Você está na página 1de 25

REVISTA acadêmica

interdisciplinar
INOVAÇÃO
E SAÚDE
HIV/AIDS: ABORDAGENS ATUAIS
DE UM DESAFIO ANTIGO

DEZEMBRO 2019
09 DIAGNÓSTICO

10 TRATAMENTO
SUMÁRIO 12 PREVENÇÃO

13 HIV X AIDS
03 SOBRE A
BIOMEDICINA 14 EDUCAÇÃO
EM SAÚDE
05 O VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA 19 ENTREVISTA
HUMANA

07 HISTÓRIA DO 21 JOGOS
HIV/AIDS NO INFORMATIVOS
BRASIL
ESCRITO POR: ISABELA SAMPAIO
Sobre a biomedicina...
A Biomedicina surgiu no Brasil em 1966, desde sua
origem o curso passou por diversas modificações
curriculares, ampliando as suas habilitações e
qualificando seus profissionais na área de saúde. Ela é
uma área que atua entre a biologia e a medicina,
sendo voltada para a pesquisa de doenças humanas e
seus fatores tendo como objetivo compreender suas
causas, efeitos, mecanismos de ação, diagnósticos e
tratamentos.
Atualmente o profissional
biomédico possui 30 habilitações
reconhecidas pela CFBM (Conselho
Federal de Biomedicina) podendo
atuar em Hospitais, Universidades,
Faculdades, Centros de pesquisas,
Laboratórios Públicos e Privados,
órgãos públicos de saúde entre
outras, gerenciando, ensinando,
realizando pesquisas e testes de
acordo com sua especialização.

3
CONHEÇA ALGUMAS DAS ÁREAS DE
ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO:
ANÁLISES CLÍNICAS

É de responsabilidade do biomédico realizar exames de Análises Clínicas; assumir a


responsabilidade técnica e firmar os respectivos laudos; assumir e executar o
processamento de sangue, suas sorologias e exames pré-transfussionais; assumir
chefias técnicas, assessorias e direção destas atividades;

REPRODUÇÃO HUMANA

Identificação e classificação oocitária; pocessamento seminal; espermograma;


criopreservação seminal; classificação embrionária; eriopreservação embrionária;
biópsia embrionária e hatching; atuar em embriologia. realizar a manipulação de
gametas (oócitos e espermatozóides) e pré-embriões.

IMAGENOLOGIA

Atuar em tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), medicina


nuclear (MN), radioterapia (RT) e radiologia médica, excluída a interpretação de
laudos (ato privativo do profissional médico), e novas tecnologias e aplicações que
por ventura sejam aplicadas à área do Diagnóstico por imagem e terapia.  As áreas
mais significativas são:
• Operação de equipamentos;
• Desenvolvimento de protocolos de estudo e examinação;
• Desenvolvimento de novas técnicas e pesquisa;
• Coordenação de grupos de colaboradores, administração e gestão de conteúdo e
contingente dos setores;
• Atuar na indústria de equipamentos e serviços.
PERÍCIA CRIMINAL
O biomédico pode atuar em diversas áreas da perícia, mas comumente fica na parte
das análises forenses de amostras biológicas. A genética e biologia forense é uma
das áreas da ciência forense, que utiliza os conhecimentos e as técnicas de genética
e de biologia molecular, para apoiar e auxiliar a justiça, a desvendar casos sob
investigação policial e/ou do Ministério Público. No caso de um homicídio, por
exemplo, equipes de especialistas deslocam-se ao local do crime, recolhem vestígios
considerados importantes, como fragmentos de pele do agressor, pelos, cabelos,
manchas de sangue, entre outros, protegendo tudo o que possa ser passível de
destruição. 4
ESCRITO POR: ISABELA SAMPAIO

I N O V A Ç Ã O E S A Ú D E

PAGE 08 / ISSUE 08

O V Í R U S D A

I M U N O D E F I C I Ê N C I A

H U M A N A

Os primeiros casos reconhecidos da AIDS


(síndrome da imunodeficiência adquirida) no
mundo foram encontrados nos Estados Unidos,
Haiti e África Central por volta de 1980, nesse
período pouco se sabia sobre a origem e o
comportamento de tal infecção que possuía
maior incidência em pacientes masculinos que
possuíam relações homoafetivas. No mesmo
período surgiu o primeiro caso da doença no
Brasil, na cidade de São Paulo confirmado dois
anos mais tarde (1982), no mesmo ano
Fonte: Fiocruz

identificou-se a transmissão por transfusão sanguínea. Adoção temporária do termo Doença


dos 5 H - Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável),
Hookers (profissionais do sexo em inglês).

