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DE
SANTO AMARO
Comunicação e Expressão
Engenharia de Produção
Comunicação e Expressão
Educação a Distância
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 1
1. COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM 3
2.1 COESÃO 10
2.2 COERÊNCIA 10
3. AS SUPERESTRUTURAS TEXTUAIS 12
5.1 O FICHAMENTO 37
5.2 RESUMO 41
5.3 A RESENHA 43
5.3.1 Resenha crítica 44
5.3.1.1 Requisitos básicos para se resenhar 44
5.3.2 Resenha descritiva 44
6. O TEXTO COMERCIAL 46
7.1 INTERNET 49
7.2 O E-MAIL PROPRIAMENTE DITO 49
7.2.1 E-mails comerciais 51
7.2.2 E-mails pessoais 52
CONSIDERAÇÕES FINAIS 53
REFERÊNCIAS 54
1
APRESENTAÇÃO
(Vergílio Ferreira)
Nosso objetivo neste trabalho é sintetizar alguns conceitos de texto relevantes, para
auxiliar o processo de produção escrita dos ingressantes no curso superior, favorecendo-lhes
também uma orientação de como elaborar determinadas superestruturas textuais, por meio de
técnicas de escritura e leitura de textos modelares e a competência para a produção de textos
acadêmicos, possibilitando-lhes também uma orientação de como elaborar determinados
técnicos.
O trabalho embasa-se em obras dos mais renomados estudiosos da Lingüística, como
Jakobson (s/d) e Vanoye (1998); dos mais importantes estudiosos da Lingüística de texto,
como Fávero (1999), Kock (1997), Guimarães (2004) e Fiorin (2003); e em trabalhos de
metodologia do trabalho científico, de autores de reconhecida competência, como Severino
(2001) e Lakatos (1992).
Os conteúdos estão assim organizados: primeiramente, discutiremos a questão de
Língua e Linguagem; depois os elementos da comunicação e, embasados neles, as Funções da
Linguagem. Partimos depois para as noções de texto, textualidade, coesão e coerência, para,
em seguida, apresentar as superestruturas textuais tradicionalmente reconhecidas: descrição,
narração e dissertação. Num outro capítulo, depois de uma revisão de texto e textualidade,
apresentamos a noção de intertextualidade, compreendendo a de paródia, paráfrase,
estilização e apropriação, para, então, partirmos para a discussão de fichamento, resumo e
resenha. Partimos na seqüência para a apresentação da redação comercial e finalizamos a
apostila com orientações de como escrever e-mails.
A seleção desses conteúdos deve-se à sua relevância como ponto de partida para os
demais textos, embora urge salientarmos que, numa obra simples como a nossa, não temos a
2
O emissor e o receptor, como já foi dito, devem dispor do mesmo código, ou seja, do
mesmo sistema de signos, a fim de que a informação possa ser recebida e decodificada pelo
receptor. Essa informação decodificada é a mensagem.
1.3.2. O referente
É necessário um meio físico para que a mensagem possa ser veiculada para o
interlocutor, a esse meio damos o nome de canal de comunicação. Constituem canais de
comunicação o ar, um CD, um cabo, um telefone, etc.
CONTEXTO
Canal de
comunicação
CÓDIGO
5
A linguagem, de acordo com Jakobson (s/d, p. 122), tem toda a variedade de suas
funções. Antes, porém propõe que recordemos que o remetente envia uma mensagem a um
destinatário. Para que possa ser transmitida, a mensagem requer uma contexto (ou
referente), apreensível pelo destinatário e que seja verbal ou passível de verbalização, um
código comum (parcial ou totalmente)a ambos – remetente e destinatário - e, finalmente, um
contato, ou seja, um canal físico por meio do qual possa ser veiculada.
Cada um desses seis elementos encerra uma função da linguagem diferente:
CONTEXTO
1) FUNÇÃO REFERENCIAL
CANAL
2) FUNÇÃO FÁTICA
CÓDIGO
6) METALINGUAGEM
Quando a mensagem está centrada no canal, falamos da função fática. Temos nesse
caso tudo o que serve para, numa comunicação, estabelecer, manter ou encerrar o contato.
Ex. Alô, alô, responde....
Responde......
Quando ocorre a orientação para o receptor (destinatário) temos a função conativa. Por
isso, nessa função é comum observamos o emprego de verbos no modo imperativo e de
vocativos e ponto de exclamação.
Ex. Assine uma TV a cabo agora e comece a pagar somente depois do Carnaval.
