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A adesão dos países membros na UE

Cronologia de adesão:

http://ciedbraganca.ipb.pt/wp/a-uniao-europeia/cronologia-de-adesao/

Para saber mais assista o vídeo "Das conversas à lareira às


grandes decisões"

https://www.youtube.com/watch?v=kPkItzJdbwU
Algumas notas
● PIB Agrícola – 1,2%
● População rural média= 27%
● PAC no orçamento da UE – chegou a 70%, hoje está em
40 %
Vídeo números da Agricultura
https://www.youtube.com/watch?v=Ksx51ydeuuo
Objetivos da PAC
● a) social: alcançar a paridade entre as rendas agrárias e
não agrárias
● b) econômica: elevar a produção e estabilizar os
mercados
● c) política: ser a agricultura um fator de integração
comunitária
AS RAZÕES DE SER DA PAC

Quando da instituição do mercado comum pelo Tratado de Roma, em 1958, a agricultura


nos seis Estados-Membros fundadores era fortemente marcada pela intervenção estatal.

Para que os produtos agrícolas fossem incluídos na livre circulação de mercadorias,


mantendo, simultaneamente, uma intervenção pública no sector agrícola, era necessário
suprimir os mecanismos de intervenção nacionais incompatíveis com o mercado comum e
transpô-los ao nível comunitário: eis o que presidiu ao nascimento da PAC.

Além disso, a intervenção na agricultura baseava-se no princípio, muito em voga na época,


da especificidade do sector, muito dependente da imprevisibilidade do clima e das
limitações geográficas, sujeito a desequilíbrios sistémicos entre a oferta e a procura e, por
conseguinte, com uma forte volatilidade dos preços e dos rendimentos.
AS RAZÕES DE SER DA PAC II

A procura de alimentos não é elástica, ou seja, reage pouco às variações de preços. Por
outro lado, a duração dos ciclos de produção e a constância dos fatores de produção
tornam a oferta global de produtos agrícolas muito rígida.

Neste contexto, uma oferta abundante provoca queda dos preços e, inversamente, uma
oferta reduzida conduz a um forte aumento dos preços.

Todos estes elementos provocam uma instabilidade permanente dos mercados. Nestas
circunstâncias, as autoridades públicas sempre tiveram uma clara tendência para regular os
mercados agrícolas e apoiar os rendimentos dos produtores, tendência que a PAC herdou.
AS RAZÕES DE SER DA PAC
Embora hoje a agricultura apenas represente uma ínfima parte da economia dos
países desenvolvidos, incluindo a da UE, a intervenção pública tem sido
ultimamente reforçada com políticas agro-rurais que juntaram ao apoio da função
tradicional da atividade primária — a saber, a produção de gêneros alimentícios —
outras dimensões como
● o desenvolvimento sustentável,
● a luta contra as alterações climáticas,
● o ordenamento do território e da paisagem,
● a diversificação e vitalização da economia rural ou a produção de energia e de
biomateriais.

O apoio aos bens públicos ou às funções não comerciais da atividade agrícola, ou


seja, não remuneradas pelo mercado, tornou-se assim uma componente vital das
políticas agrícolas e rurais mais recentes, designadamente da PAC
Objetivos da PAC
O artigo 39.º do TFUE define os objetivos específicos da PAC:
a. incrementar a produtividade agrícola, fomentando o progresso técnico, assegurando o
desenvolvimento racional dos fatores de produção, designadamente da mão-de-obra;
b. assegurar um nível de vida equitativo à população agrícola;
c. estabilizar os mercados;
d. garantir a segurança dos abastecimentos;
e. assegurar preços razoáveis aos consumidores
Novos objetivos da PAC 2014-2020

Última reforma atribui novos objetivos à PAC (artigo 110.º, n.º 2, do Regulamento
(UE) n.º 1306/2013):
● econômicos (garantira segurança alimentar através de uma produção agrícola
viável, melhorar a competitividade e a repartição do valor na cadeia alimentar)
● ambientais (utilizar os recursos naturais deforma sustentável e lutar contra as
alterações climáticas)
● territoriais (assegurar o dinamismo econômico e social das zonas rurais).
A reforma de 1992: a grande inflexão

Desde a sua introdução em 1962, a PAC tem cumprido os seus objetivos, garantindo a segurança do
abastecimento de produtos alimentares.

