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R$15,00
Foto: Biomanguinhos
revista
Certificação de cabines de
segurança biológica
Desde 1989
Disseminando
Comportamento Asséptico
Conhecimentos
em áreas limpas
sbcc.com.br
CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM A SBCC
A SBCC INFORMA OS CANAIS OFICIAIS DE
COMUNICAÇÃO COM A ENTIDADE PARA A GESTÃO
2018/2019
Diretoria 2018/2019
Edição N0 88
Jul/Ago/Set 2018
revista
4 Editorial
5 Entrevista
24 Certificação de uniformes
27 Procedimentos esterelizantes
29 SBCC em ação
30 Opinião
31 Associados
EDITORIAL Edição N0 88
Jul/Ago/Set 2018
revista
Temas qualificados e diversificados
dos, a SBCC tem buscado novos for- corretamente o macacão para assim
matos para o seu cumprimento, neste evitar a contaminação, procedimentos
sentido disponibilizou para o mercado a serem adotados de comportamento
a modalidade de curso in company. asséptico, análise microbiológica e
A seção entrevista é dedicada a este certificação.
assunto. E, para finalizar, destaque para a
Para esta edição, a SBCC colocou em matéria de Certificação de Cabines
pauta assuntos atuais, como Compor- de Segurança, que traz informações
tamento Asséptico, onde é abordada importantes sobre o trabalho que o
a atenção a ser dada ao operador, Comitê Brasileiro - CB 46 da ABNT
análise de sua personalidade, carac- está realizando.
terísticas da profissão, qualificação, O Brasil vai aos poucos se recuperan-
itens a serem observados para o bom do, a economia já dá sinais positivos, Desde 1989
desempenho da função. alguns setores já saíram da crise, ou- Disseminando
O tema Procedimentos Esterilizantes tros caminham para sair. Conhecimentos
trouxe para as entrevistas diversos as- Vamos em frente, temos um grande
pectos e tecnologias disponíveis neste horizonte em nossa missão!
setor, como normas e aspectos refe- Boa Leitura,
rentes aos quais são os melhores e
mais usados métodos de esterilização. Martin Lazar
Ainda nesta edição trataremos do Chefe do Conselho Editorial
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ENTREVISTA
Curso in Company
SBCC
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Jul/Ago/Set - 2018 - SBCC
ENTREVISTA
estabelecem e definem o melhor fios previstos para a realização de empresa. A partir daí o curso é mon-
conteúdo a ser aplicado. Podendo cada edição? tado considerando-se as normas ISO
também, ser necessária uma etapa Almerinda - O principal desafio é mais atuais, outras normas aplicáveis
de visitação prévia, para definição do sempre entender corretamente a ne- ao tema, e também o conhecimento
melhor formato e conteúdo do curso. cessidade da empresa, para que seja agregado por meio dos Grupos de Tra-
Revista SBCC - Qual o objetivo montada uma grade de curso ade- balho da SBCC. O tempo e duração de
deste formato de curso in com- quada, que atenda satisfatoriamente cada curso é definido de acordo com a
pany? às expectativas da mesma. Um outro necessidade da empresa, podendo ser
Almerinda - O objetivo é permitir grande desafio é o preparo do mate- dividido em mais de uma etapa.
que a empresa possa receber o trei- rial, que requer todo o cuidado para
namento específico que necessita em que sejam fornecidas informações Os cursos in company
suas instalações, tornando o processo atuais e adequadas à empresa.
mais eficaz. É possível também, reali- Revista SBCC - Quais etapas e
da SBCC fornecem
zar estudos de casos relativos à em- pilares de informações são levados certificados e materiais
presa contratante. O curso in company em conta para a estruturação de um personalizados contendo
também permite a participação de um curso in company?
a marca da empresa e da
maior número de colaboradores, o que Almerinda - Após o primeiro con-
nem sempre é possível quando cursos tato feito pela empresa interessada, a
SBCC.
são realizados fora da empresa. SBCC propõe uma grade para o curso,
Revista SBCC - Quais os desa- que é então discutida e aprovada pela
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SBCC--Jan/Fev/Mar
SBCC Jul/Ago/Set - 2018
ENTREVISTA
Estrutura e Escopo do
Curso in company
Revista SBCC - A primeira turma uso de instrumentos nas Cabines de Disponibilizamos também, o Trai-
do curso in company já aconteceu! Segurança Biológica. ning In Company onde é realizado um
Pode nos dizer quem foi e como foi? A definição dos temas abordados treinamento específico nas instalações
Antonio Gamino - Sim, a primeira foi resultado da demanda identificada da empresa para um número limitado
edição do curso foi realizada em São em entrevista com a gerência e dire- de profissionais que atuam em Salas
Paulo, a empresa que realizou de for- toria da empresa, a qual identificou a Limpas ou em atividades de suporte
ma pioneira o curso in company foi a necessidade de reciclar seus profissio- para as mesmas.
Mec-Q, empresa do Grupo Trescal, nais diante das constantes mudanças Revista SBCC - Existem restri-
presente em mais de 20 países. Cer- e elevado grau de qualidade exigido ções para participação?
ca de 10 profissionais participaram do por seus clientes, tanto nacionais Antonio Gamino - A princípio não
curso demandado, desenhado espe- como internacionais. existem restrições para participar do
cialmente para a empresa. Revista SBCC - Como está à curso in company, mesmo porque o
Revista SBCC - Como foi a ade- procura de empresas pelo curso in curso é estruturado para a demanda
são dos profissionais da empresa company da SBCC? específica de cada empresa. Quem
no curso? Antonio Gamino - Temos mais escolhe a grade necessária e define o
Antonio Gamino - Tivemos 100% de dez empresas que solicitaram pro- perfil de quem irá participar é a própria
de adesão dos profissionais designa- postas de curso in company para a empresa, cabendo à SBCC customizar
dos ao curso, sendo que a empresa SBCC, as mesmas estão em processo o conteúdo para o público definido. É,
reuniu representantes de todas as regi- de aprovação, com realização prevista com base nisso que a SBCC ajusta
ões do Brasil, visando nivelar e alinhar ainda para 2019. os módulos, podendo incluir profis-
o conhecimento de seus profissionais, Revista SBCC - Os cursos são de sionais sem experiência, profissionais
tornando cada um dos aprovados em quantos dias em média? de campo altamente experientes, e,
multiplicadores do conhecimento bási- Antonio Gamino - Temos mó- ou também, supervisores, gestores e
co no assunto em suas unidades. dulos pré-estruturados de cursos diretores com o objetivo de reciclagem
Revista SBCC – Qual ou quais para um e dois dias inteiros, de- de seus conhecimentos ou práticas.
