Você está na página 1de 13

ACESSIBILIDADE

ERGONOMIA E
@UALIDADE DE VIDA

EXCELÊNCIA EM EDUCACAO A DISTANCIA


ACESSIBILIDADE

Caro(a) Aluno(a),

Nesta unidade vamos identificar a fronteira oculta gue existe


em nossa sociedade guanto a inclusêo e acesso de portadores de defi-
ciëncias aos seus direitos, comuns a todos os cidadêos. Assim, demons-
traremos como a Ergonomia pode contribuir para o acesso de todos as
possibilidades de participar das acêes publicas e particulares as guais
gualguer brasileiro tem direito, seja relacionado a saude, a capacidade
de trabalho, ao lazer ou a demandas sociais.
Bom estudo!

As diferencas existentes entre as pessoas nêo podem se limitar


as caracteristicas individuais fisicas ou comportamentais préprias do
ser humano: étnicas, psicol6gicas e sociais, gue nêo exigem mudancas
ou transformacêes do meio em gue vivemos para o convivio social.
Devemos observartambém as diferencas pessoais resultantes das defi-
ciëncias mental, fisica, auditiva, visual, entre outras, gue, pelas caracte-
risticas mais marcantes em relacêo a um modelo ideal, motivam senti-
mentos e reacêes de abandono, discriminacêo e excdlusêo, guer seja
pelaomissêo ou pela negacao de direitos.
Assim, surge a necessidade de interpretar as diferencas entre
os individuos com base nos principios de eguidade, respeito e cidada-
nia, guebrando paradigmas e construindo novos significados sobre as
especificidades das pessoas com deficiëncia, para alêm das manifesta-

ME Unidade 15. Acessibilidade.


" CEID
EKERLENCIA EM EDUEAEAO ADISTANIA.
c6es externas, valorizando as capacidades individuais de cada um
enguanto ser humano.
Esta concepcao revela, para os diferentes contextos sociais da
organizac&o publica e privada, a necessidade de reconhecermos a
diversidade de capacidades humanas, impedindo gue as diferencas
pessoais de cada um se traduzam em desigualdades, jê gue gualduer
individuo pode desenvolver ou adauiriralgumtipo de deficiëncia.

Pessoas com Deficiëncia

Segundo o Programa do Senado Federal de acessibilidade e de


valorizacêo da Pessoa com deficiëncia,

Deficiëncia é toda restricêo fisica, mental ou sensorial, de


natureza permanente ou transitéria, gue limita a capacidade funcional
de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diëria. (BRASIL,
2006, p. 11)

Desta forma, identificamos vêrios tipos de deficiëncia gue


podem acometer guaisguer pessoas, as guais devem ter preservados
seus direitosfundamentais e constitucionais da dignidade humana.
Dentre as vêriasformas de deficiëncia destacamos as mais Comuns:

- Deficiëncia Fisica;

- Deficiëncia Visual;

- Deficiëncia Auditiva;

- Deficiëncia Mental.

re EN

CHAD
EXEELÊNCIA FM EDUCAGAO A DISTANCIA Unidade 15. Acessibilidade.
RE Segundo Couto (2005), cerca de 15% da populacao
el brasileira apresenta algum tipo de deficiëncia, considerando gue
estas deficiëncias podem ser permanentes (naturais ou adgui-
?, ridas) ou temporêrias, resultantes, por exemplo, de um acidente
de trabalho ou acidente de transito.

A deficiëncia fisica é considerada a alteracêo total ou parcial de


um oude vêrios segmentos do corpo gue geram limitacêo da capacida-
de fisica do corpo humano. Pode se apresentar das mais diferentes for-
mas: amputacées ou deformidades fisicas de nascenca ou adauiridas;
nanismo; paralisias diversas (paraplegia, tetraplegia, monoplegia, hemi-

MA
plegia) ou ainda aaguelas gue interferem na locomocao e coordenacêo
do aparelho motor.

