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Faculdade: Estácio de Sá de Santa Catarina

Curso: Administração
Fase: 7º
Nº da Sala: 2204
Nome: Bruno Pereira de Oliveira
Disciplina: Ciência Política
Professor: Antônio Bonanomi Neto

Interferência do Estado na iniciativa Privada e as Relações de Poder

A interferência do Estado na iniciativa privada foi bem exemplificada com o


apagão aéreo que o Brasil sofreu e é apenas mais uma das conseqüências da
interferência governamental em áreas nas quais a iniciativa privada deveria estar no
comando. O governo mantém a sua ação direta sobre o controle aéreo para garantir a
segurança nacional e não possui condições para investir na excelência da qualidade do
serviço, a sociedade além de perplexa ficou amedrontada ao tomar conhecimento da
fragilidade do tráfego aéreo brasileiro. A praga do sucateamento da infra-estrutura
também foi sentida na energia elétrica, nas estradas e ferrovias, setores tão importantes
para o crescimento do País.
A justificativa é que o governo tem de estar à frente desses setores para garantir
a qualidade e o acesso de serviços fundamentais a todos os brasileiros. Mas o que a
experiência brasileira tem mostrado? Quanto maior a interferência governamental,
menor a concorrência e pior a qualidade dos serviços oferecidos. Os problemas
evidenciados por um Estado endividado e sem força para investir mostram um único
caminho: o incentivo à atuação do setor privado. Para que ela ocorra, o governo precisa
lançar mão de regras, e deixar que a iniciativa privada assuma as rédeas para o combate
aos gargalos.
O melhor exemplo brasileiro está na privatização do Sistema Telebrás. Bem
conduzido e regulado, o processo garantiu a competição em setores como o de telefonia
celular. Em menos de dez anos, os telefones móveis deixaram de ser um símbolo de
status e se tornaram ferramentas de comunicação e de trabalho para mais de 100
milhões de brasileiros, superando até mesmo o número de telefones fixos instalados no
País. Neste caso, o acesso ao serviço de comunicação se deu pela competição. Mesmo
que as operadoras estejam no topo da lista de reclamações em entidades como o
PROCON, o avanço é inegável e a qualidade muito melhor do que a oferecida antes do
processo de privatização da telefonia. Esse sucesso apenas aconteceu porque a iniciativa
privada teve um papel chave na universalização e foi incentivada a concorrer. Com isso,
o avanço do acesso aos serviços tornou-se uma estratégia eficaz para o crescimento das
empresas. O papel de uma estrutura regulatória foi importantíssimo para garantir o
interesse do consumidor, impedindo concentração e ações anticompetitivas por parte
das operadoras.
Incentivar a competição e atrair investimentos para áreas cruciais no país, pode
sim universalizar serviços e melhorar a qualidade de vida da população, muitos países já
privatizaram todos os tipos de serviços, inclusive penitenciárias onde rebeliões e fugas
são raríssimas, e hoje são exemplos em prestação de serviço de qualidade. O Estado esta
acomodado, não oferece condições de trabalho para os serviços essenciais, para um
serviço de qualidade, funcionários públicos viciados em mordomias e regalias, por não
possuir tais condições, a maquina publica virou moeda de troca, favores, votos,
interesses no crescimento profissional, tudo pelo dinheiro, por isso o estado interfere na
privatização, muitos perderiam com tudo isso e o Estado ganharia, mas não é isso que
querem. Toda empresa que é privatizada, melhora muito no atendimento, pois é feita
toda troca de funcionários, estes buscam seus direitos, mas esquecem de seus deveres. O
papel do Governo é cuidar do país e não das instituições que funcionam mal, o Estado
deveria se concentrar e tomar conta apenas da saúde, Segurança e Educação, que são os
serviços essenciais, privatizando todo o resto.
Entretanto, Infelizmente, o País tem caminhado na direção contrária dos bons
exemplos mundiais, e inclusive das poucas experiências nacionais que obtiveram um
limitado sucesso. Estes exemplos indicam que a presença da iniciativa privada, quando
adequadamente regulada pelo governo, tem garantido a competição, a modernização e a
universalização dos serviços de infra-estrutura. As disputas políticas minam as
oportunidades de negócios e dificultam a aprovação de leis necessárias para o avanço do
país. Para crescer em ritmo acelerado, o governo terá de fazer mágica. O primeiro deles
é admitir que precisa da iniciativa privada para tornar a infra-estrutura mais eficiente.

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