foram os temas abordados no curso pendendo do conteúdo solicitado Revista SBCC - O curso é pre-
realizado? E como foram definidos? pela empresa em função de seus sencial?
Antonio Gamino - Os temas objetivos específicos. Cabe aqui Antonio Gamino - Sim, obriga-
abordados no curso realizado foram esclarecer que, a SBCC também toriamente, pois existe uma grande e
a nova versão da Norma ISO 14644- tem outros produtos disponíveis rica interação entre instrutores e par-
1 e 2:2015, que trouxeram mudanças para as empresas como Seminar ticipantes. É, nesse ambiente fechado
conceituais nos ensaios para certificar In Company, onde são ministradas da empresa que os participantes
a classe de limpeza em Salas Limpas e palestras para um número ilimitado ficam livres para tirar dúvidas, expor
Zonas Limpas, e a NSF/ANSI 49:2016 de profissionais dentro da empre- situações pontuais e às vezes delica-
que trata dos ensaios em cabines. sa, momento em que palestrantes das, que nunca o fariam em público
Além da parte teórica, também reali- especializados discursam sobre os durante um seminário, por exemplo.
zamos demonstrações práticas com o temas solicitados. Em casos assim, nossos instrutores
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SBCC - Jul/Ago/Set - 2018
CERTIFICAÇÃO
ENTREVISTA DE CABINES
HVAC
assumem a postura de especialista a serem utilizados pela SBCC. É isso Neste sentido, temos uma gama de
que são, dirimindo dúvidas, apontando que norteia a montagem das grades profissionais relacionados por tema e
soluções, direcionando os profissio- e conteúdo dos cursos, assim como, disponibilidade, mantendo assim mó-
nais a seguirem o caminho correto seminários e treinamentos. dulos pré-estruturados para os cursos
para solucionar determinados casos. Revista SBCC - Após o curso é in company.
Revista SBCC - Como os parti- feita alguma avaliação na empresa?
cipantes são avaliados? Tem certi- Antonio Gamino - Esta pergunta Nosso procedimento
ficado? interessante no sentido de esclarecer
Antonio Gamino - Eles são ava- o objetivo dos produtos in company.
prevê também
liados pelo acompanhamento dos A SBCC não faz avaliação ou audito- uma avaliação dos
instrutores, pois, nossa técnica prevê ria na empresa que faz o curso, pois, instrutores por parte
dois instrutores nestes cursos, onde essa avaliação ainda é um processo
dos participantes no
enquanto uma passa os temas, o outro natural feito pelo mercado no Brasil.
observa, acompanha e interage com Desde 2012, estamos em estreito
curso in company. Essa
os participantes. Além disso, ao final contato com órgãos internacionais, avaliação é coletada
de cada módulo, os participantes reali- que treinam e certificam profissionais no final do curso e
zam uma prova escrita. em Salas Limpas e Ambientes Asso-
entregue ao board
Ao final do curso os participantes ciados e Relacionados. Esses órgãos,
podem receber dois tipos de certifica- possuem critérios e métodos testados de diretores, que
dos: Para quem obtém aproveitamento e aprovados no continente europeu e avaliam vários aspectos
mínimo na prova de 70%, presença começam a fazer parte do ICCCS do e acompanham o
mínima de 50% e boa avaliação dos qual a SBCC é associada.
instrutores, o participante recebe um Por definição, só é possível treinar
desempenho dos
CPA - Certificado de Participação e e avaliar pessoas as quais são parte cursos. Cabe destacar,
Aprovação; e, para quem fica abaixo de uma empresa, que por muitas ve- que os instrutores
desses parâmetros, entregamos um zes só se mantém qualificada, se tiver
são profissionais
CP - Certificado de Participação. profissionais treinados, atualizados, e,
Revista SBCC - Quais os parâ- finalmente qualificados para o desem-
experientes e atuantes
metros utilizados pela SBCC para penho de suas atividades específicas. no mercado, os quais
montagem das grades e conteúdo a Afinal de contas, toda empresa possui colaboram com
serem aplicados. algum índice de rotatividade em seu
a SBCC de forma
Antonio Gamino - Os parâmetros quadro de profissionais, podendo re-
utilizados são definidos de acordo com por colaboradores com a mesma qua- alinhada com a sua
as necessidades que os colaboradores lificação ou investindo em novos para missão de disseminar
da SBCC (ativos em Grupos de Traba- que se qualifiquem. É justamente na conhecimento de Salas
lho, revisão de Normas e seminários reciclagem, treinamento e qualificação
Limpas no mercado
abertos), identificam em eventos, em dos profissionais que a SBCC contribui
campo com clientes e com o merca- para que as empresas permaneçam brasileiro, com o
do em geral. Temos especialistas na qualificadas no mercado. objetivo maior de
SBCC que representam a ABNT em Revista SBCC - Como é definido valorizar nossos bons
órgãos internacionais, que trabalham o docente do curso?
para manter o mercado atualizado em Antonio Gamino - Temos exce-
profissionais.
acompanhamento às mudanças e ten- lentes profissionais colaboradores na
dências internacionais, essas informa- SBCC em todas as áreas de especia-
ções coletadas são usadas como refe- lidades, podemos atender praticamen-
rências para definirmos os parâmetros te qualquer demanda no segmento.
