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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


NUCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO – NAPE

ENADE 2008

COMPONENTE: AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO GERAL


GLOSSÁRIO

PALAVRA CONCEITO
Sociodiversidade é um princípio disciplinar da antropologia e diz
respeito à complementaridade entre diversidade cultural e biológica,
englobando as diversidades cultural, populacional e dos
ecossistemas. Cada cultura constrói relações com os ecossistemas
de modo a criar nichos de saberes que lhe possibilita sobrevivência;
logo, sociobiodiversidade é o conhecimento e a dependência que
cada cultura tem dos ecossistemas.
Para entender a sociodiversidade brasileira, pode-se, por exemplo,
refletir sobre o modo como os povos indígenas, na América tropical
SOCIODIVERSIDADE e subtropical, desenvolveram suas cosmologias – modos de
objetivação da natureza (outras formas de vida, animais, humanos
etc.) E da sociedade – avaliando as implicações desses modos de
objetivação nas suas práticas de reprodução societária e ambiental,
aprofundando a nossa compreensão desses modos de identificação
(descola, 2000) e permitindo uma consciência mais profunda de
nossos próprios regimes de objetivação e dos princípios diretores de
nossas próprias cosmologias. Mas não se pode esquecer de que a
sociedade brasileira é, desde sua formação, plural, multiracial,
diversa.

Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve


a existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, sem
que uma delas predomine, porém separadas geograficamente e até
convivialmente no que se convencionou chamar de “mosaico
cultural”. O multiculturalismo implica em reivindicações e
conquistas das chamadas minorias (negros, índios, mulheres,
homossexuais, entre outras).
A doutrina multiculturalista dá ênfase à idéia de que as culturas
MULTICULTURALIS minoritárias são discriminadas, sendo vistas como movimentos
MO particulares, mas elas devem merecer reconhecimento público. Para
E INCLUSÃO se consolidarem, essas culturas singulares devem ser amparadas e
protegidas pela lei. O multiculturalismo opõe-se ao que se julga ser
uma forma de etnocentrismo (visão de mundo da sociedade branca
dominante que se considera mais importante que as demais).
A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural,
principalmente quando esta homogeneidade é considerada única e
legítima, submetendo outras culturas a particularismos e
dependência. Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as
épocas, e, hoje, estima-se que apenas 10 a 15% dos países sejam
etnicamente homogêneos.
A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma
ameaça para a identidade da nação. Em alguns lugares o
multiculturalismo provoca desprezo e indiferença, como ocorre no
canadá entre habitantes de língua francesa e os de língua inglesa.
Mas também pode ser vista como fator de enriquecimento e
abertura de novas e diversas possibilidades.
Inclusão social é uma ação que combate a exclusão social
geralmente ligada a pessoas de classe social, nível educacional,
portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais, entre
outras que não têm acesso a várias oportunidades. Inclusão social é
oferecer aos mais necessitados oportunidades de participarem da
distribuição de renda do país, dentro de um sistema que beneficie a
todos, e não somente a uma camada da sociedade.
Tem sido prática comum deliberar e discutir acerca da inclusão de
pessoas com algum tipo de deficiência: mencionando direitos
inerentes a uma deficiência específica, abrangendo todos os direitos
de forma generalizada, embrulhando-os, sem maiores cuidados em
mostrá-los detalhadamente.
Assim, a sociedade modificará suas estruturas e os seus serviços,
abrindo espaços, conforme as necessidades de adaptação específicas
de cada pessoa com deficiência, para que ela se torne capaz de
interagir naturalmente na sociedade com completa autonomia. A
pessoa com deficiência passa a ser vista pelo seu potencial, por suas
habilidades e outras inteligências e aptidões.
Desta forma, é proposto o paradigma da inclusão social. Este
consiste em tornar a sociedade um lugar viável para a convivência
entre pessoas de todos os tipos e inteligências na realização de seus
direitos, necessidades e potencialidades. A necessidade de se
construir uma sociedade democrática e inclusiva, onde todos
tenham seu lugar, é um consenso.

