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Apostila - Estilos de Vida Sustentáveis
Apostila - Estilos de Vida Sustentáveis
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 5
2. CONSUMO ............................................................................................................................................ 10
1. INTRODUÇÃO
Objetivo:
Incentivar a reflexão, discussão e ação interativas com informações e conceitos
sobre mudança em favor de estilos de vida sustentáveis.
Objetivos específicos:
Apresentar alternativas que possam substituir os atuais padrões de consumo
insustentável.
Apresentar os impactos negativos causados pelo atual padrão de consumo e
produção de bens.
Indicar que é possível que você tenha outras práticas mais sustentáveis em
seu cotidiano.
Promover o debate acerca do atual padrão de consumo e produção de bens.
Público-alvo:
Cidadãos-consumidores de ambos os sexos com faixa etária acima de 16 anos.
1.2. GLOSSÁRIO
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 8
Neste material existem alguns termos técnicos bastante específicos aos temas
tratados. Pensando nisso, apresentamos um breve glossário contendo esses
conceitos. Em caso de dúvidas, retorne ao glossário e consulte o termo desconhecido:
2. CONSUMO
2.1. INTRODUÇÃO
Algumas projeções dão a noção do salto à frente: até o fim desta década, os
brasileiros deverão consumir tanto macarrão quanto os italianos; devemos ter o
terceiro maior mercado de carros do mundo; o consumo de cerveja, que era metade
do alemão em 2005, deverá ser três vezes maior; o valor das vendas de produtos para
cabelo, apenas na cidade de São Paulo, vai crescer o dobro do que na França. Assim,
o consumo no país deverá ganhar outra dimensão, chegando a 65% de um PIB de 5
trilhões de reais.
Hoje o país é o oitavo maior mercado consumidor do mundo. A previsão
realizada pela Exame indica que, até 2020, o Brasil deverá ultrapassar França,
Inglaterra e Itália e chegar ao quinto posto.
(Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1022/noticias/o-novo-mapa-do-consumo)
Não por acaso, etimologicamente a palavra “consumir” significa “esgotar”.
Enquanto os mais ricos exageram no consumo, os mais pobres sofrem de perto as
consequências do desequilíbrio ambiental. Nos últimos 30 anos, o consumo mundial
de bens cresceu numa média anual de 2,3%; em alguns países do leste asiático essa
taxa supera o patamar de 6%.
De um lado, cresce exageradamente o consumo e a dilapidação de todo
patrimônio natural (diminuição das florestas e de toda a biodiversidade; a
disponibilidade da água potável que era de 17000 metros cúbicos per capita em 1950
hoje atinge 7000 metros cúbicos) do outro, disparam os índices de desigualdade
social, tornando mais crônicos o modo de viver da população mais pobre.
Nessa camada populacional:
Mais de 50% não dispõem de infraestrutura higiênica;
1/3 não tem água potável;
1/4 não mora num local em condições decentes;
1/5 desconhece qualquer tipo de acesso aos serviços médicos e
sanitários.
82% da população da Índia, 65% da população da Indonésia, 55% da chinesa e
17% da brasileira ganham menos de US$2/dia, segundo dados do estudo Sustainable
Consumption: A Global Status Report, produzido pela United Nations Environment
Programme (2002).
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 14
Para exemplificar, de acordo com o mesmo estudo, os cinco países mais ricos -
pelo tradicional indicador PIB (Produto Interno Bruto) – (EUA, China, Japão, Alemanha
e França) consomem:
45% das proteínas disponíveis;
58% da energia;
84% do papel;
14% das linhas telefônicas.
Enquanto os cinco países mais pobres (Zimbábue, Chade, Burundi, Libéria e
Guiné-Bissau) consomem:
5% das proteínas;
4% da energia;
1,1% do papel;
1,5% das linhas telefônicas.
(Fonte: http://www.coreconpr.org.br/wp-content/uploads/2013/05/26-QUANDO-O-CONSUMO-
EXCESSIVO-DEGRADA-O-MEIO-AMBIENTE-Marcus-Eduardo-de-Oliveira.pdf)
No Brasil, a situação não é muito diferente, já que a desigualdade entre ricos e
pobres, no que se refere ao consumo, permanece de maneira muito acentuada.
Uma pesquisa produzida pela Federação do Comércio do Estado de SP
(Fecomércio SP) constatou, por exemplo, que a classe A brasileira, composta por 6,9
milhões de pessoas, gasta com artigos como joias, bijuterias, sabonetes, brinquedos e
jogos R$ 91 milhões por mês.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 15
A pesquisa da Fecomércio SP, batizada como ProConsumo, abrange 5.560 municípios dos 27
Estados do país. Para produzi-la, os economistas usaram dados oficiais das pesquisas do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o Censo, Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)
e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
ciclo de vida mais longo do objeto. O valor de curta duração, pela valorização do novo e do
estava na tradição dos bens: quanto mais velho, individual.
mais valioso.
CONSUMO VERDE
Consumo verde é aquele em que o consumidor, além de buscar melhor
qualidade e preço, inclui em seu poder de escolha, a variável ambiental, dando
preferência a produtos e serviços que não agridam o meio ambiente, tanto na
produção, quanto na distribuição, no consumo e no descarte final.
Essa estratégia tem alguns benefícios importantes, como o fato de os cidadãos
comuns perceberem, na prática, que podem ajudar a reduzir os problemas ambientais.
Além disso, os consumidores verdes sentem-se parte de um grupo crescente de
pessoas preocupadas com o impacto ambiental de suas escolhas.
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(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Fonte: http://casinhabrancabyvaniasiguel.blogspot.com.br/2010/09/consumo-consciente-divulgar-
sempre.html
Essas expressões surgiram como forma de incluir a preocupação com aspectos
sociais, e não só ecológicos, nas atividades de consumo. Nestas propostas, os
consumidores devem ter compromisso ético, consciência e responsabilidade quanto
aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e comportamentos podem
causar em ecossistemas e outros grupos sociais, na maior parte das vezes geográfica
e temporalmente distantes.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
O consumo consciente é um movimento social crescente. Cada vez mais
pessoas baseiam suas decisões de compras no efeito ou impacto do produto no meio
ambiente, na saúde e na sociedade. Por esse impacto, devemos entender todo o ciclo
de vida dos produtos, desde a extração, a geração de resíduos em sua fabricação e
processamento, as relações éticas de trabalho, até o descarte e reciclagem.
CONSUMO SUSTENTÁVEL
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 19
Essa proposta se apresenta de forma mais ampla que as anteriores, pois além
das inovações tecnológicas e das mudanças nas escolhas individuais de consumo,
enfatiza ações coletivas e mudanças políticas, econômicas e institucionais para fazer
com que os padrões e os níveis de consumo se tornem mais sustentáveis.
Além disso, a preocupação se desloca da tecnologia dos produtos e serviços e
do comportamento individual para os desiguais níveis de consumo. Afinal, meio
ambiente não está relacionado apenas a uma questão de como usamos os recursos
(os padrões), mas também uma preocupação com o quanto usamos (os níveis),
tornando-se uma questão de acesso, distribuição e justiça social e ambiental.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Utilizando como exemplo a área de transportes, na estratégia de consumo verde
haveria mudanças tecnológicas, para que os carros se tornassem mais eficientes
(gastando menos combustível) e menos poluentes, e mudanças comportamentais dos
consumidores, que considerariam essas informações na hora da compra de um
automóvel.
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produtos e serviços para atender a este novo nicho de mercado. Apesar disso, não
deixa de enfatizar o papel dos consumidores, porém priorizando suas ações,
individuais ou coletivas, enquanto práticas políticas. Neste sentido, é necessário
envolver o processo de formulação e implantação de políticas públicas e o
fortalecimento dos movimentos sociais.
Por essa razão, o que importa não é somente o impacto ambiental do consumo,
mas também o impacto social e ambiental da distribuição desigual do acesso aos
recursos naturais, uma vez que tanto o “superconsumo” quanto o “subconsumo”
causam degradação social e ambiental.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
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Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf
Para exemplificar:
No Pará, região Norte do Brasil, encontra-se um grande complexo industrial de
produção de alumínio. Esse complexo está situado no município de Barcarena, a
região brasileira mais rica em bauxita.
Mas se, por outro lado, o consumidor descobrir que o produto adquirido, ou o
serviço contratado, não é seguro ou traz prejuízos sociais e ambientais, e que isso é
uma das suas características, é o interesse público que estará em jogo, tornando mais
provável um engajamento numa manifestação pública.
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(Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/05/consumidores-fazem-protesto-contra-o-alto-
preco-dos-combustiveis-no-df.html)
Manifestantes protestam contra o aumento das passagens das Barcas S/A, em Niterói (RJ)
(Fonte: http://tarifazero.org/2012/04/04/rio-de-janeiro-rj-apos-derrota-na-justica-usuarios-de-barcas-no-
rio-preparam-novas-manifestacoes-contra-aumento-de-tarifa/#more-4290)
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(Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/brasileiros-protestam-em-ny-dublin-berlim-montreal-8706727)
Conhecida mundialmente como Rio92, trata-se da II Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, que teve como principal
tema a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e sobre como reverter o atual processo de
degradação ambiental.
