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Diário de um pseudo herói

Galdrin
Oi, eu sou Erick Junior Silvastra, eu cresci no orfanato “Alvorecer da Vida”, vivi lá desde os
meus quatro anos se não me engano, fui lá com meu irmão, ele era 2 anos mais velho do que eu, ele
contava sobre histórias dos nossos pais e de como eles foram heróis, minhã mãe era uma médica, e
meu pai um capitão, eles se sacrificaram pra salvar a equipe deles, e ficaram reconhecidos como
heróis de guerra, eu achava elas muito interessantes, eu e ele sonhávamos e fazer justiça como eles,
eramos muito jovens pra entender o mundo, mas nossos sonhos eram imparáveis, crescemos
naquele orfanato, lá treinávamos luta, e nos outros horários trabalhávamos (eu na cozinha e ele na
faxina), quando saímos do orfanato começamos nossa carreira como heróis, bem, se você considerar
pegar batedores de carteira como um ato heroico, nos eramos heróis. Nos tínhamos uma rotina bem
cheia, até porque se sustentar com missõezinhas era bem difícil, mas no final chegar no nosso
quarto e ver meu irmão sorridente falando sobre oque ele fez e a pessoas que ajudou, valia a pena
essa vida, era uma vida bem satisfatória até que aquele dia chegou.

Era um dia bonito, o sol estava brilhando forte, as ruas estavam festejantes devido a
comemoração de ano novo, ao longe eu conseguia ver uma nuvem bem carregada vindo pra cidade,
por algum motivo aquela nuvem de chuva me causou um sentimento ruim, meu irmão apareceu
correndo com um sorriso no rosto, e disse:
-Ei ei, consegui uma missão nas docas, sem tempo bora lá.

Ele começou a me arrastar pelo braço, eu só aceitei porque querendo ou não, era quase
rotina isso, enquanto íamos para as docas, eu ouvi um grito de uma mulher, virei pro meu irmão e
mandei ele ira andando pras docas na minha frente, que eu ia verificar.
Ps: Hoje eu vejo que aquela foi a pior decisão da minha vida, e seria o motivo de meu
arrependimento.

Eu cheguei de onde vinha o som e vim uma halfiling tendo sua bolsa sendo assaltada por um
homem, eu corri por algumas ruas mas consegui pegar a bolsa um pouco cansado, devolvi para a
mulher, e fui o mais rápido paras as docas pra não deixar meu irmão sozinho, caminhei por ums dez
minutos sem parar, aquela nuvem de chuva havia finalmente chegado na cidade, uma chuva intensa
acompanhada de raios e trovões caia sobre minha cabeça, quase como se fosse um aviso, ao chegar
na área das docas, comecei a vasculhar a região já que ele não tinha me passado a localização exata,
caminhei por mais vinte minutos na região, até que eu vi um lugar com a descrição do lugar que ele
ia, e sem pensar duas vezes entrei pela porta.

Ao entrar naquela sala escura, uma sensação semelhante ha que a chuva me causou antes
retornará pra me assombrar, tentei acender uma lanterna mas estava encharcado, então senti algo
tocando meu pé, era estranho era algo liquido mais não parecia água ou uma bebida, lentamente
olhei para baixo e vi sangue passando pela sola da minha bota, eu olhei para onde vinha aquele
sangue pensando que era algum bandido ferido da briga do meu irmão, até que um raio caio só céu,
e sua luz iluminou brevemente a janela, naquele momento tive uma visão de algo aterrorizante,
senti como se estivesse sonhando então tentei acender a lanterna mais uma vez, só que dessa vez eu
tive sucesso, quando a luz da lanterna iluminou o quarto, eu senti como se o mundo estivesse em
câmera lenta, e a minha frente o corpo do meu irmão, lentamente comecei a caminhar em sua
direção, seu corpo cheio de hematomas, feridas expostas e membros quebrados, e seu rosto que por
mais que estivesse parado, eu sentia como se estivesse olhando para dentro da minha alma, me
ajoelhei no chão e peguei seu corpo, enquanto via seu corpo sem vida em meus braços a única coisa
que conseguia peguntar era por que, por que ele estava morto, não era para sermos os heróis, fomos
bondosos nossas vidas inteiras, então por que, por que seu corpo morto estava nos nosso braços, ele
estava lá morto, ele nunca teve a chance de se provar heroico como nossos pais, mas ele seguiu seus
ideais, nos seguimos seus ideais, mas pra que se no fim ele acabou morto por um grupo qualquer de
bandidos.

No dia seguinte enterrei seu corpo ao lado dos túmulos de nosso país, naquele momento eu
sentia meu corpo pesado, me perguntando por que uma pessoa boa e honrada como ele morreu de
uma forma deu simplória, sem reconhecimento, sem méritos, então eu entendi que eu deveria
honrar seu nome, matar aqueles que tiraram sua vida, então enquanto eu olhava o nome “George J.
Silvastra” em seu túmulo, recuperei minha sanidade, ou talvez apenas tenha aceitado a insanidade,
peguei meus equipamentos e jurei vingança em nome do meu irmão.

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