Você está na página 1de 5

Empresas Prestadoras de Serviços - Retenção na Fonte – PIS / COFINS / CSLL (MP 135/03, Lei 10.8...

Página 1 de 5

TRIBUTOS > CONTRIBUIÇÕES > COFINS

Empresas Prestadoras de Serviços - Retenção na Fonte – PIS /


COFINS / CSLL (MP 135/03, Lei 10.833/03 e IN 381/03)

Com o advento da Lei n. 10.833/2003 (conversão em lei da MP 135/03), explicitada pela Instrução
Normativa da Receita Federal n. 381/03, a partir de 01.02.04 teve início a retenção de 4,65%
incidente sobre o total da Nota Fiscal Fatura das empresas prestadoras de serviços, quando pagas
por pessoas jurídicas tomadoras dos referidos serviços, a título de PIS, COFINS e CSLL.

Art. 29. Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco
décimos por cento), que será deduzido do apurado no encerramento do período de apuração, as
importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a título de prestação de serviços a outras
pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber.
Art. 30. Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito
privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância,
transporte de valores e locação de mão-de-obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,
bem como pela remuneração de serviços profissionais, estão sujeitos a retenção na fonte da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se inclusive aos pagamentos efetuados por:
I - associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e
serviços sociais autônomos;
II - sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas;
III - fundações de direito privado; ou
IV - condomínios edilícios.
§ 2o Não estão obrigadas a efetuar a retenção a que se refere o caput as pessoas jurídicas optantes
pelo SIMPLES.
§ 3o As retenções de que trata o caput serão efetuadas sem prejuízo da retenção do imposto de
renda na fonte das pessoas jurídicas sujeitas a alíquotas específicas previstas na legislação do
imposto de renda.

Art. 31. O valor da CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, de que trata o art. 30,
será determinado mediante a aplicação, sobre o montante a ser pago, do percentual de 4,65%
(quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), correspondente à soma das alíquotas de
1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento),
respectivamente.
§ 1o As alíquotas de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e 3% (três por cento) aplicam-
se inclusive na hipótese de a prestadora do serviço enquadrar-se no regime de não-cumulatividade
na cobrança da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
§ 2o No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção, na forma da legislação específica, de uma
ou mais das contribuições de que trata este artigo, a retenção dar-se-á mediante a aplicação da
alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção.

Art. 32. A retenção de que trata o art. 30 não será exigida na hipótese de pagamentos efetuados
a:
I - Itaipu Binacional;
II - empresas estrangeiras de transporte de cargas ou passageiros;
III - pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES.
Parágrafo único. A retenção da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP não será exigida,
cabendo, somente, a retenção da CSLL nos pagamentos:
I - a título de transporte internacional de cargas ou de passageiros efetuados por empresas
nacionais;

http://www.lopespinto.com.br/adv/publier4.0/imprimir.asp?id=13&foto=0 27/09/2010
Empresas Prestadoras de Serviços - Retenção na Fonte – PIS / COFINS / CSLL (MP 135/03, Lei 10.8... Página 2 de 5

II - aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e


reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB,
instituído pela Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

Art. 33. A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, poderá celebrar convênios com
os Estados, Distrito Federal e Municípios, para estabelecer a responsabilidade pela retenção na
fonte da CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, mediante a aplicação das alíquotas
previstas no art. 31, nos pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações dessas
administrações públicas às pessoas jurídicas de direito privado, pelo fornecimento de bens ou pela
prestação de serviços em geral.

Art. 34. Ficam obrigadas a efetuar as retenções na fonte do imposto de renda, da CSLL, da COFINS
e da contribuição para o PIS/PASEP, a que se refere o art. 64 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro
de 1996, as seguintes entidades da administração pública federal:
I - empresas públicas;
II - sociedades de economia mista; e
III - demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a
registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI.

