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A INFERNAL DOUTRINA

DO INFERNO
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO

A velha teologia popular ensinava que as


almas bem-aventuradas, por ocasião da
dissolução do corpo, voavam para o céu, ao
passo que as almas condenadas iam para o
Hades, para ali sofrerem os tormentos dos
perdidos.
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO

Evidencia-se pela Bíblia que nem todos


serão salvos. Muitos se perderão. Estes
perdidos, em conformidade com a teologia
popular, estão agora no inferno, sofrendo
tortura de toda espécie. ali permanecerão
todo o tempo. Sua agonia não cessa, não há
interrupção no seu sofrimento nem mesmo
depois do juízo. E segundo esta teoria o
inferno existe mesmo agora.
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO

Por volta do ano 188 a.D., Atenágoras foi o


primeiro pai cristão a usar o termo “alma
imortal”. Tertuliano desenvolveu o sistema,
dizendo: “Sendo que todas as almas são
imortais, a punição dos ímpios deve ser
eterna.” Ele realçou um fogo sagrado que
nunca se consome, mas se renova
enquanto queima, eternamente matando,
porém jamais terminando. Agostinho juntou
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO

Esta doutrina de um inferno infindável levou


muitos a duvidarem da justiça divina. Nada
mais justo é que cada um seja punido
segundo as suas obras; mas por o homem
em torturas infindáveis por maior ou menor
que seja a culpa, não parece justo.
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO

Quando lançados no lago de fogo os


homens, naturalmente, morreriam, deixariam
de existir. Entretanto, se verdadeira a
doutrina da imortalidade, Deus a organizou
de tal maneira que não podem morrer.
Dotou-os de alma imortal. Tem que sofrer
eternamente. São mantidas vivas com a
finalidade de tortura. Pelo poder de Deus, é
concedida vida aos homens, mas para que
sejam atormentados interminavelmente. Tem
que sofrer eternamente. Essa é a crença dos
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO

Os que crêem numa alma imortal também


tem que crer num inferno eterno e num Deus
cuja ira não tem fim. Tem eles que crer no
castigo infindável destituído de propósito,
num castigo em desproporção com o crime,
e num Deus cuja natureza é tal que lhe
faculta fazer mesmo aquilo que o mais vil
dos homens se recusaria a fazer – um
castigo interminável.
Tentativas de escape das conseqüências
necessárias

Uma dessas tentativas resultou na crença de


que todos serão salvos afinal. Outra é a
doutrina do purgatório, que se crê ser um
estado intermediário em que as almas são
purificadas e condicionadas para o céu.
Tentativas de escape das conseqüências
necessárias

Ambas essas doutrinas, tem que, com base


na Bíblia, ser rejeitadas, pois nem todos
serão salvos (veja a parábola do trigo e do
joio, da rede, Mat. 13: 24-30; 36-51), nem
está mencionado nas Escrituras um lugar tal
como o purgatório, Os próprios católicos,
romanos, admitem isto, e citam os livros
apócrifos como prova de sua crença num
estado intermediário, pois são sabedores de
que ela não pode ser encontrada na parte
canônica.
Tentativas de escape das conseqüências
necessárias

Porque é impossível crer na doutrina da


salvação universal e na doutrina do “estado
intermediário” – Purgatório?
Tentativas de escape das conseqüências
necessárias

Rejeitamos estas duas doutrinas por serem


antibíblicas. Elas não estão em harmonia
com o que a Bíblia ensina quanto:
1  Ao juízo futuro
2  Ao estado do homem na morte,
3  A punição
Tentativas de escape das conseqüências
necessárias

Rejeitamos estas duas doutrinas por serem


antibíblicas. Elas não estão em harmonia
com o que a Bíblia ensina quanto:
1  Ao juízo futuro
2  Ao estado do homem na morte,
3  A punição
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

I – Nenhum lugar de tormento agora existe

Não há lugar de tormento agora, e nem


haverá antes do fim do mundo. Esta teoria é
meramente uma ficção, adotada do
paganismo pela igreja Católica Romana, e
dela, levada para algumas das igrejas
Protestantes, mas esta teoria não está na
Bíblia.
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