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CERTIFICAÇÃO DE CABINES
Certificação
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CERTIFICAÇÃO
HVAC DE CABINES
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SBCC - Jul/Ago/Set - 2018
As classificações de riscos são de- existe tratamento eficaz e medidas de Grupo de Risco 4 (alto risco
terminadas de acordo com o grau de prevenção. O risco de propagação de individual e coletivo)
risco que a ação exige infecção é limitado. Um agente patogênico que causa
Grupo de Risco 1 (nenhum ou Grupo de Risco 3 (alto risco geralmente uma doença grave no ho-
baixo risco individual e coletivo) individual, baixo risco coletivo) mem, e que pode transmitir facilmente
Opera com agentes que não fazem Um agente patogênico que causa de uma pessoa para outra, direta ou
mal ao ser humano geralmente uma doença grave ao ser indiretamente. Nem sempre é possível
Grupo de Risco 2 (risco indivi- humano, mas, que não se propaga ha- um tratamento eficaz ou medidas de
dual moderado, risco coletivo baixo) bitualmente de uma pessoa para outra. prevenção.
A exposição a agentes infecciosos Existe tratamento eficaz, bem como
pode causar uma infecção grave, mas medidas de prevenção.
Relação dos grupos de risco com níveis de segurança biológica, prática e equipamento
Nível de Segurança
Grupo de Risco Tipo de Laboratório Práticas de Laboratório Equipamento de Proteção
Biológica
Serviços básicos de
Básico - Nível 2 de BTM e fatos de proteção, Bancada de trabalho e CSB para
2 saúde; serviços de
segurança biológica sinal de perigo biológico aerossóis potenciais
diagnóstico, pesquisa
Como Nível 2, mais roupa
Confinamento - Nível 3 de Serviços especiais de especial, acesso CSB e/ou outros dispositivos
3
segurança biológica diagnóstico, pesquisa controlado, ventilação primários pra todas as atividades
dirigida
Como Nível 3, mais CSB classe III ou fatos de pressão
Confinamento máximo - Serviço de manipulação
entrada biométrica, saída positiva em conjunto com CSB
4 Nível 4 de segurança de agentes patogênicos
com ducha, eliminação classe II autoclave duas portas
biológica perigosos
especial de resíduos (através da parede), ar filtrado
Apesar das definições existentes do-os claramente em seus protocolos. zação de certificação para cabines,
em relação a classificação das cabi- A definição dos critérios de aceitação temos tentado um padrão, mas hoje
nes de segurança biológicas, para que é baseada exclusivamente nas neces- cada um define o seu procedimento.
seu uso seja seguro e adequado, as sidades do processo e deve se basear A padronização é necessária para
mesmas devem ser certificadas, mas, no documento de ERU - Especificação que todas as empresas e fabricantes
neste sentido o Brasil ainda carece de dos Requisitos do Usuário. Somente o sigam a mesma orientação. Existe no
normalizações. Uma outra preocupa- usuário tem o conhecimento completo momento uma norma para certificação
ção presente no mercado, é em rela- sobre as especificidades de seus pro- de cabines de segurança em anda-
ção a capacitação e conhecimento das cessos produtivos e ou laboratoriais, mento, espero que com isto, tenhamos
empresas certificadoras, que também bem como, quais regulamentações e a padronização necessária”.
estão desprovidos de normas. normalizações são aplicáveis a seu Quando falamos em certificação
Rinaldo Lúcio de Almeida, gerente caso em particular”. de cabines de segurança, vários itens
de engenharia e manutenção na An- são observados como: Ensaio de inte-
tibióticos Brasil Ltda, (ABL), destaca A cabine de segurança gridade dos filtros HEPA / ULPA ; Con-
ainda outra preocupação, “Cabe ao biológica e a certificação tagem de partículas em suspensão no
usuário buscar os conhecimentos ne- ar ; Velocidade e uniformidade do Flu-
cessários para definição dos critérios Para Francisco Hernandes, “O xo de ar; e, medições sob diferentes
de aceitação de seus ensaios, definin- mercado precisa de uma padroni- aspectos: saturação dos Filtros HEPA /
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Jul/Ago/Set - 2018 - SBCC
CERTIFICAÇÃO
COMPORTAMENTO
HVAC DE CABINES
ASSÉPTICO
ULPA; temperatura e umidade relativa Para William Ito, “O mercado de nova norma, considerando assim to-
do ar; luminosidade; ruído; e, radiação certificações de cabines de segurança dos os ensaios apontados na mesma.
UV (Lâmpada Germicida). biológica está banalizado, como não Apesar dos contratempos, é esperado
Atualmente, o mercado tem prati- existem normas, algumas empresas que a Norma entre para consulta públi-
cado a certificação uma vez ao ano, fazem um ensaio somente, vão lá e ca no início do ano de 2019.
mas, algumas empresas realizam contam partículas, e diz que o equipa- Um dos principais desafios para o
seus testes a cada 6 meses. De acor- mento está certificado. Para garantir a grupo referiu-se as definições sobre
do com Rinaldo Lúcio de Almeida “ certificação de uma cabine é necessá- os ensaios a serem realizados, item
na ABL os testes são feitos a cada 6 rio que uma série de ensaios mínimos definido como o ponto mais polêmico
meses, uma frequência considerada sejam executados. Somente com um para o grupo de trabalho. A dificuldade
boa, porque como fazemos análise de ensaio, você não consegue, de uma se deu porque a norma prevê diversos
infiltração, água, meio de cultura ou, forma concreta, afirmar que o equipa- ensaios específicos e a dúvida seria
às vezes, até manipulação de micro- mento está certificado” quanto a forma de executá-los. A falta
-organismos, se deixarmos para fazer Preocupados com este cenário, de parâmetros para a realização de
uma requalificação com uma frequên- o comitê da ABNT/CB-046 – Áreas ensaios, levou o grupo a campo para
cia maior, e eventualmente tivermos Limpas e Controladas, está em cam- testes in-loco em fábricas, sendo
algum problema na certificação, para po para a criação de uma nova norma então desta forma, definido os itens a
recuperar esse 1 ano fica muito mais para o segmento, até o momento a re- serem ensaiados. A nova norma pre-
difícil. Nós nunca tivemos problemas ferência usada pelo setor é a National vê 13 itens a serem ensaiados.