A exclusão social atinge minorias como mulheres, negros, idosos,


EXCLUSÃO E deficientes físicos, mentais etc., em setores econômicos, sociais e
MINORIAS políticos, e é fruto da suposta democracia brasileira, que os
distingue da cultura dominante.

Biodiversidade inclui a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos,


e dos recursos genéticos, e seus componentes.
A biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza,
responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte
de imenso potencial de uso econômico. É a base das atividades
agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais, e, também, a base para
BIODIVERSIDADE a estratégica indústria da biotecnologia. As funções ecológicas
desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco
compreendidas, muito embora se considere que ela seja responsável
pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e
espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a
biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. A diversidade
biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico,
genético, social, econômico, científico, educacional, cultural,
recreativo e estético. Diante de tamanha importância, é preciso
evitar a perda da biodiversidade.
Com a urbanização e os padrões de consumo atuais, a
biodiversidade e os recursos naturais do planeta estão em constante
risco, pois, quando a urbanização é desordenada, problemas como
lixo, esgoto, poluição do ar, ocupação de áreas mananciais e a
necessidade de abastecer as pessoas com água potável tornam-se
dramáticos para a preservação do meio ambiente.

É um conceito que a maioria das pessoas já possui intuitivamente,


ou seja, sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma bactéria,
um fungo, uma alga, uma árvore, um verme, um inseto, uma ave ou
ECOLOGIA o próprio homem, pode existir autonomamente sem interagir com
outros, ou, mesmo com o ambiente físico no qual ele se encontra.
Ao estudo dessas inter-relações entre organismos e o seu meio
físico chama-se ecologia.

Trata-se de representações, no contexto da geografia política atual,


que refletem criticamente a retórica da condição de nossos tempos,
NOVOS MAPAS
“conflitos étnicos, nacionalismos ressurgentes e a fragmentação
SÓCIO E
urbana e do tecido social” conflitos esses também refletidos no
GEOPOLÍTICOS
ciberespaço e que confirmam que a materialização do poder das
instituições e segmentações sociais existe também na rede.

Conceito ligado ao crescimento da internet, que permite a troca


instantânea de contratos e valores entre as partes de todo o mundo.
Abertura comercial à concorrência estrangeira, levando as
GLOBALIZAÇÃO organizações a mudarem a forma de utilização dos fatores de
produção, pela exigência de produtividade máxima e custo mínimo.
Também facilitou muito a divisão internacional de trabalho,
possibilitando coordenar equipes e linhas de produção entre países.

A questão da arte é a de saber o que é a arte. Esta tem sido


importante tanto na estética do século XX como na prática da arte.
Por vezes, parece que os artistas tiveram de confrontá-la nos seus
trabalhos para serem levados a sério pelo mundo da arte. Na criação
de obras de arte, os artistas aproximam-se da condição de filósofos.
Mas a filosofia é um envolvimento crítico com as idéias através de
palavras. Envolvem argumentos e contra-argumentos, exemplos e
contra-exemplos. Os filósofos não se limitam a expressar as suas
ARTE E FILOSOFIA crenças; justificam-nas com provas e argumentos. Raciocinam,
definem, clarificam. Acima de tudo, os filósofos estão interessados
na verdade, numa tentativa constante de ir além das aparências.
Tentam formular as suas posições com a clareza e o rigor que lhes
permite serem desafiados e até criticados. Deste modo, a filosofia
não é uma questão de manifestos e atitudes, mas de posições
racionais que conduzem a conclusões bem fundamentadas. Apesar
disso, pode, mesmo assim, ser apaixonante e viva. Não precisa ser
um mero exercício de lógica.