Após inúmeras descobertas e pesquisas realizadas em todo mundo o agente etiológico foi
identificado como um vírus da família Retroviridae (retrovírus) que possui material genético
composto de ácido ribonucleico (RNA) denominado como HIV (do inglês Human
Immunodefficiency Virus).

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem O HIV pode ser transmitido por via sexual (oral,
como principal alvo as células TCD4+ que possuem vaginal ou anal - esperma ou secreção vaginal); via
um papel fundamental no acionamento do sistema vertical (sangue/leite materno); por
imunológico, uma vez que, a partir de sua ativação e compartilhamento de agulha ou transfusões. Desde
liberação de citocinas se inicia a defesa do o momento da infecção o indivíduo torna-se capaz
organismo ao antígeno. Os pacientes infectados de transmitir o vírus, no entanto indivíduos recém
evoluem rapidamente para uma grave disfunção infectados ou com imunossupressão avançada
imunológica, sendo a contagem dos linfócitos TCD4 possuem uma alta carga viral na corrente sanguínea
importante marcadores da doença, e utilizada para e nas secreções sexuais transmitindo com maior
avaliar a indicação de início da terapia facilidade.
antirretroviral, bem como para definição de casos
de imunodeficiência adquirida (AIDS) caracterizada
pela contagem abaixo de 200 células/mm3.
5
As manifestações clinicas do HIV/AIDS são
compreendidas em três fases da infecção,
de maneira geral de forma silenciosa por
se assemelhar ou vir acompanhada de
doenças oportunistas devido o
enfraquecimento do sistema imune do
indivíduo infectado. São essas fases:

· Infecção Aguda: caracterizada por


apresentar sintomas que se assemelham a
um quadro viral, apresentando febre,
faringite, mialgia, perda de peso, náuseas e
vômitos. Alguns pacientes apresentam
Candidíase oral, neuropatias periféricas,
meningoencefalite asséptica e síndrome
de Guillain-Barré. Os sintomas duram em
média 14 dias.
· Fase assintomática: Pode durar de
alguns meses a anos, e os sintomas
clínicos são mínimos ou inexistentes.
Alguns pacientes podem apresentar uma
linfadenopatia (alteração no tamanho e na
consistência dos linfonodos, também
chamados de gânglios linfáticos)
generalizada persistente, “flutuante” e
indolor.
· Fase sintomática inicial: Nesta fase, o

Outros fatores de risco associados a portador da infecção pelo HIV pode


apresentar sinais e sintomas inespecíficos
transmissão são:
de intensidade variável, além de processos
· A reutilização e compartilhamento de
oportunistas de menor gravidade,
seringas e material perfurocortante;
conhecidos como ARC - complexo
· A prática sexual desprotegida;
relacionado à Aids. São indicativos de ARC:
· A recepção de órgãos, sangue e sêmen de
Candidíase oral; testes de
doadores não testados;
hipersensibilidade tardia negativos; e a
· Contaminação vertical da gestante
presença de mais de um dos seguintes
soropositivo para o concepto;
sinais e sintomas, com duração superior a
· Acidentes ocupacionais ao manusear 1 mês, sem causa identificada:
amostras e perfurocortantes contaminados; linfadenopatia generalizada, diarreia,
febre, astenia sudorese noturna e perda de
O período de incubação é compreendido peso superior a 10%.
entre a infecção e o aparecimento de sinais
e sintomas da fase aguda, podendo variar de Aids e doenças oportunistas - Uma vez
5 a 30 dias. O período de latência ocorre agravada a imunodepressão, o portador da
após a fase aguda até o desenvolvimento da infecção pelo HIV apresenta infecções
imunodeficiência, podendo variar de 5 a 10 oportunistas (IO) podendo ser causadas
anos. por vírus, bactérias, protozoários, fungos e
certas neoplasias.
6
ESCRITO POR: ARTHUR FRI CHE
7
8
DIAGNÓSTICO
CONHECER O QUANTO ANTES A SOROLOGIA POSITIVA PARA O HIV FAZ COM QUE A

EXPECTATIVA DE VIDA DA PESSOA AUMENTE MUITO.