com relação a esse tempo de certifi- Sanitation Foundation - NSF 49, de Vale destacar que a norma de Ca-
cação”. origem americana. O caminho para a bines de segurança biológica (CSB)
solução do problema seria a tradução classes I e II – projeto, características
da mesma, mas, a NSF não autorizou, e ensaios de desempenho, considera
O surgimento da norma para fato que levou o grupo a trabalhar na que somente o conjunto de vários
certificação de cabines de sua adequação em prol às necessi- tipos de ensaios realizados em uma
segurança biológica dades do mercado brasileiro. Apesar cabine é capaz de garantir a certifi-
de não ser citada, a norma europeia cação de uma Cabine de Segurança
EN12469 também foi considerada na Biológica.
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SBCC - Jul/Ago/Set - 2018
COMPORTAMENTO ASSÉPTICO
Comportamento
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ͲdĞƐƚĞƐĚĞƉĂƌĂůĞůŝƐŵŽĚŽŇƵdžŽĚĞĂƌ
ͻŶĄůŝƐĞĚĞƌŽŵƉƌŝŵŝĚŽĞEŝƚƌŽŐĞŶŝŽ
ͲŶĄůŝƐĞƚĞŽƌĚĞĄŐƵĂĞƌĞƐŝĚƵĂůĚĞſůĞŽ ͲŽŶƚĂŐĞŵĚĞƉĂƌơĐƵůĂƐ
Jul/Ago/Set - 2018 - SBCC ͲŶĄůŝƐĞĚĞİƐŝĐŽͲƋƵşŵŝĐĂĞŵŝĐƌŽďŝŽůſŐŝĐŽ ͲŶĄůŝƐĞĚĞƉƵƌĞnjĂĚĞŶŝƚƌŽŐġŶŝŽĞŽƵƚƌŽƐŐĂƐĞƐ
COMPORTAMENTO
HVAC ASSÉPTICO
atividades é preciso que o operador taminado com peróxido de hidrogênio visor e o operador têm que estar no
utilize as técnicas de comportamento vaporizado. Esta é uma prática pouco mesmo barco, com a mesma intenção
asséptico”. utilizada, mas, tem-se aumentado em de trabalhar nessa tarefa difícil, mas,
Vários fatores devem ser observa- linhas de montagens. Vale destacar, possível de melhorar cada vez mais a
dos quando o assunto é aumento de que este procedimento de RABS está descontaminação”.
partículas, desde paredes, bancadas, em análise por conta das mudanças No quesito fiscalização para a
ar condicionado, itens levados para a Propostas no Anexo I do GMP Euro- indústria farmacêutica, apresenta-se
área limpa como carrinho, utensílios, peu que se refere às boas práticas como uma das mais rígidas devido ao
matéria prima e o comportamento de fabricação na rotina das empresas impacto direto na saúde pública e vida
asséptico do operador. Os procedi- farmacêuticas regidas pela norma Eu- das pessoas. As áreas limpas, também
mentos devem seguir com rigor as ropeia. são objeto de auditoria dos órgãos de
determinações previstas em procedi- No Brasil, as boas práticas de fabri- fiscalização como a ANVISA e as ve-
mentos escritos, desde utensílios e cação da indústria farmacêutica estão zes do próprio cliente, como no caso
luvas que não podem tocar as superfí- descritas na resolução da diretoria dos hospitais que tem a sua própria
cies do grau A e B, a forma de retirada colegiada RDC (resolução da Diretoria auditoria, que, atuando desta forma,
de pacotes de autoclave, abertura dos Colegiada) 17 da ANVISA (Agência garante a sua compra e a qualidade
mesmos para que não haja contamina- Nacional de Vigilância Sanitária). Re- dos produtos adquiridos.
ção, dentre outros. Incidentes podem comenda-se também o uso da ABNT Segundo Richard Chiquetto, far-
acontecer e algumas regras devem NBR ISO 14644 – Salas Limpas e Am- macêutico, analista de processos no
ser seguidas, como “caiu no chão fica bientes Controlados Associados, que Hospital Sírio Libanês, A farmácia
no chão”, “não tocar ou encostar em conta com sete capítulos. Todos, os da UTI e a farmácia da oncologia
paredes ou em outro operador”, “não seus capítulos referentes a áreas lim- possuem áreas limpas e são utiliza-
abaixar”. Qualquer ação fora do que pas e estéreis, têm destaque à impor- das para produzir doses unitárias. O
é previsto para o comportamento as- tância do comportamento asséptico. processo constitui em entrar com o
séptico ou atividade asséptica poderá No assunto comportamento asséptico, medicamento industrializado e sair
contaminar todo o ambiente e se faz também é usada como referência a NR com o produto final manipulado, pron-
necessária uma ação corretiva. 32 - Segurança e Saúde no Trabalho to para ser administrado no paciente.
“Uma tendência em relação ao em Serviços de Saúde. Neste processo a enfermagem ganha
comportamento asséptico é o uso de Eduardo Lopes destaca a impor- mais tempo para o cuidado centrado
materiais que necessitam da mínima tância do Supervisor no processo do no paciente, pois, deixam de manipu-
intervenção do operador. Hoje já é comportamento asséptico “O super- lar as medicações. Esta é uma área
possível receber peças pré-montadas
e, com isto, diminuir o contato do ope-
rador com as partes críticas ou esté-
reis!” argumenta Almerinda.
