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Nivelamento: conceitos básicos sobre geoestatística

Dr. Diego Silva Siqueira


Colaborador no Grupo de Pesquisa CSME
Panorama atual: conhecimento da variabilidade

Tecnologia de sementes OK
Insumos OK
Engenharia Agrícola OK

Solo ???
Panorama atual: algumas ações para conhecer a variabilidade
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Ferramentas estatísticas

Estatística:
Estudo da variabilidade
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Ferramentas estatísticas

Descrição univariada
Medidas de Dispersão

•Amplitude
•A amplitude é definida como a diferença entre o maior e o menor valor do
conjunto de dados. O problema desta medida é que ela só leva em conta dois
valores do conjunto de dados.

Amplitude = 4,8 Amplitude = 6,3


Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Ferramentas estatísticas

Descrição bivariada
Coeficiente de correlação

• Indica a intensidade e a direção do relacionamento linear entre duas variáveis


aleatórias, ou seja, mede o grau de correlação entre elas.
• Este coeficiente assume valores de -1 a 1.

• Classificação:
– 0,70 para mais ou para menos indica uma forte correlação.
– 0,30 a 0,7 positivo ou negativo indica correlação moderada.
– 0 a 0,30 Fraca correlação.

A correlação positiva ou negativa entre duas variáveis apenas mostra que essas
variáveis crescem no mesmo sentido, não indicando que uma variável influencia a
outra.
Coeficiente de correlação

a) r > 0 b) r < 0

d) r = 0 e) r = 0
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Ferramentas estatísticas

Medidas da estatística espacial


Introdução: Medidas da estatística espacial

• Considerando 2 conjuntos de dados


A B
N 15251 15251
Média 100 100
Desvio Padrão 20 20
Mediana 100,35 100,92
Percentil 10 73,89 73,95
Percentil 90 125,61 124,74
Introdução: Medidas da estatística espacial

• Considerando 2 conjuntos de dados


A B
N 15251 15251
Média 100 100
Desv. Pad. 20 20
Mediana 100,35 100,92
Percentil 10 73,89 73,95
Percentil 90 125,61 124,74
Introdução: Medidas da estatística espacial

• Considerando 2 conjuntos de dados

As significativas diferenças destes dois grupos de dados não foi captada pela
estatística descritiva e pelos histogramas. Como pode ser visto pela
comparação de seus respectivos gráficos de contornos, o conjunto de dados
A é mais acidentado que o conjunto de dados B. Não se pode afirmar que o
conjunto de dados A é mais variável do que o conjunto B, haja visto que os
desvios padrões dos dois conjuntos de dados foram iguais.
Introdução: Medidas da estatística espacial

• Variogramas (modelos) dos conjuntos de dados A e B


Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística
Mineração

- 1951, na África do Sul o Engenheiro de Minas D. G. Krige

- 1963, na França, Matheron  Teoria das variáveis regionalizadas


Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística

5500

5000

4500

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Convencional X
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística

Estatística Descritiva

Média 35,07
Mediana 34,84
Mínimo 8,72
Máximo 67,60
Variância 120,07
Desvio Padrão 10,96
Assimetria 0,29
Curtose 0,02
Coeficiente de Variação 32,10

Warrick & Nielsen (1980)


- B ( <=12% )
Zoneamento
- M ( 12% < x <=24% )
Manejo em faixas
- A ( > 24% )
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística
200 m

10 m  0,2 ha 100 m

1.000 talhões  Erro +/- 200 ha

- custo da amostragem
- custo de aplicação
- tempo
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística

Estatística convencional Geoestatística


5500 5500

5000 5000

4500 4500

4000 4000
56

3500 3500

42
3000 3000

2500
2500 28

2000
2000
14
1500
1500

1000
1000

1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500


1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

X  35 ,07
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística
Amostragem Ajuste do modelo: semivariograma

Interpolação
(krigagem)