Conhecer o quanto antes a A infecção pelo HIV pode ser


sorologia positiva para o HIV detectada em, pelo menos, 30
faz com que a expectativa de dias após a situação de risco,
vida da pessoa aumente sendo este período chamado
muito. Com isso, fazer o teste ‘janela imunológica”. É de suma
anti-HIV, tendo passado por importância ficar atento na
situações de risco é de suma quantidade de dias, pois caso
importância que seja feito o tiver menos dias, o resultado
diagnóstico precoce. pode ser alterado, necessitando
O diagnóstico é feito a partir refazê-lo.
da coleta sanguínea e/ou por
meio dos fluidos orais. No
Brasil, temos os exames
laboratoriais e os testes
rápidos que detectam os
anticorpos contra o HIV em
cerca de 30 minutos, onde
este está disponível
gratuitamente no SUS
(Sistema único de saúde).
9
ESCRITO POR: CLARA SALOMÃO
ESCRITO POR: CLARA
SALOMÃO
TRATAMENTO

Em 1980, surgiram os primeiros


medicamentos antirretrovirais (ARV)
que agem inibindo a multiplicação do HIV
no organismo e evitam o enfraquecimento
do sistema imunológico. Apesar de ainda
não ter cura para o HIV, o desenvolvimento
dos ARV transformaram o que era antes
uma doença, na maior parte das vezes fatal
em uma condição crônica controlável. O
seguimento correto e regular do uso dos
ARV é fundamental para garantir o controle
da doença, prevenir sua evolução e,
também, para trazer enormes benefícios
pessoais, sendo um deles o aumento da
expectativa de vida.

“SE UTILIZADO DE FORMA


IRREGULAR , O TRATAMENTO
PODE FALHAR...”

Existem várias medicações disponíveis e o tratamento é


sempre realizado com a combinação de pelo menos três
drogas que são oferecidas pelo SUS e são capazes de
impedir a multiplicação do vírus HIV, sendo elas lamivudina,
tenofovir e efavirenz, que está disponível em um único
comprimido e é a medicação de primeira escolha. Para que
o tratamento ocorra de forma eficaz é importante que,
quando iniciado, o paciente deverá estar ciente de que ele
não deve ser interrompido e que as medicações devem ser
tomadas de forma regular, todos os dias e nos intervalos
prescritos. Se utilizado de forma irregular, o tratamento
pode falhar por surgir vírus resistentes.
10
OTNEMATART
O AÇAF
OS MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO A GEM EM
DIFERENTES PARTES DO CICLO DE MULTIPL ICAÇÃO
DO HIV DENTRO DO ORGANISMO, EVITAN DO A
FORMAÇÃO DE NOVOS VÍRUS E A DESTRUIÇ ÃO DAS
CÉLULAS DE DEFESA.

SE ALGUM PACIENTE APRESENTAR ALGUM EFEITO


ADVERSO OU RESISTÊNCIA AO MEDICAMENTE DE
PRIMEIRA ESCOLHA, É NECESSÁRIO QUE FAÇA A
UTILIZAÇÃO DE OUTRO ANTIRRETROVIRAL
INDIVIDUALIZADO PARA CADA PACIENTE.

11
I N O V A Ç Ã O E S A Ú D E

P R E V E N Ç Ã O
ESCRITO POR: CLARA SALOMÃO

PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO


DE RISCO
Medida preventiva de urgência com a
utilização de medicamentos antirretrovirais
pelo possível contato com o HIV. Ele é
utilizado em situações como: violência
sexual; relação sexual desprotegida;
acidente ocupacional(com materiais
perfurocortantes ou contato direto com
material biológico).

Deve ser iniciado logo após a exposição de


risco, em até 72 horas, e ser utilizado por
28 dias.

Medicamento oferecido pelo SUS (Sistema


Único de Saúde).

PROFILAXIA PRÉ EXPOSIÇÃO


AO HIV
Utilização de medicamentos de
forma preventiva antes da
exposição ao HIV, diminuindo a
probabilidade da pessoa se
infectar. O público alvo para esse
medicamento é: a população
LGBTQI+, trabalhodores/as do sexo
e parceiros(as) sorodiferentes
(quando um dos parceiros é soro
positivo e o outro não).

Não é um medicamento de
profilaxia emergencial como o PEP.
Somente deverá ser utilizado se o
indivíduo correr alto risco de
infecção.

12
HIV X AIDS
HIV NÃO É A MESMA
COISA QUE AIDS.

A AIDS É UMA
DOENÇA CRÔNICA,
QUE PODE SER FATAL,
E OCORRE QUANDO A
PESSOA INFECTADA
PELO HIV TEM SEU
SISTEMA
IMUNOLÓGICO
DANIFICADO PELO
VÍRUS, INTERFERINDO
NA HABILIDADE DO
ORGANISMO DE
LUTAR CONTRA OS
INVASORES QUE
CAUSAM A DOENÇA E
DEIXANDO A PESSOA
AINDA MAIS
SUSCETÍVEL A
DOENÇAS
OPORTUNISTAS.