Outra tendência no mercado é a
utilização do Sistema de Barreira de
Acesso Restrito (RABS) - que forne-
ce um ambiente fechado, que atende
às condições de sala limpa definidas,
usando um recinto de parede rígida e
sobrecarga de ar para separar o seu
interior do entorno ambiente. Neste
Foto: Ophtalmos
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SBCC - Jul/Ago/Set - 2018
ainda pouco encontrada em hospitais, longe. Do ponto de vista de produtivi- preciso manter o foco nos operadores
e acredito ser uma tendência a se dade pode-se manipular cerca de 10 das áreas limpas. Alguns fatos chama-
popularizar quando se pensa em se- vezes mais que um humano utilizando ram atenção dos responsáveis destas
gurança do paciente”. um robô com 2 braços automatizados. áreas no Sírio-Libanês, e após análise
Operador x Robôs Ter um destes na Oncologia seria bem histórica de alguns pontos comporta-
Com tantas exigências no compor- interessante devido ao risco ocupa- mentais de colaboradores, mudanças
tamento asséptico a serem cumpridas cional gerado pela manipulação de foram introduzidas no momento da
pelo operador, surge uma tendência, quimioterápicos. O Sírio-Libanês é um seleção, como levar o candidato para
para um futuro talvez não tão longe, hospital que investe em automação conhecer as áreas, apresentar os pro-
quanto a possíveis substituições de e tem acompanhado as tendências. cedimentos, a vestimenta e desta for-
operadores por robôs. Vale destacar Recebemos há algum tempo a visita ma, as seleções têm se tornado mais
que, mesmo que estas mudanças se de representantes comerciais que nos assertivas.
concretizem, ainda sim, será neces- apresentaram um novo robô, no entan- “Os colaboradores têm a técnica
sário que um operador acompanhe e to, ainda não possui registro no Brasil. asséptica qualificada uma vez por
finalize o processo. Atualmente trabalhamos com um robô ano por meio do media fill. Além disso,
Para Lorena Guimarães Gama na farmácia central que são dedicados promovemos uma reciclagem anual de
Assis, farmacêutica da UTI e da On- a identificação dos medicamentos e ao conteúdos relacionados a área limpa
cologia, duas áreas produtivas do picking de produtos. Ser pioneiro em por meio de workshops que abordam
Hospital Sírio-Libanês, “A chegada áreas limpas seria algo que o hospital de forma teórico-prática situações vi-
da automação e robotização da mani- provavelmente consideraria”. vidas no dia a dia de forma interativa,
pulação asséptica no Brasil não está Enquanto os robôs não chegam é finaliza Lorena”.
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Jul/Ago/Set - 2018 - SBCC
ARTIGO TÉCNICO
ESTERILIZAÇÃO DE
VESTIMENTAS PARA
SALAS LIMPAS
E AMBIENTES
CONTROLADOS
40
SBCC - Jan/Fev/Mar - 2018
TM
CONCEITOS BÁSICOS
PARA MELHOR COMPREENDER MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO, ALGUMAS
TERMINOLOGIAS E LINHAS GERAIS DE PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO E EMBALAGEM
SERÃO DADOS.
• Esterilização refere-se ao processo que resulta que um material continue não-estéril (ou
na eliminação completa ou destruição de seja, contaminado) após passar por um
todas as formas viáveis de vida microbiana; processo de esterilização:
• Bioburden (ou carga microbiana) relaciona-se • Um SAL de 10-6 representa uma chance de
com a população de microrganismos viáveis 1 em 1,000,000 de que uma vestimenta
presentes no produto e/ou sistema de barreira marcada como “estéril” contenha ao
estéril em foco. É tipicamente expressa nas menos um microrganismo viável (não
unidades de UFC/área. estéril).
Estimativa de
SAL vestimentas Tempo médio para falha
não estéreis por ano (vestimenta contaminada)
10-3 12 1 mês
1.2
10-4 0.012
10 meses
10-6 83 anos
Recomendações para validação de esterilização por autoclave podem ser encontradas como referências na
normativa internacional ANSI/AAMI/ISO 11137: Esterilização de produtos para a saúde – Radiação 45
Jan/Fev/Mar - 2018 - SBCC
ARTIGO TÉCNICO
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SBCC - Jan/Fev/Mar - 2018
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de segurança, aplicada em todos os tipos de salas limpas (ISO 4-9) ou em ambientes com alto controle
de contaminação. Trabalhadores em situação de risco podem utilizar sua linha de acessórios,
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Estas informações baseiam-se em dados técnicos considerados con áveis pela DuPont. Elas estão sujeitas a revisão à medida que conhecimento e experiência
adicionais forem adquiridos. A DuPont não oferece garantia de resultados e não assume obrigações ou responsabilidades relacionadas a estas informações.
É responsabilidade do usuário determinar o nível de toxicidade e o equipamento de proteção individual adequado necessário. As informações contidas neste documento
re etem o desempenho de laboratório de tecidos, não de peças de vestuário completas, sob condições controladas. Ele é destinado para o uso das informações por
pessoas que tenham habilidade técnica para avaliação sob suas condições especí cas de uso nal, por sua própria conta e risco. Qualquer pessoa que pretenda usar
estas informações deve primeiro veri car se a peça de vestuário selecionada é adequada para o uso pretendido. Em muitos casos, costuras e fechos apresentam
menores tempos de ruptura e maiores taxas de penetração do que o tecido. Se o tecido for rasgado, desgastado ou perfurado, o usuário nal deve interromper o uso do
vestuário para evitar comprometer a proteção da barreira. COMO AS CONDIÇÕES DE USO ESTÃO FORA DO NOSSO CONTROLE, NÃO CONCEDEMOS GARANTIAS, EXPRESSAS
OU IMPLÍCITAS, INCLUINDO, ENTRE OUTRAS, QUAISQUER GARANTIAS DE COMERCIALIZAÇÃO OU ADEQUAÇÃO A UM USO PARTICULAR, E NÃO ASSUMIMOS QUALQUER
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Jan/Fev/Mar - 2018 - SBCC
CERTIFICAÇÃO
HVAC DE UNIFORMES
Certificação de uniformes
de operadores para
trabalho em graus A e B
A
tuar em salas limpas de graus ger a principal fonte de contaminação mento asséptico do operador influi
A e B requer diversos proto- dentro da sala limpa – as pessoas, diretamente no uso da vestimenta
colos, todos com o objetivo sobretudo devido a liberação natural estéril, que precisa ser mantida assim
de garantir o controle de contamina- de partículas viáveis e não viáveis do para assegurar o controle microbioló-
ção do ambiente, operador e produto. corpo humano. gico dentro da sala limpa. É necessá-
Merecem destaque neste contexto a Para Renata Xavier, Consultora rio, portanto, que o operador entenda
vestimenta de barreira, macacão, bota Sênior da Improve Consultoria e As- a importância do cuidado no momento
e capuz, itens responsáveis por prote- sessoria Farmacêutica “o comporta- de vestir o uniforme estéril, motivo
pelo qual passam por treinamentos
teóricos, práticos e recertificações, em
garantia da paramentação adequada
ao uso do uniforme certificado”, afirma
a profissional.