No entanto, esta ênfase na mudança dos padrões de consumo não deve nos
levar a entender que os problemas ambientais decorrentes da produção industrial
capitalista já tenham sido solucionados com sucesso. Ao contrário, as lutas por
melhorias e transformações na esfera da produção estão relacionadas e têm
continuidade nas lutas por melhorias e transformações na esfera do consumo, uma
vez que os dois processos são interdependentes.
Poderíamos identificar seis características essenciais que devem fazer parte de
qualquer estratégia de consumo sustentável:
Deve ser parte de um estilo de vida sustentável em uma sociedade sustentável;
Deve contribuir para nossa capacidade de aprimoramento, enquanto indivíduo e
sociedade;
Requer justiça no acesso ao capital natural, econômico e social para as
presentes e futuras gerações;
O consumo material deve ser tornar cada vez menos importante em relação a
outros componentes da felicidade e da qualidade de vida;
Deve ser consistente com a conservação e melhoria do ambiente natural;
Deve acarretar um processo de aprendizagem, criatividade e adaptação.
Por isso, uma das primeiras questões que devemos fazer é se não estaria
havendo uma espécie de transferência da responsabilidade, do Estado e do mercado
para os consumidores. Muitas vezes, governos e empresas buscam aliviar sua
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termos de riqueza e consumo. Seus adeptos escolhem uma vida simples por
diferentes razões, que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde, qualidade de vida
e do tempo passado com a família e amigos,-- redução do stress, preservação do meio
ambiente, justiça social, anticonsumismo etc.
Algumas pessoas que praticam a simplicidade voluntária agem conscientemente
para reduzir as suas necessidades de comprar serviços e bens, e por extensão,
reduzir também a necessidade de vender o seu tempo por dinheiro. Alguns usam suas
horas extras, para ajudar os seus familiares ou a sociedade, se voluntariando para
alguma atividade. Alguns outros podem também utilizar o tempo para melhorar a
própria qualidade de vida, fazendo atividades criativas como arte ou artesanato.
Outra abordagem é procurar a verdadeira razão de toda a problemática do
porque nós compramos e consumimos tantos recursos para ter certa qualidade de
vida.
Uma das preocupações de quem escolhe o estilo de vida simples, é o meio
ambiente. O estilo de vida consumista impacta o mundo, por isso, é preciso estar
atento, rever e refletir sobre a real necessidade das nossas compras e da quantidade
de recursos que são utilizados para mantê-las. Opte por bens "amigos da natureza", e
sempre que possível, procure compartilhar bens pouco usados, com vizinhos e
amigos.
Este selo é atribuído a produtos florestais, como toras de madeira, móveis, lenha,
papel, nozes e sementes. Ele atesta que o produto vem de um processo produtivo
ecologicamente adequado, socialmente justo e economicamente viável. Dez princípios
devem ser atendidos, entre eles a obediência às leis ambientais, o respeito aos
direitos dos povos indígenas e a regularização fundiária.
Se você quiser saber mais, acesse o site do FSC: www.fsc.org.br
Este selo é atribuído a produtos agrícolas, como frutas, café, cacau e chás e
comprova que os produtores respeitam a biodiversidade e os trabalhadores rurais
envolvidos no processo. Com grande aceitação na Europa e nos EUA, é auditado no
Brasil pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
Saiba mais em: www.imaflora.org
Ecocert
empresa tem a ISO 14001, deve-se consultar seu site ou centro de atendimento ao
cliente.
Se quiser saber sobre a ISO 14001, acesse: www.abnt.org
Além de todos os selos apresentados, temos ainda, no Brasil, o Inmetro,
importante órgão de fiscalização e verificação do produto, que tem como uma de suas
funções a realização do acompanhamento dos produtos certificados e
regulamentados. Esse acompanhamento objetiva verificar se esses produtos estão de
acordo com as Normas e os Regulamentos Técnicos vigentes, pois a sua
conformidade é a garantia da saúde e da segurança dos cidadãos que os consomem.
3. Pecado da incerteza
É cometido quando uma declaração é tão pobre ou abrangente que seu real
significado pode não ser compreendido pelo consumidor.
Exemplos:
“Não tóxico” – Tudo é tóxico em dosagens suficientes. Água, oxigênio, sal etc.
são todos potencialmente perigosos.
“Natural” – Arsênio, urânio, mercúrio, formaldeído etc. são todos naturais, mas
venenosos.
“Verde”, “Amigo do Meio Ambiente”, “Ecologicamente Correto” (e mais outras
variações de terminologia) são algumas características sem significado se não
conterem alguma explicação.
(Fonte: Greenwashing no Brasil: um estudo sobre os apelos ambientais nos rótulos dos produtos.
Disponível em: http://www.marketanalysis.com.br/biblioteca/Relatorio_Greenwashing_FINAL.pdf)
5. Pecado da irrelevância
É cometido quando uma declaração ambiental, que pode ser verdadeira, não é
importante ou é inútil para os consumidores que buscam produtos ecologicamente
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preferíveis. Pelo fato de ser irrelevante, distrai o consumidor na busca por opções mais
verdes.
Exemplo: O exemplo mais frequente de apelo irrelevante está relacionado ao
Clorofluorcarboneto (CFC) – principal contribuinte para a destruição da camada de
ozônio. Tal substância já está banida por lei há 30 anos, mesmo assim muitos
produtos ainda apresentam o apelo “Não contém CFC” como sendo uma aparente
vantagem ambiental.
(Fonte: Greenwashing no Brasil: um estudo sobre os apelos ambientais nos rótulos dos produtos.
Disponível em: http://www.marketanalysis.com.br/biblioteca/Relatorio_Greenwashing_FINAL.pdf)
7. Pecado da mentira
É cometido através de declarações ambientais que são simplesmente falsas.
Exemplos: produtos falsamente declarados como sendo certificados ou
registrados por sua eficiência energética, mas tal certificado não foi encontrado
quando verificado sua veracidade.
(Fonte: Greenwashing no Brasil: um estudo sobre os apelos ambientais nos rótulos dos produtos.
Disponível em: http://www.marketanalysis.com.br/biblioteca/Relatorio_Greenwashing_FINAL.pdf)
Para não serem rotuladas de greenwashing, as empresas devem ficar atentas ao
conteúdo de suas campanhas publicitárias, investirem, de fato, em sustentabilidade e
tomar alguns cuidados:
Conhecer profundamente os princípios e ações para que se alcance o
desenvolvimento sustentável;
Fazer uma profunda e sincera avaliação dos impactos socioambientais da sua
empresa, produtos ou serviços;
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Obs. Essa lição foi elaborada com base na cartilha “Pequeno guia de consumo
em mundo pequeno”. Disponível em:
http://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/pequeno_guia_consumo_em_um_mu
ndo_pequeno.pdf
Entrando em casa
Cancelar o envio de correspondência que não lhe interessa, pode ser uma
ótima opção para reduzir o consumo de papel.
Na sala
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Que tal só trocar de celular quando parar de funcionar? Será que você precisa
comprar outro só porque tem mais recursos – que você nem vai usar?!
Se preferir ler texto impresso, faça assinatura comunitária de jornais e revistas
com amigos e vizinhos. Aliás, quantos produtos poderiam ser compartilhados?
Em festas e reuniões, é possível usar menos descartáveis. É possível contratar
utensílios, e até decoração reutilizáveis.
Brinquedos com pilhas brincam sozinhos. Crianças adoram companhia. Bons
brinquedos são aqueles que instigam o raciocínio, a curiosidade e permitem a
interação. O melhor brinquedo para seus filhos? Você.
No guarda-roupa
No escritório
Se for montar ou reequipar sua casa, prefira móveis usados, caso não possa
restaurar os que já têm. E só compre madeira certificada, de manejos que
respeitem a vida da floresta.
Seja qual fora a sua profissão, fique antenado nas questões de
sustentabilidade. Cada vez mais, farão parte do seu dia a dia no trabalho.
No banheiro
Na cozinha
Você não precisa de tanta carne, cuja produção tem grande impacto ambiental.
Só de água, por exemplo, um quilo de carne bovina, até chegar à sua mesa,
exigiu pelo menos 15000 litros.
Estoques de peixes e frutos do mar estão ameaçados pela sobrepesca e
poluição. Varie o cardápio: evite atum (albacora), lagostas e badejo, e prefira
sardinhas e anchovas.
Armazenar alimentos em potes com tampas é uma ótima opção para evitar
embrulhos descartáveis.
Na varanda/terraço
Na rua
3. ÁGUA E ENERGIA
Fonte: http://www.aguahtz.com.br/2010/09/28/a-importancia-da-agua-para-humanos/
A ameaça da falta de água, em níveis que podem até mesmo inviabilizar a nossa
existência, pode parecer exagero, mas não é. Os efeitos na qualidade e na quantidade
da água disponível, relacionados com o rápido crescimento da população mundial e
com a concentração dessa população em megalópoles, já são evidentes em várias
partes do mundo.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Inclusive no Brasil, existem regiões em que muitas pessoas sofrem com a falta de
água, seja por haver secas constantes, ou porque a água existente não é indicada
para o consumo, devido à poluição.