Monoplegia Hemiplegia Paraplegia Tetraplegia Amputacao

Para possibilitarmos a acessibilidade das pessoas com deficiën-


cia é necessêrio entendermos suas necessidades especificas, entêo
poderemos possibilitar sua inclusêo e participacao na sociedade. Um
dos principais pontos normalmente analisados para as pessoas gue

re EN
Unidade 15. Acessibilidade. CEAD
EXCBLÊNCIA EM EDUCAGAO A DISTANGIA
apresentam deficiëncia fisica estê na criac&o de facilitadores da sua
participacê&o social através de rampas, adaptac&o de portas, banheiros,
pisose corredores, em locais publicose nos ambientes de trabalho.
Se a pessoa com deficiëncia fisica nao consegue participar de
forma efetiva das atividades promovidas pela sociedade, devemos
observar se as condicées de acesso a tais atividades est&o presentes e
se realmente sao efetivas. Muitas vezes, a oportunidade de uma pessoa
com deficiëncia assumir funcêes relevantes na sociedade, seja de forma
voluntêria ou profissional, sêo dependentes das possibilidades de
acesso aos diferentes ambientes e espacos fisicos. As dificuldades,
encontradas nos espacos publicos e privados, gue atrapalham o acesso
da pessoa com deficiëncia s&o chamadas de barreiras arguitetênicas.
Comumente, os individuos portadores de deficiëncia fisica
utilizZam-se de 6rteses ou de recursos de mobilidade, como a cadeira de
rodas. As barreiras arguitetênicas dificultam ou até impedem totalmen-
te a possibilidade de o sujeito portador de deficiëncia fisica transitar
livremente de um local para outro.

] Deficiëncia Visual

ae . fi , fig. 02: Soroban.


A deficiëncia visual é
Caracterizada pela perda total (ce- OE GES VEE EEOEEEE
gueira) ou parcial da capacidade
visual em ambos os olhos, levando
os individuos com deficiëncia a
AE tt
busca de recursos especificos para o seu desenvolvimento e inclusêo
social. Estamos falando, por exemplo, do Sistema Braile para a leitura e
escrita, e do Sorobê para o aprendizado de numeros e cêlculos, alêém da
bengala e c&o-guia, utilizados para auxiliar alocomocëo.

d END
EKeRNEIA EM EDUeAGKO A DISTANGIA Unidade 15. Acessibilidade. 05
Pessoas com capacidade visual redu-
Zida apresentam algum residuo de visêo gue
possibilita gue enxerguem objetos e escritas
com o apoio de eguipamentos especificos, gue
os ampliam de forma a ser possivel a realizacêo da
leiturae da escrita, por exemplo. fig. 03: Sistema Braille.

Deficiëncia Auditiva

Trata-se da perda bilateral (parcial ou totalmente) da percep-


c&o normal dos sons. A perda auditiva pode ser classificada de diversas
formas, desde uma perda leve (guando o individuo ouve com dificulda-
de) até profunda (ausência total da capacidade auditiva).
Em individuos gue apresentam uma deficiëncia auditiva leve, o
uso de edguipamentos auditivos gue ampliem o som pode suprir tal
deficiëncia, permitindo o acesso & comunicacêo.
Jê para os deficientes auditivos totais, a Lingua Brasileira de
Sinais (LIBRAS) é a principal forma de comunicacêo (Figura 3). Entre-
tanto, para ambos os casos, atitudes simples, como conversar com a
pessoa sempre a sua frente, tomando cuidado para gue ela enxergue
sua boca e falando de forma clara,j&A pode ajudar na comunicacêo, pois
muitos deficientes auditivos desenvolvem a capacidade de realizar a
leituralabial, compreendendo a mensagem a ser passada.

oOEREDESE
G A OR
- N u 4 is
PYS
DR Hg. 04 E

NN 7E Unidade 15. Acessibilidade.


" CEADEKERLENCIA EM EDUEAEAO ADISTANIA.
Como conversar com um surdo? Antes de gualguer
coisa, é importante saber gue existe mais de umtipo de defici-
ente auditivo. Para agueles gue possuem perda auditiva leve a
moderada, geralmente os aparelhos auditivos resolvem boa parte do
problema. Hê os surdos sinalizados (conhecidos erroneamente como
“surdos-mudos”). Eles conversam através da LIBRAS, uma lingua pré-
pria, reconhecida por Lei no Brasil, com morfologia e sintaxe prépria,
independente da Lingua Portuguesa.
Hê ainda os surdos oralizados, gue conseguem comunicar-se
pela fala (através de muita fonoterapia), mas, mesmo com aparelhos,
Nnao conseguem escutar, podendo utilizar-se do recurso da LIBRAS ou
ainda daleituralabial.
Segundo Lak Lobato, uma surda oralizada, hê algumas dicas
para se conversar com um deficiente auditivo:
1. Fale devagar, mas com naturalidade;
2. Fale de frente para o deficiente auditivo;
3. O volume da voz deve ser de acordo com a deficiëncia auditiva de
cada um; entretanto, nêo adianta gritar, principalmente se a deficiëncia
for severa...
4. N3o tenha medo de cometer gafes como “Vocéê estê me ouvindo?”
ou “Escuta essa”;
5. Para chamar um surdo, vocé precisa de algum sinal visual ou têtil;
6. Deficiëncia auditiva nao gera deficiëncia cognitiva;
7. Nêofale mastigando
8. Ambiente iluminado é muito importante na conversa com surdo, seja
ela por meio da leitura labial ou da LIBRAS.
FONTE: Adaptado de
htto//desculpenaoouvilaklobato.com/2009/05/04/10-dicas-para-falar-com-
um-deficiente-auditivo/