Estética (do grego αισθητική ou aisthésis: percepção, sensação) é


ESTÉTICA um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do
belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a
percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos
fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e do
trabalho artístico; a idéia de obra de arte e de criação; a relação
entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também
pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, do que pode ser
considerado feio, ou até mesmo ridículo.
A estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da
metafísica, da lógica e da ética, com a publicação da obra
aesthetica, do educador e filósofo alemão alexander gottlieb
baumgarten, em dois volumes, 1750-1758. Baumgarten traz uma
nova abordagem ao estudo da obra de arte, considerando que os
artistas deliberadamente alteram a natureza, adicionando elementos
de sentimento à realidade percebida. Assim, o processo criativo está
espelhado na própria atividade artística. Compreendendo, então, de
outra forma, o prévio entendimento grego clássico que entendia a
arte principalmente como mimesis da realidade.
Na antiguidade - especialmente com platão, aristóteles e plotino - a
estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e
o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do
belo seria alcançado identificando-o com o bom, levando-se em
conta os valores morais. Na idade média surgiu a intenção de
estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.
No âmbito do belo, dois aspectos fundamentais podem ser
particularmente destacados:
A estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa
às custas da lógica e da moral - os valores humanos fundamentais
eram o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava-se em certo tipo de
julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo (ver
cânone estético);
A estética assumiu características também de uma metafísica do
belo, que se esforçava para desvendar a fonte original de todas as
belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (platão),
manifestação sensível da ideia (hegel), o belo natural e o belo
arbitrário (humano), etc.
Mas este caráter metafíísico e conseqüentemente dogmático da
estética transformou-se posteriormente em uma filosofia da arte, na
qual se procura descobrir as regras da arte na própria ação criadora
(poética) e em sua recepção, sob o risco de impor construções a
priori sobre o que é o belo. Neste caso, a filosofia da arte se tornou
uma reflexão sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo
homem, e sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de
ação ser considerada artística.

Numa proposta de reforma do estado, este deixaria de ser passivo


providência, e seria substituído por um estado ativo providência.
Não haveria mais assistidos a socorrer, mas pessoas com diferentes
utilidades sociais, cuja capacidade deveria ser sempre aproveitada.
2. POLÍTICAS Nele também haveria a socialização radical dos bens e das
PÚBLICAS responsabilidades. Uma nova concepção de solidariedade é
mobilizada na ideologia desse estado: não é nem a caridade privada,
nem o bem-estar advindo dos direitos sociais, nem a mutualidade do
solidarismo do século XIX. Refazer a nação, lema dessa ideologia,
significa fomentar a solidariedade advinda do pertencimento a uma
mesma comunidade nacional, na qual a seguridade é nacional — o
novo sentido do social, visto que a questão social é nacional —,
solidariedade que se traduz em direito e dever à integração. Nesse
"estado cívico providência", como o chamou rosanvallon, a
civilidade construída por um processo educativo generalizado, ao
mesmo tempo escolar e extraescolar, torna-se uma alternativa para
as tentativas, por vezes frustradas, de remediar a sociabilidade
insociável de que fala Kant. Nele, idealmente, as políticas públicas
deveriam se ocupar de prevenir a exclusão mais do que de reinserir
os excluídos; de criar uma sociabilidade positiva mais do que de
remediar a negativa, embora no quadro de crise atual o oposto tenha
que ocorrer na política de reinserção. Os atores desse projeto seriam
diferentes: não mais os sindicatos e o estado redistribuidor, mas
uma série de associações de diversos tipos, junto às quais o estado
ainda seria o principal ator do social, criando nova legitimidade para
a sua intervenção.

Educação engloba ensinar e aprender. É um fenômeno visto em


qualquer sociedade, responsável pela sua manutenção e perpetuação
a partir da passagem, às gerações que se seguem, dos meios
culturais necessários à convivência de um membro na sua
EDUCAÇÃO sociedade. Nos mais variados espaços de convívio social ela está
presente. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de
socialização e endoculturação. A prática educativa formal -
observada em instituições específicas - se dá de forma intencional e
com objetivos determinados, como no caso das escolas.