II – A punição está no futuro

Está claro que o homem quando morre, não


vai nem para o céu nem para o inferno, mas
vai para a sepultura onde ele aguarda o dia
da ressurreição. Em harmonia com isto
estão as palavras de Pedro: “O Senhor sabe
livrar da tentação os piedosos, e reservar os
injustos para o dia do juízo, para serem
castigados.” (II Ped 2:9).
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

III – Punidos pelo fogo

O instrumento usado por Deus para punir os


ímpios será o fogo. Este fogo é empregado
não com o propósito de tortura, mas com o
propósito de aniquilação. O fogo os destruirá
completamente e eles jamais se recobrarão
desta destruição. Este fogo não perpetuará
as suas vidas, mas as aniquilará. Que o
Senhor irá destruir o ímpio pelo fogo pode
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

IV – A punição será nesta terra

A punição e o fogo serão nesta terra. Deus


não tem um lugar especial de tormento que
será perpetuado para tortura do ímpio. Eles
serão punidos no lugar onde pecaram – na
terra. Dois versos das Escrituras são
suficientemente para demonstrar isto: Apoc
20:9; Prov 11:31.
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

V – A punição do ímpio terá lugar no fim do


milênio

O milênio iniciará com o 2º advento de Cristo


(I Tess 4:15-17; Apoc 20:4). Por ocasião do
2º advento os ímpios vivos serão destruídos
(II Tess 1:7-9), e permanecerão insepultos
sobre a face da terra (Jer 25:31-33).
No fim do milênio os ímpios serão
ressuscitados (Apoc 20:5) e será o tempo
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

VI – A punição é chamada “eterna perdição”

O pensamento de uma completa destruição


dos ímpios é apresentado em II Tes 1:9. O
que é dito ser eterno é o castigo, a
destruição. A questão a ser indagada não é a
duração do castigo, mas, do que consiste o
castigo. Se o castigo do pecado for a morte,
então a morte é “eterna.” Ninguém duvidará
do fato que a Bíblia ensina que o “salário do
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

VI – A punição é chamada “eterna perdição”

O pensamento de uma completa destruição


dos ímpios é apresentado em II Tes 1:9. O
que é dito ser eterno é o castigo, a
destruição. A questão a ser indagada não é a
duração do castigo, mas, do que consiste o
castigo. Se o castigo do pecado for a morte,
então a morte é “eterna.” Ninguém duvidará
do fato que a Bíblia ensina que o “salário do
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

VII – Expressões que descrevam o castigo


dos ímpios

Muitos crêem que os ímpios e por todo o


sempre em torturas infindáveis no inferno.
Exista algum fundamento para essa crença?
Notemos o que diz a Bíblia no tocante à
sorte dos ímpios. O que constitui o castigo
dos ímpios? Eis algumas expressões:
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

D – “Serão desarraigados”  Sal 37:28;


37:22; 38; 94: 23. Desarraigar é: por fim;
destruir; causar morte prematura.
E – “Serão consumidos”  Sal 21:9; II Tes
2:8; Deut 32: 22; Isa 5:24. Consumir é:
destruir gradualmente, como pelo fogo ou
por decomposição; gastar.
F – “Não mais existirão”  Salm 37:10;
104:35; Obadias 16.
G – “Serão exterminados”  Prov 2:22; Sal
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

H – “A vida lhes será tirada”  Prov 22:23.


I – “Tornar-se-ao em cinza”  Mal 4:3.
J – “Desfar-se-ão em fumo”  Sal 37:20.
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

Deduz-se, destes textos, que Deus pretende


incutir a idéia de que tempo virá em que os
ímpios não mais existirão. Dá-Se Ele ao
trabalho de selecionar palavras e ilustrações
que não apenas subentendem a cessação
da vida e da atividade, mas a aniquilação. E
será interessante saber que Deus escolhe as
palavras mais fortes que podem ser achadas
para comunicar Seus pensamentos quanto a
esse assunto. Os ímpios não somente “se
queimarão em chamas” (ou abrasarão), uma
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