Certificação e
Recertifcação
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SBCC - Jul/Ago/Set - 2018
Foto: Divulgação / ABL
comportamento asséptico. Já no pro- tável é 0, pois não é aceitado nenhum linha de medicamentos e responsável
cesso de certificação da vestimenta, a crescimento microbiano. da área de vestimentas e uniformiza-
qualificação se dá por conta do ope- De acordo com Renata, “ quando ção da Allergan no Brasil, “não existem
rador saber se paramentar de forma falamos em certificação, o grau de normas a serem seguidas quando o
correta, para a garantia da esterilidade contaminação das luvas deve ser zero. assunto é certificação de uniforme, e
do uniforme. Isso porque considera-se que o opera- sim as boas práticas de mercado. Um
Quando o assunto é a certifica- dor se paramentou de forma asséptica, dos principais pontos a serem obser-
ção de uniformes, o procedimento de não tocou em nada, não fez nenhuma vados é a quantidade de lavagens das
amostragem acontece de forma siste- atividade e então, se ele tiver feito tudo vestimentas. As empresas, devem
mática dentro do ambiente mais críti- da forma correta, no fim da paramenta- acompanhar os serviços prestados
co, o operador se paramenta 3 vezes ção ele coloca um último par de luvas e pelo fornecedor de higienização dos
consecutivas, mas não contínuas, de- então ele não fez mais nada, não tocou uniformes, como forma de redobrar a
vendo ser considerado uma pausa de em mais nada. Então, se tudo tiver sido garantia da qualidade no processo”.
tempo entre uma amostragem e outra. de forma asséptica, o 2º par de luvas Já a definição do tecido e tipo de
Para a certificação de uniformes está estéril” costura são itens relevantes para a
uma rotina é estabelecida, o operador Vale lembrar que, existem algumas escolha da vestimenta adequada a
se paramenta com a roupa estéril, en- regras quando o assunto certificação cada diferente processo. Existem três
tra na área, faz a amostragem que é do operador e de uniforme, apesar de espécies de tecidos para as vestimen-
realizada por meio de placas de conta- um operador ser certificado, se o mes- tas: 100% poliéster – o mais usado na
to, que são colocadas na testa, peito, mo não tiver acessado a área por um maioria dos processos; antiestáticos,
braços, pernas, itens relacionados as longo, por exemplo mais de 3 meses o com 98% de poliéster e 2% de fio de
partes do operador de maior movimen- operador é considerado inativo, deven- carbono – usado para manipulação de
tação. Nesta sequência, o processo do iniciar o processo desde o início. pós; e hidro-repelente, que apresenta
acontece mais duas vezes, e se hou- Além disso, se um operador frequente- uma camada de politetrafluoretileno,
ver qualquer inconsistência, o mesmo mente gera resultados acima do limite usado para manuseio de líquidos con-
é repetido mais uma vez para garantia de ação, há que se considerar um novo taminantes.
do procedimento treinamento e nova recertificação. Apesar de disponíveis no merca-
Para a recertificação, são observa- do, as vestimentas descartáveis não
dos os mesmos pontos da certificação, são as preferidas do segmento, pois a
porém é realizado um único teste. Na maioria das empresas adotam unifor-
rotina, são realizados apenas alguns A certificação da mes reutilizáveis. Por não terem con-
dos pontos de amostragem na para- vestimenta fecções ou lavanderias próprias, as
mentação, enquanto na qualificação empresas costumam terceirizar estes
deve-se considerar um número maior. No entanto, existem outros aspec- serviços e, nestes casos, um dos re-
As luvas ganham destaque neste tos a serem levados em conta quando quisitos básicos para a contratação é
quesito por ser o único item citado na o assunto é certificação de uniformes. que o fornecedor siga as boas práticas
resolução da diretoria colegiada RDC Como não há normas a serem segui- de mercado.
(resolução da Diretoria Colegiada) das para este segmento, as Boas Práti- Essa conduta garante a comodida-
17 da ANVISA (Agência Nacional de cas aplicadas no mercado determinam de do cliente, que receberá as vesti-
Vigilância Sanitária) e no anexo 1 do alguns pontos a serem observados, mentas prontas para serem utilizadas,
Good Manufacturing Practices - GMP como a vida útil da vestimenta, método dentro das necessidades da contra-
Europeu, neles estão definidos o grau de esterilização, tipos de lavagem, de tante. Os uniformes, por sua vez, são
de unidades formadoras de colônias água e sabão, entre tantos outros. higienizados e embalados dentro das
(UFC) apresentando os limites de con- De acordo com Luis Fernando especificações técnicas, garantindo a
taminação microbiológica aceitável em Wenzel, farmacêutico e gerente de higienização e a qualidade do serviço
cada um dos processos. O limite acei- manufatura, corresponsável técnico da prestado.