Habitação ou espaço doméstico é o nome dado ao lugar onde o ser


humano vive.
Uma habitação é normalmente uma estrutura artificial (ainda que,
nos primórdios, o ser humano tenha utilizado, para o mesmo efeito,
formações naturais, como cavernas), constituída, essencialmente,
por paredes, geralmente com fundações e uma cobertura que pode
ser, ou não, um telhado.
Uma habitação serve, em termos mais pragmáticos, para
providenciar abrigo contra a precipitação, o vento, o calor e o frio,
HABITAÇÃO além de servir de refúgio contra ataques de outros animais (ou de
outros seres humanos).
O termo “lar” tem uma conotação mais afetiva e pessoal: é a casa é
vista como o lugar próprio de um indivíduo, onde este tem a sua
privacidade e onde a parte mais significativa da sua vida pessoal se
desenrola. Apesar de muitas pessoas passarem grande parte do dia
no seu emprego (fora de casa, ainda que meios de comunicação
como a internet tenham aumentado o número de pessoas que
trabalham em casa), ou em locais de recreação. A casa serve
também como local de repouso.
Trata-se de possibilidades de superação das estruturas dominantes,
de fragmentação e distanciamento, para integrar idéias e ações, com
o objetivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas de
forma integral. Uma educação em saúde ampliada pauta-se em
SAÚDE ações para além do tratamento clínico e curativo, assim como
propostas pedagógicas libertadoras, comprometidas com o
desenvolvimento da solidariedade e da cidadania e,
conseqüentemente, com a melhoria da qualidade de vida e a
promoção do homem (Shall & Struchiner, 1999).

Segurança é a condição de estar protegido de perigo ou perda. A


segurança tem que ser comparada e contrastada com outros
conceitos relacionados: segurança, continuidade, confiabilidade. A
diferença-chave entre a segurança e a confiabilidade é que a
SEGURANÇA
segurança deve fazer exame no cliente das ações dos agentes
maliciosos ativos que tentam causar a destruição como bem comum;
é divulgada e assegurada através de um conjunto de convenções
sociais, denominadas medidas de segurança.

3. REDES SOCIAIS E Incluem a promoção da responsabilidade social, da cidadania, dos


RESPONSABILIDADE direitos humanos, da inclusão, e o fortalecimento do terceiro setor.

Área da economia de uma nação que é sustentada por impostos e


SETOR PÚBLICO
sob controle do governo.

É aquela porção distinta da estrutura institucional, industrial ou


SETOR PRIVADO econômica de um país que é controlada ou pertencente a interesses
não governamentais privados.

O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões


sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões
individuais. Com a falência do estado, o setor privado começou a
ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que
compõem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é
constituído por organizações sem fins lucrativos e não
governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de caráter
público.
Os principais personagens do terceiro setor são:
Fundações
TERCEIRO SETOR Entidades beneficentes
Fundos comunitários
Entidades sem fins lucrativos
Organizações não-governamentais (ONGs)
Empresas com responsabilidade social
Empresas doadoras
Elite filantrópica
Pessoas físicas
Imprensa
Empresas juniores sociais

As mudanças sociais, culturais e econômicas, ao longo dos tempos,


repercutiram nas relações interpessoais, favorecendo maneiras mais
RELAÇÕES individualista do que as coletivistas de relacionamento entre os
INTERPESSOAIS grupos sociais.
(RESPEITAR,
CUIDAR, Neste sentido, busca-se, atualmente, conscientizar a sociedade para
CONSIDERAR E prestar atenção nessa esfera, através de comportamentos altruístas,
CONVIVER) solidários, visando o respeito e a cidadania de todos. Trata-se de
redefinição de valores e regras sociais para uma convivência mais
positiva e menos individualista.