Não é meramente a palavra “consumir,” a


usada, mas “desaparecer” (Sal 37:20).
Também não lhes é suficiente “perecer” Eles
“perecerão totalmente” (II Ped 2:12). Não
serão meramente “comidos” pelos vermes,
mas “roídos,” “devorados” (Isa 51:8; Apoc
20:9)
De todas estas expressões podemos extrair
uma única conclusão: “salário do pecado é a
morte,” consequentemente os ímpios não
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

VIII  Fogo Eterno

Alguns dirão que a Bíblia não fala apenas da


“eterna destruição,” e “ punição eterna,” mas
fala também do fogo eterno (Mat 25:41).
Perguntar-se á porque a necessidade de
fogo eterno, se o tormento não é
continuação.
Em Judas 7 nos é dito que Sodomo e
Gomorra não apenas foram destruídas mas
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

VIII  Fogo Eterno

De II Ped 2:6 é evidente que o fogo eterno


consome completamente o que ele ataca. A
linguagem é: “E condenou à subversão as
cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-
as a cinza e pondo as como exemplo aos
que vivem impiamente”.
Que o fogo eterno leva pouco tempo para
reduzir a cinzas o que ele ataca deduz-se de
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

IX  Fogo inapagável (inextinguível)

Outros dirão que S. Marcos, falando do fogo


que destruirá o ímpio, diz se tratar de um
fogo que “nunca se apagará.” Mas o fogo
inapagável não é o fogo que nunca cessa
mas é um fogo que não pode ser apagado.
Jerusalém foi queimada com fogo que
“nunca se apagará ” (Jer 17:19-27; ro 36:19-
21), mas não está mais queimado hoje. Por
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS

IX  Fogo inapagável (inextinguível)

Os ímpios são comparados à “gordura de


cordeiros” (Sal 37:20). São comparados à
“palha” (Mal 4:1). Eles queimarão como a
“estopa” (Isa 1:31). Serão consumidos como
os “espinhos” (Isa 33:12). Essas substâncias
sâo facilmente inflamáveis e se fosse
atiradas a um fogo inapagável (que nunca
se apaga), parece claro que seriam
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA
SEMPRE”
(Mat 25:46; 41; Apoc 20:10; 14:11)
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

I – Exemplos do N.T. que definem o seu significado

Quando as palavras “eterno” e “para sempre” são encontradas no N. T. ,


elas vem do termo grego aion, ou do adjetivo aiones , que é derivado
daqueles substantivo. Ao examinarmos os vários textos da Escritura que
contém a palavra aion , descobrimos em seguida como seria impossível
fazer esse radical grego significar sempre um período que não tem fim.
Lemos, por exemplo, em S.Mateus 13:39 e em outras partes de “fim do
mundo (aion).” Como poderia existir um “fim” para alguma coisa que não
tem fim? (É esse um exemplo onde o termo aion poderia ser traduzido
por “século” sendo o “mundo” encarado no seu aspecto de tempo. Em
Colossenses 1:26 o termo aion é assim traduzido). Lemos que Cristo foi
exaltado acima “de todo o nome que se nomeia, não só neste século
(aion) mas também no vindouro. “Ef 1:21. Lemos sobre “o presente
século (aion).” II Tim 4:10. A Bíblia fala do que “Deus ordenou antes dos
séculos (aion). I Cor 2:7.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

De Cristo lemos também: “Tu és Secerdote eternamente,


(aion).” Heb 5:.6. Nesta passagem “eternamente,” ou (aion).
claramente significa este tempo presente, visto que todos os
teólogos concordam em que o serviço de Cristo na qualidade
de sacerdote terá seu fim quando o pecado for apagado. (O
trabalho de um sacerdote é lidar com o pecado. Veja-se Heb
2:17 e 5:1).
Paulo, escrevendo a Filemon, referindo-se à volta do seu
servo Onésimo, disse: O retivesse (para sempre) (aionos),
não já como servo, “ etc. Filemon 15e16. (Temos aqui o
adjetivo que é derivado de aion.)
H.C.G. Moule, no erudito comentário The Cambridge Bile for
Schools and Colleges, faz a seguinte anotação sobre este
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

