunciar uma
parte dos seus direitos para o chefe que devia ser autoritario.
Jacques Bossuet – Na Memorias para a educaçao do Delfim e em Politica Segundo a Sagrada
Escritura – a autoridade do rei é sagrad, pois age como ministro de Deus na terra.
Os factores que teriam contribuido para que a Inglaterra fosse pioneiro da Revolução
Industrial
O capitalismo conheceu um grande avanço a partir da segunda metade do século XVIII, com o
aparecimento da Revolução Industrial. Nesta fase inicia-se um processo ininterrupto de produçao
colectiva, geraçao de lucro e acumulaçao de capital nas mãos dos burgueses, os quais passaram a
controlar o poder económico. Os factores que concorreram para na Inglaterra foram:
O papel de Londres como centro financeiro internacional,
As propriedades no exterior proporcionaram a economia Inglesa importantes
rendimentos,
A libra esterlina, que se tornou a moedad de refeência no sistema internacional.
As Revoluções Burguesas
Impacto das Revoluções Burguesas
As Revoluções foram feitas de várias maneiras a nível do mundo, desde as inssureições armadas
até as reformas instituicionais. As revoluções tiveram como impacto:
Na história das revoluções, a primeira revolução burguesa surgiu nos países baixos, cujas causas
foram a transferência do poder das mãos dos proprietários feudais para a burguesia. Contudo, foi
na Inglaterra onde a revolução teve maior relevância.
durante a sessão). Em resposta a esta tentativa, o parlamento composto na sua maioria por
protestantes, adoptou várias leis contra os católicos, mas as mesmas foram ignoradas pelo rei, o
que aumento a fúria dos protestantes.
Guerra civil
O rei Carlos I assinou a petição dos direitos apenas para o parlamento aprovar novos impostos, e
tomou várias medidas que levaram que aos parlamentares e religiosos a manifestar o seu
descontentamento.
O rei e o parlamento não chegaram a um entendimento o que originou a guerra civil em 1642
que durou até 1649. Esta guerra que opôs de um lado os cavaleiros que apoiavam o rei e do
outro lado os cabeças redondas que apoiavam o Parlamento e eram defensores da liberdade
política, religiosa e económica. Os cabeças redondas dirigidos por Oliver Cromwell, saíram
vencedores e assim terminou a revolução com o derrube da monarquia, execução do rei e
implantação da república em 1649, iniciando uma ditadura na Inglaterra. Cromwell tornou-se
“Lord Protector” da Inglaterra, Escócia e Irlanda.
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Ainda com objectivo de defender os direitos dos cidadãos, em 1679 o parlamento votou e
submeteu a aprovação do rei o documento denominado Habeas Corpus, ou seja, a garantia de
que ninguém podia ser preso sem culpa formada.
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NB: Apesar destas diferenças, vários aspectos uniam as colónias, como por exemplo: língua,
forte liberdade de pensamento e todos tinham a necessidade de protecção contra Índios que
lutavam por não perder as suas terras. Isto reforçou o sentimento de unidade entre as colónias.
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1787 – Aprovação de uma nova Constituição dos EUA, como um país resultante da unificação
das treze colónias inglesas da América do Norte.
1789 - George Washington torna-se no primeiro presidente dos EUA.
Para o lançamento deste imposto convocou os Estados Gerais (Assembleia dos representantes
das três ordens sociais: clero, nobreza e Terceiro Estado) que não se reuniam desde 1614.
A Assembleia dos Estados Gerais reuniu-se em Versalhes a partir do dia 05 de Maio de 1789.
Em vez de discutir o desejo do rei de aprovar medidas para resolver a situação financeira da
nação, cada ordem aproveitou a ocasião para apresentar as suas queixas, principalmente o
terceiro Estado. Cada ordem, esperava importantes soluções: O clero e a Nobreza queriam a
manutenção ou mesmo o reforço dos seus privilégios, enquanto o Terceiro Estado exigia o
pagamento de impostos pelas ordens mais privilegiadas, a regularidade da convocação dos
Estados Gerais, a igualdade entre as ordens e o fim do absolutismo do rei.
Os representantes dos três Estados, entraram em divergências no que dizia respeito a forma de
orientar as sessões e votação. O clero e a nobreza defendiam a realização de sessões em separado
e que o voto fosse por ordem, pois trazia muitas vantagens para as duas ordens e no processo de
votação sairiam sempre a ganhar pela maioria. O Terceiro Estado exigia a votação por cabeça
(cada deputado um voto).