Por exemplo, ao longo de quilômetros de extensão do rio São Francisco,
concentra-se as contradições e conflitos que marcam o consumo da água no Brasil
como um todo. A região do São Francisco tem 58% de sua área, no total 270
municípios, incluída no chamado Polígono da Seca. Às margens do rio, é comum ver
fazendas ricas, abastecidas com água farta, tendo nas vizinhanças terras secas e
improdutivas, sem acesso à irrigação. Trata-se de um rio de várias vocações, da
agrícola à mineral, com enorme potencial hidrelétrico. Tais possibilidades abrem um
leque de disputas pelo uso da água, que castigam o São Francisco ao longo dos
séculos.
Outro exemplo se refere às regiões Sul e Sudeste, pois embora seus rios sejam
volumosos, não conseguem abastecer os maiores centros urbanos do país.
(Fonte: http://horizontegeografico.com.br/exibirMateria/251/agua-demais-agua-de-
menos#sthash.8GlfElIK.dpuf)
As projeções da Organização das Nações Unidas indicam que, se a tendência
continuar, em 2050 mais de 45% da população mundial estará vivendo em países que
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não poderão garantir a cota diária mínima de 50 litros de água por pessoa. Com base
nestes dados, em 2000, os 189 países membros da ONU assumiram como uma das
metas de desenvolvimento do milênio reduzir à metade a quantidade de pessoas que
não têm acesso à água potável e saneamento básico até 2015.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
O ciclo da água
Na natureza, a água se encontra em contínua circulação, fenômeno conhecido
como ciclo da água ou ciclo hidrológico.
Fonte: http://www.aguasdevalongo.net/site/imagens/ciclo_g.jpg
A água dos oceanos, dos rios, dos lagos, da camada superficial dos solos e das
plantas evapora por ação dos raios solares. O vapor formado vai constituir as nuvens
que, em condições adequadas, condensam-se e precipitam-se em forma de chuva,
neve ou granizo. Parte da água das chuvas infiltra-se no solo, outra parte escorre pela
superfície até os cursos de água ou regressa à atmosfera pela evaporação, formando
novas nuvens. A porção que se infiltra no solo vai abastecer os aquíferos,
reservatórios de água subterrânea que, por sua vez, vão alimentar os rios e os lagos.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
O volume total de água na Terra não aumenta nem diminui, é sempre o mesmo.
A água ocupa aproximadamente 70% da superfície do nosso planeta.
Diante disso, você pode ser perguntar: “Mas se tem tanta água assim no planeta,
por que estudos alegam que a água do planeta pode acabar em breve?”.
Bom, 97,5% da água do planeta é salgada. Da parcela de água doce, 68,9%
encontra-se nas geleiras, calotas polares ou em regiões montanhosas, 29,9% em
águas subterrâneas, 0,9% compõe a umidade do solo e dos pântanos e apenas 0,3%
constitui a porção superficial de água doce presente em rios e lagos.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Além disso, a água doce não está distribuída uniformemente pelo globo. Sua
distribuição depende essencialmente dos ecossistemas que compõem o território de
cada país. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura (Unesco), na América do Sul encontra-se 26% do total de água doce
disponível no planeta e apenas 6% da população mundial, enquanto o continente
asiático possui 36% do total de água e abriga 60% da população mundial.
O consumo diário de água é muito variável ao redor do globo. Além da
disponibilidade do local, o consumo médio de água está fortemente relacionado com o
nível de desenvolvimento do país e com o nível de renda das pessoas.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Por isso são tão importantes as campanhas de conscientização do uso correto da
água!
Uma pessoa necessita de, pelo menos, 50 litros de água por dia para beber,
tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos, cozinhar etc. Dados da ONU, porém,
apontam que um europeu, que tem em seu território 8% da água doce no mundo,
consome em média 150 litros de água por dia. Já um indiano, consome 25 litros por
dia.
Segundo estimativas da Unesco, se continuarmos com o ritmo atual de
crescimento demográfico e não estabelecemos um consumo sustentável da água, em
2025 o consumo humano pode chegar a 90%, restando apenas 10% para os outros
seres vivos do planeta.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
A água no Brasil
Você já deve ter ouvido falar que o Brasil abriga uma grande quantidade de água.
Entretanto, nos deparamos constantemente com reportagens a respeito da falta de
água principalmente na região do nordeste. Vejamos o motivo dessa situação.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 60
Uso doméstico
Segundo o Ministério da Saúde, para que a água seja potável e adequada ao
consumo humano, deve apresentar características microbiológicas, físicas, químicas e
radioativas que atendam a um padrão de potabilidade estabelecido. Por isso, antes de
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 61
chegar às torneiras das casas, a água passa por estações de tratamento, onde são
realizados processos de desinfecção para garantir seu consumo sem riscos à saúde.
Após o tratamento, a água passa por análises laboratoriais, a fim de garantir a
distribuição de um produto de qualidade. O tratamento da água é fundamental para a
saúde pública.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Saneamento Básico
No Brasil, segundo o Ministério das Cidades, cerca de 60 milhões de brasileiros
(9,6 milhões de domicílios urbanos) não são atendidos pela rede de coleta de esgotos
e, destes, aproximadamente 15 milhões (3,4 milhões de domicílios) não têm acesso à
água encanada.
Ainda mais alarmante é a informação de que, quando coletado, apenas 25% do
esgoto é tratado, sendo o restante despejado “in natura”, ou seja, sem nenhum tipo de
tratamento, nos rios ou no mar.
Uso industrial
As indústrias respondem por cerca de 22% do consumo total de água, utilizando
grandes quantidades de água limpa. O uso nos processos industriais vai desde a
incorporação da água nos produtos até a lavagem de materiais, equipamentos e
instalações, a utilização em sistemas de refrigeração e geração de vapor.
Uso agrícola
As chuvas nem sempre são suficientes para suprir a umidade necessária para a
produção agrícola. A alternativa para os produtores é a irrigação, uma atividade que,
como vimos, consome mais de dois terços da água doce utilizada no planeta.
Além do alto consumo, não raro provocado pelo mau aproveitamento, que leva
ao desperdício, a agricultura também afeta drasticamente a qualidade dos solos e dos
recursos hídricos. Os agrotóxicos e fertilizantes empregados na agricultura podem ser
carregados para os corpos d’água, causando a contaminação, tanto da água
superficial, quanto subterrânea.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Diante disso, um modelo de agricultura que está sendo cada vez mais difundido
no Brasil é a agroecologia. Esse sistema leva em conta um conjunto de fatores, como
a preservação da biodiversidade, o equilíbrio do fluxo de nutrientes, a conservação da
superfície do solo e a utilização eficiente da água e da luz. Além disso, inclui os fatores
sociais, como a geração de trabalho e renda, a promoção de educação, do
aperfeiçoamento técnico e da qualidade de vida, além do estímulo ao associativismo e
ao cooperativismo, de forma a reforçar o enraizamento das famílias rurais.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 64
Dica: Sempre que possível opte por alimentos orgânicos (aqueles em cuja
produção não foram utilizados produtos químicos). Procure por feiras de alimentos
orgânicos em sua região, os preços nessas feiras geralmente são mais acessíveis que
nos supermercados. No site do Idec você pode verificar qual é a feira mais próxima de
você: http://www.idec.org.br/feirasorganicas.
Navegação
O regime fluvial é ditado pelas chuvas e pela capacidade de escoamento do solo
da Bacia Hidrográfica (quanto menos cobertura vegetal tiver a Bacia Hidrográfica, mais
rapidamente a enxurrada chegará ao leito). Assim, as hidrovias interiores requerem a
preservação da cobertura vegetal das respectivas bacias hidrográficas. Seu
funcionamento adequado depende, pois, da preservação do meio ambiente.
Nem sempre a construção de uma hidrovia á a melhor opção, pois para que elas
sejam construídas são necessárias grandes obras de infraestrutura que podem
degradar o entorno do empreendimento e também modificar o leito dos rios, afetando
a vida e seu curso natural.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 65
Pesca e lazer
A pesca e o lazer são atividades que dependem essencialmente da qualidade da
água. A poluição dos corpos d’água por esgotos domésticos, dejetos industriais, entre
outras atividades, causam prejuízos cada vez maiores à indústria pesqueira e
comprometem a sobrevivência de populações ribeirinhas que têm nos pescados sua
principal e, não raro, única fonte de sobrevivência.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 66
Por isso, a pesca e o lazer devem ser assegurados pela proteção ambiental dos
cursos d’água, represas a mares, por meio do combate às fontes poluidoras. Mas
essas atividades, que precisam de água com qualidade, também podem prejudicá-la.
A pesca predatória, a limpeza dos peixes à beira dos rios e o lixo colocam em riscos a
segurança ambiental dos corpos d’água. Em ambos os casos, a solução está na
conscientização e na educação ambiental das populações e no combate às fontes
poluidoras.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Geração de energia
A energia hidráulica, que provém da água em movimento, fornece cerca de 19%
da energia mundial. Mas o aproveitamento é desigual. Enquanto nos países
industrializados praticamente todo o potencial de geração de energia é utilizado, a
África explora apenas 7% de seu potencial; a Ásia, 22%; a América Latina, 33%; o
Brasil, 24%.