Não precisamos levantar a questão sobre se Moule apanhou o sentido


exato das palavras de Paulo. Apenas perguntamos: Como poderia
Filemon reter Onésimo “para sempre na Terra, e também depois” sem
que o “para sempre” terrestre tivesse um fim?
Lemos de “Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas... sofrendo a
pena do fogo (aionios).” S. Judas 7.Essas cidades, que há tanto tampo
fora incendiadas em virtude do julgamento divino, estarão ainda
ardendo? Não, respondereis, suas ruínas jazem submersas no mar
Morto. A própria Bíblia com precisão relata que Deus “reduziu Sodoma e
Gomorra a cinzas.” (II Ped 2:6). Ora, o destino dessas cidades, como
está escrito, é uma advertência para os ímpios sobre o destino que lhes
está preparado. Portanto, se o fogo eterno (aionios)” daquele juízo
ocorrido há tanto tempo, reduziu a cinzas aqueles sobre os quais recaio,
e os matou sob a sua ação, podemos razoavelmente concluir que o “fogo
aionios” do último dia igualmente o fará.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

II – Exemplos do V.T. que definem o seu significado

Ao examinarmos o V.T., encontramos que “eterno” e “para sempre”


significam algumas vezes um período de tempo bastante limitado.
Citaremos textos onde estes dois termos são traduzidos da palavra
hebraica olam, que é o equivalente da palavra grega aion.
A páscoa devia ser observada “para sempre (Olam).” Êx 12:24. Não
obstante, ela terminou com a cruz (veja-se Heb 9:24-26). Aarão e seus
filhos deviam oferecer incenso “eternamente (olam)” (I Crôn 23:12) e
exercer um sacerdócio perpétuo (olam). Êx 40:15. Porém esse
sacerdócio com suas ofertas de incenso terminou com a cruz (veja-se
Heb 7:11-14).
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

Jonas, ao descrever as peripécias pelas quais havia passado, relata –


as nestas palavras: “Os ferrolhos da Terra correram-se sobre mim para
sempre (olam).” Em conseqüência de haver cometido fraude, Geazi ouviu
de Eliseu a seguinte sentença: “Portanto a lepra de Naaman se pegará a
ti (Geazi) e a tua semente para sempre (olam).” II Reis 5:27. Vemos, pois,
que em muitos casos aion, aiones, e olam tem um valor de tempo muito
limitado.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

O que o uso da Bíblia revela, os estudiosos do grego


confirmam. O dicionário grego de Liddel e Scott, uma
obra modelo, por exemplo, dá os seguintes principais
significados de aion. “1. Um espaço ou período de tempo,
especialmente toda a vida, vida... Também a vida de uma
pessoa, idade: a idade do homem... 2. Um longo período
de tempo, eternidade... 3. Mais tarde, um espaço de
tempo claramente definido e demarcado, uma era,
idade,... a vida presente, este mundo.”
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

O douto arcebispo Trench, D.D., em seu trabalho


reconhecido como uma autoridade: Sinônimos do Novo
Testamento, escreve relativamente significado da palavra
aion: Aion primeiramente significa tempo, pouco ou muito
em sua duração continuada; algumas vezes, em grego
clássico, a duração de uma vida inteira.” p. 208 e 209.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE”

Adan Clarke, o grande doutor metodista, comentando o


caso da lepra de Geazi (II Reis 5:27) observa: “O para
sempre compreende tanto tempo quanto vivesse
qualquer dos descendentes de Geazi. É essa a
significação da palavra le-olam. Ela abrange todo o
período ou duração de uma coisa a que é aplicada. O
para sempre de Geazi ia até que a sua geração se
extinguisse.” Esta asserção concorda com a referência de
Moule feita acima, ao tratar de Filemon 15: “O adjetivo
(aionios) tende a marcar a duração de tempo, tanto
quanto a natureza da matéria o permita.”
O QUE É O INFERNO?

I – O uso da palavra “inferno” no V.T.

No V.T., “inferno” é sempre traduzido da palavra hebraica


Sheol, a qual significa simplesmente “o estado invisível”
(Concordância Analítica de Young). A idéia de fogo ou
punição não se encontra na palavra. Lemos: “E orou
Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe... do
ventre do inferno (sheol) gritei. “Jonas 2:1e2. A nota
marginal de algumas versões dá a tradução de
“sepultura” para a palavra inferno ou sheol.
O QUE É O INFERNO?

