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Apostila da turma 3001 de Língua Portuguesa

Pré-Modernismo
O pré-modernismo no Brasil foi uma fase de transição entre o simbolismo e o modernismo

que ocorreu no início do século XX.

Aqui, já se via despontar algumas características modernas como a ruptura com o

academicismo e ainda, o uso de uma linguagem coloquial e regional.

A temática mais explorada pelos escritores do período estiveram voltadas para a

realidade brasileira com temas sociais, políticos e históricos.

Com uma grande produção literária, destacam-se os escritores: Monteiro Lobato, Lima

Barreto, Graça Aranha e Euclides da Cunha.

Modernismo
O Modernismo no Brasil é marcado pela Semana de Arte Moderna, ocorrida em São

Paulo em 1922. É o limite entre o fim e o início de uma nova era na literatura nacional e

nas artes como um todo.

Inspirado nas vanguardas artísticas europeias, o movimento modernista propõe o

rompimento com o academicismo e o tradicionalismo. É assim que a liberdade estética e

diversas experimentações artísticas são apresentadas nesse momento.

Esse período foi dividido em três fases: a fase heroica, a fase de consolidação e a a fase

pós-moderna.

Com uma intensa produção poética, muitos escritores se destacaram: Oswald de

Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Rachel de

Queiroz, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto,

Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Vinícius de Moraes, dentre outros.

Pós-Modernismo
A produção artística brasileira passa por intensa transformação após o fim da 1945.

Assim, o pós-modernismo é uma fase de novas formas de expressão que acontecem na

literatura, no teatro, no cinema e nas artes plásticas.


Essa nova postura moldará o imaginário por meio da ausência de valores, a liberdade de

expressão e o forte individualismo. Além disso, a multiplicidade de estilos é uma marca do

período.

A literatura brasileira contemporânea é composta por muitos escritores: Ariano Suassuna,

Millôr Fernandes, Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Adélia Prado, Cora Coralina, Nélida

Pinõn, Lya Luft, Dalton Trevisan, Caio Fernando Abreu, etc.

Texto I
Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes
proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas,
porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas,
desde os nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo
da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes
à chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos
navios, com os ouvidos presos às canções que vinham das embarcações…
AMADO, J. Capitães de Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).

Texto II
À margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho
ingazeiro – ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as
suas necessidades de cachaça e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do
mercado.
TREVISAN, D. 35 noites de paixão: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009
(fragmento).

Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem


literária recorrente na literatura brasileira do século XX. Em ambos os textos,
a) a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados.

b) a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens.

c) o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social.

d) o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão.

e) a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta.

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