Art. 35. Os valores retidos na forma dos arts. 30, 33 e 34 deverão ser recolhidos ao Tesouro
Nacional pelo órgão público que efetuar a retenção ou, de forma centralizada, pelo estabelecimento
matriz da pessoa jurídica, até o 3o (terceiro) dia útil da semana subseqüente àquela em que tiver
ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço.

Art. 36. Os valores retidos na forma dos arts. 30, 33 e 34 serão considerados como antecipação do
que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação ao imposto de renda e às
respectivas contribuições.

SEGUNDO ALERTA: exatamente por decorrência disso, o fato de uma empresa já ser titular de
liminar em mandado de segurança excluindo-a da contribuição à COFINS com fundamento na
Súmula 276 revela que não haverá retenção, na fonte, dessa contribuição, de que tratam a MP
135/03 e Lei 10.833/03, certo? Resposta: certo; é assim pelo menos que dispõe a IN 381/03.
Explicamos porque pode ser um indício: é que análise cautelosa das situações que exigem retenção
vem sendo, desde 1986, reclamada sem sucesso das empresas. Muitas, por absoluta negligência,
não sabem que os serviços por elas prestados não se sujeitam à retenção do IR-Fonte. A incidência
desse imposto, de apenas 1,5% e compensável na média em 45 dias (lucro real) ou 105 dias (lucro
presumido), parece pouco, justificando daí o descaso. Doravante, contudo, tudo pode mudar já que
a retenção adicional de 4,65% totalizando, pois, 6,15%, provoca impacto considerável no capital de
giro, cujo efeito não é nada desprezível.
É que a partir de fevereiro 1% adicionais (CSLL) estarão financiando o governo a juros zero por até
105 dias em média, enquanto o contribuinte estará pagando juros do fim-do-mundo para financiar
seu próprio capital de giro. E, adicionalmente, 3,65% (PIS + COFINS) passarão a financiar o
governo, por 30 dias, em média, também a juros zero.

As empresas que prestam serviços de engenharia, por exemplo, não se dão ao trabalho de analisar
se os serviços por elas prestados estão excluídos da incidência do IR-Fonte e, doravante, por
conseqüência, do PIS, COFINS e CSLL. Conforme contratados os serviços, poderão ser excluídos
dessas retenções totalizando 6,15% - muitas vezes maior que a própria margem de lucro.

Isso, apenas para citar uma das hipóteses não sujeitas à retenção. Existem outras que deverão ser
analisadas em cada caso concreto.

CONCLUSÃO: agora, mais que nunca, justifica-se, como única solução possível, o ajuizamento de
ação visando o afastamento da exigência da COFINS, inclusive na sua nova modalidade retenção.
Se não isso, pelo menos devem as empresas dar-se ao trabalho de analisar se a receita bruta da
prestação dos serviços sujeita-se, efetivamente, à retenção na fonte (IR, PIS, COFINS e CSLL).

Mesmo a majoração da alíquota da COFINS, de 3% para 7,6%, assim como do PIS, de 0,65% para
1,65%, estão sendo contestadas em juízo. As retenções do PIS e da CSLL também poderão vir a
sê-lo, por existirem fundamentos jurídicos para isso.

http://www.lopespinto.com.br/adv/publier4.0/imprimir.asp?id=13&foto=0 27/09/2010
Empresas Prestadoras de Serviços - Retenção na Fonte – PIS / COFINS / CSLL (MP 135/03, Lei 10.8... Página 3 de 5

As providências aqui indicadas são efetivamente muito mais eficazes que lamentar viver num País
em que os governantes, federal, estaduais e municipais, por suas absolutas e incontestáveis
incompetências, não conseguem administrar a economia via redução do tamanho do Estado,
aproximando despesas das receitas - o que os empresários são obrigados a fazer para sobreviver
num ambiente competitivo, seja investindo em seus próprios negócios obtendo aumentos efetivos
de produtividade, ou simplesmente cortando custos, inclusive por redução de suas folhas de
salários, etc., e até as donas-de-casa, administrando o orçamento doméstico sabem equalizar as
despesas com as receitas familiares. Ao invés disso, optam eles por continuar aumentando os
tributos, persistente e insuportavelmente.