No Brasil, as usinas hidrelétricas respondem por cerca de 90% da produção de
energia elétrica. Esta é uma vantagem, já que se trata de uma fonte renovável, ao
contrário dos combustíveis derivados do petróleo, carvão ou minerais radioativos que,
além de poluidores, são finitos.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 67
Obs.: Essa lição apresenta as dicas contidas no “Guia de boas práticas: uso
sustentável da água”. Disponível em:
www.regiaodeaveiro.pt/Download.aspx?id=33089.
BANHEIRO
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 68
Descarga
Fonte: http://worldfabibooks.wordpress.com/2011/10/03/o-tempo-do-banho/
Utilize um balde para aproveitar a água que sai do chuveiro enquanto não
aquece. Essa água pode depois ser utilizada para limpezas, rega etc.
COZINHA
Torneiras
Juntamente com as torneiras de lavatório, o consumo de água nas torneiras de
cozinha tem um peso significativo no consumo de uma casa.
Minimize a utilização de água corrente para descongelar alimentos.
A água utilizada para lavar a fruta e legumes poderá ser utilizada para a
rega de plantas. Não a jogue fora!
Evite encher excessivamente as panelas com água para cozinhar, utilize
apenas a água suficiente para cobrir os alimentos, cozinhe com a tampa
fechada e diminua a chama do fogão assim que levantar fervura – a água
não ultrapassa os 100°C mesmo que mantenha a chama no máximo.
Use a mínima quantidade de detergente para uma lavagem de louça. É
eficaz e, dessa forma, poupa detergente e água para enxaguá-la;
ÁREA DE SERVIÇO
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 71
Máquinas de lavar
A utilização das máquinas de lavar roupa e louça é responsável por cerca de
10% do consumo de água de uma habitação. A redução do consumo de água nesses
equipamentos está diretamente ligada à forma como eles são utilizados.
Não utilize programas com ciclos desnecessários (ex. pré-lavagens);
Que tal juntar bastante roupa antes de usar a máquina? Aproveitar a água
do enxágue para lavar outras coisas? E lembre-se: mais sabão não
significa mais branco. Use só o necessário. E roupas não precisam de
água quente;
Deixe as roupas de molho e use a mesma água para lavar e ensaboar;
Sempre que tenha que substituir/adquirir as máquinas de lavar, considere
a sua eficiência. Prefira as máquinas que consumam menos água nas
suas lavagens. O valor considerado como ideal para uma máquina de
lavar roupa é de 6 litros/kg de roupa.
Limpeza
É uma atividade muito importante na manutenção da habitação e para o bem-
estar dos seus residentes.
A lavagem dos veículos pode ter um alto impacto ambiental. Além de um grande
consumo de água, pode ainda ser responsável pela poluição por descarga direta de
poluentes!
Opte por baldes de água. Evite a utilização da mangueira, mas, caso o
faça, feche a torneira quando não estiver utilizando a água.
Use vassoura, rodo e balde para limpar a casa, quintal e calçada. Assim,
você não vai usar a mangueira e gastar tanta água. Evite usar a
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 72
QUINTAL
Piscinas
Embora pouco usuais, podem ter um peso importante no consumo de água da
habitação. A construção/instalação de uma piscina carece de uma atenção redobrada
de forma a otimizar o consumo.
Proteja a piscina do vento mediante barreiras naturais ou encontre uma
zona protegida para implantá-la, evitando desta forma uma perda de água
por evaporação em quantidade nada desprezível;
Utilize uma cobertura isotérmica, permitindo a redução de cerca de 80 e
90% da perda de água por evaporação a que evita também a entrada de
pó, folhas e outros elementos;
Não encha demais a piscina, de forma a evitar a perda de água com os
mergulhos e brincadeiras;
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 73
Espaços verdes
Quem possui um espaço verde também consome água para rega que representa
um peso importante no consumo. Pense na economia de água que conseguirá em
longo prazo, afinal o jardim perdurará por muito tempo. O dinheiro que investir na sua
concepção pode ser recuperado em poucos anos.
Considere a plantação de espécies endêmicas (espécies típicas da região)
que naturalmente conseguem sobreviver com menor quantidade de água,
visto estarem adaptadas ao clima ou prefira as espécies menos exigentes.
Evite regas excessivas, que acabam por asfixiar a vegetação;
Plante com composto rico em matérias orgânicas e nutrientes, o qual
facilita a retenção da água no solo junto às raízes;
Escolha espécies com diferentes ciclos vegetativos de modo a que não
necessitam ao mesmo tempo de maiores quantidades de água;
Plante árvores que façam sombra no verão, reduzindo a evaporação da
água na terra protegida pela sombra;
Tenha atenção às condições meteorológicas visto que pode não precisar
regar caso chova;
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 74
Regue de manhã cedo ou à noite, visto que desta forma poupa a água que
se perde com o calor do sol (evaporação), além de ser mais adequado
para as plantas;
Evite a rega em dias ventosos, para que a maioria da água não evapore
ou não atinja a zona pretendia;
Certifique que o sistema de rega distribui a água uniformemente;
Lave os animais de estimação ao ar livre numa área que precise de rega e
ao substituir a água, não a jogue fora e use-a para regar árvores ou
arbustos.
ÁGUA
ano, em quase toda a sua extensão territorial, pode ser propor a implantar um amplo
programa de geração de energia de variados teores e fontes.
Para enfrentar o aumento da demanda no futuro precisamos encarar o uso da
energia sob a ótica do consumo sustentável, ou seja, aquele que atende às
necessidades da geração atual sem prejuízo para as gerações futuras. Isso significa
eliminar desperdícios e buscar fontes alternativas mais eficientes e seguras para o
homem e o meio ambiente. O desafio está lançado, não apenas para as autoridades
governamentais, mas para a sociedade como um todo.
Atualmente, boa parte da tecnologia de produção baseia-se em derivados de
petróleo. Como as reservas de petróleo são finitas e diminuem a cada ano, são
enormes as vantagens competitivas dos Países com capacidade de produção de
energia a partir de fontes perenes, como o Sol, os ventos e a biomassa.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Isso, no entanto, não significa que podemos ficar tranquilos. Nos últimos 40
anos, a população brasileira mais que triplicou, e a demanda por energia elétrica
cresceu de forma exponencial. Para garantir o fornecimento de eletricidade à
população, ao parque industrial e comercial, o País investiu na construção da maior
usina do planeta, a Hidrelétrica de Itaipu.
Mesmo assim, em meados dos anos 90, o sistema hidrelétrico começou a não
acompanhar o crescimento da demanda, em função do decréscimo de investimento.
Os excedentes de água que davam garantias de abastecimento para os cinco anos
seguintes passaram a ser consumidos sem a compensação proporcional que deveria
ser assegurada pelos períodos chuvosos.
Nosso consumo de eletricidade tem crescido a uma média de 3% ao ano. A
atividade industrial é a que mais consome energia – 46% do total gerado no País. Em
seguida vem o setor residencial, com 23% e o comercial, com 14%. Na última década,
o consumo disparou em todos os setores. O comércio não apenas ganhou novos
estabelecimentos com alto padrão de consumo (shopping centers, hipermercados)
como dinamizou suas atividades com ampliação do horário de funcionamento. O
consumo residencial também não para de subir. Isso se deve não apenas ao aumento
da população, mas também à crescente incorporação de novos aparelhos e
equipamentos eletroeletrônicos.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Consumo x desperdício
Energia hidráulica
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 82
Energia termelétrica
A energia térmica ou calorífera é o resultado da combustão de diversos
materiais, como carvão, petróleo, gás natural, que são fontes não renováveis, e
biomassa (lenha, bagaço de cana etc.), que é uma fonte renovável.
A energia térmica pode ser convertida em energia mecânica e eletricidade, por
meio de equipamentos como a caldeira a vapor e as turbinas a gás. Após a produção
de eletricidade, o calor rejeitado pode ainda ser aproveitado em outros processos,
principalmente na indústria. As usinas que produzem simultaneamente calor e
eletricidade são chamadas de usinas de cogeração.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Veja a seguir os combustíveis que podem movimentar as termelétricas:
Gás natural: As reservas de gás natural formaram-se há milhões de anos a
partir da sedimentação do plâncton. Sua combustão libera óxido de nitrogênio e
também dióxido de carbono, embora este último em quantidades menores que
o petróleo e o carvão.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 83
Energia nuclear
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 84
Energia eólica
É a energia produzida a partir da força dos ventos. Nos aerogeradores, a força
do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico.
Energia solar
O Sol é a fonte primária de energia e, também, de vida. Podemos dizer que o
Sol é, em última análise, a fonte responsável pela maior parte da energia existente na
superfície da Terra. A radiação eletromagnética do Sol propicia a produção de calor e
potência. Assim, podemos obter dois tipos de energia solar: a térmica e a fotovoltaica.