II – O uso da palavra “inferno” no N. T.

No N. T. a palavra “inferno” é traduzida das três seguintes


palavras gregas:
A – Tartarus – uma vez da radical Tartaros, a qual
significa “um abismo escuro” (Léxico Grego de Liddell e
Scott). Esta palavra é usada em conexão com a espulsão
de anjos maus do céu para a “escuridão.” Não existe na
palavra a idéia de fogo ou tormento. A passagem declara
especificamente que os anjos “reservados para o juízo,”
isto é, para um acontecimento futuro. (ver II S.Pedro 2:4;
O QUE É O INFERNO?

B – Hades – dez vezes de hades que significa “um


inferno, a sepultura, a morte.” (Lexico Grego de Liddell e
Scott.) Hades descreve o mesmo lugar que Sheol isso
torna-se evidente de dois fatos:
1 – A Septuaginta, antiga versão do velho testamento,
quase sem exceção usa a palavra hades como tradução
de sheol.
2 – Ao citar as profecias do Velho Testamento referente a
Cristo: “pois não deixarás a Minha alma ao inferno –
(Sheol),”o escritor do Novo Testamento emprega a
palavra “hades.” (ver salmos 16:10; Atos 2:27). 
Quando a palavra “inferno” traduzida de hades aparece
O QUE É O INFERNO?

a – A principal definição de hades, como já foi


mencionado, não exige um tal significado da palavra.
b – Mostramos como o V.T. disse que tantos justos como
ímpios vão para o Sheol. Tamém mostramos que o hades
se refere ao mesmo lugar ou estado. Teriam os antigos
patriarcas descido para um lugar de chamas?
O QUE É O INFERNO?

c – O N. T. fala de Cristo como estando no hades (Atos 2:27). A fim


de serem coerentes, muitos dos que crêem na doutrina de almas
desincorporadas e do fogo do inferno queimando no momento
presente são forçados a interpretar este texto do livro de Atos,
como significando que a alma desincorporada de Cristo desceu
ao fogo do inferno ao morrer na cruz, apesar de, em outras
vezes, pretenderem provar, baseados em S.Lucas 23:43 e 46,
que Cristo subiu para Deus quando morreu. evidentemente
ambas as posições não podem estar certas. O fato e que
nenhuma delas está certa.
O QUE É O INFERNO?

Albert Barnes, apesar de crente na imortalidade da alma, comenta:


“a palavra grega hades significa literalmente um lugar
desprovido de luz uma morada escura.” Em vista disso explica
ele assim o texto em questão: “O significado é simplesmente
este: tu não Me deixarás entre os mortos”. Ao mesmo tempo
lembra aos seus leitores que a palavra original correspondente a
alma pode ser tomada como significando “o próprio indivíduo.” é
por esta razão que Barnes muda as palavras “minha alma” para
“Me.” podemos assim tomar a passagem de Atos 2:27 como
prova de que hades significa simplesmente a morada dos
mortos, embora justos, e portanto, de modo algum tendo
qualquer conexão com o fogo ou tormento.  Tiramos a mesma
conclusão do texto de I Cor 15:55, onde a palavra “inferno” é
uma tradução de hades, descreveu aquele elemento sobre o
O QUE É O INFERNO?

d – Os conhecedores do grego que fizeram a Versão Revisada


Americana, cientes, sem dúvida, de que a nossa palavra
“inferno” passou a significar um lugar de fogo e tormento, não a
usaram na tradução do termo grego hades. Em vez disso,
simplesmente transferiram a palavra grega hades para o inglês.
usam entretanto a palavra “inferno” para traduzir uma outra
palavra grega, da qual trataremos a seguir.
O QUE É O INFERNO?

e – J.H. Moulton e George Milligan fornece-nos esta informação: A


palavra hades é comum nas pedras sepulcrais na Ásia
Menor. – Vocabulário do Testamento Grego sobre a palavra
Hades. Torna- se quase desnecessário salientar que os
enlutados da Asia Menor, onde se fala o Grego certamente não
usariam nas lapides a palavra hades caso significasse o que
em geral a palavra “inferno.”
O QUE É O INFERNO?

