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Felipe Richter1
Gessica Zavadovski Gomes de Lima2
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
“Os homens deveriam partir para a guerra com o objetivo de manter a paz,
e jamais perturbar a paz com o intuito de promover a guerra” (MAQUIAVEL,
1521, p. 17).
A colocação supracitada retrata a posição de Maquiavel sobre a guerra
ao que transcreve o diálogo de Cosme Ruccelai e Lorde Fabricio Colonna em
seu livro denominado A arte da guerra.
Não obstante, essa obra apresenta uma exegese acerca de toda guerra,
afirmando que ela deve somente ocorrer se a oportunidade – expressão utilizada
para referir-se à necessidade – se apresentar. À vista disso, há um excerto que
se dá notoriamente no decurso da obra: “o homem bom não é capaz de adotar
a arte da guerra como profissão”.
Isto posto, é axiomática a incongruência existente entre dois dos livros
escritos pelo florentino renascentista Nicolau Maquiavel: A arte da guerra e O
príncipe. Porquanto, em respectiva ordem, a segunda obra destoa
clamorosamente dos mais meritórios prolegômenos da primeira obra, os quais
já foram exteriorizados e são os resolutos juízos relativos à guerra.
À proporção que os supostos conselhos ao príncipe são direcionados, em
sua mais célebre obra, O príncipe, Maquiavel deixa mais claro o seu ilusório
adminículo ao absolutismo. Esse escrito detém, sem análises devidas,
conjecturais recomendações para que um principado prospere e perdure.
Ademais, se realizadas condignas investigações, depreender-se-á que as
exortações, em generalidade, são esboços da tirania que decorreu-se ao longo
de grande parte da renascença.
Esse crivo dispõe de elucidações ínclitas, ao que duas portam mais
destaque. A primeira é, como já aludida, a discrepância entre duas das obras do
mesmo autor, o referido Nicolau Maquiavel, versando sobre a guerra: em uma
há a defesa em todas as circunstâncias possíveis e a famigerada utilização
desta. Nada obstante, ao salientar aspectos e convicções reais de sua vivência
no livro A arte da guerra, o literato denota ponderações contrárias à demasiada
conflagração.
Conquanto, como segunda tônica e fundamento à primeira, toma-se como
parâmetro a vida do escritor e político de Florença. Nisto, infere-se que ele era
republicano e as evidências disso amparam-se em copiosas ocorrências, tais
como a atuação de Maquiavel na república florentina entre os anos de 1498 e
1512, quando exerceu profusas funções, entre elas, a de secretário da Segunda
Chancelaria, o que lhe deu a oportunidade de ocupar-se da correspondência
doméstica e internacional da república, pelo registro de julgamentos, pelas
minutas dos conselhos e pela formulação de acordos com outros estados.
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ser igual aos protagonistas das novelas de cavalaria, textos comuns na Idade
Média, época que antecedeu o Renascimento –, encontrou-se em meio a
múltiplas adversidades e consternações. Por fim, a vida do escritor também fora
um notório exemplo da provável desmoralização em decorrência do uso indevido
de expedições militares: após deixar seu país de nascimento – Espanha –,
exerceu cargos militares na Itália e anos após, fora condenado por corrupção.
3 METODOLOGIA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Modelos
Livro de um só autor
Eventos científicos
Artigos de revistas
Artigos digitais
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