2. TEXTO E TEXTUALIDADE
Texto, etimologicamente, quer dizer tecido, ou seja, trata-se de uma trama onde se
devem enredar as palavras. Hoje, o Míni Houaiss (2001: 508) traz a seguinte definição para o
termo:
s.m. 1. Conjunto de palavras, frases escritas; 2. Trecho ou fragmento de obra de um
autor; 3. qualquer material escrito destinado a ser falado ou lido em voz alta (...)
Tous les jours de la semaine, je ne me lève jamais a la même heure et ce n’est jamais la
mème chose.
Mes jours sont fous, fous, fous!
Lorsque je me lève, je ne suis pas pressé...
Je vois et je choisis, c’est ça? Qu’il faut faire...
Je déjeune chaque jour à un restaurant différent.
L’aprés-midi je vais au cinéma, ou pour les courses, ou jouer le bowling, au bien aux
shoppings...
Je fais de promenade, promenade, promenade...
Naturellement, je ne peux pas travailler!
Les soirs je m’amuse à quelque show, ou théatre, ou rendez-vous chez un ami...
Les personnes ne me retrouvent jamais!
A seqüência acima só será texto para aqueles que dominam a língua em que foi escrita:
francês, os demais reconhecerão a seqüência, mas como não interagem com ela, não
conseguindo depreender-lhe um sentido, será um não-texto.
Nesse sentido, como falamos, seguindo os passos de Kock e Travaglia (1990, p. 10),
podemos compreender texto como:
1
http://www.sergiosakall.com.br/girafas/lingua_frances.html
10
Uma unidade lingüística concreta (perceptível pela visão ou audição), que é tomada
pelos usuários da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situação de
interação comunicativa, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma
função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua
extensão.
E deve ter textualidade: aquilo que converte uma seqüência lingüística em texto.
(id.,p.45), isto é, ser todo, coeso e coerente para seus usuários. Vejamos, agora, brevemente, o
que é coesão e coerência.
2.1. COESÃO
Podemos dizer, portanto, que coesão é o nome com que designamos as estratégias de
ligação utilizadas num texto para torná-lo todo, ou seja, o uso de elementos capazes de
estabelecer elos.
Esses elos podem “amarrar” elementos mencionados anteriormente no texto,
ocorrendo então o que os estudiosos chamam de anáfora:
Ex. Fiz todos os exercícios indicados pela professora, mas minha amiga Carla não os
fez (isto é, não fez os exercícios).
Bem utilizar esses elementos auxilia bastante na boa escritura de uma seqüência, mas
não é só isso. Vejamos agora outro elemento responsável pela textualidade, capaz de ajudar
na produção textual.
2.2. COERÊNCIA
VENDE-SE
Apartamento. 3 dorms. 2 sls. coz. Área serv. Moema. R$210.000. Tratar com o
proprietário: (33)3333-3333.
3. AS SUPERESTRUTURAS TEXTUAIS
A autora informa também que, embora haja sempre uma estrutura dominante, o texto
pode apresentar outras. Por exemplo, um texto predominantemente narrativo pode apresentar
trechos descritivos. O predominantemente dissertativo pode trazer, em alguns momentos,
trechos que caracterizam a narração e/ou a descrição. O importante para um estudante do
Curso de Letras é saber identificar no todo trechos dessa ou daquela estrutura, cujas
características agora apresentamos.
Visão, tato, audição, paladar, olfato são os sentidos com que percebemos as coisas
do mundo que se traduzem em formas, cores, texturas, cheiros, sonoridades a serem
descobertas. (AMARAL E ANTÔNIO, 1991, p. 19)
2
Strategies of Discourse Comprehension, Nova Iorque: Academic, 1983.
13
Era um dia abafadiço e aborrecido. A pobre cidade de São Luís do Maranhão parecia
entorpecida pelo calor. Quase que se não podia sair à rua: as pedras escaldavam, as
vidraças e os lampiões faiscavam ao sol como enormes diamantes, as paredes tinham
reverberações de prata polida; as folhas das árvores nem se mexiam; as carroças
d’água passavam ruidosamente a todo o instante, abalando os prédios, e os
aguadeiros, em mangas de camisa e pernas arregaçadas, invadiam sem cerimônia as
casas para encher as banheiras e os potes. Em certos pontos não se encontrava viva
alma na rua; tudo estava concentrado, adormecido; só os pretos faziam as compras
para o jantar ou andavam no ganho.3
A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial
(Fonte: http://64.233.187.104/:tremdascoresletra.caetanovelosoletrasdemusicas.lyrics.mus.br/)
3
AZEVEDO, A. O mulato. São Paulo: Ática, 1997.