Pela política de preços de apoio, muito elevados em relação aos preços do mercado mundial e a
garantia de compra ilimitada, a PAC começou a produzir cada vez mais excedentes.

Conselho introduziu uma alteração radical na PAC, substituindo um sistema de proteção através dos
preços por um sistema de ajudas compensatórias aos rendimentos.

Na sequência de uma baixa significativa dos preços garantidos das grandes culturas, as perdas de
rendimentos daí resultantes foram totalmente compensadas por ajudas diretas por hectare.

Relativamente às produções pecuárias, as reduções do preço da carne de bovino foram compensadas


pela atribuição de prêmios por cabeça de gado.
A Agenda 2000: uma nova etapa para completar a
reforma de 1992
● - um novo alinhamento dos preços internos pelos preços mundiais, parcialmente compensado por
ajudas diretas aos produtores;

● - a introdução pelos Estados-Membros do respeito das condições ambientais (ecocondicionalidade)


para a atribuição das ajudas e da possibilidade de as reduzir(modulação) para financiar medidas de
desenvolvimento rural;

● - em consonância com as conclusões da conferência de Cork de 1996, o reforço das medidas


estruturais em vigor no âmbito de uma nova política de desenvolvimento rural, que passou a ser
designada por «segundo pilar da PAC»

● - a estabilização orçamental, mediante um quadro financeiro rigoroso para o período de2000-2006.


A reforma de junho de 2003: rumo a uma
PAC assentada em ajudas dissociadas
:

- a dissociação das ajudas em relação aos volumes produzidos, para melhor orientar as explorações
em função do mercado e reduzir as distorções no que diz respeito à produção e à comercialização de
produtos agrícolas. Estas ajudas dissociadas passaram a ser um «pagamento único à exploração»,
centrado na estabilidade dos rendimentos;

- a condicionalidade («cross-compliance»), que subordinou os pagamentos únicos ao respeito de uma


série de critérios em matéria de ambiente e de saúde pública, dando assim resposta às expectativas
dos cidadãos europeus;

- a compatibilidade com as regras da Organização Mundial do Comércio, na medida em que o


objetivo último da dissociação das ajudas era a inclusão do regime de pagamento único na «caixa
verde»
A reforma de junho de 2003: rumo a uma
PAC assentada em ajudas dissociadas II

● A redistribuição pública dos direitos de pagamento atribuídos às explorações
segundo as referências históricas através de dois mecanismos:
- a modulação, que permite a transferência das dotações entre os dois pilares
da PAC para reforçar o desenvolvimento rural,
- a eventual aplicação de um modelo regional de dissociação, que permite uma
harmonização dos pagamentos por hectare atribuídos de acordo com critérios
territoriais;

● a disciplina financeira ( o orçamento do primeiro pilar da PAC foi congelado e


foram impostos limites máximos anuais obrigatórios)
O «exame de saúde» de 2009: consolidação do
quadro da reforma de 2003
● reforçar a dissociação total das ajudas através da eliminação progressiva
dos últimos pagamentos ligados à produção, integrando-os no regime de
pagamento único à exploração;

● reorientar parcialmente os fundos do primeiro pilar em prol do


desenvolvimento rural através do aumento da taxa de modulação das
ajudas diretas;

● flexibilizar as regras de intervenção pública e de controle da oferta, a fim


de não travar a capacidade de reação dos agricultores aos sinais do
mercado.
Rumo à PAC 2020
As grandes linhas da PAC para o período 2014-2020 dizem respeito ao seguinte:
—Conversão das ajudas dissociadas num sistema de apoio multifuncional. A fase da dissociação
da produção das ajudas agrícolas a favor de um apoio genérico aos rendimentos, iniciada em
2003, dará lugar a uma fase de associação dos instrumentos a objetivos específicos, eliminando
toda a referência ao passado («targeting»).