C – Geena – Doze vezes de Geena. Essa é a palavra grega


correspondente à hebraica Hinnon, nome de um vale próximo a
Jerusalém “Lugar usado para depósito de cadáveres de animais
e de malfeitores, onde eram consumidos pelo fogo que se
mantinha aceso constantemente. “(Lexico Grego de Liddell e
Scott). Assim, Geena é a única palavra de todas a que na Bíblia
são traduzidas por “inferno,” a qual tem em si própria qualquer
ideia de fogo ou tormento relativamente as doze vezes em que é
usada a palavra Geena salientam-se dois fatos:
O QUE É O INFERNO?

1 – Tanto do corpo como da alma é dito serem lançados no inferno.


Duas vezes é usada a frase: “ todo o corpo,” (ver São Mateus
5:29e30; 10:28).
2 – Em nenhum dos doze exemplos diz o texto quando os ímpios
serão “lançados no inferno.” descreve o juízo pelo fogo
simplesmente como um acontecimento futuro.  Esses dois
fatos, entretanto, contém a evidência de que esse acontecimento
futuro não se seguirá imediatamente após a morte. “Todo o
corpo” não é lançado na chama por ocasião da morte e não
existe neste texto nenhuma sugestão de que a “alma” seja
lançada em uma ocasião e “o corpo” em outra.
O QUE É O INFERNO?

TANATO (grego). Esta palavra ocorre em vários lugares, mas é


traduzida em I Cor. 15:55 como inferno. Na realidade a falha de
tradução foi tão clara que nem os que crêem no inferno tradicional
mantiveram o erro, e corrigiram na Almeida Atualizada. Lá diz
“onde está ó morte (tanato) a tua vitória onde está ó inferno
(tanato=morte) o teu aguilhão?” O verso 54, anterior, diz que a
morte (inferno) perde a vitória e o aguilhão porque Jesus nos dá a
imortalidade. Também não tem nada a ver com um lugar de fogo
onde as pessoas ficam queimando.
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO
(S. Lucas 16:19-31)
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Objeção

A história contada por Cristo, do rico e de Lázaro, prova a


imortalidade da alma. (Veja-se S Lucas 16:19-31)
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Se a narrativa deve ser tomada literalmente. Então os bons e


maus, após a morte, não se transforma em espíritos intangíveis,
mas vão para lugares da sua recompensa como seres reais, na
posse de seus membros. No entanto, como poderiam eles ir
para lá em corpo, uma vez que este havia sido inumado na
sepultura?
Ainda, se isto é um relato literal, então o céu e o inferno se
encontram bastante próximos para permitir uma conversação
entre os habitantes de ambos os lugares – situação um tanto
indesejável, pelo menos. Se os que crêem na imortalidade
inerente pretendem que esse seja um quadro literal da geografia
do Céu e do inferno, devem então aceitar também literalmente o
texto referente as “almas debaixo do altar” clamando por
vingança contra seus perseguidores. (Veja-se Apocalipse 6:9-
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

A fim de evitar a crença de que os espíritos têm corpos e que o


Céu e o inferno estão realmente bastante próximos para permitir
uma conversação, porventura deseja o argumento considerar
agora essa narrativa uma mera parábola? Neste caso lembrá-lo-
íamos de que os teólogos unanimemente concordam em que
não se podem alicerçar doutrinas sobre parábolas ou alegorias.
Uma parábola, como outras ilustrações, é geralmente usada
para tornar claro um determinado assunto. Procurar formar
doutrinas de qualquer porção da narrativa resultaria em absurdo,
ou mesmo perfeita contradição. É fora de dúvida que procurar na
ilustração a prova para uma crença que seja o extremo oposto
da que defende o próprio autor da ilustração, seria violar os mais
rudimentares princípios que regem o assunto. Nós afirmamos
que o argumento, ao usar esta parábola para provar que os
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Em outra parte Cristo declara explicitamente qual o tempo em que


os justos receberão sua recompensa a os ímpios serão lançados
no fogo consumidor: “E quando o filho do homem vier em Sua
glória... todas as nações reunidas diante dEle;... então dirá o Rei
aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai,
possuí por herança o reino... Então dirá também aos que
estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, maldito, para o
fogo eterno.” S. Mateus 25:31-41.
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Em outra parte Cristo declara explicitamente qual o tempo em que