14
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal
roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. 4
Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que
corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas
de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto
agreste.
4
ALENCAR, J. Iracema. São Paulo: Ática, 1990.
15
Ex. Seu sorriso era doce como o favo da jati; seu hálito era perfumado, era ainda
mais rápida que a ema; era virgem, tinha lábios de mel; seus cabelos eram mais
negros que a asa da graúna e mais longos que o talhe de palmeira (...)
Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que
corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas
de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto
agreste.
De acordo com o Míni Houaiss (2001:364): “Narração: s.f. [é] exposição oral ou
escrita de um fato”.
Narrar é, portanto, representar um acontecimento ou uma série de acontecimentos reais
ou fictícios num texto.
Humberto Eco (1985, p. 21), no Pós-Escrito a O Nome da Rosa, ensina:
Essa citação de Eco, mesmo que indiretamente, permite-nos depreender que são cinco
os elementos da narração: narrador, personagens, ações, tempo e espaço.
Leia, agora, o texto a seguir, de Marina Colassanti:
b) personagens:
Protagonista: a esposa: “Não dissessem os colegas que era esposa descuidada......”
Antagonista: o marido: “Impecável transitava o marido pelo tempo.”
c) ações:
“Debruçada sobre a tábua (...) dava caça às dobras (...)”
d) tempo:
“Jamais permitiria (...)” “Um dia notou a mulher (...)” “(...) muitos meses mais
tarde (...)”
e) espaço:
Na sua casa, em uma determinada cidade.
18
(...) Jamais permitiria que seu marido fosse para o trabalho com a
roupa mal passada, não dissessem os colegas que era esposa descuidada.
Debruçada sobre a tábua, com o olho vigilante, dava caça às dobras,
desfazia pregas (...)
Jamais permitiria que seu marido fosse para o trabalho com a roupa mal
passada, não dissessem os colegas que era esposa descuidada. Debruçada sobre a tábua,
com o olho vigilante, dava caça às dobras, desfazia pregas, aplainando punhos e peitos
(...)Um dia notou a mulher um leve afrouxar-se das pálpebras. Semanas depois percebeu
que, no sorriso, franziam-se fundos os cantos dos olhos. (...)
19
Mas foi só muitos meses mais tarde que a presença de duas fortes pregas
descendo dos lados do nariz tornou-se inegável. Sem dizer nada, ela esperou a noite. Tendo
finalmente certeza de que o homem dormia o mais pesado dos sonos, pegou um paninho
úmido e, silenciosa, ligou o ferro.
- Por que Demétrio não se casa? Era a indagação geral! Demétrio namorava,
noivava, não casava. Sete dias antes do casamento, olha aí Demétrio fugindo. As versões
eram múltiplas. A noiva é que o despedira. Tiveram uma briga feia. Gênios incompatíveis.
Mal secreto. Intrigas.
Demétrio continuava a namorar, noivar e não casar. Não lhe faltavam noivas, pois
era agradável, tinha status. Quanto mais se desmanchavam seus projetos de casamento,
mais apareciam mulheres dispostas ao desafio, exclamando:
- A mim ele não deixa na porta do Mosteiro de São Bento.
Deixava. E quanto mais deixava, mais seu prestígio crescia. Concluiu-se que era
sua maneira de afirmar-se.
Então Livaniuska decidiu enfrentá-lo. Noivou com ele e, uma semana antes do
casamento, deu-lhe o fora solene. Demétrio quis reagir, explicou à repórter social que ele é
que tomara a ìniciativa, mas a mentira foi patente. Livaniuska foi contratada como atriz por
uma emissora de TV e ficou célebre.
Daí por diante ela repetiu a carreira de Demétrio, noivando e desmanchando com
inúmeros cavalheiros. No fim de cinco anos, Livaniuska e Demétrio casaram-se para
sempre, como era fácil de prever mas ninguém previu.
5
Geralmente, mas não exclusivamente. Pode-se usar, por exemplo, o presente do indicativo, com valor
atemporal, instaurando proximidade e verossimilhança ao texto.
20
Mas será que, como superestrutura textual, dissertação é só isso? Vamos ver o que
dizem alguns estudiosos do assunto.
Magalhães (s/d, p. 7) assevera que a dissertação ocorre no plano das idéias, do
conhecimento, das abstrações. Trata-se de um trabalho reflexivo que consiste, de maneira
geral, em organizar as idéias numa linha de raciocínio. Assim, ensina o autor, todas as vezes
em que nos valemos da linguagem verbal para expor, defender ou contestar idéias, estaremos
utilizando o chamado discurso dissertativo.
