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Laís Isabelle Santanna Bueno

Fatores de risco ao desenvolvimento infantil

O desenvolvimento infantil não se trata apenas do desenvolvimento motor, da


cognição e da fala, trata-se de um desenvolvimento mais amplo, que necessita desenvolver
todas áreas simultaneamente, incluindo a área psicológica, familiar e social. Com todas áreas
sendo desenvolvidas juntas e de forma simultânea o crescimento se torna mais harmônico e
contribui para um melhor desenvolvimento.
Os fatores de riscos tratam-se de condições ambientais, genéticas ou sociais que
acabam causando o aparecimento de desordens emocionais ou comportamentos que
interferem de maneira negativa no desenvolvimento de uma criança em qualquer uma de suas
áreas em desenvolvimento. São divididos em 3 fatores, sendo eles: violência física,
negligência e psicológica.
A violência física é referente aos maus tratos corporais, é a violência que mais
estimula crianças e adolescentes a se tornarem pessoas agressivas no futuro, sendo crianças
mais jovens as mais vulneráveis a esse tipo de agressão por não conseguirem se defender. A
negligência ocorre ao privar a criança de algo de sua necessidade, sendo essencial para ela se
desenvolver com saúde, os efeitos dela acabam levando ao atraso do desenvolvimento ou até
mesmo à fatalidade. A violência psicológica ocorre quando uma criança ou adolescente é
sujeitado a sofrer humilhações ou ameaças, sendo privado de suas emoções, causando
diversos traumas e acarretando em problemas psicológicos e nas suas habilidades sociais.
Destacam-se aspectos ambientais, que podem agravar esses fatores; relacionados ao lar
violento, discórdia matrimonial, baixo status socioeconômico e o uso da violência como
forma de punição em demasia. Pais que sofreram abuso, seja psicológico ou violência
doméstica são mais propensos a cometer o mesmo tipo de abuso com seus filhos.
Os pesquisadores brasileiros Hutz (2000), Koller (2006), Grünspun e Sapienza (2006)
fizeram contribuições sobre a concepção de fatores de riscos, e apontaram aspectos
recorrentes de “eventos negativos de vida”, “variáveis ambientais”, com a possibilidade de
interferir no atraso do desenvolvimento e comportamento infantil. A exposição a esses fatores
de risco deixam a criança em condição de vulnerabilidade, e impossibilita respostas
satisfatórias em situações de estresse.
Contrapondo-se aos fatores de riscos, existem os fatores de proteção, que são
condições ambientais, genéticas ou sociais que agem a favor do desenvolvimento infantil e
atuam para prevenir o aparecimento das desordens emocionais causadas pelos fatores de risco.
Normalmente partem de uma família saudável, com existência de vínculos afetivos e apoio
familiar e externo.
Referências:

Santos, H. C. V., & Pacheco, M. M. D. R. (2016). Os fatores de risco ao desenvolvimento da


criança em contextos de creche pública. Revista Exitus, 6(2), 48-67. Recuperado em 10 de
maio de 2021, de
http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/17. Acesso
em 10 de maio de 2021.

Maia, Joviane Marcondelli Dias, & Williams, Lucia Cavalcanti de Albuquerque. (2005).
Fatores de risco e fatores de proteção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área.
Temas em Psicologia, 13(2), 91-103. Recuperado em 10 de maio de 2021, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2005000200002&lng=pt&tlng=pt. Acesso em 10 de maio de 2021.

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