Energia solar térmica: a forma mais comum desse aproveitamento utiliza
coletores solares que a captam a energia do sol e a transferem para a água,
dispensando ou reduzindo a necessidade de uso de aquecedores e chuveiros
elétricos.
Energia solar fotovoltaica: a energia solar também pode ser coletada por meio
de lâminas ou painéis chamados fotovoltaicos. Eles são recobertos com um
material capaz de capturar a radiação solar e gerar energia elétrica. Essa
energia pode ser utilizada diretamente ou armazenada em baterias para uso
nos horários em que não haja sol. A energia solar não polui nem requer o uso
de turbinas ou geradores, mas seu aproveitamento ainda tem custo elevado.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
Obs.: Você também pode visualizar as dicas contidas nessa lição no “Manual de
educação e consumo sustentável”. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf.
Eficiência energética pode ser definida como a otimização que podemos fazer no
consumo de energia.
A ameaça de esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, a pressão dos
resultados econômicos e as preocupações ambientais, levam-nos a encarar a
eficiência energética como uma das soluções para equilibrar o modelo de consumo
existente e para combater as alterações climáticas.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 86
Chuveiro
Quando o tempo não estiver frio, procure usar o chuveiro com a chave na
posição verão (morno). O consumo é 30% menor do que na posição inverno.
Tente limitar seus banhos em aproximadamente cinco minutos. Feche o
chuveiro enquanto se ensaboa.
Use resistências originais, verificando a potência e a voltagem correta do
aparelho. Jamais faça emendas ou adaptações. Esse procedimento aumenta o
consumo de energia e causa sérios danos à instalação e ao chuveiro.
Geladeira e freezer
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 88
Lâmpadas
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 89
Televisão
Não durma com a televisão ligada. Mas se você se acostumou com isso, uma
opção é recorrer ao timer (temporizador) para que o aparelho desligue
automaticamente.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 90
Ar-condicionado
Aquecedor (boiler)
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 91
4.1. INTRODUÇÃO
Vamos conhecer algumas das principais diretrizes estabelecidas por meio dessa
lei?
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 95
Panorama brasileiro
O Brasil conta com o maior acervo mundial de garrafas retornáveis de vidro para
cerveja e refrigerantes e inventou o uso do copo de vidro para embalagem, passando
a ser imitado por outros países. Infelizmente, observa-se a tendência de desativar nos
supermercados os setores responsáveis pelas trocas de vasilhames de vidro. Os
supermercados vendem exclusivamente refrigerantes e cervejas em latas e em
embalagens de vidro, ou plástico. Essa transformação é a consequência da força das
leis de mercado – menor peso, menor custo, sem retorno, sem custo.
(Fonte: Cadernos de educação ambiental: Guia pedagógico do lixo. Disponível em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/wp-content/uploads/publicacoes/sma/12-GuiaPedagogicodoLixo.pdf)
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 99
E a respeito do tipo de lixo produzido pelos brasileiros? Você já parou para refletir
sobre isso?
90% dos resíduos coletados eram destinados no solo (aterros sanitários, aterros
controlados ou lixões). 10% enviados a usinas de triagem/reciclagem,
compostagem, incineradores e outras formas de destinação;
Dos resíduos destinados no solo: 20,3% para lixões, 19,9% para aterros
controlados e 59,8% para aterros sanitários;
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os resíduos sólidos no Brasil,
vamos conhecer como ele é classificado.
Em geral, as pessoas consideram lixo tudo aquilo que se joga fora e que não tem
mais utilidade. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que o lixo não é uma massa
indiscriminada de materiais. Ele é composto de vários tipos de resíduos, que precisam
de manejo diferenciado. Portanto, pode ser classificado de várias maneiras.
O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos potenciais. De
acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos dividem-se em:
Classe I: perigosos;
Domiciliar:
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 102
Comercial:
Público:
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 103
São aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda e
produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais,
resíduos de feiras livres e outros.
De serviços de saúde:
Industrial:
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 104
Agrícola:
Entulho:
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 105
No Brasil, a geração de lixo per capita varia de acordo com o porte populacional
do munícipio. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB),
elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per capita de resíduos no Brasil varia entre
450 e 700 gramas para os municípios com população inferior a 200 mil habitantes e
entre 700 e 1200 gramas em municípios com população superior a 200 mil habitantes.
Pilhas
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 108
Baterias
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 109
Lâmpadas fluorescentes
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 110
Como ainda não há dispositivos legais específicos que regulem o descarte nem o
interesse dos fabricantes em proporcionar soluções tecnológicas e sistemas de
destinação adequados para esse tipo de material, toda essa quantidade de lâmpadas
fluorescentes vem sendo descartada junto com o lixo domiciliar.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 111
Por lei, estabelecimentos comerciais que realizam a revenda de tais produtos são
obrigados a recebê-los e enviá-los para tratamento adequado. Para fazer o descarte,
procure as lojas da sua cidade e cobre o recolhimento do material.
O site E-Cycle tem um sistema de busca que ajuda você a achar pontos de coleta
mais próximos (de lâmpadas e outros materiais) e o CEMPRE (Compromisso
Empresarial para Reciclagem) fornece alguns endereços que recolhem lâmpadas.
No início do século passado, o lixo urbano era rico em restos de alimentos, poda
de jardins, produtos domésticos têxteis e entulho. Ainda hoje o lixo é composto em sua
maior parte por materiais orgânicos. Porém, cresceu muito a quantidade de papel e
material de embalagem (metais, plásticos e papelão), além de produtos como pilhas,
equipamentos eletrônicos, óleo de motor usado, restos de tinta e outros.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 112
Fonte: http://techlixo.blogspot.com.br/2010/11/charge-sobre-e-lixo.html
Para deixar seus equipamentos lá, basta agendar uma visita pelos telefones (11)
3091-6455 ou (11) 3091-6454. Vale ressaltar que o local recebe apenas lixo eletrônico
de pessoas físicas.
Há ainda na internet o site E-LIXO MAPS, uma iniciativa do Instituto Sergio Motta
em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A
ferramenta indica os pontos de coleta mais próximos do local consultado — hoje, são
aproximadamente 3.000 postos cadastrados. Basta digitar o endereço e selecionar o
tipo de lixo a ser descartado (bateria de celular, videogames, brinquedos, caixas de
som, calculadoras etc.). Vale ressaltar que a maioria não possui o serviço de coleta,
portanto o usuário deve ir ao endereço indicado.
Vamos estudar, agora, sobre outro tipo de resíduo perigoso muito comum:
medicamentos.
Bom, a maioria das pessoas faz o descarte junto com o lixo comum, ou
despejando em água corrente. Ambas as formas de descarte são perigosas e
danosas. Quaisquer medicamentos vencidos, contaminados e/ou impróprios para o
consumo devem ser devolvidos à indústria farmacêutica para o correto descarte, que é
a incineração do produto e depois o envio para aterros sanitários de resíduos
perigosos.
(Fonte: http://www.olharvital.ufrj.br/2010/index.php?id_edicao=269&codigo=9)
No Brasil, não existe ainda uma lei específica sobre como realizar o descarte de
medicamentos. Remédios de venda controlada devem ser entregues em locais
autorizados pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), como postos de saúde e das
vigilâncias municipais. A Anvisa tem buscado tornar viável a instalação de postos de
coleta em todos os locais onde o consumidor adquira remédios.
material demora muito tempo para desaparecer no ambiente. O vidro, por exemplo,
leva em torno de cinco mil anos para se decompor, enquanto determinados tipos de
plástico nunca se decompõem.
Além disso, é preciso ter em mente o potencial dos resíduos como matéria-prima
para a fabricação de novos produtos. O primeiro passo dessa transformação é a
reciclagem. Através dela, recursos como plástico, vidro e papel são separados e
reaproveitados. O resto do lixo é incinerado, produzindo dessa maneira energia e
calor.
etapas dos resíduos sólidos foi ditada pelo aspecto de que o homem produz levando à
escassez seu potencial energético (produção "fordista"), e em laço, consumindo de
forma desenfreada (consumo à "american way of life" (modo de vida americano)).
(Fonte: http://jus.com.br/revista/texto/3890/producao-e-consumo-versus-residuos-
solidos#ixzz2XEGLZWO8)
A situação é mais grave nos países desenvolvidos – eles são os que mais geram
lixo, proporcionalmente ao número de habitantes. Porém, nos países em
desenvolvimento o quadro também é preocupante. O crescimento demográfico, a
concentração da população nas grandes cidades e, em muitas regiões, a adoção de
estilo de vida semelhante ao dos países ricos, fizeram aumentar o consumo e a
consequente geração de lixo.
A situação tem sido amplamente debatida nos fóruns internacionais, nos quais
especialistas de todo o mundo apontam uma saída: para que os países pobres do
mundo possam aumentar seu consumo de maneira sustentável, o consumo dos
países desenvolvidos precisará diminuir.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 121
especialistas defendem que, apesar dos bons resultados, os recursos perdidos nos
aterros, lixões e terrenos baldios do Brasil ainda são impressionantes.