Os pagamentos únicos às explorações são substituídos por um sistema de pagamentos por


níveis ou estratos, com sete componentes:
1) um «pagamento de base» por hectare;
2) Um apoio complementar destinado a compensar os custos relacionados com o
fornecimento de bens públicos ambientais não remunerados pelo mercado (componente
ecológica ou «verde»);
Rumo à PAC 2020 II
3) um pagamento suplementar aos jovens agricultores;

4) um pagamento redistributivo, que permite reforçar o apoio aos 30 primeiros hectares de uma
exploração;

5) um apoio adicional aos rendimentos nas zonas marcadas por dificuldades naturais;

6)ajudas associadas à produção por razões económicas ou sociais;

7) por último, pode ser criado um regime simplificado a favor dos pequenos agricultores, que beneficiem
de menos de 1 250 euros. As novas ajudas por hectare estão reservadas apenas aos agricultores ativos.

Além disso, as dotações para os pagamentos diretos disponíveis para cada Estado-Membro serão
progressivamente ajustadas, de tal modo que, até 2019, chegarão todos a um pagamento mínimo em
euros por hectare (chamado processo de «convergência externa»);
Rumo à PAC 2020 III
Consolidação dos dois pilares da PAC:
1) o primeiro pilar, que financia as ajudas diretas e as medidas de
mercado, integralmente a cargo do FEAGA;
2) o segundo pilar, em prol do desenvolvimento rural, em regime de
cofinanciamento.
3) - A modulação das ajudas diretas a favor do segundo pilar é eliminada
e substituída por uma redução obrigatória dos pagamentos de base a
partir de 150 000 euros («degressividade»).
4) - A flexibilidade entre os pilares foi igualmente reforçada: desde
2015, os Estados-Membros têm a possibilidade de transferir fundos
inicialmente atribuídos nos dois sentidos (do primeiro pilar para o
segundo, até 15 %, e do segundo para o primeiro, até 25 % para
alguns Estados)
Rumo à PAC 2020 IIII
Consolidação dos instrumentos da OCM única a título de «redes de segurança», que só intervêm em
casos de crise dos preços e de perturbação dos mercados.

Supressão de todas as medidas de controle da oferta:


- o regime de quotas açucareiras expirará em 2017 e os direitos de plantação de vinha foram
substituídos por um sistema de autorizações a partir de 2016. O novo regime leiteiro sem quotas,
previsto para 2015, foi precedido pela adoção de um minipacote «leite» (Regulamento (UE)n.º
261/2012, JO L 94 de 30.3.2012). Por outro lado, a nova OCM única cria uma nova reserva de crise
para responder a eventuais perturbações dos mercados

Uma abordagem mais integrada, seletiva e territorial para o desenvolvimento rural. Está prevista uma
melhor coordenação das medidas rurais com os restantes Fundos Estruturais(ver ficha 5.1.1.).
-A vasta gama de instrumentos existentes no segundo pilar da PAC é simplificada, ficando
centrada no apoio à competitividade, na inovação, na agricultura baseada no «conhecimento», na
instalação dos jovens agricultores, na gestão sustentável dos recursos naturais e no
desenvolvimento territorial equilibrado.
O PRIMEIRO PILAR DA PAC: I — A ORGANIZAÇÃO COMUM
DOS MERCADOS (OCM) DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS

A OCM enquadra as medidas de mercado previstas no âmbito da PAC. As sucessivas


reformas levaram, em 2007, à fusão de 21 OCM numa única OCM que abrange
todos os produtos agrícolas. As revisões da PAC têm vindo a conferir a esta política
uma orientação mais dirigida para os mercados e a reduzir o âmbito dos
instrumentos de intervenção, os quais são agora considerados «redes de
segurança» a utilizar apenas em caso de crise.
FINANCIAMENTO DA OCM

A OCM é financiada pelo Fundo Europeu Agrícola


de Garantia (FEAGA). Em 2015, o conjunto das
medidas relacionadas com as intervenções nos
mercados representou cerca de 2,7 mil milhões de
euros, ou seja, 6 % do total das despesas do
FEAGA.
PRIMEIRO PILAR DA POLÍTICA AGRÍCOLA
COMUM(PAC): II — PAGAMENTOS DIRETOS AOS
AGRICULTORES

A reforma da PAC de 2003 e o «exame de saúde» de


2009 dissociaram a maior parte das ajudas diretas e
transferiram-nas para o novo regime de pagamento
único (RPU) ou, no caso dos novos
Estados-Membros, para o regime de pagamento
Em termos de mecanismos de apoio direto,
assiste-se a uma passagem da «dissociação» para
o «direcionamento».
O sistema de dissociação das ajudas agrícolas e de
fornecimento de ajuda direta aos rendimentos,
instaurado em 2003, vai agora passar para um
sistema em que cada componente está vinculada
a objetivos específicos.
Os pagamentos únicos por exploração serão substituídos por um sistema de pagamentos
multifuncional, com sete componentes:

1) um «pagamento de base» por hectare, harmonizado de acordo com critérios econômicos ou


administrativos, nacionais ou regionais e submetido a um processo de convergência (dita
«interna»);
2) uma «componente ecológica», enquanto apoio adicional para compensar os custos inerentes
ao fornecimento de bens públicos ambientais não remunerados pelo mercado;
3) um pagamento suplementar aos jovens agricultores durante 5 anos;
4) um «pagamento redistributivo» que permita reforçar o apoio aos primeiros hectares de uma
exploração;
5) um apoio adicional aos rendimentos nas zonas marcadas por dificuldades naturais;
6) ajudas não dissociadas à produção a favor de algumas zonas ou tipos de agriculturas, por
razões econômicas e/ou sociais;
7) um regime simplificado voluntário a favor dos «pequenos agricultores», com
pagamentos até 1 250 euros
Os três primeiros componentes são obrigatórios para os Estados-Membros e os
quatro últimos são facultativos. Os Estados-Membros devem destinar 30 % da sua
dotação nacional de pagamentos diretos aos «pagamentos verdes».

Os restantes 70 % são afetados aos «pagamentos de base», após dedução de


todos os montantes autorizados para as reservas nacionais de direitos (obrigatório
até 3 % das dotações nacionais), bem como para os pagamentos complementares a
título de pagamentos redistributivos (até 30 %), em favor dos jovens agricultores (até
2 %) ou das zonas desfavorecidas (até 5 %), ou através de pagamentos ligados à
produção (até 15 %).
SEGUNDO PILAR DA PAC: A POLÍTICADE
DESENVOLVIMENTO RURAL
A última reforma da política agrícola comum (PAC) manteve a
estrutura em dois pilares desta política, continuando o
desenvolvimento rural a representar o que se convencionou
chamar o «segundo pilar da PAC».
Os princípios gerais deste pilar continuam a ser os
mesmos(cofinanciamento, programação nacional ou regional
plurianual a partir de um «menu de medidas» europeu, etc.).
O novo sistema oferece uma maior flexibilidade aos
Estados-Membros.
A política da União Europeia para o desenvolvimento rural foi introduzida
como segundo pilar da PAC no quadro da reforma dita «Agenda 2000».

Conta com o financiamento do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento


Rural (Feader).

O objetivo do Fundo é contribuir para a realização da estratégia «Europa 2020»


(estratégia da União a favor do crescimento e do emprego), através da
promoção do desenvolvimento rural sustentável nos territórios rurais.