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PROCEDIMENTOS
CERTIFICAÇÃO
HVAC DE ESTERILIZANTES
UNIFORMES
Luis Wenzel destaca a importância e quantidade de lavagens realizadas. Uma tendência de mercado, para
do controle de qualidade nas certifica- Desgaste natural ou avarias rotinei- minimizar a geração partículas por
ções de uniformes, “Na Allergan, por ras, como um furo na vestimenta, são meio do operador, é o uso de um tipo
meio do Quality Agreement e nossos igualmente avaliados, de acordo com de vestimenta inteiriça, que não sepa-
procedimentos operacionais, temos as Boas Práticas aplicadas pela em- ra macacão e capuz. Uma boa prática
um controle interno, pelo qual acompa- presa para definição de seu descarte também verificada é o uso do “under-
nhamos os processos junto ao forne- ou não. Outro fator relacionado ao gown”, ou “pijama”, como segunda pele
cedor, certificando e qualificando em desgaste natural da vestimenta é o tipo antes da colocação da vestimenta de
nosso plano de auditoria. O mesmo se de esterilização aplicado, sendo que barreira visando proteger ainda mais a
aplica ao acompanhamento dos pon- existem três: autoclave, a mais usada, emissão de particulado pelo operador,
tos determinados em contrato, como radiação via raios gama; e gás oxido assegurando o controle microbiológico
a utilização de sabão não iônico, água de etileno (ETO). do ambiente, mantendo todo o proces-
purificada e lavagens exclusivas para a O acompanhamento do monitora- so asséptico em níveis requeridos por
empresa, sem misturar com vestimen- mento ambiental das empresas avalia cada processo em graus A e B.
tas de outros clientes”, finaliza. os níveis de contaminação. O uniforme
Hoje em dia, o controle de vida útil do operador é monitorado por meio de
de cada uniforme é feito por meio de medição realizada por todo o corpo,
chip ou código de barras, onde fica incluindo mãos, braços e pernas, e
registrado o histórico de utilização os resultados indicam o momento do
desde a criação, incluindo localização descarte da vestimenta.
Procedimentos
esterelizantes
C
alor seco, calor úmido (va- ser calor seco/úmido, junto a algum
por), peróxido de hidrogênio, agente químico ou radiação, desta for- Legislação e Normas
óxido de etileno (ETO), filtra- ma ocorrerá a redução da população,
ção, radiação, são algumas das for- até chegar a probabilidade de achar Uma forma de assegurar o tipo de
mas de esterilização disponíveis para um em um milhão, garantindo assim o esterilização adequado é seguir as le-
o processo de descontaminação. Mas, resultado do teste de validação” gislações, normas ou recomendações
como definir qual o melhor método Vale destacar a diferença entre existentes.
para cada aplicação? esterilização e sanitização, pois, cada
O processo de descontaminação uma destas formas apresenta ca-
microbiológica tem por objetivo, ga- racterísticas diferentes de aplicação:
rantir o nível de segurança por meio Esterilização – Processo de inativação
da eliminação de micro-organismos completa dos micro-organismos com a
(bactérias, vírus, fungos, esporos), probabilidade 1 sobre 1 milhão; e , Sa-
que podem vir a contaminar produtos nitização - Processo de desinfecção e/
e materiais, oferecendo riscos à saú- ou descontaminação quando acontece
de. A garantia de um processo de apenas a redução da contaminação.
esterilização com qualidade exigida Marco destaca ainda, de uma
para materiais e produtos utilizados maneira bem simples, que é mais
em salas limpas, hospitais, indústria fácil esterilizar o que se vê, do que
farmacêutica, consultórios odontoló- o que não se vê, por exemplo, os
gicos, encontra-se na qualificação do micro-organismos com medições
equipamento e na validação do pro- próximo de zero. “Seguindo esta linha
cesso de esterilização escolhidos. de raciocínio, usamos as diretrizes
Para Marco Duboc, farmacêutico de boas práticas de fabricação, apli-
e diretor da AG3 Solutions, “Um dos cando a análise de Bioburden, que
pontos principais da esterilização é a é a medição de micro-organismos
validação do processo, pois por meio viáveis, com a redução de contamina-
da validação garante-se a esterilização ção inicial. O objetivo é começar uma
do material ou produto. O método mais produção com baixa carga microbia-
usado é a probabilidade de achar um na para evitar que no futuro, depois
organismo em um milhão. Por exem- da realização de todos os processos
plo, coloca-se um milhão de esporos de descontaminação, sanitização ou
de uma determinada bactéria, aplica- esterilização, haja contaminação”
-se um método esterilizante, que pode finaliza.
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PROCEDIMENTOS
SBCC EM AÇÃO
HVAC ESTERILIZANTES
No caso da indústria farmacêutica, e Metrologia“. Vale ressaltar que, O Comitê Brasileiro CB 26 Odonto-
o Ministério da Saúde por meio da Dire- os procedimentos esterilizantes -Médico-Hospitalar da ABNT – Asso-
toria Colegiada da ANVISA – Agência no Brasil são os mesmos usados ciação Brasileira de Normas técnicas,
Nacional de Vigilância Sanitária indica em outros países, apresentamos o disponibiliza algumas normas que são
a Resolução da Diretoria Colegiada - mesmo padrão seguido no mundo traduções da ISO. Entre elas:
RDC 17, referente as Boas Práticas na todo, sem deixar nada a desejar”. - NBR ISO 11135 de 2014 Es-
Fabricação de Medicamentos. Outra E, continua “ tenho acompanhando terilização de Produtos de Atenção à
RDC é a 15 que estabelece os requi- as tendências, e observo que ape- Saúde - Óxido de Etileno
sitos de Boas Práticas para o Proces- nas para equipamentos é que se vê - NBR ISO 17665, Esteriliza-
samento de Produtos para a Saúde, mudanças, com apresentação de ção de Produtos para Saúde – Vapor
com foco nas Boas Práticas para o maior segurança e eficiência, prin- - NBR 15659: Esterilização de
funcionamento dos serviços visando à cipalmente devido a utilização de Produtos para Saúde Esterilizadores
segurança e saúde do paciente e dos sistemas de automação e controle de Vapor a Baixa Temperatura e For-
profissionais envolvidos. validáveis. Mas, faltam novidades maldeído
Para César Thomaz Marchin Rinal- em métodos, agentes esterilizantes
di, engenheiro da Tekset Automação ou tipos de esterilização.