Com o simples ato de separar o lixo na sua casa você está contribuindo com o
meio ambiente além de estar colaborando para aumentar a renda de muitas famílias
num país que, de acordo com dados do IBGE de 2006, 3,4 milhões vivem em situação
de insegurança alimentar grave.
(Fonte: http://portaldoconsumidor.wordpress.com/2009/09/23/lixo-e-consumo/)
“A reciclagem é um bom conceito. Mas não adianta investir nisso sem, ao mesmo
tempo, questionar o modelo de produção e consumo que temos, e que ainda é o da
aquisição e descarte permanente de produtos. É como se a reciclagem funcionasse
como garantia de que é possível consumir mais e mais”, diz Luciane Lucas dos
Santos, socióloga e pós-doutoranda do Centro de Estudos Sociais da Universidade de
Coimbra, Portugal.
Repensar
Dessa forma, você pode diminuir muito o seu consumo e o lixo gerado por ele,
basta repensar antes de comprar!
Reduzir
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 124
Recusar
Quando você recusa produtos que prejudicam a saúde e o meio ambiente está
contribuindo para um mundo mais limpo. Prefira produtos de empresas que tenham
compromisso com o meio ambiente e sempre fique atento às datas de validade dos
produtos. Recuse sacos plásticos, embalagens não recicláveis e aerossóis.
Reutilizar
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 126
Significa fazer com que um material ou um objeto tenha o maior tempo de vida
útil possível, retardando ao máximo sua ida para um aterro ou sua reciclagem.
Exemplos de reutilização:
Muitas coisas podem ser reutilizadas antes de ir para o lixo, por você ou por
outras pessoas, basta usar a criatividade!
Antes de jogar fora, pare e pense um pouco: Como fazer para este objeto não ir
para o lixo?
(Fonte: O lixo agora é problema de todos: guia sobre responsabilidade compartilhada. Disponível em:
http://cpsustentaveis.planejamento.gov.br/wp-
content/uploads/2010/12/responsabilidade_compartilhada.pdf)
Não jogue no lixo aparelhos quebrados: eles podem ser vendidos ao ferro velho
ou desmontado, reaproveitando-se as peças.
(Fonte: Cadernos de Educação Ambiental: Guia pedagógico do lixo. Disponível em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/wp-content/uploads/publicacoes/sma/12-GuiaPedagogicodoLixo.pdf)
Reciclar
A reciclagem é feita pelas indústrias, mas nós também podemos contribuir, seja
através de leis ou através da lei do mercado, preferindo os produtos reciclados. Esse
processo é muito mais eficiente quando os materiais já estão limpos e separados, por
isso a importância da coleta seletiva.
Benefícios da reciclagem
Economia de energia;
Geração de emprego;
O que é reciclável?
Por exemplo: Folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, PET,
recipientes de limpeza, latas de cerveja e refrigerante, canos, esquadrias, arame,
todos os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, embalagens em geral e
outros.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 130
Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.
Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo
jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não
devem ser misturados com os vidros planos.
Nas compras, prefira embalagens mais simples. Mas, se não tiver opção,
desmonte-a separando as partes de metal, plástico e vidro e deposite-as nos coletores
apropriados. No caso de cartelas de comprimidos, é difícil desgrudar o plástico do
papel metalizado, então as descarte junto com os plásticos. Faça o mesmo com
bandejas de isopor, que viram matéria-prima para blocos da construção civil.
Outras dicas:
Plásticos: 90% do lixo produzido no mundo são à base de plástico. Por isso, esse
material merece uma atenção especial. Recicle sacos de supermercados, garrafas de
refrigerante (pet), tampinhas e até brinquedos quebrados.
Vidros: quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais,
espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 132
CURIOSIDADES:
Uma tonelada de papel reciclado economiza 10mil litros de água e evita o corte
de 17 árvores adultas.
Um quilo de vidro quebrado faz 1kg de vidro novo e pode ser infinitamente
reciclado.
O lacre da latinha não vale mais e não deve ser vendido separadamente. As
empresas reciclam a lata com ou sem o lacre. Isso porque o anel é pequeno e
pode se perder durante o transporte.
Para produzir 1 tonelada de papel é preciso 100 mil litros de água e 5 mil KW de
energia. Para produzir a mesma quantidade de papel reciclado, são usados
apenas 2 mil litros de água e 50% da energia.
Agora que já vimos como separar o lixo reciclável, você deve estar se
perguntando o que fazer com o lixo orgânico. Será que é possível reutilizá-lo também?
Sim! Podemos utilizar os restos de alimentos como adubo para as plantas. Para
isso, devemos realizar o processo da compostagem, que é um conjunto de técnicas
aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de
obter, no menor tempo possível, um material estável e rico em húmus e nutrientes
minerais.
Veja a seguir algumas dicas de como fazer uma composteira (local no qual será a
realizada a compostagem dos alimentos):
4. Regue o monte para umedecer esta camada de cobertura mais seca. Em época
de chuva cubra a composteira com tábuas, telhas ou plástico, para não
encharcar. Essa cobertura também protege o monte do sol direto.
Importante:
A cada dois ou três dias areje bem o monte, passando todo o material de um
lado para o outro. Após estes revolvimentos o material esquenta – não será fácil
deixar a mão no meio do monte por muito tempo! – indicando que a
decomposição está ocorrendo corretamente. Em qualquer momento você pode
adicionar mais material orgânico à composteira, repetindo a etapa 3.
Se, quando o composto estiver pronto, você quiser ensacá-lo para doar ou
vender, peneire-o antes, devolvendo ao monte os bichinhos, para que eles
possam continuar o trabalho de decomposição.
5. Quando não couber mais material num dos lados da composteira, comece outra
seguindo o mesmo procedimento. O monte deve ser revirado e regado, por
cerca de 2 meses. Após este período, o monte deve ter murchado pela metade.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 136
Caso não haja espaço em sua casa para fazer esse tipo de composteira, você
pode optar por outras opções mais práticas. Em sites como Youtube e Vimeo, você
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 137
encontra vários vídeos que explicam como fazer um composteira para residências que
não possuem muito espaço.
Outro assunto a ser tratado nessa lição é o cuidado que se deve ter ao descartar
materiais cortantes, já que eles podem machucar os coletores de recicláveis.
“A população deve ter conscientização, saber que quando for jogar fora o
material cortante o mesmo deve estar organizado, dentro de uma sacola separada e
com aviso, enrolado no jornal ou até mesmo no papelão ou simplesmente dentro de
uma garrafa pet”, ensina Júlio César, coletor há 10 anos em Itapecerica da Serra.
5.1. INTRODUÇÃO
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 138
Por esse motivo surgiu o conceito de habitação sustentável. Uma habitação pode
ser considerada sustentável quando a adequação ambiental, a viabilidade econômica
e a justiça social são incorporadas em todas as etapas do seu ciclo de vida, ou seja,
desde a fase de concepção, construção, uso e manutenção; até em um processo de
demolição.
Fonte: http://r3ambiental.blogspot.com.br/2013/03/tijolo-ecologico.html
Você pode não saber, mas das atividades humanas sobre a terra, a construção
civil é uma das que mais causam impactos ao meio ambiente. Os edifícios consomem
mais da metade de toda a energia usada nos países desenvolvidos e produzem mais
da metade de todos os gases que vem modificando o clima.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 141
Poluição visual das cidades, já que parte desse material é depositada em áreas
clandestinas, geralmente próximo às rodovias, dentro do perímetro urbano.
Custos adicionais para o governo, como limpeza em geral, que deixa de aplicar
os recursos em outras áreas prioritárias etc.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 142
Fonte: http://agnesamaisde100.blogspot.com.br/2010/04/comunidades-sustentaveis-ecovilas.html
Elas ressaltam que o acúmulo de bens materiais não tem nada a ver com o
bem-estar individual. Em uma ecovila, ninguém tenta aumentar a própria renda.
Nessas comunidades, tudo é concebido e planejado com o objetivo de reduzir o
uso energético e o consumo de materiais.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 143
Nas ecovilas a qualidade de vida tende a ser alta. Isso porque elas criam e
valorizam outros tipos de “capital”, acima de tudo o “capital social”, por exemplo:
relações humanas consistentes, identificação com o grupo e busca por objetivos
em comum, o trabalho não é apenas um meio para um fim, e sim uma parte
prazerosa da vida.
Fonte: http://www.acasaecologica.com.br/construcoes-bioclimaticas/
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 144
Fonte: http://www.nopatio.com.br/ecofriendly/permacultura-convivencia-sustentavel-com-o-meio-
ambiente/
Fonte: http://naturaekos.com.br/blog/design-sustentavel/voce-sabe-o-que-e-permacultura/
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/voceecod/permacultura-planejamento-consciencia-e-
etica-na
Fonte: http://artinfoco1.com/decks-pergolas/
Fonte: http://construircomfardosdepalha.blogspot.com.br/p/casa-de-fardos-de-palha.html
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 151
Fonte: http://www.bambujungle.com.br/
Coberturas vegetais;
Fonte: http://karlacunha.com.br/tag/cobertura-vegetal/
Fonte: http://anaveraldo.blogspot.com.br/p/jardim-permacultural.html
Fonte: http://www.10porhora.org/permaculturailimitada/bacia-de-evapotranspiracao/
Fonte: http://www.chrisarte.com/2013/02/mosaicos-de-mandalas-em-pisos.html
Para que o aprendizado seja mais eficaz, dividiremos essa lição em quatro
partes: Projeto, Escolha dos materiais, Eficiência energética e Gestão da água.
