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REDAÇÃO COMENTADA

Tema: A democratização do acesso à cultura em questão no Brasil.

Introdução: O parágrafo não explicita a tese, portanto, não cumpre com sua obrigação vital.

Desenvolvimento I: O parágrafo não apresenta uma ampliação, mas tópico frasal + fechamento.

1 Aquarela de uma só cor


2 Governo Sarney, 1985.O Ministério da Cultura é criado, no Brasil, com a finalida-
3 de de promover, gerenciar, financiar e, portanto, valorizar o patrimônio material e
4 imaterial do país. Desde então, deveria ser mais fácil aproximar a população de seus
5 costumes. Nesse panorama, as faltas de integração e acessibilidade, aliadas `lógica
6 mercantil das experiências culturais são os desafios para a democratização desse bem.
7 A priori, é importante ressaltar que a realidade social do país reforça a segre-
8 gação cultural. Todavia, essa configuração não é razoável, pois se por um lado há um
9 ministério que visa à promoção de conteúdos para toda a população, na contramão,
10 há empecilhos também de ordem pública que impossibilitam a chegada dos indivíduos
11 a essas atividades, o que constitui um paradoxo conveniente para a manutenção dos
12 abismos sociais.
13 Nesse sentido, é primordial que a população perceba a importância desses
14 itens para a formação de um indivíduo, entretanto, a educação básica é falha assim
15 como o ingresso às programações de cultura. Nesse sentido, um país que deveria ser
16 símbolo de variedade, de mistura de tons e costumes, acaba se resumindo a uma cul-
17 tura monocromática gera a falta de interesse dos próprios cidadãos. Sabe-se que é
18 importante garantir o acesso à leitura, ao teatro, ao cinema. Possibilitar, dessa forma,
19 essa aproximação – o que tem sido pouco feito – sem que se crie essa consciência no
20 povo brasileiro não é resolver, mas mascarar o problema da falta de democratização.
21 Diante do exposto acima, percebe-se que o processo de aproximação do povo
22 brasileiro com seu patrimônio cultural caminha a passos tímidos. Um bom caminho
23 seria a promoção dos costumes de grupos desprivilegiados socialmente, tanto por par-
24 te do governo quanto da mídia e até iniciativa privada – patrocinadora – para divul-
25 gação e valorização das práticas e manifestações, por meio de programas de televisão,
26 campanhas e até festivais temáticos. Além disso, a criação de locais de estímulo ao
27 contato das crianças, adolescentes e adultos com o universo literário e cinematográfi-
28 co, por exemplo, poderia representar uma tentativa de democratização mais tangível
29 e realizável. Só assim poderemos alcançar, de vez, o colorido cantado por Ary Barroso
30 na histórica Aquarela do Brasil.

Desenvolvimento II: Há a repetição desnecessária de “nesse sentido’, o que demonstra pra ban-
ca fraco repertório de recursos linguísticos. Além disso, em “Dessa forma, essa aproximação”
gera eco no texto.

Conclusão: Evite formas generalizadoras “diante do exposto acima”, “em suma”, etc., pois elas dão aa entender que
todo seu esforço para argumentar foi em vão, afinal você poderia tê-lo evitado, bem como argumentado menos, isto é,
sua argumentação perde força por causa do que você mesmo escreve.
REDAÇÃO EXEMPLAR

Tema: A democratização do acesso à cultura em questão no Brasil.

Sugestão de reescrita:

1 Aquarela de uma só cor


2 Governo Sarney, 1985.O Ministério da Cultura é criado, no Brasil, com a finalidade de pro-
3 mover, gerenciar, financiar e, portanto, valorizar o patrimônio material e imaterial do país. Desde
4 então, deveria ser mais fácil aproximar a população de seus costumes. No entanto, essa criação não
5 instaurou de forma igualitária o acesso à cultura, não acabando com a desigualdade sociocultural.
6 Nesse panorama, as faltas de integração e acessibilidade, aliadas lógica mercantil das experiências
7 culturais são os desafios para a democratização desse bem.
8 A priori, é importante ressaltar que a realidade social do país reforça a segregação cultural.
9 A configuração geográfica das cidades já dificulta o acesso a teatros e museus, uma vez que eles se
10 encontram nas regiões centrais ou de maior renome, isto é, longe das periferias. Assim, cidadãos
11 de menor prestígio social, além de tempo, necessitam usufruir do precário sistema de transporte
12 público. Todavia, essa configuração não é razoável, pois se por um lado há um ministério que visa à
13 promoção de conteúdos para toda a população, na contramão, há empecilhos também de ordem
14 pública que impossibilitam a chegada dos indivíduos a essas atividades, o que constitui um paradoxo
15 conveniente para a manutenção dos abismos sociais.
16 Nesse sentido, é primordial que a população perceba a importância desses itens para a for-
17 mação de um indivíduo, entretanto, a educação básica é falha assim como o ingresso às programa-
18 ções de cultura. Sendo assim, um país que deveria ser símbolo de variedade, de mistura de tons e
19 costumes, acaba se resumindo a uma cultura monocromática gera a falta de interesse dos próprios
20 cidadãos. Sabe-se que é importante garantir o acesso à leitura, ao teatro, ao cinema. Possibilitar,
21 dessa forma, a aproximação – o que tem sido pouco feito – sem que se crie essa consciência no povo
22 brasileiro não é resolver, mas mascarar o problema da falta de democratização.
23 Torna-se evidente, portanto, que o processo de aproximação do povo brasileiro com seu pa-
24 trimônio cultural caminha a passos tímidos. Um bom caminho seria a promoção dos costumes de
25 grupos desprivilegiados socialmente, tanto por parte do governo quanto da mídia e até iniciativa
26 privada – patrocinadora – para divulgação e valorização das práticas e manifestações, por meio de
27 programas de televisão, campanhas e até festivais temáticos. Além disso, a criação de locais de estí-
28 mulo ao contato das crianças, adolescentes e adultos com o universo literário e cinematográfico, por
29 exemplo, poderia representar uma tentativa de democratização mais tangível e realizável. Só assim
30 poderemos alcançar, de vez, o colorido cantado por Ary Barroso na histórica Aquarela do Brasil.

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