Mapa de isolinhas
Autocorrelograma
Caracterização da área

Município: Pradópolis – SP
Material de origem: arenitos do Grupo Bauru, Formação Adamantina
Solos: Latossolos vermelhos eutroférricos, distroférricos
Uso: cana-de-açúcar
Transeção: ~ 3 km
(1 pt a cada 50 metros)

Auxílio Pesquisa FAPESP


(Proc. 2009/05995-5) .
Variabilidade Espacial da Mineralogia da
Fração Argila e Relações com Atributos Físicos
e Químicos de Latossolos em Diferentes
Superfícies Geomórficas
Autocorrelograma
Autocorrelograma

• Distância de Separação entre os pontos (h=50m)

57 58 64 65 66 70 71 72 73 72 70 64 ...
69

57 58 64 65 66 70 71 72 73 72 70 ...
64

74

72

70

68

66
Argila %

64

62

60

58

56

54

45 50 55 60 65 70 75

Argila %
Gráficos de dispersão – h = 50 m
Autocorrelograma
Autocorrelograma

• Distância de Separação entre os pontos (h=100m)


57 58 64 65 66 70 71 72 73 72 70 64 ...
69

57 58 64 65 66 70 71 72 73 72 ...
70

74

72

70

68

66
Argila %

64

62

60

58

56

54

45 50 55 60 65 70 75

Argila %
Gráficos de dispersão – h = 100 m
Autocorrelograma
Autocorrelograma

• Distância de Separação entre os pontos (h=150m)

57 58 64 65 66 70 71 72 73 72 70 64 ...
69

57 58 64 65 66 70 71 72 73 ...
72

74

72

70

68

66
Argila %

64

62

60

58

56

54

45 50 55 60 65 70 75

Argila %
Gráficos de dispersão – h = 150 m
Autocorrelograma

Note que a dispersão dos pontos em torno da linha de 45º, aumenta com o
aumento da distância de separação entre os pontos. Esta dispersão
reflete a variabilidade espacial entre esses valores. Reflete a
dissimilaridade dos dados para as distâncias h.

74 74 74

72 72 72

70 70 70

68 68 68

66 66 66

Argila %
Argila %

Argila %

64 64 64

62 62 62

60 60 60

58 58 58

56 56 56

54 54 54

45 50 55 60 65 70 75 45 50 55 60 65 70 75 45 50 55 60 65 70 75

Argila % Argila % Argila %


Autocorrelograma

10 x 50 = 500 metros
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística
“Bi-lateralidade”

“?“

“?“
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística
“Bi-lateralidade”
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística

“Diferencial “

Amostragem Ajuste do modelo: semivariograma

Interpolação
(krigagem)

Mapa de isolinhas
Protocolos para mapeamento da variabilidade:
Geoestatística

1,78
Modelos - Variograma
Modelos - Variograma

Esférico Gaussiano

Exponencial
Modelos - Variograma
Parâmetros - Variograma

A Figura abaixo ilustra um variograma experimental com características muito


próximas do ideal.
Patamar (C0 + C1)

C1

Efeito pepita
Alcance (a)
(C0)
Parâmetros - Variograma

A Figura abaixo ilustra um variograma experimental com características muito


próximas do ideal.

Patamar (C0 + C1)

40 m
20 m
Alcance (a)
Modelos - Variograma

• Modelos sem dependência espacial:

• Quando uma variável não apresenta estrutura espacial (variograma


bem definido), a variável é denominada de Efeito Pepita Puro.
Modelos - Variograma

• Modelos com tendência:

• Alguns dados não apresentam estacionariedade de segunda ordem,


mas somente atendem à hipótese intrínseca, deste modo o
semivariograma não apresenta um patamar bem definido. Neste caso
deve ser conduzido um procedimento diferenciado para a modelagem.
Escolha do Variograma

Na análise de validação cruzada cada ponto medido é individualmente


removido e estimado através da contribuição de todos seus vizinhos,
como se ele não existisse.

