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Partidos políticos –
Constituem canais legítimos de atuação política e social; captam e assimilam rapidamente a opinião
pública; catalisam, organizam e transformam em bandeiras de luta as díspares aspirações surgidas no
meio social, sem que isso implique ruptura no funcionamento do governo legitimamente constituído.
Os partidos políticos são produtos da modernidade, notadamente século XIX. Para o seu
desenvolvimento muito contribuiu o surgimento e estruturação de um corpo de ideias liberais, que
enfatizavam a liberdade, igualdade, a independência e a autonomia do indivíduo. Também houve
significativo impulso proporcionado pelos movimentos socialistas coevos à Revolução Industrial.
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Adotando a razão como guia, passou-se a contestar a legitimidade do regime de monarquia
absoluta, notadamente sua legitimação religiosa ou divida; todo governo só existe por
consentimento dos governados, devendo ser limitado em seus poderes.
Daí o surgimento dos partidos encontra-se associados aos países que adotaram formas de
governo representativo e progressiva ampliação do sufrágio.
Os processos civis e sociais que levaram a tal forma de governo, tornavam necessária a gestão do
poder por parte dos representantes do povo, o que teria conduzido a uma progressiva
democratização da vida política e á integração de setores mais amplos da sociedade civil no
sistema político.
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Nos primeiros tempos da trajetória de tal ente, vale destacar a
atuação de deputados no Parlamento britânico. Já no século XVII
começaram a ocorrer movimentos de contestação aos excessos
do poder monárquico-absolutista. Os membros do Parlamento se
dividiam em grupos e tendiam a votar unidos, de maneira a fazer
prevalecer os seus interesses (ou os daqueles que eles
representavam) em detrimento dos desígnios do rei.
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Também nos EUA se firmou uma sólida tradição
partidária, a qual teve início com os partidos
Federalistas (de Hamilton e Adams) e Republicano (de
Jefferson e Madison), fundados na década de 1790.
Desde então, já se contam seis sistemas partidários
naquele país, conforme segue:
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No Brasil, o ano de 1831 é indicado por alguns
pesquisadores como o do surgimento do primeiro partido –
denominado Liberal -, seguido pelo Conservador, em 1838.
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Definição de partido político –
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Função –
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Há ainda que se realçar a função fundamental dos
partidos como entes intermediários entre a sociedade e
o Estado. Nesse sentido, funcionam como instrumentos
das sociedades democráticas para ordenar a alteração
do exercício do poder estatal e, pois, a renovação dos
cargos públicos-eletivos. Por outro lado, aludidas
entidades captam e interpretam as prioridades do País
e as, por vezes, contraditórias demandas da opinião
pública, traduzindo-as em programas políticos ou ideias
gerais que podem embasar propostas legislativas ou
ações governamentais.
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Distinção de partidos políticos e outros entes –
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Coligação partidária –
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A vedação de coligação para as eleições proporcionais (deputado
federal/distrital e vereador) só passou a valer a partir das eleições de 2020,
nos termos do artigo 2º da EC nº 97/2017.
A coligação terá denominação própria, que poderá ser uma expressão que
sintetize seu projeto político (coligação “O povo soberano”) ou a junção de
todas as siglas dos partidos políticos que a integram.
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Entretanto, a designação não poderá “coincidir, incluir ou fazer referência a
nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido
político” (LE, art. 6º, §1º-A). É com essa denominação que a coligação se
apresentará perante o eleitorado, sobretudo no espaço dedicado à
propaganda eleitoral.
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Perante a Justiça Eleitoral, a coligação fala e age por seu representante, podendo,
ainda, designar delegados. Assim, nos pleitos de que participa, ostenta legitimidade
ativa e passiva, podendo ajuizar ações, impugnações, representações, interpor
recursos, contestar, ingressar no feito como assistente, integrar litisconsórcio.
Observa-se que, diante do seu caráter unitário, não se admite que os partidos
integrantes da coligação, isoladamente, venham a praticar atos no processo eleitoral,
como requerer registro de candidatura, impugnar pedido de registro, ingressar com
representações eleitorais.
Todavia, essa regra comporta exceção. Admite-se que partido coligado questione “a
validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data da
convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos (LE,
art. 6 §4º)
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Extingue-se a coligação, entre outros motivos:
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Regime jurídico –
A CF/88 consagra especificamente aos partidos o capítulo V de seu Título II, artigo 17.
No entanto, há disposições constitucionais que não se encontram no referido capítulo
V que são também aplicáveis ao regime dos partidos, como a que prevê “a liberdade
de associação” (CF, art. 5º, XVII).
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Natureza jurídica –
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Nota-se porém, que o partido não é ente privado comum ou
convencional, mas especial e diferenciado devido às
relevantes funções que lhe foram conferidas pela CF com
vistas ao adequado funcionamento do sistema político e do
regime democrático-representativo.
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