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A VERDADEIRA ENCRUZILHADA: 

Pois bem, os locais corretos para se preceituar os Guardiões é simples:


 
1º) Identifique o ponto de força da Natureza que o Guardião irá utilizar.
 
2º) Providencie os materiais necessários para a oferenda, todos de energia positiva
(nunca utilizar carnes, sangue, ossos ou qualquer tipo de material de baixa
vibratória).
 
3º) Chegando ao ponto de força da Natureza, firme uma vela na cor da vibratória do
Orixá correspondente; de joelhos, peça licença para o trabalho que irá realizar. Se
afaste dessa vela por 77 (setenta e sete passos); aí esta o ponto de força onde os
Guardiões do Orixá específico manipulam suas energias. Exemplo: O trabalho a ser
realizado necessitará a presença e a força do Guardião conhecido como – Veludo.
Esse Guardião vibra as forças da Mãe Oxum. Com isso, já definiremos que teremos
que realizar a nossa oferenda no ponto de força – Cachoeira. Lá chegando, firme
uma vela cor-de-rosa para a Mãe Oxum, e de joelhos faça suas preces, pedindo o
que necessita. Logo após, afaste-se 77 (setenta e sete) passos para qualquer lado.
Nesse exato local, vibrará a energia poderosa dos Guardiões da Mãe Oxum. Assim o
é para todos os Guardiões dos Orixás. Uma campina, um riacho, onde elementos da
natureza se cruzam, não precisa ser uma encruzilhada do mundo físico, como ruas,
cemit´rios.
 
Esta é a verdadeira “encruzilhada” dos Guardiões, pois é situada na Natureza. A real
encruzilhada dos Guardiões não está no campo físico, mas sim no campo astral, na
combinação dos elementos naturais, que são os já conhecidos Ar – Fogo – Água –
Terra – Vegetal – Mineral – Animal – Etérico Humano e Magnético Telúrico, formando
o ciclo da vida, havendo os segredos invioláveis deste mistério que é conhecido
apenas pelos Guias Espirituais da Umbanda e a quem eles abrem o mistério.
 
Esta encruzilhada, a verdadeira Encruzilhada ou Roda Cabalística obedece aos pontos
cardeais e as entradas e saídas de força que agregam e desagregam os elementos e
mantém a transformação da vida.
 
Estas transformações são possibilitadas pelas chamadas Linhas de Força, que são a
consubstanciação da Energia dos Orixás, pois cada um dos Poderes Reinantes do
Divino Criador (Orixás) é senhor de uma Energia:
 
• Pai Oxalá – senhor da energia etérica.
 
• Mãe Yemanjá – senhora da energia das águas salgadas
 
• Mãe Oxum – senhora das energias das águas doces.
 
• Pai Oxumarê – senhor das energias dos ciclos da vida
 
• Pai Ogum – senhor das energias dos metais
 
• Mãe Yansã – senhora das energias do ar
 
• Pai Xangô – senhor das energias do minerais
 
• Mãe Obá – senhora das energias das águas revoltas.
 
• Ibeji – senhor das energias da espiritualidade
 
• Oxossi – senhor das energias da fauna
 
• Ossain – senhora das energias da flora
 
• Omulú/Obaluaiê – senhor das energias da terra
 
• Nanã Buruquê – senhora das energias das águas paradas
 
• Yewá – senhora das energias das fontes
 
• Logunedé – senhor das energias das beiras dos rios junto das matas
 
• Kitembo – senhor das energias do tempo cronológico
 
• Exu – senhor das energias magnética telúrica
 
• Pomba Gira – senhora das energias do fogo
 
Estas Energias são transformadas pelos Guardiões em Forças Elementais
propriamente ditas, chamadas de Forças Sutis e são coordenadas pelos Guardiões de
Lei responsáveis pela Coroa da Encruzilhada, que são os que estão assentados a
trabalho das Irradiações Divinas, Os Sagrados Orixás.
 