Platão e Fiorin (opus ci, p. 252) afirmam que dissertação é o tipo de texto que analisa
interpreta, explica e avalia os dados da realidade e relacionam algumas de suas
características, revisadas a seguir.
Importa esclarecer que há autores que inscrevem os textos dissertativos em dois tipos:
expositivos e argumentativos.
6
Também aqui se trata de tempos básicos, mas não exclusivos.
21
Podemos perceber no texto acima que, por exemplo, no trecho: na verdade, o aborto
prejudica a mulher, ignora os seus direitos, e as abusa e degrada está expressa a opinião
do autor e, para que ela seja mesmo aceita, passa ele a relacionar os motivos que o fazem
pensar assim.
Em ambos os tipos de dissertação, importa atentar para sua organização, como veremos
a seguir.
22
Como esse tipo de texto deve apresentar uma organização lógica, deve-se apresentar
com bastante clareza:
a) o assunto;
b) a delimitação do assunto;
c) o objetivo;
d) o tópico-frasal;
e) o desenvolvimento;
f) a conclusão.
Escolhida uma delimitação, deve-se propor um objetivo para que não ocorra fuga ao
tema. Se resolvêssemos escrever sobre Namoro na escola, poderíamos estabelecer como
objetivo, por exemplo: mostrar ao leitor que, como a escola é o espaço onde os jovens mais se
encontram e se relacionam, é normal e saudável que ali comecem sua vida afetiva.
O tópico frasal é aquele sobre o qual incide a essência da informação. Na delimitação
acima, poderíamos estabelecer um possível tópico-frasal:
Para que possamos entender melhor, leiamos Magalhães (s/d p.6,17) que assim
exemplifica o texto dissertativo:
7
RODRIGUES, S. Direito Civil.In: MAGALHÃES, R. Técnicas de Redação: a recepção e a
produção de texto. São Paulo: Editora do Brasil, s/d.
24
ASSUNTO: Direito;
DELIMITAÇÃO: Direito e moral;
OBJETIVO: Mostrar que muitas normas morais transformaram-se em normas jurídicas por
razão de conveniência social;
TÓPICO-FRASAL: “Muitas normas, antes apenas do âmbito da Moral, passaram ao campo
do Direito pelo fato de o legislador, num momento dado, julgar conveniente atribuir-lhes força
coercitiva, impondo uma sanção para sua desobediência”.
DESENVOLVIMENTO (Argumentos baseados em provas concretas):
Além disso, podemos perceber que o texto dissertativo tem algumas características
que lhes são peculiares. Vejamos quais são.
Primeiramente, como pudemos perceber, trata-se de um texto temático, ou seja, o
nosso exemplo discute uma questão jurídica, operando com, predominantemente, termos
abstratos:
Mostra, tanto quanto a narração, mudança de situação: no caso do texto acima, o autor
aponta para fatos que passaram de atitudes morais para deveres impostos pelo Direito:
(...) Outro exemplo: no passado agia com humanidade o patrão que, antes de
despedir seu empregado, lhe dava um prazo para procurar nova colocação, e ao romper o
contrato de trabalho lhe oferecia uma indenização pelos anos de serviços prestados. Talvez
isso constituísse um dever moral ditado pela preocupação de justiça. Mas o
descumprimento de tal dever não provocava qualquer sanção por parte do Estado.
Parecendo ao legislador conveniente transformar tal preceito de Moral em regra de Direito,
impõe ao patrão o dever de dar aviso prévio e de prestar indenização ao empregado
despedido. O descumprimento de tal obrigação, hoje, provoca uma sanção por parte do
Estado. A regra de Moral transformou-se em regra de Direito.
Para finalizar, leia atentamente o texto abaixo, buscando visualizar nele os elementos
da dissertação já discutidos:
4. A CONSTITUIÇÃO DO TEXTO
Como vimos, texto, etimologicamente, quer dizer tecido, ou seja, trata-se de uma
trama onde se devem enredar as palavras.
Já a Lingüística do Discurso procura estudar os textos como manifestações lingüísticas
produzidas por indivíduos concretos em situações concretas, sob determinadas condições de
produção (KOCK, 1997, p.11), entendendo-os numa situação interacionista.
