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Recife, 2016
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Trilhos Ferroviários
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Superestrutura Ferroviária
1. Trilhos
2. Fixações do trilho ao Dormente
3. Dormentes
4. Lastro
5. Sublastro
6. Talas de junção
7. Aparelhos de Via
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Trilhos Ferroviários
Os trilhos são os componentes de aço, posicionados longitudinalmente na via,
responsáveis por:
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Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983.
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Superestrutura Ferroviária
Material
Rodante
Lastro
Trilho
Fixação Boleto
Dormente Patim
Detalhe do
Trilho
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História dos Trilhos Ferroviários
Os trilhos, elemento da superestrutura que constitui a superfície de rolamento para as rodas dos veículos
ferroviários, vem sofrendo uma evolução permanente, desde os primórdios das estradas de ferro, até os
dias atuais, com o grande desenvolvimento da tecnologia do aço.
A forma e o comprimento evoluíram gradativamente, até atingirem os perfis modernos de grande seção e
também seu peso, para permitir as pesadas cargas por eixo dos trens modernos.
Desde do início da era comercial das estradas de ferro, pensou-se em dar ao trilho a forma de duplo T, a
mais econômica para as peças sujeitas á flexão, Tendo em vista o grande desgaste a que está sujeito o
trilho, deu-se ás duas mesas uma espessura considerável, para permitir o seu uso, mesmo depois de
apreciável desgaste.
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Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983.
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História dos Trilhos Ferroviários
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Processos de fabricação do trilho
Evolução do Perfil dos Trilhos – Perfis com capacidade de carga para “apoios isolados”
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História dos Trilhos Ferroviários
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História dos Trilhos Ferroviários
Charles Blacker Vignoles (1793, Woodbrook, Irlanda -1875, Hythe, Inglaterra) foi um
engenheiro ferroviário inglês. Ficou conhecido pela criação do trilho Vignoles.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Vignoles 14
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
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Vídeo como são feitos os Trilhos
https://www.youtube.com/watch?v=YaCPDKmcmm0 16
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Vídeo Fabricação de trilhos Ferroviários
https://www.youtube.com/watch?v=EohDtnW4OE4 17
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
Nos transportes urbanos ferroviários do tipo bonde ou VLT (Veículo leve sobre trilho), é usado
o trilho do Tipo Fenda (garganta), cuja a forma permite que o calçamento da ruas encostar-
se aos trilhos, sem danificar o pavimento, onde os frisos das rodas correm sobre o canal
existente na cabeça (boleto) do trilho.
Além das funções estruturais de sustentação do material rodante, cabe também aos
trilhos a condução da corrente elétrica do sistema de sinalização ferroviária. O circuito é
fechado pela passagem dos eixos veículos.
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Fonte: ANTAS, P.M.; VIEIRA, A.; GONÇALO, E.A.; LOPES, L.A.S. Estradas – projeto geométrico e de terraplenagem. 1ª ed. Editora Interciência, 282 p., 2010.
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
Trilho Nacionais
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
Trilho Ferroviário Tipo UIC-60
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
Trilho Ferroviário Tipo Garganta para Bonde – 51RI1 (TR75)
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
Especificações para recebimento dos trilhos
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Especificações para recebimento dos trilhos
• Ensaio de Resiliência
• Ensaio Micrográfico
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Especificações para recebimento dos trilhos
• Ensaio de Resiliência
• Aplicado em 2% dos trilhos e serve como índice de fragilidade do aço
• ρ >= 3 kg m / cm2
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Especificações para recebimento dos trilhos
• Ensaio de Dureza Brinell
Utiliza-se uma esfera de 10 mm de diâmetro e um esforço de 3.000kg, durante alguns
segundos
• Ensaio Micrográfico
• Realizado a partir do ataque da superfície interna do trilho com iodo em solução
• Permite caracterizar
– Fissuras superficiais
– Ensaio macrográfico
• Usa-se reativo de Heyn (cloreto duplo de cobre e amônio em água destilada) ou reativo
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de Bauman (brometo de prata)
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Especificações para recebimento dos trilhos
Ensaio micrográfico
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Especificações para recebimento dos trilhos
entalhado e fraturado
estrutura brilhante ou granulação fina, o trilho do Corpo de Prova é classificado como “X”
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Classificação dos trilhos
algum problema
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Trilhos especiais com tratamento térmico
frágeis
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
O boleto do trilho está sujeito a desgaste lateral e vertical – A largura c e altura e são
estabelecidas para atender aos esforços horizontal e vertical que o trilho está submetido
– O desgaste da altura e pode atingir até 12 mm em vias principais e 15 mm em vias
secundárias
– A largura do boleto c deve guardar com a altura e uma relação tal que o desgaste lateral
não obrigue a substituição do trilho
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Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983.