os justos receberão sua recompensa a os ímpios serão lançados
no fogo consumidor: “E quando o filho do homem vier em Sua
glória... todas as nações reunidas diante dEle;... então dirá o Rei
aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai,
possuí por herança o reino... Então dirá também aos que
estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, maldito, para o
fogo eterno.” S. Mateus 25:31-41.
Os escritos do velho Testamento são muito explícitos em afirmar
que os mortos, justos ou ímpios, descansam em silêncio e
inconsciência na sepultura até o dia da ressurreição. (Vejam-se
Jó 14:12-15, 20 e 21; 19: 25-27; Eclesiastes 9:3-6 e10).
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Portanto, se o argumento passa a declarar ser a história uma


parábola ou alegoria, isso não vem mais em seu auxílio do que
se a tomasse como sendo literal, a não ser que queira manter a
pretensão insustentável de que uma determinada porção de um
relato figurado deve ser tomada literalmente, embora represente
isso uma contradição direta às afirmações literais de “Moisés e
os profetas” e Cristo (em S. Mateus 25).
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Evidentemente, Cristo estava desejoso de repreender os fariseus,


“que eram avarentos.” S. Lucas 16:14. Eles, em verdade bem
como muitos dos judeus, mantinham a crença de que as
riquezas eram um sinal do favor de Deus, e a pobreza um indício
do Seu desagrado. Cristo ministrou-lhes a importante lição de
que a recompensa que aguarda os ricos avarentos – os quais
nada mais reservam para os pobres do que migalhas de pão – é
justamente o oposto ao que os judeus acreditavam.
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

Em outra parte da Bíblia encontramos a vívida parábola das


árvores que “foram uma vez a ungir para si um rei” e mantiveram
entre si uma conversação. (Vejam-se Juizes 9:7-15; II Reis 14:9)
Porque não tentar provar por essa parábola que as árvores
falam e que elas tem reis? Não, direis, isso seria querer faze-la
provar mais do que era a intenção do autor. Concordamos. A
mesma regra aplica-se à parábola do rico e Lázaro.
O PEDIDO DO LADRÃO
(S. Lucas 23:43)
O PEDIDO DO LADRÃO

Objeção

Cristo disse ao bom ladrão que este no mesmo dia estaria com Ele,
no Paraíso.(S.Lucas 23:43).
O PEDIDO DO LADRÃO

Os crentes na doutrina da imortalidade da alma, ou do espírito,


apresentam ousadamente I S.Pedro 3:118-20 numa tentativa de
provar que quando Cristo morreu na cruz, Ele desceu a pregar a
certas almas perdidas no inferno. No entanto, esses mesmos
pretendem, ao explicar S.Lucas 23:43, que Cristo, depois de
morrer na cruz, foi imediatamente para o paraíso. Ora, sabemos
que tal não se deu, pelas razões seguintes: Se o leitor comparar
Apocalipse 2:7 com Apocalipse 22:1e2, verá que Paraíso é onde
se acha o “trono de Deus.” Logo, se Cristo tivesse ido ao Paraíso
naquela tarde de Sexta-feira, teria chegado a própria presença
de Deus. Entretanto, Cristo mesmo, na manhã da ressurreição,
declarou a Maria, quando ela se rojou aos Seus pés para adorá-
Lo: “Não Me detenhas, porque ainda não subi para Meu Pai,
Meu Deus e vosso Deus.” S.João 20:17. Quão perfeitamente
O PEDIDO DO LADRÃO

Devemos lembrar que a pontuação foi introduzida na Bíblia pelos


homens, modernamente. Os antigos manuscritos da Bíblia não
só não tinham pontuação, como também tinham todas as
palavras unidas umas as outras. Nossos tradutores introduziram,
segundo o seu melhor critério, os sinais de pontuação, mas é
verdade que essa obra sua não dirigida pela inspiração divina.
Por isso não nos devemos confundir por causa da pontuação
feita pelos tradutores há cerca de quatrocentos anos apenas,
quando procuramos determinar o intento dos escritores de mil e
novecentos anos atrás.
ESPÍRITOS EM PRISÃO
(I Ped. 3:18-20)
ESPÍRITOS EM PRISÃO