O Feader deve contribuir para o desenvolvimento de um setor agrícola


equilibrado do ponto de vista territorial e ambiental, menos prejudicial para o
clima e mais resiliente às alterações climáticas, competitivo e inovador.
As seis prioridades da nova política de
desenvolvimento rural para 2014-2020 são as
seguintes:
1. Promover a transferência de conhecimentos e a inovação nos sectores agrícola e florestal(desenvolver a base de
conhecimentos nas zonas rurais; reforçar os vínculos entre a agricultura, a silvicultura e o setor da investigação);

2. Reforçar a viabilidade e a competitividade de todos os tipos de agricultura e incentivar as


tecnologias agrícolas inovadoras e a gestão sustentável das florestas;

3.Promover a organização da cadeia alimentar, o bem-estar animal e a gestão dos riscos no setor agrícola;

4. Restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas agrícolas e florestais (biodiversidade,água, solo);

5. Promover a utilização eficaz dos recursos (água, energia) e apoiar a transição para uma economia com baixas
emissões de carbono (utilização de energias renováveis, redução das emissões de gases com efeito de estufa,
conservação e armazenagem de carbono);

6. Promover a inclusão social, a redução da pobreza e o desenvolvimento econômico (facilitara criação de emprego,
promover o desenvolvimento local, melhorar a acessibilidade das tecnologias da informação e da comunicação).
Tal como no passado, a aplicação da política de desenvolvimento rural depende da preparação pelos
Estados-Membros (ou pelas suas regiões) de programas de desenvolvimento rural.
Estes programas plurianuais devem estabelecer uma estratégia personalizada capaz de responder às
necessidades específicas dos Estados-Membros (ou regiões) e às prioridades da política de
desenvolvimento rural da UE.
Baseiam-se numa série de medidas (que combinam), selecionadas a partir de um «menu» de medidas
europeias, especificadas no Regulamento (UE) n.º 1305/2013 e cofinanciadas pelo Feader.

No atual período de programação, privilegiou-se a coordenação da ação do Feader com outros fundos
europeus estruturais e de investimento
(«FEEI»):https://ec.europa.eu/info/funding-tenders/european-structural-and-investment-funds_pt

Fundos da política de coesão (Fundo de Coesão, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)
e Fundo Social Europeu(FSE) e o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP). Foram
estabelecidas regras comuns a esses fundos (Regulamento (UE) n.º 1303/2013) que incluem um
quadro estratégico comum para facilitar o processo de programação e a coordenação setorial e
territorial da intervenção dos FEEI na União.
Cada Estado-Membro elabora um acordo de parceria para o período 2014-2020, que deve apresentar
a forma como intenciona utilizar os FEEI de forma integrada.
AS MEDIDAS DO «MENU EUROPEU»
● - Transferência de conhecimentos e ações de informação (formação profissional,
ações de informação, etc.).
● — Serviços de aconselhamento e serviços de gestão agrícola e de substituição nas
explorações agrícolas;
● — Regimes de qualidade para os produtos agrícolas e os géneros alimentícios (novas
participações dos agricultores em regimes de qualidade);
● — Investimentos em ativos físicos (transformação dos produtos agrícolas,
infraestruturas e melhoria do desempenho e da sustentabilidade da exploração,
etc.);
● — Restabelecimento do potencial de produção agrícola afetado por catástrofes
naturais e acontecimentos catastróficos e introdução de medidas de prevenção
adequadas;
● — Desenvolvimento das explorações agrícolas e das empresas (apoio à instalação de
jovens agricultores, atividades não agrícolas em zonas rurais, etc.);

