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A Teoria Geral do Processo pode ser compreendida como uma teoria
geral, pois os conceitos jurídicos fundamentais processuais, que
compõem o seu conteúdo, têm pretensão universal.
Convém adjetivá-la como "geral" exatamente para que possa ser
distinguida das teorias individuais do processo, que têm pretensão de
servir à compreensão de determinadas realidades normativas.
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A Ciência do Direito Processual Civil é o ramo do
pensamento jurídico dedicado a formular as diretrizes,
apresentar os fundamentos e oferecer os subsídios para as
adequadas compreensão e aplicação do Direito Processual
Civil. O Direito Processual Civil é o objeto desta Ciência.
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Note, assim, que são dois planos distintos de linguagem: o plano normativo (Direito
Processual) e o plano doutrinário (Ciência do Direito Processual). O plano da linguagem
doutrinária opera sobre o plano normativo, por isso a linguagem doutrinária é considerada
uma metalinguagem: linguagem (científica) sobre linguagem (normativa).
Assim,
Uma coisa é discutir o conteúdo das normas de um determinado Direito Positivo - saber a)
se o juiz pode ou não determinar provas sem requerimento das partes; b) qual é o recurso
cabível contra determinada decisão; c) se determinada questão pode ser alegada a qualquer
tempo durante o processo; d) como se conta o prazo para a apresentação da defesa etc.
Esses são problemas da Ciência do Direito Processual.
Coisa bem distinta é saber o que a) é uma decisão judicial, b) se entende por prova; c) torna
uma norma processual; d) é o processo. Essas são questões anteriores à análise do Direito
positivo; o aplicador do Direito deve conhecê-las antes de examinar o Direito Processual;
são pressupostos para a compreensão do Direito Processual, pouco importa o conteúdo de
suas normas. Esses são os problemas atinentes à Teoria Geral do Processo.
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Teoria Geral do Processo -
tem como objeto a Ciência do Direito Processual (civil,
penal ou trabalhista etc.), e não o Direito Processual.
Ela não se preocupa com o Direito Processual; ou seja,
não se atém ao conteúdo das suas normas.
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O Conceito de Processo –
Processo pode ser compreendido sob três perspectivas fundamentais: como um
método de criação de normas jurídicas, como um ato jurídico complexo e, nesse caso,
é sinônimo de procedimento, e, também, como relação jurídica.
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Importante –
Os conceitos de processo expostos não são antagônicos, muito
menos excludentes entre si, formando uma perspectiva
multifacetada do Processo, sendo que o artigo 14 do CPC/2015
abarca todos estes conceitos em sua redação:
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Os Sujeitos Processuais –
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Instrumentalidade do processo – Processo e Direito material.
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O processo deve ser compreendido, estudado e
estruturado tendo em vista a situação jurídica material
para a qual serve de instrumento de tutela.
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Essa perspectiva é fundamental para compreender uma
série de institutos processuais:
a) causa de pedir;
b) conteúdo da sentença e coisa julgada;
c) defesas do demandado;
d) direito probatório etc.
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As Normas do Direito Processual –
O Direito Processual possui regras de aplicação geral em todos os ramos do direito que
se dedicar a procedimentalizar, havendo, no entanto, normas de aplicação específica,
de acordo com cada um desses ramos (Direito Processual Penal, Militar, Civil,
Constitucional, Administrativo, do Trabalho e etc).
No entanto, dentre essas normas gerais, merece especial destaque as Normas
Fundamentais do Processo Civil, uma vez que o CPC/2015 dedicou seu 1º Título
(artigos 1 a 12) exclusivamente para tratar de suas normas fundamentais.
Essas normas fundamentais, dentre outros aspectos do referido código, em razão de
sua adequação constitucional e contemporaneidade, se aplicam subsidiariamente em
todas as matérias de caráter processual, inclusive no Direito Processual Penal e no
Direito Processual Militar (Citação por hora certa, art. 362, caput do CPP, que faz
menção à aplicação do CPC de forma complementar).
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