O Terceiro Estado, representante da maioria, vendo que não havia consenso, separaram-se e
declararam os Estados Gerais em Assembleia Nacional (órgão supremo com poderes
legislativos). A aprovação de uma constituição significava na prática o fim da monarquia
absoluta. O rei Luís XVI, considerando que foi usurpado o poder ameaçou dissolver a
Assembleia e ordenou o seu exército cercar Paris.
O povo de Paris, dirigido por alguns burgueses e apoiado por militares, em 14 de Julho de 1789,
assaltou a fortaleza-prisão da Bastilha símbolo do poder absoluto, onde estavam detidos os que
opunham ao regime e libertou os presos.
A tomada da Bastilha significou o fim da monarquia absoluta e o início da Revolução Francesa.
restabelecer a paz civil. Contudo, nos anos do Directório, a Franca continuou com guerras na
Europa e a crise financeira agravou-se e as diferenças sociais eram bem visíveis. O exército
passou a ser visto como a única instituição capaz de repor a ordem no país. Foi neste contexto
que Napoleão Bonaparte, um general prestigiado e ainda jovem, foi convidado a assumir o
poder, em 1799, contando com apoio da alta burguesia.
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Triunfou a democracia burguesa, passando os cidadãos a ter direito de participar na vida política,
através do voto e formação de partidos políticos.
c) A nível social
Crescimento demográfico, caracterizado pelo recuo da mortalidade e rejuvenescimento da
população, que passou a ter uma esperança de vida mais prolongada. Isto tudo fruto da melhoria
dos meios de transporte e comunicação, da melhoria da condições de higiene e da dieta
alimentar, dos progressos na medicina, etc.
A população afluía às fábricas, às minas, aos centros de produção de petróleo ou de electricidade,
locais em redor dos quais, mais tarde, viriam a nascer novas cidades.
d) A nível ambiental
Alterou-se a paisagem natural com a instalação de inúmeras fábricas no campo e a consequente
poluição ambiental (poluição das águas, do ar, do solo, etc.).
e) A nível cultural
Como consequência da elevada densidade populacional nas zonas urbanas, começou a ahaver
escassez de emprego, o que fez aumentar a emigração para outros continentes. Estas
movimentações provocaram a miscigenação de culturas, a aculturação e a perda da identidade
cultural de diferentes povos, bem como o desaparecimento de algumas culturas.
Socialismo utópico
O socialismo utópico teve como defensores Robert Owen, Saint-Simon, Charles Fourier e Pierre-
Joseph Proudhon. Socialismo utópico foi uma corrente de pensamento que se desenvolveu na
primeira metade do século XIX, de crítica ao regime vigente e que propunha soluções
consideradas irrealizáveis, para minimizar o sofrimento das populações. As ideias apresentadas
pelos utópicos não continham os mecanismos necessários para a eliminação dos males da
sociedade capitalista que recaiam sobre os operários.
Charles Fourier por exemplo: defendia que “para que o trabalho fosse menos fatigante e mais
atraente, o operário teria que mudar de ocupação várias vezes por dia ”, ou seja, fazendo outros
tipos de serviços. Dizia também que “os lucros da empresa deviam ser repartidos por todos”.
Socialismo científico
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Foi nos meados do século XIX que o socialismo encontrou os seus verdadeiros teorizadores, os
alemães Karl Marx e Friedrich Engels, que fundaram o socialismo científico.
Marx foi o principal teorizador deste socialismo, tendo fornecido uma base científica, definindo-
lhe os meios de luta. Nasceu como uma tentativa de resolver os problemas dos trabalhadores,
uma vez que o socialismo utópico não o tinha conseguido, limitando se a prometer, sem chegar a
entrar em acção.
Os ideais de Marx acabariam por convencer as massas de trabalhadores de todo o mundo, tendo
estado na base de profundas alterações politica e sociais em vários países, já no século XX.
Marx escreveu “ Quem alguma vez experimentou a liberdade aconselhará os outros a lutarem por
ela…”. Dava assim a entender que a liberdade não podia conquistar-se senão pela luta das
massas populares. Defendia a ideia de suprimir a propriedade privada por meio da revolução e de
avançar para o comunismo. Também defendia que o fim da exploração dos trabalhadores só seria
possível através de uma revolução em que os trabalhadores tomassem o poder e instaurassem
uma ditadura do prolectariado. Para Marx dizia que para que cessasse a exploração de Homem
pelo Homem era preciso proceder ao aniquilamento da propriedade privada dos meios de
produção e fazer deles uma propriedade colectiva.
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