Segue.....
• Serviços básicos e renovação das aldeias em zonas rurais (banda larga, atividades culturais, infraestruturas
turísticas, etc.);
• Investimentos no desenvolvimento das zonas florestais e na melhoria da viabilidade das florestas (florestação e
criação de zonas arborizadas; instalação de sistemas agroflorestais,prevenção e reparação dos danos causados
às florestas pelos incêndios florestais,catástrofes naturais e acontecimentos catastróficos, nomeadamente os
surtos de pragas e doenças e as ameaças ligadas ao clima; investimentos destinados a melhorar a resistência e
o valor ambiental dos ecossistemas florestais e o potencial de atenuação das alterações climáticas;
investimentos em tecnologias florestais e na transformação, mobilização e comercialização de produtos
florestais);
• Criação de agrupamentos e organizações de produtores;
• Manutenção das práticas agrícolas que contribuem favoravelmente para o ambientee o clima e promoção das
alterações necessárias para atingir esse objetivo (medidas «agroambientais e climáticas»); estas medidas
devem ser obrigatoriamente incluídas nos programas de desenvolvimento rural; os compromissos devem ir
além das normas obrigatórias;
• Apoio à agricultura biológica (pagamento para a conversão ou a favor da manutenção daspráticas da
agricultura biológica);
• Pagamentos a título da rede Natura 2000 e da Diretiva-Quadro da Água;
• Pagamentos a favor de zonas sujeitas a condicionantes naturais ou a outras condicionantes específicas;
• Pagamentos relacionados com o bem-estar dos animais;
• Pagamentos destinados aos serviços florestais, ambientais e climáticos e à conservação das florestas;
• Incentivo da cooperação entre os agentes dos setores agrícola e florestal e da cadeia alimentar (criação de
polos e redes, grupos operacionais da Parceria Europeia de Inovação para a produtividade e a
sustentabilidade agrícolas (PEI)).
• Uma «caixa de ferramentas de gestão de riscos»: pagamento do seguro de colheitas, animais e plantas;
fundos mutualistas que intervêm em caso da ocorrência de fenomenos climáticos adversos, doenças dos
animais e das plantas, pragas e incidentes ambientais; instrumento de estabilização dos rendimentos (sob
a forma de contribuições financeiras para fundos mutualistas, para compensar os agricultores por uma
diminuição acentuada dos seus rendimentos);
• Pagamentos diretos nacionais complementares para a Croácia;
• Apoio ao desenvolvimento local a título do Leader («Ligação entre Ações de Desenvolvimento da
Economia Rural»);
• Assistência técnica.
A PAC NO ÂMBITO DA OMC
A política agrícola comum encontra-se hoje em dia enquadrada, a nível externo, pelas regras da Organização
Mundial do Comércio e, mais concretamente, pelo seu Acordo sobre
Agricultura, de 15 de abril de 1994.
Desde 1995 que a política agrícola comum (PAC) no seu conjunto está sujeita às disciplinas da
OMC.
Foi criado um Órgão de Resolução de Litígios (ORL), com um procedimento vinculativo
relativamente aos litígios, no sentido de zelar pelo respeito de novas regras multilaterais por
parte dos Estados signatários.
Além disso, a PAC está condicionada pelas concessões agrícolas reconhecidas a favor de um
vasto leque de países no âmbito de diversos acordos multilaterais e bilaterais [com os países de
África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP), o Mercado Comum do Sul (Mercosul), o Espaço EuroMediterrânico,
o México, o Chile, etc.], assim como por derrogações unilaterais concedidas no
âmbito do Sistema de Preferências Generalizadas (SPG).
Estes acordos preferenciais devem
também ser compatíveis com as regras da OMC e explicam o elevado nível de importações
agrícolas da UE provenientes dos países em desenvolvimento.
Mudanças na PAC em função OMC
A. Acesso ao mercado
-O Acordo agrícola esforçou-se por melhorar o acesso aos mercados, ao impor:
● — a transformação de todas as medidas de proteção nas fronteiras em direitos aduaneiros
(equivalentes pautais) para, de seguida, reduzi-los progressivamente (36 % em 6 anos, 1995-2000,