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
A determinação do desgaste do boleto, pode ser realizada utilizando-se métodos para a determinação do
desenho da seção transversal do trilho, por métodos tradicionais ou modernos:
1. Pode-se utilizar o aparelho de Unisteel Contorograph, que uma espécie de pantógrafo que determina o
contorno da seção do trilho.
2. Pelo aparelho de Richter
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
Aparelho de Richter
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
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Vídeo - Dimensionamento Estrutural Trilho
Ensaio MiniProfRail desgaste de Boleto de Trilho
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https://www.youtube.com/watch?v=BDNpdXbgQZw
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
Aparelho de Laserail
Para a monitoração do desgaste dos trilhos com maior precisão foi adquirido o aparelho Laserail, modelo
EZ-3, que através de um sistema a laser faz a leitura do perfil do trilho. A tecnologia de medição à laser
consiste na incidência de raio laser sobre o trilho, refletindo seu perfil em um painel luminoso, que faz a
comparação entre as dimensões do perfil medido e parâmetros normalizados do trilho em questão.
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Vídeo - Dimensionamento Estrutural Trilho
Ensaio Medição desgaste de Boleto de Trilho
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https://www.youtube.com/watch?v=BmdpMoT3eOo
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
O desgaste do boleto deve ocorrer no mesmo tempo que o desgaste por oxidação da alma e
do patim
• É importante a relação entre a altura do trilho h e a largura do patim “l”
– Esta relação é importante para responder ao esforço vertical P e a força lateral “Ft”
– O momento de reviramento que é combatido pelo fixação do trilho mais o momento
– A relação ideal é Superestrutura – Trilhos h/l = 1,0 a 1,1
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Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983.
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
• Coeficiente de utilidade
– onde
• c - coeficiente de utilidade
• w - módulo resistente à flexão onde w = 0,25 a 0,27x S x h, onde “S” é a área da seção
transversal do trilho e “h” a altura
• p - peso do trilho em kg/m
• Serve para comparar dois perfis diferentes de trilho
– O que tiver maior valor é o mais econômico
– Pois terá menor peso para o mesmo valor do módulo resistente à flexão “w”
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Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983.
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Trilhos Ferroviários – Durabilidade
da circulação
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Trilhos Ferroviários – Desgaste Boleto
Desgaste lateral do boleto
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Dimensionamento Estrutural
Teoricamente, a via férrea só deveria ter que suportar os esforços normais, resultantes dos
pesos dos veículos e a força centrífuga exercida por estes, nas curvas. Na prática, porém, a
ação dos esforços normais é modificada pelos esforços “não normais” que desempenham
importante papel na solicitação da via e derivam das características inerentes à mesma e têm
relação com as peculiaridades construtivas da própria via e do material rodante.