Para Val (1999, p.3), texto (escrito ou falado) é a unidade lingüística comunicativa
básica utilizadas pelos falantes de uma língua para se comunicarem e será bem compreendido
quando comportar três aspectos fundamentais: o pragmático (atuação informacional e
comunicativa), o semântico-conceitual (relacionado à compreensão, à cognição, portanto, da
coerência) e o formal (de sua organização, ou seja, de sua coesão).
Assim, texto pode ser compreendido como uma unidade de sentido que depende de
uma série de fatores, ligados tanto à coerência quanto à coesão.
Por outro lado, discurso é mais abrangente e, de acordo com a Análise do Discurso de
Linha Francesa, ele é entendido como o espaço em que emergem as significações
(BRANDÃO, s/d, p. 35). Mas, o que comporta essa significação? Primeiramente, temos de
entender que o discurso de que tratamos se faz na e pela língua, ou seja, as significações serão
observadas em sua formação discursiva, somada às suas condições de produção, norteadas
pela sua formação ideológica.
Dessa forma, a noção de discurso pode ser vista como múltipla e analisá-lo é, de
acordo com Foucault (1986, p. 187), fazer desaparecer e reaparecer as contradições é
mostrar o jogo que jogam entre si; é manifestar como pode exprimi-las, dar-lhes corpo, ou
emprestar-lhes uma fugidia aparência. Isto quer dizer que analisar um discurso é buscar
esses elementos de dispersão, os diversos discursos que comporta, os textos que com ele
dialogam.
27
4.1.2. A Intertextualidade
De acordo com Kristeva (1974, p.64) “todo texto se constrói como um mosaico de
citações. Todo texto é absorção e transformação de um outro texto” , ou seja, como falou
Bakhtin (1922) nenhum discurso é neutro, é sempre formado por outros que lhe foram
anteriores no tempo, pois produzido por um sujeito descentrado, assumindo diferentes vozes
sociais, que o tornam um sujeito histórico e ideológico.
Fiorin (2003, p.32) ensina: “A intertextualidade é o processo de incorporação de um
texto em outro, seja para reproduzir o sentido incorporado, seja para transformá-lo.”
Brandão (opus cit., p.76) aponta dois tipos de intertextualidade: uma interna, na qual
um “discurso se define por sua relação com o discurso do mesmo campo, podendo divergir ou
apresentar enunciados semanticamente vizinhos aos que autoriza sua formação discursiva”; e
uma externa, “na qual o discurso define uma certa relação com outros campos”.
Kock (1986, p.39) também aponta a possibilidade de se observar a intertextualidade de
duas maneiras: em sentido amplo, que ocorre implicitamente, ou seja, a identificação dos
textos em diálogo é conseguida por meio de atenta observação por parte do leitor, porque o
novo texto mantém alguns aspectos, tanto formais quanto de sentido, dos originais; em
sentido estrito, que pode aparecer tanto implicitamente – por meio da divulgação de sua
ideologia e retórica - quanto explicitamente – por meio da revelação direta do texto do qual
se origina.
Paulino, Walty e Cury (1997) indicam oito possibilidades de a intertextualidade se
revelar, isto é, por meio de epígrafe, de citação, de referência, de alusão, da paráfrase, da
paródia, do pastiche e da tradução. Esses autores entendem a sociedade como uma grande
rede intertextual e dão ao espaço cultural um lugar de relevância, pois cada produção dialoga
necessariamente com outras.
Fiorin (2003) e Sant’Anna (1988) apontam diferentes maneiras de a intertextualidade
ocorrer. O primeiro identifica três processos: a citação, a alusão e a estilização; o segundo,
quatro: a paródia, a paráfrase, a estilização e a apropriação.
Como é a proposta de Sant’Anna que mais atente aos nossos propósitos, estudá-la- os
particularizadamente a seguir.
28
4. 1.2.1. A Paródia
Sant’Anna (opus cit., p.31) completa, asseverando que ela tem uma função cartática,
funcionando como contraponto com os momentos de muita dramacidade. Além disso, o texto
paridístico faz uma re-apresentação daquilo que havia sido recalcado. Uma nova e diferente
maneira de ler o convencional. É um processo de liberação do discurso. Uma tomada de
consciência crítica.
Parodia-se um texto para negá-lo, já que a linguagem nesse tipo de produção é dupla,
as vozes que dialogam nos dois discursos se cruzam tanto horizontal (produtor x receptor),
quanto verticalmente (texto x contexto) (Fávero, 1999, p.53).
