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Formação da família
Formação da família
O Estudante Os tutores
Jenebaio Rungo Nhanala Msc. Efraime Nhabanga
Msc. Agostinho Neves
1. Família..........................................................................................................................................5
2. Principais regras...........................................................................................................................8
3. Principais cerimónias....................................................................................................................9
4. Principais tradições.....................................................................................................................10
Conclusão.......................................................................................................................................12
Referência bibliográficas................................................................................................................13
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Introdução
A família é o início, onde começa a vida humana, todos nascemos numa família, apesar de existir
uma grande diversidade familiar, uns vivem na família biológica, outros em famílias de
acolhimento, outros em instituições, mas mesmo estes últimos consideram as pessoas que cuidam
de si sua família, uma vez que foi com estas pessoas que ganharam laços, que lhes deram colo e
cuidaram deles quando mais precisaram. A realidade familiar constitui o primeiro e o mais
importante grupo social da pessoa, bem como o seu quadro de referência, construído através das
interações e identificações que as crianças e os adolescentes vivem durante o seu
desenvolvimento. A família enquanto casa do afeto na dinâmica relacional será sempre um fator
decisivo na construção do indivíduo. A dinâmica familiar preenche-se na existência de relações
que proporcionam um projeto e um futuro aos seus membros. É a base do futuro numa dinâmica
temporal e interageracional. Transporta o passado, e o presente projeta-se no futuro, onde os
mitos familiares por um lado influenciam para o sucesso e o fracasso na construção de uma
familia.
O trabalho que esta organizado em título e subtítulos, elaborado com base na pesquisa
bibliográficas, tem como objectivo apresentar de forma clara o conceito, estrutura e
particularidades que buscam, soluções práticas e eficientes para o melhor desenvolvimento da
familia, aproveitando dos estudos feitos para possibilitar a construção de meios familiares mais
solido.
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1. Família
Os tempos hodiernos são marcados pela mudança e por novos desafios, devido a profundas
transformações na economia, ao processo de urbanização e industrialização, ao avanço
tecnológico, ao acesso ao emprego e à progressiva e imparável inserção da mulher no mercado de
trabalho, ao envelhecimento da sociedade, a desafios e preocupações demográficas, à
democratização da sociedade, à consciencialização dos direitos universais da pessoa em termos
de igualdade fundamental, ao acesso e à melhoria do sistema de saúde, aos acessos a meios de
comunicação como a internet e as respetivas redes sociais, etc. — o que provocou grandes
alterações na organização da sociedade e na estrutura familiar (Cruz & Carvalho, 2011; Fiona,
2010). A estrutura familiar conheceu, assim, imensas transformações nas últimas décadas da
história civilizacional.
Na opinião de Gameiro (Costa, s.d.) a família é uma rede complexa de relações e emoções que
não são passíveis de ser pensadas com instrumentos criados para o estudo dos indivíduos.
De acordo com Paulo II (1994, cit. Domingues e Domingues, 2001) a família é uma comunidade
de pessoas, a mais pequena célula social, e como tal é uma instituição fundamental para a vida da
sociedade.
Uma família é um conjunto de pessoas ligadas por parentesco de sangue, por casamento ou
algum outro tipo de relacionamento acordado ou adoção, e que compartilha a responsabilidade
básica de reprodução e cuidado dos membros da sociedade.
Para Costa (s.d.) o conceito de “família” é impreciso no espaço e no tempo. O autor defende que
a família pode ser um abrigo, onde se pratica a intimidade, a afectividade, a autenticidade,
privacidade e solidariedade mas também pode ser um espaço onde existe opressão, egoísmo,
obrigação e violência.
Assim, a família é uma unidade social, constituída por várias pessoas, onde existem laços de
parentesco, que podem ou não ser positivos. A família vai sofrendo alterações ao longo do tempo,
não pode ser vista como algo estático, pois todos nascemos numa família, mas podemos
constituir ou vir a pertencer a outras famílias.
Família alargada vários parentes vivem na mesma casa. Vantagens: ajuda, apoio
emocional e unidade económica mais vasta.
Monogamia forma de casamento onde um homem e uma mulher são casados só um com
o outro;
Monogamia em série vários cônjuges ao longo da vida, mas apenas um de cada vez;
A família é uma unidade de pessoas que vivem na mesma casa. Os parentes nem sempre moram
juntos ou atuam como um órgão coletivo todos os dias. Porém criam obrigações e
responsabilidades (ajudar, cuidar).
Parentesco condição de ter laços com outras pessoas, é aprendido culturalmente, não é
sempre determinado por laços de sangue ou biológicos;
Descendência designa as pessoas com base na relação delas com a mãe ou com o pai.
Ao falarmos de mito, referimo-nos a uma crença, uma tradição, mas não necessariamente ao que
aconteceu. De acordo com Moretto e Terzis (2010), os mitos são considerados sinais de ajuda ao
ser humano, na procura da verdade sobre si mesmo, ou seja, são a busca por decifrar-se. Green
(2007) afirma que o interesse pelo mito existe porque ele estabelece um encontro com as
profundezas do antigo, atualizando o passado no presente, e mostrando, assim, que as questões
antigas não estão mortas.
Ao se olhar a construnção da familia do ponto de vista mitica procura se perceber quais pontos de
maior atrito que podem trazer conflitos na relação conjugal, visto que os mesmos mitos estão
presentes na questão da construção da conjugalidade visando o equilibrio, envolvendo sempre
muito dialogo para que muitos pontos sejam ajustados, são eles:
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Mito da conquista cujo objectivo é conquistar uma vida melhor e o meio para isso seria o
estudo;
Mito do poder que esta relacionado com o autoritarismo onde tudo é imposto por aquele
que detem o poder, envolve certo distanciamento para a manutenção do poder imposto;
Mito do sucesso segundo o qual alem de sobressair é preciso ser imitado, ser seguido,
admirado.