De modo geral, os esforços atuantes derivam da ação das cargas estáticas e dinâmicas e
nesse caso dos diversos movimentos a que estão sujeitos os veículos em seu deslocamento
sobre a linha. De uma forma mais objetiva podemos agrupar os esforços atuantes na via em
três categorias principais:
- Esforços Verticais;
- Esforços Longitudinais e
- Esforços Transversais.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Roda
Trilho
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação das Forças Atuantes nos Trilhos
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Dimensionamento Estrutural
Esforços Verticais
São os que têm a direção normal ao plano dos trilhos:
a) Carga Estática - é a carga originada pelo peso dos veículos quando os mesmos
estiverem parados sobre a via;
b) Força centrífuga vertical – qualquer massa excêntrica do material rodante e dotada de
movimento de rotação vai gerar uma força centrífuga vertical que variando de posição
aumenta e reduz a carga do veículo, alternadamente, causando choques cuja intensidade é
proporcional ao quadrado da velocidade;
c) Movimento de galope – movimento que existe em virtude de irregularidades na via, como
no caso das juntas paralelas e de juntas defeituosas. É um movimento em plano vertical,
paralelo aos trilhos que sobrecarrega ora um eixo traseiro, ora um eixo dianteiro da
composição;
d) Movimento de trepidação – é um movimento semelhante ao anterior, também causado
por irregularidades da via e no qual as molas do truque dianteiro e do truque traseiro de um
vagão são comprimidas ao mesmo tempo, ocasionando “trepidação” que sobrecarrega todos
os eixos; 54
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Dimensionamento Estrutural
Esforços Verticais
e) Movimento de balanço ou “roulis” – é um movimento causado pelas irregularidades da
via (como as juntas alternadas, por exemplo) e que se desenvolve no sentido perpendicular à
via, sobrecarregando, alternadamente, as rodas de um dos lados do veículo;
g) Defeitos da linha – qualquer defeito na linha gera uma sobrecarga na distribuição das
cargas verticais;
h) Defeitos no material rodante – material rodante defeituoso ocasiona choques na via que
aumentam a carga dinâmica. Por exemplo: “calos” nas rodas (geram martelamento nos
trilhos).
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Dimensionamento Estrutural
Esforços Transversais
b) Movimento de “lacet” - é um movimento causado pelo próprio jogo da via ou por alguma
irregularidade do alinhamento ou do material rodante e que faz com que as rodas choquem-
se, alternadamente, com os trilhos no sentido de provocarem alargamento da bitola;
c) Vento – como a “área batida” da lateral dos veículos é considerável, um vento forte pode
criar um esforço transversal razoável nos trilhos, através dos frisos das rodas.
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Dimensionamento Estrutural
Esforços Longitudinais
São esforços paralelos ao eixo dos trilhos e cujas causas principais, são as seguintes:
c) Golpes das rodas no topo dos trilhos – ocorre nas juntas de dilatação, causa esforço
no sentido do deslocamento dos trens;
d) Esforço trator – gera uma força de atrito no sentido contrário ao deslocamento do trem;
f) Contato dos frisos das rodas com os trilhos – gera por atrito, esforços no sentido do
deslocamento dos trens.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
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Superelevação das Vias Férreas
Truque Ferroviário
Pino e Prato
do Pião
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Escolha do Tipo de Trilho
Determinar o tipo de trilho que será adotado numa linha férrea significa, selecionar um tipo de trilho
entre os vários especificados em norma.
Adota-se a fórmula de Shajunianz por melhor refletir a realidade, já que considera os principais
fatores de solicitação, como a carga anual, e valoriza a carga por eixo. Sabendo que a fórmula é
empíricas e , portanto, os resultados serão próximos da realidade.
Uma fez definido o tipo de trilho, será verificada sua capacidade de suporte as cargas induzidas
pelo material rodante.
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Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Escolha do Tipo de Trilho
(
Q := a ⋅ 1 +
4 )
T ⋅ ( 1 + 0.012) ⋅ P
3
Q = 57.835 kgf/m
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Momento Fletor Máximo no Trilho
Devido à natureza dos esforços atuantes nos trilhos os momentos atuantes estarão
sempre em um plano ortogonal ao eixo dos trilhos.