re EN

CHAD
EXEELÊNCIA FM EDUCAGAO A DISTANCIA N.
Deficiëncia Mental

É o funcionamento intelectual significativamente inferior &


média comum de uma pessoa, de acordo com a sua idade cronolêgica.
Estêo associadas a limitac&o de duas ou mais areas de habilidades adap-
tativas, como a comunicacêo, o cuidado pessoal, as habilidades sociais,
a percepcê&o de saude e seguranca, habilidades acadêmicas e outras
atividades gue reguerem modificacées em estratégias de realizac3o.
Os tipos de deficiëncia mental mais conhecidos sêo o Retardo
Mental e a Sindrome de Down. O Retardo Mental pode ser classificado
como leve, moderado e severo.
Cada vez mais, observamos a inclusêo de pessoas com retardo
mental leve e Sindrome de Down no mercado de trabalho e nos relacio-
namentos sociais, como nas escolas, por exemplo.

Ergonomia e Acessibilidade

Uma pessoa com alguma deficiëncia nao pode ser comparada


simplesmente com outra pessoa nêo deficiente. Os deficientes normal-
mente promovem um mecanismo de compensacêo. Os surdos podem
ter aumentada a sua capacidade visual; os cegos desenvolvem capaci-
dade de concentrar-se nas sensacdes tateis, auditivas e cinestêsicas; os
paraplêgicos desenvolvem forca e habilidades com as maos.
Muitas empresas promovem o aproveitamento da mao de
obra de pessoas com deficiëncia mediante a escolha adeguada da
tarefa, treinamento e adaptacêes dos postos de trabalho. Eliminadas as
barreiras arguitetênicas, os portadores de deficiëncia podem se tornar
tao produtivos guanto gualguertrabalhador.
O avanco dos programas de computadores, com softwares e

ME Unidade 15. Acessibilidade.


" CEID
EKERLENCIA EM EDUEAEAO ADISTANIA.
aplicativos gue auxiliam na comunicacêo, gerou muitas facilidades para
os deficientes. Atualmente, cegos, surdos e deficientes fisicos podem
se utilizar de um mesmo aparelho celular, utilizando-se de comandos
diferentes (mensagem escrita ou fonada, videos, comandos por voz,
etc).

A Ergonomia busca, na sua essência, adaptar o meio conforme


as caracteristicas de cada sujeito, portador ou no de deficiëncia. Assim,
tanto para o desenvolvimento de aparelhos, eguipamentos e dispositi-
vos gue superem as deficiëncias guanto na adaptacêo de eletrodomés-
ticos, carros, transportes coletivos, mveis e locais de casa ou da
empresa, além de rampas, elevadores, piso tatil e placas sinalizadoras
(inclusive em Braile), a Ergonomia estê presente, permitindo o acesso
de todos atodas as suas possibilidades.

EKeRNEIA EM EDUeAGKO A DISTANGIA Unidade 15. Acessibilidade. ON EN


lida (2005) cita algumas dimensêes constantes da Norma Téc-
nica NBR 9050, sobre os espacosfisicos para permitir o trêfego de cade-
iras de rodas ou individuos com uso de bengalas ou muletas, em ambi-
entes publicose privados:
- Areas de circulac&o devem ter largura minima de 120 cm;
- Asuperficiedeveteruma declividade maêxima de 12,5%;
e Portasdevemterlargurade pelo menos 80 cm.

Tenha acesso a integra da NBR9050 através do link:


http//www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arguivo
S/%5Bfield generico imagens-filefield-description%5D 164.pdf e
conheca os detalhes das normas de acessibilidade a edificacées, mobi-
liërios, espacose eguipamentos urbanos.