13
EDUCAÇÃO
EM SAÚDE

Alunos de biomedicina levam


conhecimento aos alunos
sobre a importância de se
prevenir contra o HIV.

ESCRITO POR: CLARA SALOMÃO E


ISABELA SAMPAIO

14
A INTERVENÇÃO
Levando conhecimento aos alunos de
diferentes escolas.

Como estudantes de e tivemos como objetivo fazer


biomedicina e futuros um comparativo entre a escola
biomédicos, para pública e aprivada sobre como
esta intervenção decidimos foi passado e o quanto os
levar conhecimento sobre o HIV alunos sabem sobre o vírus
aos alunos do 3° ano do daimunodeficiência humana,
ensino médio de diferentes como ocorre sua transmissão,
escolas, pelo fato de ser uma como é feito seutratamento,
população que como se prevenir da forma
apresenta maior incidência de correta e como é feito seu
contágio e que está iniciando diagnósticoenfatizando o papel
agora sua vida do biomédico na realização dos
sexual exames para se ter umresultado
eficaz e correto.

15
No dia 18 de novembro de 2019
realizamos nossa primeira intervenção
no colégio privado Helena Bicalho, no
bairro São João Batista na cidade de
Belo Horizonte. Para conseguirmos gerar
os resultados comparativos entre as
escolas e para sabermos o quanto os
alunos adquiriram de conhecimento
com a palestra aplicamos um
questionário pré e pós palestra com
perguntas sobre o que eles sabem sobre
o HIV; como ocorre a transmissão; como
é feito o tratamento; como se prevenir e
se eles sabiam se HIV e AIDS são a
mesma coisa.

Durante a palestra os alunos demonstraram bastante interesse no assunto abordado e logo


depois abrimos um espaço para que eles tirassem suas dúvidas, tanto sobre o tema quanto
sobre a biomedicina. De acordo com os resultados obtidos através dos questionários
percebemos que os
alunos
tiveram 100% de
aproveitamento perante
ao que foi passado.

16
No dia 21 de novembro de
2019 realizamos a
intervenção na Escola
Estadual Carlos Drummond
de Andrade, no bairro
Floramar na cidade de Belo
Horizonte. Foi utilizado o
mesmo método para gerar
os resultados comparativos
entre as escolas.
Durante a palestra os alunos
apresentaram bastante
interesse e dúvidas sobre o
tema abordado e sobre o
curso de biomedicina. De
acordo com os resultados
verificamos que os alunos já
tinham um certo
conhecimento prévio sobre o
assunto, porém os acertos
caíram no questionário pós
palestra.

17
Logo após a
palestra
entregamos
um panfleto
informativo
com
todas as
informações
necessárias
sobre o HIV
com um
preservativo

18
ENTREVISTA
Médico infectologista Dr. Adelino de Melo Freire Júnior - CRMMG
38211 - nos conta sua visão a cerca do HIV e os desafios
enfrentados para acolhimento e aceitação por parte da população
sobre o vírus.
Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG). 
Residência médica em infectologia na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (FHEMIG). 
MBA de gestão em saúde e controle de infecção hospitalar pela Faculdade Método de
São Paulo (FAMESP).

1. Quais os desafios enfrentados em sua área de atuação? 


Dr.: O maior desafio é conscientizar as gerações mais novas de que as DST’s são graves e devem
ser prevenidas, pois as mesmas não viram a AIDS como uma doença que não tinha tratamento
e era vista como uma “sentença de morte”. 

Escrito por: Débora Laís


2. Como está a incidência de novos casos de HIV na região?
Dr.: O ministério da Saúde publicou dados mostrando que a incidência está estável, mas
em alguns grupos tem aumentado, sendo eles os jovens e homens que possuem relações com
outros homens (HSH).

3. Como é feito o acolhimento com as pessoas ao receberem o diagnóstico positivo?


Dr.: Eu tenho o cuidado de explicar como a doença funciona nos mínimos detalhes, desafios de
longo prazo e etc. Tudo isso, longe da família, pra que haja sigilo. Caso o paciente se sinta
confortável, chamamos a família para perto e os alertamos sobre todos os cuidados necessários.