Obs: Para a estimativa do ponto


leva-se em consideração o semi-
variograma modelado anterior-
mente, embora este modelo tenha
sido construído incluindo o ponto
retirado durante a validação
cruzada.

O Coeficiente de Regressão (Ideal


próximo a 1) e o Intercepto no eixo
Y (Ideal próximo a 0) são utilizados
para a determinação da validação
cruzada.
Softwares disponíveis

Softwares Praticidade Vantagens Desvantagens


Linguagem de programação - VBA.
Excel * Fácil Acesso
Dificuldade para encontrar rotinas prontas
Surfer
***** Interface software - implementos Falso conhecimento da variabilidade (Default)
(SSToolbox)

GS+ ***** Facilidade e simplicidade Baixa interação com SIGs

Spatial
Analysis **** SIGs Poucas opções para a modelagem
(Arc View)
Vesper **** Grande número de dados Instabilidade

Diversas opções de
WinGSllib ** Complexo
interpoladores geoestatísticos

Gratuito. Diversas opções de


Gslib * Linguagem de programação; Complexo
interpoladores geoestatísticos

R * Gratuito Linguagem de programação


Planejamento amostral e ajuste do variograma

Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico textura média/argilosa


1 ha - espaçamento de amostragem: 10 m (sem subamostras)
Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico textura média/argilosa
1 ha - espaçamento de amostragem: 10 m; 110 pontos (sem subamostras)
Inverso do quadrado Krigagem (Default) Krigagem
da distância “Sem ajuste” “ Com ajuste”

Ads. P Ads. P Ads. P


Link para o tutoriais (clique na seta)
Evolução da Geoestatística
• Krigagem Indicatriz
• Krigagem Deriva externa
• Krigagem Temporal
• Variograma Cruzado
• Co-Krigagem
•Krigagem Fatorial
• Krigagem Multivariada
• Sim. Seq. Gaussiano

Surgimento da Aperfeiçoamento Brasil


Geoestatistica (Matheron)
(D. Krige)
MÉTODOS ESTATÍSTICOS MÉTODOS GEOESTATÍSTICOS

CLÁSSICO GEOESTATÍSTICO

MÉDIA, MÉDIA, VARIÂNCIA


VARIÂNCIA ESTRUTURA DE
VARIÂNCIA

IGNORA A POSIÇÃO OS LOCAIS DE


GEOGRÁFICA DA AMOSTRAGEM
AMOSTRA SÃO IMPORTANTES
Como identificar os locais
com diferentes
planejamentos amostrais?

“Geologia + forma da paisagem =


Amostragem estratificada”
Como identificar os locais com diferentes planejamentos amostrais?
Importância agrícola

1.Definição de limites matemáticos


2.Planejamento amostral
QUIZ
- Geoestatística-
1. Quem foram os primeiros a propor a utilização da geoestatística?

A. E.U.A

B. África do Sul

C. China

D. Japão
2. Qual técnica de interpolação faz parte dos trabalhos de geoestatística?

A. Inverso do Quadrado da Distância

B. Vizinhos mais próximos

C. Triangulação

D. Krigagem
3. Quais os principais parâmetros de um variograma?

A. Base, Topo e Meia altura

B. Efeito pepita, Patamar e Alcance

C. Alfa, Beta e Gama

D. Média e Variância
4. Quais as etapas da geoestatística?

A. Começo, meio e fim

B. Plano amostral, coleta, modelagem do variograma e Krigagem

C. Modelagem e elaboração dos mapas

D. Modelagem, interpolação pelo inverso do quadro da distância


5. Quais são os variogramas mais comuns?

A. Linear, Quadrático e Parabólico

B. Esférico, Exponencial e Gaussiano

C. Quadrático, Polinomial e Cúbico

D. 1 ordem, 2 ordem e 3 ordem


OBRIGADO!
www.csme.com.br
diego_silvasiqueira@yahoo.com.br

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