Teoria funcionalista a família atende às necessidades dos seus membros e contribui para
a estabilidade social: reprodução, proteção, socialização, regulação do comportamento
sexual, afeto e companheirismo, dar status social, acrescem treino religioso, educação,
lazer.
Teoria interaccionista que estuda o âmbito micro da família, o modo como as pessoas
interagem umas com as outras.
A função familiar permite que a família mantenha um equilíbrio estável para alcançar os
objectivos psicobiológicos, socioculturais, educativos e económicos que requer o grupo familiar.
Uma família considera-se funcional quando os limites entre os seus elementos são claros,
havendo ligações sólidas entre os elementos de cada subsistema, a chefia é bem aceite
pelos chefiados e as responsabilidades são assumidas e partilhadas em situações difíceis
(Almeida, 1994).
No caso das famílias multiproblemáticas pobres, no seu funcionamento, não existe um problema
ou sintoma preciso, mas apresentam múltiplos problemas graves que afectam vários elementos da
família, vividos em simultâneo e / ou em sequência, tendo baixas competências sociais (Sousa, L.
et al, 2007b).
2. Principais regras
Fiese, Foley e Spagnola (2006) referem que regras são conceitos difíceis de definir e que diferem
de família para família. Desta forma, cada família tem uma configuração de regras e as rotinas
são personalizadas.
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As rotinas são mais comuns, repetem-se diariamente, exigem compromisso, não se alteram e
podem ser observadas por elementos externos à família. Estas ainda implicam ação, diretividade
e distinção de papéis. Exemplos que retratam as rotinas podem ser por exemplo, lavar e limpar a
louca depois da hora de refeição, dar um beijo de despedida antes de ir para a escola/emprego ou
contar histórias à criança antes de ir para a cama, entre outras . As regras estão ligadas às rotinas,
estas podem também ser expressas diretamente e ao longo do tempo vão sendo internalizadas,
como por exemplo, ter boas maneiras à mesa.
A motivação dos pais através do incentivo, a formação superior do pai, o apoio e a proteção dos
pais orientados para os resultados, a relação com os pais e o clima familiar através da coesão e
dos conflitos ajudam a explicar a construção da orientação social, familiar e a autorrealização.
3. Principais cerimónias
A análise dos diferentes tipos de uniões conjugais é fundamental quando se estuda famílias, esta
análise esclarece sobre o peso relativo que os diferentes referentes culturais e representações
sociais têm no seio da família e permite compreender a forma como estes referentes e estas
representações sociais se articulam.
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4. Principais tradições
A forma mais comum de formalizar uma união consiste no casamento com lobolo.
O lobolo encoraja os rapazes a trabalhar arduamente para o obterem e consequentemente a
respeitarem a mulher como um bem que não é facilmente adquirido, enquanto a formalização da
união conjugal através do lobolo envolve essencialmente as famílias dos cônjuges, o casamento
na igreja (protestante, católica, ou de inspiração protestante) tem uma dimensão social que
transcende o grupo familiar. Entre as duas fórmulas‖ possíveis, os membros das famílias não
hesitam em escolher a formalização através do lobolo e, para se cumprirem as obrigações que
este pressupõe, fazem-se, eventualmente, com mais facilidade, sacrifícios e economias. O
casamento religioso é considerado secundário, além de poder implicar mais despesas do que as
envolvidas nas diferentes cerimónias que o lobolo pressupõe.
Não formalizar uma união num contexto onde se cruzam diferentes sistemas matrimoniais
criando diferentes tipos de relações familiares pode ter múltiplos significados:
Mudanças estruturais nas relações familiares que se estabelecem através das alianças
matrimoniais e cuja dinâmica não se coaduna com o compromisso de longo prazo que os
diferentes sistemas criam.
A pluralidade de formas possíveis de formalizar uma união matrimonial tem várias implicações,
sendo uma das mais importantes a legal.
O casamento só existe legalmente se dele houver um registo oficial (embora este possa ser
efectuado a posteriori) e não podem ser registados oficialmente casamentos poligâmicos nem é
reconhecida a existência de uma união de facto entre um homem e duas ou mais mulheres.
O lobolo continua a existir e a ser o processo por excelência para formalizar o matrimónio; no
entanto, o conjunto de prestações e cerimónias que o constituem tende a prolongar-se no tempo
de forma indefinida. Através destas e de outras adaptações, os indivíduos tentam preservar as
relações de solidariedade que lhes permitem permanecer inseridos nas suas unidades sociais de
pertença e/ou desenvolver relações do mesmo tipo (eventualmente mais efémeras) com outras
unidades sociais, assegurando, simultaneamente, espaços de liberdade que permitam a satisfação
dos seus interesses materiais e individuais, não coadunáveis com compromissos e
responsabilidades de longo prazo.
Conclusão
Os padrões de família variam de sociedade para sociedade. No entanto, a família como instituição
social é universal; está presente em todas as culturas, os mitos são complementares na relação
conjugal familiar, a vivencia do mito do outro causa insegurança. Cabe realçar que um casal
dever rever as suas normas, crenças, valores , construindo um estilo de vida proprio, dividindo de
forma equilibrada os prazeres e deveres, chegar a um consenso financeiro e equilibrar os
projectos pessoais com os a dois, devendo se distanciar da familia de origem, negociando uma
relação diferente com pais e irmãos alem de colaborar com a inclusão do conjuge na familia.
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