2. Método de Zimmermann
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Momento Fletor Máximo no Trilho
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https://www.youtube.com/watch?v=xgVHsqdByUA
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Momento Fletor Máximo no Trilho
65
https://www.youtube.com/watch?v=lN028MpQB8A
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Vídeo - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação dos Esforços nos trilhos (Flexão e Cisalhamento)
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Vídeo - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
67
https://www.youtube.com/watch?v=9Qx-dmdrC3c
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Vídeo - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
68
https://www.youtube.com/watch?v=y0zpw6qUUXk
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
P
Linha de
Roda Deformação
Trilho
Tensões na
interface
Trilho/ Dormentes
Tensões no Lastro
Tensões no Sublastro
Tensões no Subleito
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Esquema de Carregamento
Neste caso, o trilho é considerado como viga contínua com um número infinito de vãos. A expressão dos
momentos fletores é obtida aplicando-se a equação dos três momentos:
Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983. 71
Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
P P
d
Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983. 72
Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
Coeficiente dinâmico
Para o cálculo do Cd (Coeficiente dinâmico), foi obtida uma expressão de acordo com
experiência efetuadas na Alemanha. Se compararmos as citações mais antigas com essa
expressão mais moderna, constatamos que e seus valores serão mais baixos do que as
inicialmente adotadas em projetos viários. Naturalmente que o coeficiente de impacto tem que
levar em conta o padrão da via e os valores mais baixos para Cd foram obtidos em linhas de
alto padrão técnico, com fixações elásticas, lastro de boa qualidade e boa plataforma.
Portanto para de padrão médio ou inferior, julga-se ser mais prudente usar um coeficiente de
impacto entre 1,3 e 1,4, conforme a velocidade, ficando do lado da segurança.
73
Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
2. Método de Zimmermann
Considera 02 Hipóteses:
• A linha é flexível
• A plataforma é elática
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
2. Método de Zimmermann
1ª Hipótese – considerando-se a flexibilidade da linha
b
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
2. Método de Zimmermann
2ª Hipótese - considerando-se a plataforma elástica:
Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983. 76
Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
2. Método de Zimmermann
2ª Hipótese - considerando-se a plataforma elástica:
Deve optar pelo maior dos dois valores obtidos, que representaria o valor máximo
“maximorum”.
Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983. 78
Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
Fonte: BRINA, HELVÉCIO LAPERTOSA. Estradas de ferro.Belo Horizonte, Editora UFMG. Vol.1 e2, 1983. 79
Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Exercício 1 - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
Selecionar, entre os perfis de trilhos fabricados no Brasil, pela CSN, o mais adequado
de acordo com os dados abaixo fornecidos:
Dados:
- Peso por eixo: 20 tf;
- Faixa de socaria : 70 cm;
- Taxa de dormentação: 1.750 dorm/km;
- Dimensões do dormente : 2,0 m x 0,20 m x 0,16 m;
- Coeficiente de lastro: C = 9 kgf/cm3;
- Módulo de elasticidade: E = 2 100 000 kgf/cm2 = 2.100 tf/cm2
- Tensão admissível à flexão: σadm = 1.750 kgf/cm2.
80
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Superestrutura Ferroviária - Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
Trilho Ferroviário Tipo TR-45 padrão AREMA
81
Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Exemplo 1 - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
Dados:
Taxa e Dormentação = 1750 dorm/km
Taxa de Dormentes: 1 Dormente/0,57m
Pe = Peso por eixo = 20 toneladas = 20.000kg = 20tf
Cd = Coeficiente dinâmico
a = Distância entre centros dos dormentes = 0,57m
V = velocidade de operação (km/h) = 80km/h
P = Carga Estática, por roda (kgf)
b = Largura do dormente (m) = 20cm
c = Distância de apoio no sentido longitudinal do dormente (m) = 70cm
Dimensões do dormente: comprimento= 2,0 x largura=0,20m x altura=0,16m
C = Coeficiente de lastro = 9,0 kgf/cm3 = 0,009 tf/cm3
Coeficiente de impacto = 1,3
E = Módulo de elasticidade: E = 2.100 tf/cm2;
σ adm = Tensão admissível à flexão : σ adm = 1.750kgf/cm2
I = Momento de Inércia do trilho (cm4) - Tabelado