Este tipo de esterilização utiliza autoclaves para a realização do processo e é utilizado para o
uso em roupas, materiais, produtos, matéria prima e meio de cultura. Ele pode ser
subdividido em outros dois tipos também comuns, o vapor úmido e o vapor superaquecido.
Vapor saturado sob
Para realizar a esterilização de materiais com vapor saturado sob pressão, é preciso que
pressão ou calor úmido
alguns cuidados sejam tomados. A água utilizada deve ser livre de contaminantes que
possam interferir em todo o processo, danificando o aparelho ou os produtos a serem
esterilizados
A esterilização de materiais feita por radiação ionizante utiliza baixas temperaturas em seu
processo. Ela é indicada para materiais termossensíveis, que não suportam altas
Radiação ionizante temperaturas. O processamento com essa técnica engloba a alteração da composição
molecular das células a partir da modificação do DNA. Isso provoca a perda ou a adição de
cargas elétricas aos materiais.
é uma das formas mais usadas para esterilização é indicada para os materiais
termossensíveis, que são aqueles cujas características físicas sejam incompatíveis com os
Óxido de etileno (ETO)
processos convencionais de esterilização por vapor e alta temperatura, e, também indicado
para materiais como insumos médicos.
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SBCC EM AÇÃO
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Jul/Ago/Set - 2018 - SBCC
OPINIÃO
O que é o eSocial
e quais os seus
Foto: Divulgação
impactos no dia-a-dia
das empresas Thiago Rodrigues*
Polêmico e controverso, o eSocial tende a causar Podemos destacar como vantagens do eSocial a
grandes mudanças nas relações de trabalho. É redução da burocracia, a maior automação de tarefas,
importante lembrar que o eSocial não criará novas leis escrituração digital e a atualização de dados de
ou direitos, tem como função primordial alimentar os segurança e saúde do trabalho.
bancos de dados dos órgãos da administração pública Por outro lado, destacamos como desvantagens os
com dados dos trabalhadores e eventos ocorridos no gastos das empresas com implementação de sistemas,
contrato de trabalho. a fiscalização se tornará mais ágil e eletrônica
Com a implementação total do eSocial, 45 tipos de e a necessidade de as empresas reverem seus
eventos terão que ser registrados no sistema, como procedimentos internos.
admissões, exames médicos, alterações contratuais, Assim como ocorreu com a Reforma Trabalhista,
férias, rescisões, licenças, dentre outros. tudo que é novo traz pânico e desconforto, todavia,
Esse banco de dados poderá ser utilizado pela com o tempo as empresas devem se adaptar ao
Receita Federal do Brasil, pelo INSS, pela Caixa sistema, lembrando, sempre, que o Judiciário estará
Econômica, Previdência Social e futuramente até pela sempre à disposição para eventuais discussões sobre
Justiça do Trabalho, e além disso, os trabalhadores multas e obrigações consideradas injustas, ilegais ou
também terão acesso a um tipo de histórico de sua vida excessivas.
como trabalhador.
Embora o eSocial esteja fazendo com que muitos
RH’s “percam o sono”, é certo que com o tempo, ele Thiago Giovanni Rodrigues, sócio do escritório
tende a simplificar a vida de todos os envolvidos, Rosenthal e Sarfatis Metta Advogados. Graduado
afinal, irá reunir em um único lugar várias obrigações em Direito pelo Centro Universitário Salesiano
trabalhistas, como GFIP, RAIS, CAGED, MANAD, de São Paulo – U.E. Lorena. Pós-Graduado em
GPS, QHT, GRF, DIRF, DCTF, PPP, dentre outras, além Direitos Fundamentais pela Faculdade de Direito
de , facilitar a escrituração das empresas. Claro que, da Universidade de Coimbra. Cursou LL.M (Legal
também simplificará a fiscalização sobretudo com as Law Master) em Direito de Negócios pela FMU.
controversas multas automáticas. Membro do Grupo Técnico Legal da FIESP sobre
O eSocial será implantado em grupos e fases, a Modernização Trabalhista. Ex-membro da
sendo que o primeiro grupo que engloba empresas Comissão de Direito Empresarial do Trabalho da
com faturamento anual (no ano de 2.016) superior a 78 OAB/SP.
milhões de reais, já está em andamento.
As demais empresas privadas, incluindo SIMPLES
e MEI’s começaram a primeira fase em julho de 2.018
e os entes públicos, segurados especiais e pequenos
produtores rurais (pessoas físicas) começarão a
primeira fase em janeiro de 2.019.
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SBCC - Jul/Ago/Set - 2018
ASSOCIADOS
HVAC SBCC
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SBCC - Jan/Fev/Mar - 2018
Alsco:
128 anos de qualidade,
atendimento, excelência e
segurança em Higienização Têxtil.
Inovando sempre e oferecendo soluções de alta
tecnologia aos seus clientes, através dos chips
Ultra-RFID (controle por rádio frequência).
A Alsco completa 128 anos neste mercado,
em que é líder e pioneira.
CO
NFIANÇA •
ISO 9001 Locação e higienização de uniformes para atendimento às áreas ISO 5 (C.100) e
ISO 14001
ISO 7 (C.10.000);
•
O
CO
MPROMISS
Uniformes esterilizados por EtO;
www.alsco.com.br • cleanroom@alsco.com.br
São Paulo: Vila Maria (11) 2198.1477 - Santo Amaro (11) 2198.2122 • Rio de Janeiro (21) 3906.7979 • Minas Gerais (31) 3306.0200
Paraná (41) 3525.6400 • Rio Grande do Sul (51) 3477.4099 • Demais Localidades 0800 193031