Objeção

Cristo, no tempo que decorreu entre Sua crucifixão e ressurreição,


foi pregar aos espíritos em prisão. 1 S. Pedro 3:18-20.
ESPÍRITOS EM PRISÃO

Se Cristo foi pregar a determinados pecadores após a morte deles,


a conclusão que se tira é que Ele lhes ofereceu uma segunda
oportunidade, um segundo período de graça. E se houve esse
segundo período de graça então o lugar de tortura ao qual se
achavam confinados não era de modo a nunca dele poderem
escapar – idéia que se aproxima bastante da idéia do purgatório.
Demais, se Cristo por ocasião de Sua crucifixão pregou mesmo
aos espíritos, por que teria Ele escolhido unicamente os espíritos
dos que foram “desobedientes nos dias de Noé?” Não tinham
outros igual direito de uma segunda oportunidade
ESPÍRITOS EM PRISÃO

Ora, houve nos tempos antediluvianos um pregador de Deus pelo


qual o Espírito pudesse pregar aos homens? Sim, Pedro diz-nos
que Noé era um “pregoeiro de justiça”. 2 S. Pedro 2:5. No
inspirado registro do plano de Deus para destruir a Terra por um
dilúvio, lemos: “Não contenderá (ou pleiteará) o Meu Espírito
para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém
os seus dias serão cento e vinte anos.” Gen. 6:3. Então segue o
relatório do chamado de Deus a Noé afim de que se preparasse
para o dilúvio. Em outras palavras, o Espírito de Deus pregou
àqueles antediluvianos por meio de Noé, um “pregoeiro da
justiça”, esperando, em Sua longanimidade, cento e vinte anos
antes de destruí-los, afinal.
ESPÍRITOS EM PRISÃO

Por que entretanto, se diz estarem “em prisão” essas pessoas?


A Bíblia descreve os que se acham nas trevas do pecado como
sendo “prisioneiros” e estando numa “prisão”. E especificamente,
o profeta Isaías declara que a obra de Cristo, tendo sobre Si, “o
Espírito do Senhor Jeová”, era “tirar da prisão os presos.” (Ver
Isa. 42:7; 61:11, S. Lucas 4:18-21). A obra do Espírito nos
tempos antediluvianos era evidentemente a mesma que no
tempo de Cristo – a pregação aos que eram prisioneiros do
pecado, oferecendo-lhes um meio de escape.
ESPÍRITOS EM PRISÃO

Uma questão, apenas, permanece ainda. Perguntar-se-á por que


eram chamadas “espíritos” as pessoas às quais Noé pregava, se
eram homens que viviam na Terra. Deixemos responder um
eminente comentarista, Dr. Adão Clarke. O fato de acreditar ele
na doutrina da imortalidade da alma torna seu testemunho a
esse respeito especialmente valioso. Depois de declarar que a
frase “foi pregar” deve ser compreendida como significando “pelo
ministério de Noé”, observa ele:
ESPÍRITOS EM PRISÃO

“A palavra pneumasi, espíritos, supõe-se tornar improvável este


ponto de vista acerca do assunto, porque isto tem de significar
espíritos incorpóreos; isto, porém, certamente não procede, pois
que os espíritos de simples homens aperfeiçoados (Heb. 12:23)
significa, certamente, homens justos, e homens que se
encontram ainda na igreja militante; e o Pai dos espíritos (Heb.
12:9) refere-se a homens ainda no corpo; e o Deus dos espíritos
de toda carne (Núm. 16:22 e 27:16), refere-se a homens, não em
estado incorpóreo.” Comentários sobre 1 S. Pedro 3:19 – (O
grifo é do comentarista).
ESPÍRITOS EM PRISÃO

O Dr. João Pearson, em sua Exposição do Credo, obra clássica da


Igreja Anglicana, observa: “É certo, pois, que Cristo pregou
àquelas pessoas que nos dias de Noé eram desobedientes, em
todo o tempo em que a “longanimidade de Deus esperava” e,
consequentemente, enquanto era oferecido o arrependimento. E
é igualmente certo que Ele nunca pregou depois de haverem
morrido.” Pág. 163.

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