Temos em nossa literatura muitos exemplos de paródia. Jô Soares, na época de
cassação do então presidente Collor de Melo, utilizando-se da mesma estrutura da nossa
Canção do Exílio, escreveu:
Canção do exílio
Gonçalves Dias
Exemplo:
“Salários têm melhores reajustes em 10 anos”
Balanço divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Sócio-Econômicos) mostra que, em 2005, 72% dos reajustes
salariais foram maiores do que a inflação, melhor desempenho já
constatado.
(Fonte: adaptação de www.pt.org.br)
“Eles conseguem fazer com que seus salários tenham melhores reajustes em 10 anos “
Balanço divulgado pelo Dieese (Departamento de Infâmias, Enrolação
e Embute Sem Escrúpulos) mostra que, em 2005, 72% dos reajustes
salariais dos políticos foram maiores do que a inflação, maior
roubalheira e sem-vergonhice já constatada.
Como se pôde perceber, embora os dois textos mantenham um diálogo entre si, a
paródia subverte o sentido do primeiro, retoma-o para o negar, para o ironizar, caminhando
ao seu lado como se fosse sua imagem invertida. Diferente é a paráfrase, como veremos a
seguir.
31
4.1.2.2. A Paráfrase
Sant’Anna (opus cit, p. 17) afirma que o termo para-phrasis (que já no grego
significava continuidade ou repetição de uma sentença) pode ser considerada, grosso modo,
uma reafirmação, por meio de outras palavras, do mesmo sentido de uma obra escrita, ou seja,
pode-se considerar a paráfrase a tradução ou a transcrição de um texto primitivo.
Nesse sentido, Derrida (2002, p. 62) ensina que o tradutor deve resgatar, absolver,
resolver o texto original e quando “cria” é como um pintor que “copia” seu
“modelo”Benjamin (1996, p. 108) disse que a natureza engendra semelhanças, bastando para
entender isso, pensar-se na mímica.
Portanto, diferentemente da paródia, a paráfrase é a frase paralela, ou seja, uma
releitura do original. Se na primeira temos a ruptura, a crítica sutil, na segunda ficamos à
frente de uma releitura, de uma reprodução.
Para que possamos compreendê-la melhor, tomemos como exemplo a mesma Canção
do Exílio e vamos ver algumas paráfrases elaboradas a partir dela:
André (1988, p.111) assevera que muitas são as formas como utilizamos a paráfrase
no texto acadêmico:
a) podemos reproduzir, com outras palavras, o mesmo pensamento do texto, seguindo a
ordem do discurso original;
33
b) podemos reproduzir o texto, com outras palavras, mas buscando esclarecer, para os
leitores de outro nível (nesse caso, portanto, motivada pelos objetivos), ou vocábulos ou
expressões que julgamos importante elucidar;
c) Podemos, ao reproduzir o texto, ampliar as informações sobre ele, seu autor, a obra, o
estilo, etc; na medida em que essas informações sejam cabíveis e relevantes para sua
melhor compreensão;
d) Podemos, finalmente, fazer um decalque, ou seja, seguindo a estrutura do texto original,
substituir a idéia inicial por outra que com ela esteja associada.
Assim, podem ser produzidos diversos tipos de textos acadêmicos, como fichamentos,
resumos e resenhas de textos, como veremos a seguir.
4.1.2.3 A Estilização
A palavra estilização deriva de estilo que de acordo com HOUAISS (opus cit., p.
1254) significa o modo pelo qual um indivíduo usa os recursos da língua para expressar,
verbalmente ou por escrito, pensamentos, sentimentos, ou para fazer declarações,
pronunciamentos, etc.
Então, Sant’Anna (opus cit.) define estilização, uma forma de tomar aquele estilo de
outrem, estabelecendo um desvio tolerável, produzindo um meio do caminho entre a paródia e
a paráfrase.
Para Fiorin (opus cit.),
A estilização é a reprodução do conjunto dos procedimentos do “discurso de
outrem”, isto é, do estilo de outrem. Estilos devem ser entendidos aqui como o
conjunto das recorrências formais tanto no plano da expressão quanto no plano do
conteúdo (manifestado, é claro) que produzem um efeito de sentido de
individualização. (BERTRAND, 1985, p. 412)
Esclarece ainda Fiorin, que a estilização pode ser polêmica ou contratual. Entendemos
que estilização, em sentido stritus, pode ser uma forma de alusão já que ao citar, temos uma
menção ao discurso de outrem, de maneira indireta, ou seja, por meio da utilização do estilo
do texto de origem.