Vida urbana - apesar dos contrastes e das desigualdades sociais, as


cidades continuam atraindo muita gente, pelas oportunidades de
emprego, lazer, serviços públicos e educação. Como conseqüência
da urbanização rápida e sem preparo das metrópoles, observa-se
falta de planejamento público e de investimento na infra-estrutura
de habitação, saúde, transportes, saneamento e educação. Segundo o
IBGE, o Brasil é um dos países mais urbanizados do mundo;
81,23% da população brasileira mora em áreas urbanas. São
problemas urbanos brasileiros: violência, criminalidade, tráfico de
drogas, e os ligados ao meio ambiente.
VIDA URBANA E Vida rural – o estatuto da cidade não define o que é cidade,
RURAL prolongando a vigência da aberração que coloca o Brasil entre os
países mais atrasados do ponto de vista territorial. Trata-se de toda
sede de município é cidade, sejam quais forem suas características
demográficas e funcionais. Daí resulta a ficção de que o Brasil teria
quase 5.600 cidades nas quais viveriam 82% dos habitantes. Mas
apenas 57% da população faz parte da rede urbana. Diz respeito à
economia de um município de pequeno ou médio porte localizado
fora da aglomeração é essencialmente alicerçada na utilização direta
de recursos naturais. As demais atividades, tais como as comerciais,
de transporte e outros serviços, estão diretamente vinculadas a lides
agrícolas, pecuárias, minerais, ou a recreações dependentes da
natureza.

Chama-se inclusão ou exclusão digital o acesso às tecnologias de


informação e comunicação ou simplesmente tic’s, como são mais
comumente conhecidas. Três pilares formam um tripé fundamental
para que a inclusão digital aconteça: tic’s, renda e educação.
Segundo o mapa de exclusão digital divulgado em abril/2003, pela
fundação Getúlio Vargas (fgv-rj) juntamente com outras entidades,
aproximadamente 12% dos brasileiros têm computador em suas
INCLUSÃO/EXCLUSÃ residências e pouco mais de 8% encontram-se conectados à internet.
O DIGITAL As tic’s têm causado mudanças significativas em toda a sociedade.
No âmbito empresarial, as modificações decorrentes das tic’s têm
propiciado ambiente competitivo às mais variadas instituições,
inclusive as não tradicionais; tem promovido o declínio de custos de
processamento; tem motivado a erosão geográfica e de produtos;
tem influenciado o planejamento e tem redesenhado organizações.
É visível que a maioria da população brasileira, i.e.,
aproximadamente 90% encontram-se excluídas do desfrute das
tecnologias da era digital. A exclusão sócio-econômica desencadeia
a exclusão digital ao mesmo tempo em que a exclusão digital e
aprofunda a exclusão sócio-econômica. A inclusão digital deveria
ser fruto de uma política pública com destinação orçamentária, a
fim de que ações promovessem a inclusão e equiparação de
oportunidades a todos os cidadãos. Neste contexto, é preciso levar
em conta indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com
limitações físicas e idosas. Uma ação prioritária deveria ser voltada
às crianças e jovens, pois eles constituem a próxima geração.
Um parceiro importante na inclusão digital é a educação. A inclusão
digital deve ser parte do processo de ensino, de forma a promover a
educação continuada. Note que educação é um processo, e a
inclusão digital é elemento essencial deste processo. Embora a ação
governamental seja de suma importância, ela deve ter a participação
de toda a sociedade face à necessidade premente que se tem de
acesso à educação e redistribuição de renda, permitindo, assim,
acesso as tic’s.
Ações de inclusão digital devem estimular parcerias entre governos
(nas esferas federal, estadual e municipal), empresas privadas,
organizações não-governamentais (ongs), escolas e universidades.
Governos e empresas privadas devem atuar prioritariamente na
melhoria de renda como suporte à educação, bem como tornar
disponíveis equipamentos à população.

