O documento descreve a estrutura cristalina da magnetita e da maghemita, que são materiais com estrutura de espinélio invertido. A estrutura é caracterizada por íons de oxigênio em um arranjo cúbico de face centrada e íons metálicos nos sítios tetraédricos e octaédricos entre os íons de oxigênio. A maghemita difere da magnetita pelo fato de quase todos os íons de ferro estarem no estado trivalente, ocupando tanto os sítios tetraédricos quanto os
O documento descreve a estrutura cristalina da magnetita e da maghemita, que são materiais com estrutura de espinélio invertido. A estrutura é caracterizada por íons de oxigênio em um arranjo cúbico de face centrada e íons metálicos nos sítios tetraédricos e octaédricos entre os íons de oxigênio. A maghemita difere da magnetita pelo fato de quase todos os íons de ferro estarem no estado trivalente, ocupando tanto os sítios tetraédricos quanto os
O documento descreve a estrutura cristalina da magnetita e da maghemita, que são materiais com estrutura de espinélio invertido. A estrutura é caracterizada por íons de oxigênio em um arranjo cúbico de face centrada e íons metálicos nos sítios tetraédricos e octaédricos entre os íons de oxigênio. A maghemita difere da magnetita pelo fato de quase todos os íons de ferro estarem no estado trivalente, ocupando tanto os sítios tetraédricos quanto os
Magnetita (Fe3O4) / Maghemita (γ-Fe2O3): estes materiais apresentam uma
estrutura conhecida como espinélio invertido, caracterizada pelo
empacotamento de íons de oxigênio (com raios de ~1,3 Å) em um arranjo cúbico de face centrada e os 39 íons metálicos (com raios de 0,7 a 0,8 Å) ocupando os sítios entre os íons de oxigênio. Estes sítios são de dois tipos: tetraédrico (íon metálico localizado no centro de um tetraedro, cujos vértices são preenchidos por íons de oxigênio – sítio A); octaédrico (íon metálico no centro de um octaedro cujos vértices são preenchidos por átomos de oxigênio – sítio B). A cela unitária contém 8 íons metálicos de sítios A, 16 de sítios B e 32 oxigênios. Esta estrutura também é encontrada na família das Ferritas com fórmula geral M2+ Fe23+ O4, onde M2+pode ser um dos seguintes metais divalentes (M2+: Mn, Zn, Cu, Co, Ni e Fe). Nem todos os sítios são preenchidos pelos íons metálicos. Somente 1/8 dos sítios A e 1/2 dos sítios B estão ocupados. De acordo com a ordem de preenchimento destes sítios podemos classificar os espinélios como normais, inversos ou mistos. Na estrutura normal, os íons metálicos divalentes M2+ ocupam os sítios tetraédricos e os íons de ferro trivalentes Fe3+ocupam os sítios octaédricos. Em um espinélio inverso os íons M2+ ocupam uma parte dos sítios octaédricos e os íons Fe 3+a outra parte dos sítios octaédricos e também os sítios tetraédricos, como no caso da magnetita. No caso de um espinélio misto, temos uma ocupação de sítios intermediária entre a estrutura normal e a inversa (DUARTE, 2005). A magnetita e a maghemita apresentam estruturas semelhantes com parâmetro de rede a= 0.839 nm e a= 0.834 nm, sendo muito difícil diferenciar estas duas fases. O que as diferencia é o fato de que na maghemita, todos ou quase todos os íons Fe se apresentam em estado trivalente. Isto quer dizer que na maghemita, ambos os sítios A e B são ocupados por átomos trivalentes Fe 3+. A maghemita apresenta cela unitária cúbica com a(0,834 nm) determinado por Hägg (1935). Cada cela de maghemita contém 32 íons O 2-, 211/3íons Fe3+ e 21/2de vacâncias. Oito cátions ocupam o sítio tetraédrico e os restantes estão aleatoriamente nos sítios octaédricos. As vacâncias são limitadas aos sítios octaédricos. Existem vários trabalhos publicados sobre a dificuldade em se determinar as fases magnetita e maghemita (CORNELL, 2003). O Espectro Mössbaueré uma ferramenta importante na determinação destas duas fases, visto que os espectros obtidos são diferentes.