Contra a incompetência dos governantes, só mesmo medidas concretas como essas aqui sugeridas.
E, claro, não se esquecer de rezar para conseguir encontrar, pela frente, um juiz com juízo, sensível
à realidade da vida que, fazendo uma releitura da supremacia do interesse público, inconfundível
com o interesse estatal, tenha a percepção de que não é possível persistir sufocando a fonte porque
ela seca!

Pior mesmo é ter que tolerar a ironia do governo que vem sistematicamente defendendo o aumento
da empregabilidade! Como?!? Só se o setor público prosseguir contratando, aumentando ainda mais
o tamanho do Estado!

Atenciosamente,

São Paulo, 12 de janeiro de 2004.

PIS/COFINS/CSLL - Dispensa de Retenção na Fonte - Alteração no Prazo de Recolhimento -


PIS/COFINS-Importação
Adonilson Franco*

A Lei 10925/04 (DOU de 26.7.04) veio introduzir novas alterações na legislação que determina
retenção do PIS/COFINS/CSLL na fonte (Lei 10833/03, art. 30).

I - DISPENSA DE RETENÇÃO NA FONTE

Absolutamente relevante saber que a partir de 26.7.04 não mais haverá retenção na fonte dessas
referidas contribuições toda vez que o valor dos pagamentos efetuados pela pessoa jurídica
tomadora dos serviços (contratante) à mesma pessoa jurídica prestadora (contratada) for igual ou
inferior a R$ 5.000,00 (Lei 10.833/03, art. 31, §§ 3º e 4º introduzidos pela Lei 10925, art. 5º).

Portanto, observados os esclarecimentos constantes dos Quadros abaixo, na Nota Fiscal nem
deverá constar retenção alguma quando o valor dos serviços prestados for inferior a R$ 5.000,00.

Para efeito de controle do limite de R$ 5.000,00 os tomadores (contratantes) deverão controlar os


pagamentos realizados ao mesmo prestador de serviços durante o mês civil, somando-os no
decorrer do referido período. E o prestador dos serviços (contratado) também deverá realizar esse
controle pois a ele caberá destacar, ou não, a retenção em sua Nota Fiscal.

Notar que enquanto o limite de R$ 5.000,00 é controlado por mês, as retenções deverão ser
recolhidas quinzenalmente.

Dado que isso pode parecer de complexo controle - e na verdade o é -, vamos exemplificar como
deverá ser realizado, alertando tratar-se de mais um custo administrativo agora infligido às
empresas.

A - PAGAMENTOS REALIZADOS DENTRO DE UMA MESMA QUINZENA DO MÊS CIVIL

PAGAMENTOS VALORES PAGOS (R$) BASE-DE-CÁLCULO DA RETENÇÃO RETENÇÃO NA FONTE


(PIS/COFINS/CSLL = 4,65%)
1º pagamento no mês civil 2.000,00 2.000,00 (1) 0,00
2º pagamento no mês civil 4.000,00 6.000,00 (2) 279,00
3º pagamento no mês civil 4.000,00 4.000,00 (2) 186,00

http://www.lopespinto.com.br/adv/publier4.0/imprimir.asp?id=13&foto=0 27/09/2010
Empresas Prestadoras de Serviços - Retenção na Fonte – PIS / COFINS / CSLL (MP 135/03, Lei 10.8... Página 4 de 5
Total a ser recolhido no último dia útil da semana subseqüente à quinzena do pagamento 10.000,00
10.000,00 465,00