Vamos ver agora, a estilização que Murilo Mendes elaborou a partir da Canção de
Exílio de Gonçalves Dias:
34
Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras das Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
4.1.2.4 A Apropriação
Sant’Anna (opus cit.) ensina que essa forma de intertexto é bastante recente na crítica
literária e chegou à literatura por meio das artes plásticas, especialmente pelas experiências
35
O chargista e humorista Caulus fez o sabiá voar dos versos saudosistas para a denúncia
ecológica, no grafismo leve e tocante do exílio de sua própria palmeira:
Fonte: www.comcienci0a.br/carta/migracoes
Lá ?
Ah !
Sabiá...
Papá...
Maná...
Sofá...
Sinhá...
Cá ?
Bah !
Paráfrase Paródia
Estilização Apropriação
(Conjunto das similaridades) (Conjunto das diferenças)
5. O TEXTO ACADÊMICO
Os textos produzidos no mundo acadêmicos podem ser feitos ora por meio da
similaridade, ora da diferença. Veremos como se comportam e como produzir: o fichamento,
o resumo e a resenha.
5.1. O FICHAMENTO
Para que fichemos qualquer obra, é necessário, antes de tudo, uma leitura atenta
daquilo que se deseja fichar. Ruiz (1980, p.70) aconselha:
Não basta ir às aulas para garantir pleno êxito nos estudos. É preciso ler e,
principalmente, ler bem. Quem não sabe ler, não saberá resumir, não saberá tomar
apontamentos e, finalmente, não saberá estudar.
Então para que façamos um bom fichamento, é preciso seguir algumas etapas:
a) ler atentamente uma primeira vez o texto na íntegra, grifando as palavras
desconhecidas e as procurando no dicionário;
b) ler uma segunda vez, munidos com lápis, para sublinhar os trechos mais importantes.
De acordo com esses autores, a técnica de sublinhar compreende, depois das leituras
sugeridas,
a) identificação da idéia-núcleo de cada parágrafo;
b) indicação com uma linha vertical colocada à margem, nos tópicos mais importantes;
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Exemplo:
Título geral (da obra) Título específico (do capítulo) Nº(da ficha)
Fonte bibliográfica: (de acordo com a ABNT)
Corpo: (ASSUNTO)
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No capítulo introdutório desta obra, a autora discorre a respeito das várias concepções de
linguagem, apondo a Lingüística do Sistema com a Lingüística do Discurso.
(p.9)
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d) De resumo: é a que contém uma paráfrase do trecho lido. O resumo pode ser
apresentado como esboço ou como sumário.
1) como esboço: apresenta a mesma estrutura do texto citado, com as palavras-
chave, títulos e subtítulos, procedendo-se a um resumo dele.
2) Como sumário: topicalizam-se os itens julgados mais relevantes.
Exemplos:
a) Como sumário:
A inter-ação pela linguagem Introdução: N° 1.0
As diferentes concepções de linguagem
KOCK, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1997
(p.9)
b) como esboço:
A inter-ação pela linguagem Introdução: N° 1.0
As diferentes concepções de linguagem
KOCK, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1997
A autora, nesta Introdução, apresenta, sintetizadas, três das principais maneiras como vem
sendo concebida a linguagem humana, na História, ou seja, como representação, como
instrumento e como forma.
(p.9)
41
5.2. RESUMO
Resumir é, de acordo com André (1988, p.105) reproduzir em poucas palavras o que
o autor expressou amplamente. Trata-se de um treinamento essencial para quem deseja
comunicar-se de forma organizada, pois quem resume um texto é levado a depreender o que
lhe é essencial e o que lhe é secundário.
Além disso, resumir um texto ensina a relacionar as idéias, entender com clareza o
assunto, perceber o sentido próprio do figurado que os vocábulos podem adquirir numa
produção textual.
Para se realizar um resumo, seguem-se os mesmos passos do fichamento, isto é, antes
de tudo:
a) ler atentamente uma primeira vez o texto na íntegra, grifando as palavras
desconhecidas e as procurando no dicionário;
b) ler uma segunda vez, munidos com lápis, para sublinhar os trechos mais importantes.
E mais:
c) ficar atento para as palavras de ligação que organização de forma lógica o raciocínio,
tais como: assim sendo, além do mais, pois, em decorrência, etc. e os que modificam
os enunciados: mais que tudo, não, nunca, etc.
Quanto à extensão, normalmente essa é estabelecida por quem o faz, ou por quem o
solicita, dependendo dos objetivos visados, mas normalmente, um bom resumo contém de 10
a 15 por cento do texto original.