σ= Tensão a Flexão ou Tensão de Trabalho do Trilho (kgf/cm2)
Mmáx = Momento Fletor Máximo no Trilho (kgf.m)
W = Módulo resistência do trilho - Boleto - (tabelado) (cm3)
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Exemplo 1 - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
a := 57 d := 2.0 c := 70 b := 20 V := 80 Pe := 20 C := 0.009 E := 2100 σadm := 1750
Pe
P := P = 10 tf I := 1610.81 cm 4 (Tabela)
2
2
V
Cd := 1 + Cd = 1.213 Cd := 1.3
30000
D := 0.9⋅ C⋅ b ⋅ a D = 9.234 tf / cm
6⋅ E⋅ I
γ := γ = 11.869 Para o Cáculo do Coeficiente de superestrutura
D⋅ a
3 adotando para o estudos de dimensionamento o Trilho Tipo TR-45
M máx := 0.1875P
⋅ ⋅ Cd ⋅ a M máx = 138.938 tf.cm
7 + 8⋅ γ
M máx1:= ⋅ P⋅ Cd ⋅ a M máx1 = 328.599 tf.cm
8⋅ ( 5 + 2⋅ γ ) 83
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Exemplo 1 - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
γ
M máx2:= ⋅ P⋅ Cd ⋅ a M máx2 = 233.864 tf.cm
( 2 + 3⋅ γ )
W := 205.82 cm 3 (Tabela)
M máx1
σ := ⋅ 1000 σ = 1596.535 kgf/cm 2
W
Conclusão: para as condições dadas, o trilho de perfil TR 45 satisfaz, pois 1.596 kgf/cm2 < 1.750 kgf/cm 2
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Exemplo 2 - Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação do Trilho à Flexão
Selecionar, entre os perfis de trilhos fabricados no Brasil, pela CSN, o mais adequado
de acordo com os dados abaixo fornecidos:
Dados:
- Peso por eixo: 32 tf;
- Faixa de socaria : 80 cm;
- Taxa de dormentação: 1.667 dorm/km;
- Dimensões do dormente : 2,0 m x 0,22 m x 0,16 m;
- Coeficiente de lastro: C = 10 kgf/cm3;
- Módulo de elasticidade: E = 2 100 000 kgf/cm2 = 2.100 tf/cm2
-Tensão admissível à flexão : σadm = 1.750 kgf/cm2.
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Fonte: http://www.trilhos.com.br/contra-trilho.html
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Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
O contato roda-trilho se dá pelo contato direto das rodas do trem com os trilhos, ambos
metálicos. Isso provoca um desgaste considerável dessas partes devido à grande
magnitude da carga que solicita as rodas.
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Dimensionamento Estrutural - Contato roda-trilho
Cotato
roda - trilho
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Dimensionamento Estrutural - Contato roda-trilho
Cotato
roda - trilho
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Dimensionamento Estrutural - Contato roda-trilho
Friso
Cotato
roda - trilho
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Tensões nas Rodas Ferrovia Ferrovias
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https://youtu.be/WC2kgjlILHQ Document shared on www.docsity.com
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Vídeo - Dimensionamento Estrutural - Contato roda-trilho
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https://www.youtube.com/watch?v=LC45wXBS_Zk
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
No caso de tráfego de trens pesados (trens de minério), além da verificação do trilho à flexão,
será necessário verificar se a tensão no contato roda-trilho (esforço cortante), não ultrapassa
um determinado limite de tolerância.
A ação de uma força P de uma das rodas sobre a superfície de rolamento de um trilho produz,
entre a roda e o trilho, uma superfície de contato com forma apropriadamente de uma elípse.
A pressão exercita pela roda na zona de rolamento do boleto do trilho é responsável pela
alteração da estrutura do aço por meio do efeito de martelamento. Esse endurecimento da
superfície do boleto provoca o surgimento de microfissurações, escamação e aparecimento de
corrugações e até mesmo as fraturas tangenciais.
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Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
Microfissurações
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
Escamação
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
Corrugações
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
Para a verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho, usaremos o procedimento de
Thomas e Höersch, adaptado pela AREMA:
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Fonte: NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora Oficina de Textos, 360 p., 2014.
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
2a
2b
a
b
b a
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Dimensionamento Estrutural Trilho
Verificação da Tensão no Contato Roda-Trilho (Esforço Cortante)
p max = k ⋅ f
onde:
• pmax: máxima pressão na elipse de contato;
• k: 1.7;
• f: limite de escoamento do aço;
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