relativamente ao período de referência de 1986-1988 para os países desenvolvidos; 24 % para os
países em desenvolvimento);
● — para os produtos específicos que não são objeto de tarifação, o estabelecimento de
compromissos de «acesso mínimo» aos países terceiros através da abertura de contingentes pautais
(representando para cada grupo de produtos, no final de 2000, 5 % do consumo do período de base
1986-1988);
● — a manutenção das concessões pautais à importação pelo menos ao nível de 1986 a 1988 (o
chamado «acesso corrente»); a instauração de uma cláusula especial de salvaguarda, a acionar em
caso de ser ultrapassado o volume das importações relativamente a um determinado limite, ou
ainda em caso de queda dos preços das importações abaixo de um determinado limiar.
Mudanças na PAC em função OMC
B. Apoio interno
O Acordo sobre Agricultura previu uma redução dos volumes de apoio diferenciada conforme a natureza
das ajudas, classificadas em diferentes «caixas» em função da sua capacidade de distorção dos
mercados agrícolas.
— A «caixa laranja», também chamada «medida global de apoio» (MGA), junta o apoio associado aos
preços com as ajudas não dissociadas da produção e não isentas da obrigação de redução. Deveria ser
reduzida 20 % em 6 anos relativamente ao período de referência 1986-1988. Além disso, todos os
membros da OMC podem aplicar a «cláusula de minimis», que permite excluir da MGA corrente o apoio
de um montante inferior a 5 % do valor do produto considerado (ajudas específicas) ou da produção
agrícola total (ajudas não específicas). Este limite máximo está fixado em 10 % para os países em
desenvolvimento.
— A «caixa azul» inclui as ajudas ligadas a programas de controlo da oferta, que estão isentas de
compromissos de redução: por exemplo, as ajudas diretas por superfície e os rendimentos fixos ou
atribuídos para um determinado número de cabeças de gado (caso das «ajudas compensatórias»
aprovadas em 1992 pela PAC) . Contudo, em cada produto, a soma do apoio a título da MGA e das
ajudas classificadas como «caixa azul» («MGA total») não deve ultrapassar o apoio total concedido
durante a campanha de comercialização de 1992.
Mudanças na PAC em função OMC
— A «caixa verde» inclui dois grupos de apoio.
O primeiro diz respeito aos programas de serviços públicos (por exemplo, investigação, formação,
divulgação, promoção, infraestruturas, ajuda alimentar interna ou reservas públicas para fins de
segurança alimentar).
O segundo refere-se aos pagamentos diretos aos produtores totalmente dissociados da produção.
Trata-se, sobretudo, de programas de garantias de rendimento e de segurança (catástrofes naturais,
participação financeira do Estado para a garantia da colheita, etc.), de programas que visam o
ajustamento das infraestruturas e de programas com vista à proteção do ambiente. Todas as ajudas da
«caixa verde» consideradas compatíveis com o quadro da OMC beneficiam de uma isenção total de
redução.

C. Subsídios às exportações
Os apoios às exportações devem sofrer uma redução, em 6 anos, de 21 % em volume e de 36 %
em orçamento relativamente ao período de base de 1986-1990 (exceto no que respeita à carne
de bovino: 1986-1992). Esta redução linear realizou-se, na União Europeia, segundo 20 grupos
de produtos. Aos produtos transformados, só se aplicou a redução orçamental.
A PAC NO ORÇAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA
PARA 2016
O orçamento da União para 2016, aprovado em novembro de 2015, prevê um total de
155 mil milhões de euros de dotações de autorização (a preços correntes).

O primeiro pilar da PAC representa 27,2 % das dotações de autorização para 2016 (42,22
mil milhões de euros) e o segundo pilar 12 % (18,68 mil milhões de euros).

No total, a PAC equivale, em 2016, a 39,2 % do orçamento da União, ou seja, menos do


que as despesas relativas à coesão económica, social e territorial e à competitividade
para o crescimento e o emprego (45 % no seu conjunto).

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