Lembramos que os Guardiões nos dão nomes simbólicos, não sendo os seus
verdadeiros, embora eles tenham relação sonométrica com suas designações
originais que são poderosos mantras e por isso não devem ser revelados sem a
devida oportunidade e a qualquer pessoa. Mas mesmo estes nomes possuem a
vibração correta dentro da magia de som para que suas invocações sejam atendidas.
 
Declinamos nos nomes simbólicos dos Maiorais, devido a grande confusão reinante
quanto à denominação de cada um. Cada escritor ou mesmo sacerdote umbandista,
cria a sua hierarquia, o que causa uma grande confusão entre os estudiosos. Por
isso, vamos ligar os Guardiões somente à linhagem de trabalho pertinente a cada
Orixá.
 
Seja qual for o Guardião pertencente à Linha Espiritual regida por qualquer Orixá, vai
responder, com os atributos e atribuições do Maioral que rege essa Linha de
trabalho.
 
Cada um dos Maiorais se agrupam conforme as forças (Orixás) que manipulam. E
estas forças (Orixás) estão relacionadas aos pontos cardeais.
 
Esta é, então, a Verdadeira Encruzilhada de Guardião, sendo que suas oferendas e
preceitos devem sempre seguir a orientação dos pontos cardeais, pois isto é
importantíssimo na magia de imantação e desagregação.
 
Novamente nos explicaremos melhor, para orientar os menos atentos, pois sabemos
que tal assunto é novo para a maioria dos irmãos de fé sendo assim, não é fácil de
ser digerido.
 
A Encruzilhada de Guardião é a síntese magística da Umbanda e da Quimbanda. É
interessante observar-se as entradas e saídas da encruzilhada, pois são elas as
responsáveis diretas pela manutenção da vida e pela limpeza astral do planeta.
Sabendo utilizar-se delas, é possível manter-se a saúde e a harmonia, além da paz
interior.
 
Diremos que basta observar que o Norte e o Sul são entradas, o Leste e o Oeste são
saídas. No centro da roda está o chamado “centro indiferenciado”, que é de onde
saem energias positivas e para onde são levadas todas as energias negativas ou
estáticas de nosso planeta. Por isso, revelaremos apenas que se um indivíduo quiser
revitalizar-se quando realizar algum preceito que não utilize, repetimos, NUNCA o
elemento sangüíneo, deve-se voltar aos cardeais LESTE/OESTE e para se descarregar
deve-se voltar aos cardeais NORTE/SUL pedindo o Agô (licença) e as forças
necessárias aos senhores da Encruzilhada para imantar-se ou descarregar-se, dentro
da Lei e da Justiça.
 
A Magia não se divide em negra ou branca, e também não existe magia da Umbanda,
egípcia, cigana, etc. A magia é planetária e responde a uma só lei. Ela está
condicionada a vontade ao saber e a moral do operador, pois os conceitos de bem ou
de mal são condições ligadas à inteligência do espírito de acordo com o grau
evolutivo ou com a abertura de seu consciencional, pois a Lei Cármica pode ser
acionada de acordo com os atos conscientes ou inconscientes de quem manipulam as
forças ocultas da matéria.
 
Isso é comprovado no fato de que muitas vezes o desconhecimento da existência de
um carma coletivo, grupal e individual resulta na realização de atos que entram em
choque com estas três leis reguladoras. Exemplificando: pode-se achar que está se
fazendo um bem individual a uma pessoa, mas ao mesmo tempo pode-se prejudicar
uma coletividade, pois através da magia é possível evitar-se que algo aconteça a
alguém, mas e se esse alguém tiver em seu carma a suposta dívida que se desejou
sanar?
 
Nesse caso a balança da Lei será pesada e contada, sendo que, cedo ou tarde, a Lei
de Causa e Efeito aliada a seus choques de retorno será acionada.

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