Exemplo de resumo:
a) Texto:
A escola e sua finalidade
Hildebrando A. André
1°) A finalidade da escola é educar: auxiliar o indivíduo alcançar seu objetivos; e ensinar:
ministrar conhecimento e experiências.
3°) Embora a função da escola seja, antes de tudo, ensinar: tem também (por lei), de
educar. A escola que assim não age é perniciosa.
d) Redação final:
5.3. A RESENHA
b) número de edição;
c) páginas;
d) se obra traduzida, o nome dos tradutores,
e) organização.
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6. O TEXTO COMERCIAL
Isto quer dizer que uma boa carta comercial deve ter como características:
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a) originalidade;
b) persuasão;
c) afabilidade;
d) boa apresentação;
e) precisão de linguagem e redação.
Exemplo:
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Prezado senhor,
Atenciosamente,
Márcia A G Molina
Diretora do Departamento de Compras.
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7. OS E-MAILS
7.1. INTERNET
O e-mail é um texto que une características tanto do escrito quanto do oral. Como
texto escrito, pode apresentar as seguintes características:
Ser descontextualizado;
Autônomo;
Explícito;
Condensado;
Planejado;
Preciso;
Normatizado;
Completo.
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Então, como dissemos, embora pareça um texto oral, trata-se de um texto escrito, ou
seja, há sempre nele a possibilidade de planejamento e de refacção. Devemos nos lembrar
sempre que, como qualquer texto, traça a imagem de quem o produz, portanto, ao escrever e-
mails, garanta:
• Que o interlocutor entenda a mensagem da maneira como você deseja;
• Evite uso não convencionalizado de abreviaturas;
• Uso de letras maiúsculas, a não ser que deseje expressar gritos.
Atente para:
a) que tipo de e-mail estou passando?
b) para quem o estou enviando?
c) que variante lingüística utilizar?
Por exemplo, se se tratar de uma carta comercial, o e-mail terá as mesmas partes de
que ela se compõe: evocação/desenvolvimento/conclusão/assinatura
Exemplo:
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Observar que não há a data, porque os e-mails já vêm datados.
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Para garantir o envio e a recepção do e-mail, é sempre prudente salvar uma cópia em
Itens Enviados, pedir Confirmação de Leitura e mandar cópias a quem de direito.
Ao escrevermos e-mails pessoais, devemos nos lembrar sempre, por mais amigos que
sejamos do destinatário, que as palavras são frias, por isso, podem ser mal compreendidas,
cuidado então ao escrever; o texto sempre traça nossa imagem, como já dissemos
anteriormente, usar uma linguagem clara, com correção gramatical e abreviações
convencionalizadas, é o mais prudente. A formatação agora não é tão rígida.
1° Contato
muié, kd vc??
tudo bem?
estou com saudade
Resposta
E donde cê tá ????
Cheguei. Interessante a camiseta. Pintura estranha. Quem a fez ?
ADOOOOOOOOOOOOOOOREIIIIIIIIIIII a pimenta. Ontem já fiz risoto
com ela.
Beijo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Márcia A G Molina
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REFERÊNCIAS
AMARAL, E.; ANTÔNIO, S. Novíssimo Curso Vestibular. São Paulo: Nova Cultural, 1991
CARVALHO, R. P. “GAGO, José María Paz. La estilística. Madrid, Sintesis S.A., 1993, 208
p.” In: FILOLOGIA E LINGÜÍSTICA. N. 2, São Paulo: Humanitas, 1998, p. 241-246.
FOUCAULT, M. A palavra e as Coisas: uma Arqueologia das Ciências. 5. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1990.
KOCK, I.V. e TRAVAGLIA, L.C. A Coerência Textual. São Paulo: Contexto, 1990.
MASERANI, S. O intertexto escolar sobre leitura, aula e redação. São Paulo: Cortês,
1995.
PLATÃO, F. e FIORIN, J. L. Lições de Texto: Leitura e Redação. São Paulo: Ática, 1997.
Outras fontes:
Dicionários:
Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa – Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda., 2001.
Revistas:
Veja São Paulo, n. 32, de 28 de dezembro de 2005, São Paulo: Editora Abril, p. 92)
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Sites:
www.comcienci0a.br/carta/migracoes
http://www.dicionariompb.com.br/default.asp)
http://www.comciencia.br/especial/drogas/drogas01.htm
http://letras.terra.com.br/
http://marisa-monte.letras.terra.com.br/letras
http://vagalume.uol.com.br/adriana-calcanhoto/oito-anos.html
http://64.233.187.104/:tremdascoresletra.caetanovelosoletrasdemusicas.lyrics.mus.br/