Logo nesse primeiro momento devemos nos preocupar com o meio ambiente,
pois construir em áreas inapropriadas pode resultar em grandes impactos ambientais.
Projeto
Fonte: http://www.blogdomenorpreco.com.br/tag/reforma
Esse é o único caminho para que seu sonho de construir ou reformar não vire um
pesadelo!
Não há uma “receita sustentável” única para todas as construções, cada uma –
um prédio, uma casa, um puxadinho – tem suas peculiaridades e estará assentada em
um terreno diferente, em cidades diferentes, com clima específico.
Apresentamos aqui algumas ideias para tornar sua construção ou reforma mais
sustentável, que poderão ser discutidas com o profissional técnico responsável pelo
projeto e pela obra. Uma boa maneira de começar o projeto é observar como as
pessoas do local construíram suas casas antigamente. Assim, não corremos o risco de
importar soluções inadequadas.
(Fonte: Moradias sustentáveis: economia e durabilidade. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/publicacoes/responsabilidade-socioambiental/category/90-producao-e-consumo-
sustentaveis?download=981:cartilha-de-construcoes-sustentaveis)
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 155
Por exemplo:
Fonte: http://arquitetando-sustentabilidade.blogspot.com.br/2012/02/ventilacao-cruzada.html
O projeto deve permitir o uso da moradia por pessoas com mobilidade reduzida.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 157
Utilize telhados inteligentes. Uma opção acessível é pintar o telhado com tintas
especiais, com pigmentos refletores, que não permitem a absorção de radiação
solar, mantendo a superfície fria.
Outro material muito utilizado na construção civil e que contribui para o efeito
estufa é o cimento Portland (comum). Para a produção do cimento, há o processo de
descarbonatação do calcário, que responde pela emissão de 6% de Dióxido de
carbono, no mundo todo. Somente no Brasil, com produção anual de 38 milhões de
toneladas de cimento, liberam-se na atmosfera, aproximadamente, 22,8 milhões de
toneladas/ano de dióxido de carbono.
Madeira
Materiais reciclados
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 160
Fonte: http://blogneobambu.com/?p=992
Fonte: http://www.monteirotijolos.com/index-processo-reciclagem.htm
Pintura que garante proteção ambiental. Hoje o mercado oferece tintas à base
de água para aplicações em interiores e exteriores.
Eficiência energética
Fonte: http://www.arjunaturcarelli.com/sustentabilidade-e-eficiencia-energetica/
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 162
Os aquecedores solares são compostos por coletor (ou placa) solar, reservatório
térmico e um componente auxiliar.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 163
Placas fotovoltaicas
Fonte: http://www.bolsademulher.com/mundomelhor/energia-solar-pode-ser-opcao-para-sua-casa-
conheca-o-sistema/
Por causa do grau de pureza dos seus componentes, que são cristais, esta
alternativa de energia ainda apresenta custo elevado na instalação do sistema,
variando, em média, entre R$ 2mil e R$3 mil. Porém, o retorno do investimento pode
ser verificar em até quatro anos.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 164
(Fonte: Cadernos de Educação Ambiental: habitação sustentável. Disponível em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/wp/cpla/files/2011/05/Habitacao-Sustentavel-p_INTERNET4969.pdf)
Iluminação natural
Fonte: http://blogs.regiaodosvales.com.br/arquimomentos/2012/05/18/iluminacao-natural/
Gestão da água
Benefícios
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 165
Reduz o consumo;
Reduz o desperdício;
Evita a poluição;
Casa Aqua
Chamado Casa Aqua, o projeto de habitação tem 40 m², custou R$ 40 mil e foi
projetado pelo arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb em parceria com a Fundação Vanzolini,
a Leroy Merlin e a Inovatech. Ele integra vários sistemas e possui o certificado Aqua,
emitido pela Fundação Vanzolini.
Ecoloft
Casa Container
Depois de conhecer todas essas sugestões para deixar sua habitação ainda mais
sustentável, gostaria que você refletisse sobre a possibilidade de fazer tais adaptações
em sua moradia (caso não as possua), uma vez que algumas medidas sugeridas
nessa lição também podem ser inseridas em sua casa depois que ela já foi construída.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 169
Tenha em mente que esta lição apresentou apenas ALGUMAS dicas, existem
inúmeras alternativas para a redução dos impactos ambientais causados pela
construção. Quando for construir ou reformar, procure um profissional especializado e
se informe sobre as melhores opções para a sua casa.
Lembre-se que os primeiros gastos podem ser um pouco altos, mas o retorno
financeiro é garantido, em longo prazo, e o bem que você estará fazendo ao meio
ambiente não tem preço!
Por isso é importante que você leve em consideração esses aspectos na hora de
contratar uma construtora, ou até mesmo siga tais recomendações ao realizar
pequenas reformas em sua casa.
a) Preparação do canteiro
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 170
A sociedade como um todo, com melhor qualidade de vida nas cidades e com
redução permanente da poluição visual e da degradação ambiental;
(Fonte: Programa Entulho Limpo (1ª etapa) – Coleta Seletiva: uma forma racional de tratar os resíduos
sólidos gerados nos canteiros de obra. Disponível em:
http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/sisnama/meio_ambiente_em_temas/sinduscon1_ma.pdf)
(Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_424274.shtml)
Por esse motivo, algumas pessoas optam por produtos ecológicos – aqueles que
utilizam como matérias-primas componentes que já existem na natureza, exemplos
disso são o sabão de coco e os sabonetes à base de óleos vegetais – e
biodegradáveis – que são decompostos na natureza -, que apesar de terem um custo
mais elevado do que as convencionais, compensam por outras vantagens, como:
6.1. INTRODUÇÃO
O problema é que boa parte dos transportes que utilizamos atualmente se move
a partir da queima de combustíveis fósseis, como a gasolina e o óleo diesel, lançando
grandes quantidades de gases tóxicos na atmosfera. Há outras fontes de
contaminação, tais como indústrias, centrais termelétricas e de incineração de
resíduos, mas o aumento da frota de veículos movidos a gasolina e óleo diesel nas
últimas décadas fez da poluição veicular o principal responsável pela má qualidade do
ar que respiramos na cidade.
Fonte: http://www.culturamix.com/meio-ambiente/filtro-que-reduz-emissoes-de-gases-nos-veiculos
Inversão térmica
Chuva ácida
Efeito estufa
Aquecimento global
Reverter esse quadro é um desafio que deve envolver toda a sociedade: se não
podemos abrir mão de algo tão necessário como os meios de transporte resta-nos
tratar de encontrar formas de usá-los sem que prejudiquem nem a nós mesmos nem
às gerações futuras. Isto é o que chamamos de um transporte sustentável.
(Fonte: Manual de educação e consumo sustentável. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf)
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 180
Com esse objetivo, foi criada a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei
12.587/2012), conhecida como Lei da Mobilidade.
Além disso, está claro que para que um cidadão decida deixar o carro em casa e
usar o transporte público, não basta que a passagem seja barata. É essencial que haja
paradas de ônibus ou estações de metrô por toda a cidade, que a espera não seja
longa e que os veículos estejam em bom estado. Para isso, a Lei da Mobilidade afirma
que as prefeituras devem fixar metas de desempenho para as empresas de transporte.
Cumpridas as metas, elas são premiadas. Descumpridas, são punidas.
carros que entram no centro da cidade) e implantar o rodízio (como o de São Paulo,
onde os carros, conforme a placa, ficam proibidos de sair às ruas uma vez por semana
nos horários de pico). Embora extremadas, são medidas que desestimulam o uso do
carro e ajudam a desafogar o trânsito.
(Fonte: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2011/12/12/nova-politica-tenta-desafogar-transito-
das-grandes-cidades)
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/pops/pedagio-londrino.shtml
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 182
Você sabe que é o meio de transporte que mais consome energia (combustível)?
Atualmente, alguns dos projetos que mais têm chamado a atenção são os de
transporte sustentável, que visam reduzir as emissões de carbono e diminuir a
poluição das cidades. Um desses é o Programa de Teste de Ônibus Híbrido e Elétrico
(HEBTP), realizado em parceria com Iniciativa Climática Clinton (CCI) e o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), e que no último mês publicou um relatório
com o parecer dos testes.
Além disso, o relatório indica que as tecnologias elétricas e híbridas são mais
baratas em longo prazo. Isso porque apesar de os custos iniciais de compra dos
ônibus de baixo carbono serem altos – 50% a 60% a mais para híbridos e 125% a
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 185
150% a mais para elétricos –, os gastos do ciclo de vida total, calculados para uma
projeção de dez anos de operação, são iguais ou menores do que os valores dos
ônibus convencionais à diesel. Os custos de manutenção de um ônibus elétrico, por
exemplo, são cerca de 50% menores do que os de um convencional.
