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Ed Fisica 2º Ano
Ed Fisica 2º Ano
Aluno(a): __________________________________________________________________
Educação Física
EDUCAÇÃO FÍSICA - CORPO E CULTURA
Basta pensarmos em uma cultura muito diferente da nossa para percebermos como os
valores culturais variam. Esses valores incluem não apenas padrões de beleza, mas também
hábitos alimentares, higiênicos, modelos de comportamento e todas as práticas e crenças que
envolvem nossas vidas.
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que temos de mais animal- podem expressar os diferentes valores culturais?
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Desde os tempos mais remotos da história e da pré-história, o ser humano faz de seu corpo
um objeto cultural. Os homens e mulheres nunca estão inteiramente nus, como ocorre com os
animais.
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Com isso, cada pessoa pensa o mundo e produz seu conhecimento sobre ele, do seu lugar
de origem étnica e familiar, de sua sexualidade, seu grupo social e econômico, e de forma
diferente em cada fase da vida, nas quais vai se integrando como pessoa pelos valores e
religiosidade, que lhe permite se inserir em grupos distintos. O próprio conhecimento científico é
assim, produção social e pessoal na qual se impregnam todas as dimensões que compõem o
corpo pesquisador, pois o conhecimento é do corpo que o produz e por ele é produzido a partir
das conexões entre o que somos e fazemos, e o que dá sentido a nossa vida individual-coletiva.
Considero assim que ao ser produzido, o corpo evidencia uma complexa dimensão do eu no
mundo.
Ser assim, gordo, magro, alto, baixo, deficiente, homem, mulher, homossexual, velho,
novo, belo, feio, alegre, triste, independente ou dependente economicamente, intelectualizado ou
não, não depende exclusivamente da pessoa, mas antes, das condições socioculturais na qual esta
se humaniza, ou, produz-se como corpo.
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/movimento-de-positividade-corporal-e-conjunto-de-diversidade_7438238.htm
Atividade 2. (Questão do ENEM ano 2019) - Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu
um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou
vestido, exposto em diversas revistas femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas,
matérias de jornais, manchetes publicitárias, e se transformou em sonho de consumo para
milhares de pessoas. Partindo dessa concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem
comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso.
Entretanto, como afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente possível ser gordo e
saudável. Frequentemente os gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim pelo estresse,
pela opressão a que são submetidos.
VASCONCELOS, N.A; SUDO, I; SUDO, N. Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e
Subjetividade. N. 1, mar 2004 (adaptado)
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe a
seguinte crítica:
SENAC, DN. Ritos do corpo / Lorelai Kury; Hargreaves, Lourdes; Valença, Máslova Teixeira. Rio de
Janeiro: Senac Nacional, 2000.
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Educação Física
CORPO E CULTURA
Olá, estudantes, bem-vindos!
Na semana anterior estudamos que as ações humanas seguem a lógica própria de cada
cultura, ou seja, nosso corpo exprime diversas significações dentro das condições socioculturais
nas quais estamos inseridos que permitem que os outros nos reconheçam e nos identifiquem.
Dessa forma, ao observar o lugar onde você vive poderá identificar que há vários
hábitos e práticas presentes no seu cotidiano que vão refletir um pouco de sua realidade. E
dentro de cada realidade há uma rica diversidade que confere identidade a diferentes grupos
sociais como o povo ribeirinho, o da floresta, o do cerrado, o quilombola, o indígena, o do
campo e o da cidade.
Ao pensarmos no movimento corporal advindo da experiência através de práticas como
o jogo, a dança, o esporte, a luta, a ginástica etc, podemos verificar quantas diferenças culturais
existem não só na forma da prática, como também nas intenções na realização dessas práticas
podendo ser para manutenção da saúde, como também o lazer, a educação, a competição, a
expressão religiosa etc.
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Quando movimentamos o corpo para manter a saúde, temos que ela se remete ao
desenvolvimento de nossa aptidão física, isto é, a nossa capacidade de realizar esforços físicos
sem cansaço excessivo garantindo boas condições ao nosso organismo para sobrevivermos no
ambiente em que vivemos.
Figura 7
Sabemos que atualmente o mundo enfrenta a
pandemia da COVID-19, doença que ataca o sistema
respiratório impedindo a pessoa respirar e assim faz o
corpo todo parar funcionar. É importante continuarmos
os cuidados que não se limitam a evitar o contato físico,
manter a higiene com o uso de luvas e máscaras, a
lavagem das mãos com água e sabão ou ainda o uso
álcool em gel, mas também precisamos movimentar
o corpo para termos aptidão física!
Muitas pessoas erroneamente acreditam que por não estarem no chamado grupo de
risco não precisam ter tantos cuidados. Vocês, estudantes do Ensino Médio, sabiam que
segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o contágio da doença e chances
de vir a óbito está mais associado a pacientes com doenças relacionadas ao
sedentarismo, ou seja, a pacientes que antes da COVID-19 já tinham doenças
relacionadas a falta de movimentar o corpo para a manutenção da saúde?
Fonte:http://www.museudoindio.gov.br/educativo/pesquisa-escolar/968-o-kuarup-e-uma-
festa-para-celebrar-a-memoria-dos-mortos
indígenas que simbolizam rituais sagrados, para que algumas etnias realizem homenagem às
pessoas mortas, agradeçam pela colheita e pesca entre várias outras razões.
Esperamos que tenha sido possível compreender as diferentes intenções que podemos
ter ao movimentar o nosso corpo e entendê-lo com expressão de uma cultura.
Atividade 1
Após ler o texto, cite algumas das intenções que nos levam a movimentar o corpo.
Atividade 2
a) Saúde:
b) Lazer:
c) Educação:
d) Competição:
e) Expressão religiosa:
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Atividade 3
Escolha uma prática corporal que você se interessa (jogos, brincadeiras, esporte, dança ou luta)
e realize em casa. Observe o contexto em que você vive e analise criticamente as condições para
essa prática, verificando a infraestrutura para tal, como também o contexto, se há preconceitos,
estereótipos e relações de poder relacionadas as diferentes formas e intenções de movimentar o
corpo. (Exemplo: Se escolheu dança, foi possível perceber que em sua realidade geralmente
meninos jogam bola e meninas dançam. Por que isso acontece? É um estereótipo? Há
preconceitos acerca das possibilidades da menina jogar bola e o menino dançar? Se há, isso se
relaciona a forma ou a intenção do movimento do corpo?)
Habilidades:
(EM13LGG204). Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas,
corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade
assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
(EM13LGG502). Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder
subjacentes às práticas e discursos verbais e imagéticos na apreciação e produção das práticas da
cultura corporal de movimento.
Referências:
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ensino Médio. Ministério da Educação. 2017.
BRASIL. Caderno Temático: Práticas Corporais, Atividade Física e Lazer. Versão Preliminar.
Ministério da Saúde. Brasília – DF, 2015.
FERREIRA, Maycon Junior e colaboradores. Vida Fisicamente Ativa como medida de
enfrentamento ao Covid 19. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 09 de abril de 2020.