Total de pagamentos no mês 10.000,00

PAGAMENTOS VALORES PAGOS (R$) BASE-DE-CÁLCULO RETENÇÃO NA FONTE (PIS/COFINS/CSLL


= 4,65%)
1º pagamento na 1ª quinzena do mês civil 2.000,00 2.000,00 (1) 0,00
2º pagamento na 1ª quinzena do mês civil 4.000,00 6.000,00 (2) 279,00
Total a ser recolhido no último dia útil da semana subseqüente à quinzena do pagamento 6.000,00
6.000,00 279,00
3º pagamento na 2ª quinzena do mês civil 4.000,00 4.000,00 (3) 186,00
Total a ser recolhido no último dia útil da semana subseqüente à quinzena do pagamento 4.000,00
4.000,00 186,00
Total de pagamento no mês 10.000,00

(1) Base-de-cálculo inferior a R$ 5.000,00 não há retenção.

(2) Somados os valores pagos dentro do mês, se a base-de-cálculo suplantar a R$ 5.000,00 há


retenção.

B - PAGAMENTOS REALIZADOS EM QUINZENAS DISTINTAS DO MÊS CIVIL

(1) Base-de-cálculo inferior a R$ 5.000,00 não há retenção.

(2) Somados os valores pagos dentro do mês, se a base-de-cálculo suplantar a R$ 5.000,00 há


retenção.

(3) Apesar do valor pago (base-de-cálculo) ser inferior a R$ 5.000,00, está sendo computado para
efeito de recolhimento tributário porque no mês suplanta ao referido limite.

II - ALTERAÇÃO NO PRAZO DE RECOLHIMENTO

Os valores que, retidos pela fonte pagadora (tomadora dos serviços) eram recolhidos ao Tesouro
até o 3º dia útil da semana subseqüente àquela em que ocorrido o pagamento ao prestador dos
serviços (Lei 10833/03, art. 35), deverão agora ser recolhidos até o último dia útil da semana
subseqüente à quinzena em que verificado referido pagamento.

Desse modo, o prazo de recolhimento que tinha lugar no máximo em 9 dias após o pagamento
realizado ao prestador dos serviços, agora será recolhido no máximo em 18 dias após dito evento.

III - PIS/COFINS-IMPORTAÇÃO - EMPRESAS SEDIADAS NA ZONA FRANCA DE MANAUS

A Lei 10925/04 acresceu à Lei 10865/04 o art. 14-A, determinando assim que a partir de 26.7.04
as importações de matérias-prima, produtos intermediários e materiais de embalagem utilizados na
industrialização na ZFM não mais se sujeitarão ao pagamento do PIS/COFINS-Importação.

Nesse caso a legislação concedeu suspensão dessas contribuições, o que vale dizer que também
não gerarão créditos abatíveis do PIS/COFINS (interno) devidos sobre o faturamento da empresa
que tenha realizado a importação.

Considerando que o fato gerador do PIS/COFINS-Importação é, nesse caso, a entrada de bens


estrangeiros no território nacional (Lei 10.865/04, art. 3º, I), logo, a suspensão tributária terá
aplicação a partir do ingresso dos produtos nas 200 milhas marítimas brasileiras ocorrido a contar
de 26.7.04.

Origem do texto: http://www.lopespinto.com.br/adv/publier4.0/texto.asp?id=13

http://www.lopespinto.com.br/adv/publier4.0/imprimir.asp?id=13&foto=0 27/09/2010
Empresas Prestadoras de Serviços - Retenção na Fonte – PIS / COFINS / CSLL (MP 135/03, Lei 10.8... Página 5 de 5
Alameda Joaquim Eugênio de Lima 680, 15° andar, Jard im Paulista
São Paulo - SP / Brasil / CEP 01403-000
Fone: +55 11 3254-5480 - Fax: +55 11 3541-1901

COPYRIGHT © 2010 :: Midiamix desenvolveu este portal com o sistema Publier :: Todos os direitos reservados.

http://www.lopespinto.com.br/adv/publier4.0/imprimir.asp?id=13&foto=0 27/09/2010

Você também pode gostar