Curitiba, por exemplo, foi pioneira nacional na produção de ônibus elétricos para
transporte coletivo, e atualmente 30 veículos híbridos operam na cidade. A operação
dos ônibus começou em setembro de 2012, e atualmente eles percorrem cinco linhas,
atendendo mais de 20 mil passageiros por dia.
Tais situações não podem ser superadas sem uma mudança de valores da nossa
sociedade. Isto significa, por exemplo, o fim da percepção de um carro como símbolo
de status e, em vez disso, ver o transporte público como algo desejável.
Etanol
Biodiesel
Existem diferentes espécies de oleaginosas no Brasil que podem ser usadas para
produzir o biodiesel. Entre elas estão a mamona, dendê, canola, girassol, amendoim,
soja e algodão. Matérias-primas de origem animal, como o sebo bovino e gordura
suína, também são utilizadas na fabricação do biodiesel.
(Fonte: http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/energia/matriz-energetica/biocombustiveis)
Outros exemplos são Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, que vão contar
com o primeiro sistema intermunicipal de compartilhamento de bicicletas do Brasil a
partir de 2013. 70 estações deverão ser implantadas em 20 bairros das três cidades,
abrigando as 700 novas bicicletas do projeto chamado Bike PE. O centro do Recife já
conta com oito estações do projeto instaladas.
O serviço vai funcionar de forma semelhante aos projetos Bike Rio - que tem
cerca de 150 mil usuários, implantado em 2011 - e Bike Sampa - maior
compartilhamento de bicicletas do país, implantado em 2012 e que já conta com 100
estações e mil equipamentos.
Dê preferência aos transportes coletivos que não emitam gases tóxicos, como o
trem e o metrô.
o Construir ciclovias;
Quando o uso do automóvel for inevitável, o motorista poderá dar sua parcela de
contribuição fazendo com que o seu carro polua menos. Seguindo as dicas abaixo,
além de melhorar a qualidade do ar e evitar acidentes, o motorista vai economizar
cerca de 10% de combustível, velas e pneus.
Oriente os seus passageiros para que não joguem lixo, pontas de cigarro, latas
etc. pelas janelas;
7.1. SAÚDE
Você já deve ter ouvido o ditado: “Melhor prevenir do que remediar”. Isso vale
para todo o sistema de saúde e também para o planeta.
Muitas vezes não nos damos conta de que somos uma espécie a mais no planeta
e os seres vivos dependem uns dos outros. Pensando de forma sustentável, podemos
enxergar essa interdependência, relacionando as causas com as consequências.
Essa postura traduz uma visão integrada da preocupação com a saúde e com o
ambiente. Isso porque o corpo também é um ecossistema que merece cuidados. Se
eu não tenho saúde, como vou querer tomar conta dos outros?
Para ser sustentável é importante ser simples e buscar uma vida mais saudável.
Portanto, ser sustentável é uma escolha individual, que envolve a mudança em
pequenos hábitos.
(Fonte: http://www.fleury.com.br/revista/materias/Pages/vida-sustentavel-para-voce-e-para-terra.aspx)
Intoxicação alimentar: causada, dentre outros motivos, pela poluição dos solos;
Todos os anos, um terço de toda a comida produzida pelo sistema agrícola global
está sendo perdida, indica a pesquisa realizada pelo World Resources Institute
(WRI) em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma).
Enquanto isso, 870 milhões de pessoas passam fome e, a cada dia, mais de 20
mil crianças menores de 5 anos morrem de fome. Segundo a ONU, 26% das
crianças em todo o mundo são consideradas raquíticas por desnutrição.
7.2. ALIMENTAÇÃO
Para manter o peso ideal e ainda obter todos os nutrientes de que o corpo
necessita é imprescindível ter uma dieta variada, na qual a deficiência de um nutriente
em certos alimentos seja compensada por sua presença em outros. Por isso, é muito
importante consumir alimentos dos quatro grupos básicos (verduras, legumes e frutas;
cereais; leite e derivados; carne).
A sua alimentação pode ficar ainda mais saudável com o consumo de alimentos
orgânicos. Além disso, os alimentos orgânicos também contribuem com a preservação
do meio ambiente. Continue a lição e veja por quê.
A agricultura orgânica, por sua vez, tem como alicerces a qualidade dos
alimentos, a saúde da terra em que são cultivados e do próprio ser humano que
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 201
Fonte: http://www.tecnologiaetreinamento.com.br/agricultura/agricultura-organica-agricultura/cultivo-
organico-hortalicas-agricultura-organica/
O solo e a água, recursos naturais sobre os quais o homem não tem controle,
são dois dos maiores beneficiados com a agricultura orgânica. A ausência de
agrotóxicos e o foco na sustentabilidade previnem a contaminação de futuras safras e
da fauna local. Com o uso sustentável, os recursos não se esgotam e permanecem
disponíveis para gerações futuras.
Num mundo acelerado como o nosso, qualquer coisa que nos ofereça
comodidade e conveniência a baixo custo, tem futuro garantido. É por isso que a
indústria “junk food” tem conseguido se enraizar nas nossas vidas.
Diante dessa situação, podemos pensar que não temos nada a perder, certo?
Diante disso, será que vale a pena seguir o “estilo de vida americano”?
Consumindo os mesmo alimentos que eles sem refletir se é o melhor para você e para
o planeta?
Se "somos o que comemos", como diz o ditado, um estudo acadêmico feito nos
Estados Unidos comprovou que nossos hábitos alimentares têm relação direta
também com a "saúde" do planeta. De acordo com a pesquisa, adotar uma dieta
vegetariana é uma forma simples de consumir sem agredir o meio ambiente, enquanto
que hábitos alimentares com predominância de comida industrializada e rica em
proteína animal contribuem diretamente para um dos problemas ambientais que mais
ameaçam o mundo: o aquecimento global.
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 204
7.3. LAZER
Dessa forma, nessa lição você receberá algumas sugestões de como gastar seu
tempo livre com qualidade e sem precisar consumir desenfreadamente.
Ao invés de sair para comer em restaurantes com os amigos, chame-os para sua
casa, cada convidado pode trazer alguma coisa – aperitivos, salgados, doces,
bebidas etc. A diversão é garantida e você não precisa gastar com restaurantes!
Se você tiver filhos, existem inúmeras atividades lúdicas que podem ser
desenvolvidas com a criançada sem gastar dinheiro: um passeio na praia, onde
eles podem correr e brincar à vontade; jogos de tabuleiro, montagem de
quebra-cabeças ou trabalhos manuais; organização de uma caça ao tesouro
etc.
Esteja sempre atento à agenda da sua cidade – haverá sempre alguma mostra
cultural, seminário, exibição, festival, feira, peça de teatro ou concerto com
entrada gratuita. Aproveite!
(Fonte: http://saberpoupar.com/artigos/como-poupar-dinheiro-momentos-lazer)
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 206
Se você tem a sorte de viver perto do mar, tem uma vantagem a mais, já que a
praia em si, o pôr-do-sol e as ondas podem ser espetáculos para toda a família.
Sem ter que pagar nada, você pode organizar um dia de praia para desfrutar
junto a ela. Uma tarde de sol à beira-mar vai cair bem a todos. Para evitar
gastar dinheiro, leve uma bolsa térmica com refrescos e sanduíches, assim
você evita comprar comidas e bebidas na praia, além de se alimentar de forma
mais saudável, mas lembre-se de levar o seu lixo de volta para casa ou
descartá-lo de forma apropriada.
Se você tem um jardim em casa, não é preciso gastar com um jardineiro. Você
e sua família podem realizar mutirões de jardinagem para embelezar seus
próprios espaços verdes, conseguindo poupar gastos e recebendo benefícios
duplos: compartilhar a arte das plantas e deixar a casa mais bonita e
acolhedora.
(Fonte: http://www.ehow.com.br/atividades-familiares-divertidas-custo-slide-show_21584/#pg=1)
ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS 207
Outra opção de lazer sustentável é o Passaporte Verde. Você já ouviu falar dele?
7.4. ECOTURISMO
Nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores
ou menores, dependendo de como caminhamos.
Assim como existe a pegada ecológica, também existe a pegada hídrica. Você já
ouviu falar nesse conceito?
Bom, a Pegada Hídrica é um indicador do uso da água que analisa seu uso de
forma direta e indireta, tanto do consumidor quanto do produtor. A Pegada Hídrica de
um indivíduo, comunidade ou empresa é definida como o volume total de água doce
que é utilizado para produzir os bens e serviços consumidos pelo indivíduo,
comunidade ou produzidos pelas empresas.
Por último, a seguir você terá a disposição alguns links de sites que trazem várias
informações a respeito dos assuntos abordados no curso, pois, assim, você poderá
aprofundar ainda mais os conhecimentos adquiridos.
Alimentação
Reciclagem
Lixo: www.lixo.com.br
Reciclagem: www.reciclaveis.com.br
Meio ambiente
Ibama: www.ibama.gov.br
Sustentabilidade
Habitação sustentável
Ecocasa: www.ecocasa.pt
Mobilidade Urbana
Bicicleta: www.compartibike.com.br