19
4. Existe diferença de busca por tratamento entre classes sociais? 
Dr.: Esta diferença é presente sim. Os pacientes que são mais vulneráveis, de classe baixa, são menos
aderentes ao tratamento, devido a uma falta de perspectiva de vida. Também existe a falta de
informação sobre a doença, de como ela é séria, de como se prevenir e como tratá-la. Já na rede
privada, isso é mais raro. Os pacientes geralmente tem mais instruções e acabam lidando melhor com
a situação e aderindo melhor ao tratamento. 

5. Existe algum tipo de medicamento mais eficaz já sendo utilizado ou em estudo? 


Dr.: Os estudos feitos sobre os medicamentos hoje são para compor aqueles remédios que já temos
hoje no mercado e são menos agressivos. Alguns desses remédios estão sendo testados para obter
uma maior facilidade em seu uso, como implantes para fazer um efeito a curto – médio prazo.

6. Com que frequência aparecem casos de HIV na terceira idade?


Dr.: Na rede privada não era muito frequente, mas quando trabalhei na rede pública tive uma maior
quantidade em relação a rede privada, já cheguei a atender uma senhora com mais de 85 anos de
idade que acabou de abrir o diagnóstico com HIV, não é tão raro assim.

7. Como é realizado o tratamento em crianças?


Dr.: O tratamento é muito semelhante ao que é feito em adultos, o tratamento tem o objetivo de zerar
o vírus. Os remédios são parecidos, as combinações são parecidas, mas buscamos optar por remédios
menos invasivos como xaropes, entre outros. A maior dificuldade é quando a criança amadurece,
explicar como é a doença, como se manter saudável entre outros.

8. Como é realizado o tratamento em gestantes?


Dr.: Também é muito parecido, a gestante necessita fazer o exame de forma imediata para que seja
identificada a doença. Ao começar o tratamento em imediato diminui a chance do feto de contrair a
doença, na hora do parto a gestante recebe um medicamento antirretroviral venoso para reduzir essas
chances mais ainda.

9. Em seu ponto de vista, qual a maneira mais fácil de abordar o assunto com os jovens?
Dr.: Creio que fazer de uma forma aberta, sem preconceito, tentando falar de forma mais clara para os
jovens trazendo as DST’s para perto deles mostrando os riscos, já que eles estão entrando na vida
sexual com maior frequência, visando sempre falar de uma forma aberta e de uma maneira que eles
entendam.

10. Em seu ponto de vista, a ciência está cada vez mais próxima de achar a cura da AIDS?
Dr.: Não consigo dizer com uma certeza, mas hoje já vimos casos específicos de pessoas que obtiveram essa
cura por meios não muito convencionais, como no caso do transplante de medula. Mas creio que em 10
anos, nós possivelmente teremos um tratamento mais efetivo do que temos atualmente. Também é bom
ressaltar que existem pessoas que são imunes ao HIV, na África foi identificado em um grupo de mulheres
que eram profissionais do sexo em uma área muito afetada pelo HIV, foi descoberto que nessas mulheres
possuía uma deficiência no receptor CD4 (Onde o vírus do HIV afeta), causando assim uma certa imunidade
contra o HIV.
20
O O
J G S
1
1
1 4 1

I 1 N 1

F 1
O 4 R 1

M A 1
1 T I
3 1

V O
1
3
S 1

FEITO POR: ARTHUR FRICHE E DÉBORA LAÍS


21
Caça Palavras
As palavras deste caça palavras estão distribuídas na
horizontal, vertical, diagonal e com palavras ao
contrário.

22
Cruzadinha

23
REFERÊNCIAS
SECRETÁRIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Incentivo
a testagem. Disponível em:
<http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/temas-de-
saude/hiv-e-aids/incentivo-a-testagem> Acesso em: 19 de
setembro de 2019.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças infecciosas e parasitárias:
Guia de Bolso. 8ª edição. Brasília – Distrito Federal, 2010.
MINHA VIDA. HIV: sintomas, tratamentos e tem cura?
Disponível em:
<https://www.minhavida.com.br/saude/temas/hiv> Acesso em:
15 de agosto de 2019.
UNAIDS. Prevenção Combinada. Disponível em:
<https://unaids.org.br/prevencao-combinada/> Acesso em: 10
de setembro de 2019.
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – MINISTÉRIO DA
SAÚDE. Boletim Epidemiológico, HIV AIDS 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, "Aids: etiologia, clínica, diagnóstico e
tratamento" Unidade de Assistência. Disponível  em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clini
ca_diagnostico_tratamento.pdf >Acesso em: 17 de setembro
2019

Você também pode gostar