Além disso, temos também gue ter cuidado guanto a disposi-


cêo dos objetos a serem manuseados, estando estes dentro do espaco
normal de alcance. Assim, recomenda-se gue interruptores, macanetas,
cCampainhas, torneiras e outros objetos de uso freguente em nossa resi-
dência situem-se aproximadamente a 1m. de altura.

A Ergonomia pode contribuir sensivelmente na adaptacêo dos


ambientes publicos e privados as pessoas com deficiëncia, permitindo-
Ihes a acessibilidade e a fruicêo de seus direitos enguanto cidadaos. A
eliminacêo de barreiras arguitetonicas facilita o acesso da pessoa com
deficiëncia ao transporte publico, ao trabalho, a independência funcio-
nal em suas Casas e no convivio em sociedade.

10) Unidade 15. Acessibilidade.


" CEDEKERLENCIA EM EDUEAEAO ADISTANIA.
EER
Cinestesia: Conjunto de sensacêes pelas guais so percebidos os movi-
mentos musculares cujos estimulos provêém do préprio organismo.
Edguidade: lgualdade, imparcialidade, conformidade.
Hemiplegia: Paralisia do hemicorpo, bracos e pernas direito ou
esguerdo.
Monoplegia: Paralisia de apenas um segmento do corpo (um braco ou
uma perna).
Morfologia: No &Ambito da lingua portuguesa, morfologia é a parte da
gramatica gue estuda as palavras observadas isoladamente. É o estudo
da estrutura eformac3o das palavras, suasflexêes e sua classificacêo.
Nanismo: Alteracêo de origem endêcrina, gue inibe o crescimento das
pessoas.
Paraplegia: paralisia dos membros inferiores.
Sintaxe: Parte da gramatica gue trata das funcées das palavras na frase
edasrelac6es entre si.
Tetraplegia: Paralisia dos membros inferiores, troncoe membros supe-
riores.
SN

ABRAHAO, J; SZNELWAR, L; SILVINO, A; SARMERT, M; PINHO, D.


Introduc3oa Ergonomia: da Prêtica a Teoria. S&o Paulo: Blicher, 2009.
BRASIL. Constituicao (1988). Constituicao da Republica Federativa
do Brasil. Brasilia, DF, Senado, 1998. Disponivel em
shtto//www.planalto.gov.br/ccivil 03/Constituicao/Constituicao.htm
`.Acesso em 20 set 2015.

j CED
EKeRNEIA EM EDUeAGKO A DISTANGIA Unidade 15. Acessibilidade.
MT
BRASIL. Programa do Senado Federal de acessibilidade e de valori-
Zacao da Pessoa com deficiëncia. Brasilia: Senado Federal, 2006.
FIGUEIREDO, F; MONT'ALVAO, C. Ginastica Laboral e Ergonomia. 2.
ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.
DA, 1. Ergonomia: projeto e producëo. 2. ed. S&o Paulo: Blucher, 2005.
VERONESI JUNIOR, J. R. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saude
funcional do trabalhador. S&o Paulo: Andreoli, 2008.

Listade imagens

fig.01:
http://4.bp.blogspot.com/ x4Wto5aykOg/TRA5l-

ODhsl/AAAAAAAAAGO/XBKBGYyVIais/s1600/hdc
0001 0003 0 img0192modificadojpg

fig.-02: Autoral.

fig.03: http //www.uhelp.com/wp-content/uploads/2015/09/3-BRAILE


1 jpg

fig.04: http://cursosgratis.blog.br/wp-content/uploads/2012/01/alfabeto-em-librasjpg

fig.05: Composicêo de imagens:


a. http://i68.photobucket.com/albums/i27/rslonik/asnovidades2/Cadeiraelevadorjpg

b. http//www.modecentercom.br/wp-content/uploads/2011/07/pbb jpg

c. http//www.westernhardscapesupply.com/images/adajpg
d. http://maonarodablog.com.br/wp-

content/uploads/2011/08/cid 18200691 jpg

$e vocé prestou EED


e conteudo:
saber tudo sobre ess
. Nos vemos
Continue estudando
na préxima unidade:

12) Unidade 15. Acessibilidade.


" CEAD
EKERLENCIA EM EDUEAEAO ADISTANIA.

Você também pode gostar