A cidadania tem assumido historicamente varias formas em função


dos diferentes contextos culturais. O conceito de cidadania,
enquanto direito a ter direitos, tem se prestado a diversas
interpretações. Entre elas, tornou-se clássica a concepção de
Marshall que, analisando o caso inglês e sem pretensão de
universalidade, generalizou a noção de cidadania e de seus
elementos constitutivos (Marshall, 1967).
A cidadania seria composta dos direitos civis e políticos - direitos
de primeira geração - e dos direitos sociais - direitos de segunda
geração. Os direitos civis, conquistados no século XVIII,
correspondem aos direitos individuais de liberdade, igualdade,
propriedade, de ir e vir, direito à vida, segurança etc.. São os
CIDADANIA
direitos que embasam a concepção liberal clássica. Já os direitos
políticos, alcançados no século XIX, dizem respeito à liberdade de
associação e reunião, de organização política e sindical, à
participação política e eleitoral, ao sufrágio universal etc. São
também chamados direitos individuais exercidos coletivamente e
acabaram se incorporando à tradição liberal.
Os direitos de segunda geração, os direitos sociais, econômicos ou
de crédito, foram conquistados no século XX, a partir das lutas do
movimento operário e sindical. São os direitos ao trabalho, à saúde,
educação, aposentadoria, ao seguro-desemprego, enfim, é a garantia
de acesso aos meios de vida e bem-estar social. Tais direitos tornam
reais os direitos formais.

Todo ser humano é dotado de consciência moral, que o faz


ÉTICA distinguir entre certo e errado, justo ou injusto, bom ou ruim. Com
isso, é capaz de avaliar suas ações, sendo, portanto, capaz de ética.
Esta vem a ser os valores, que se tornam os deveres incorporados
por cada cultura e que são expressos em ações. A ética é, pois, a
ciência do dever, da obrigatoriedade, a qual rege a conduta humana.

A questão relativa às varias denominações dos direitos humanos


pode ser convergida para uma só: direitos fundamentais. É o que
aponta a lição de José Luiz Quadros de Magalhães, para quem
"quando falamos em direitos humanos, utilizamos esta expressão
como sinônimo de direitos fundamentais."
A partir da visão de Cançado Trindade, pode-se vislumbrar que os
direitos humanos têm um lugar cada vez mais considerável na
consciência política e jurídica contemporânea, e os juristas só
podem se regozijar com seu progresso. Implicam eles, com efeito,
um estado de direito e o respeito às liberdades fundamentais, sobre
as quais repousa toda democracia verdadeira. Pressupõem, a um
tempo, um âmbito jurídico pré-estabelecido e mecanismos de
garantia que assegurem sua efetiva implementação. Os direitos
humanos tendem a tornar-se, por todo o mundo, a base da
sociedade.
Impende, portanto, conhecer a noção do que são direitos humanos
ou direitos fundamentais. Nessa tarefa, pode-se incorrer em
tautologias, no sentido de afirmar que direitos humanos são os da
humanidade ou os do homem, ou coisas do gênero. Ensina Antônio
Enrique Perez Luño que os direitos humanos são:
"un conjunto de facultades e instituciones que, en cada momento
histórico, concretan las exigencias de la dignidad, la liberdad y la
igualdad humanas, las cuales deben ser reconocidas positivamente
DIREITOS HUMANOS por los ordenamientos jurídicos a nivel nacional e internacional."
2.2. As diversas gerações de direitos humanos
A primeira geração dos direitos humanos formalmente emoldurados
- direitos individuais, foi gestada no século XVII, com a formulação
da doutrina moderna sobre os direitos naturais, que embasou
ideologicamente a luta que culminou com a criação do estado
moderno e a transição do sistema feudal para o capitalismo. O
direito de liberdade era a garantia da livre iniciativa econômica,
livre manifestação da vontade, do livre câmbio, da liberdade de
pensamento e expressão, da liberdade de ir e vir, da liberdade
política, da mão-de-obra livre.
a segunda geração dos direitos humanos - os direitos
metaindividuais, coletivos ou difusos, é resultado do embate entre
as forças sociais, que se dá com o desenvolvimento do modelo
burguês de sociedade, de um estado liberal que se consolida através
de um espetacular desenvolvimento da economia industrial.
Compreendem os direitos sociais os direitos relativos à saúde,
educação, previdência e assistência social, lazer, ao trabalho, à
segurança e ao transporte.
Os direitos econômicos são aqueles direitos que estão contidos em
normas de conteúdo econômico que viabilizarão uma política
econômica. Classifica-se entre direitos econômicos, pelas
características marcantes destes direitos, o direito ao pleno
emprego, ao transporte integrado à produção, e os direitos do
consumidor.
Os direitos políticos são direitos de participação popular no poder
do estado, que resguardam a vontade manifestada individualmente
por cada eleitor, sendo que a sua diferença essencial em relação aos
direitos individuais é que, para estes últimos, não se exige nenhum
tipo de qualificação, em razão da idade e nacionalidade, para o seu
exercício, enquanto que, para os direitos políticos, determina a
constituição requisitos que o indivíduo deve preencher.
A terceira geração de direitos humanos - os denominados direitos
dos povos ou direitos da solidariedade, também é fruto das lutas
sociais e das transformações sócio-político-econômicas ocorridas
nesses últimos três séculos de história da humanidade e que
resultaram em conquistas sociais e democráticas que envolveram as
expectativas em torno de temas do interesse geral, quais sejam a
biodiversidade, o meio-ambiente, entre outros.
Por fim, fala-se já numa quarta geração de direitos ligados à
comunicação, à democratização da informação, entre outros.

Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser


vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou
psicológica e mesmo a vida a outrem. É o uso excessivo de força,
além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia
(em sentido amplo, é qualquer comportamento ou conjunto que
deriva de vis, força, vigor); aplicação de força, vigor, contra
qualquer coisa ou ente.
Assim, a violência diferencia-se de força, palavra que costuma estar
VIOLÊNCIA próxima na língua e no pensamento cotidiano. Em sua acepção
filosófica, designa a energia ou "firmeza" de algo. A violência
caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que
não convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.
Existe violência explícita quando há ruptura de normas ou moral
sociais estabelecidas a esse respeito: não é um conceito absoluto,
variando entre sociedades. Por exemplo, rituais de iniciação podem
ser encaradas como violentos pela sociedade ocidental, mas não
pelas sociedades que o praticam.

Em suas das muitas manifestações, o terrorismo é um dos pesadelos


da civilização moderna, por seu componente de irracionalidade,
pela amplitude de suas consequências e pela impossibilidade de
prevenção. Sua motivação varia da genuína convicção política à
ânsia pessoal de afirmação, mas o resultado é sempre a morte, a
mutilação e a destruição.
Terrorismo é o uso sistemático do terror ou da violência
imprevisível contra regimes políticos, povos ou pessoas, para
TERRORISMO
alcançar um fim político, ideológico ou religioso.
No passado, as ações terroristas foram realizadas por organizações
políticas com ideologias de direita ou de esquerda, grupos étnicos,
nacionalistas ou revolucionários, e pelos exércitos e polícias
secretas de certos governos. Mais tarde, a esses grupos somaram-se
os partidários de seitas religiosas fundamentalistas.
Imperadores romanos como Tibério usara o banimento, a
expropriação de propriedades e a execução como meios de
desencorajar a oposição a seu governo. A inquisição espanhola
valeu-se da prisão arbitrária, da tortura e execução para punir o que
considerava heresia religiosa.
O uso do terror foi abertamente defendido por Robespierre como
forma de incentivar a virtude revolucionária durante a revolução
francesa, o que levou o período em que teve o domínio político a se
chamar reino do terror. Depois da guerra civil americana, sulistas
inconformados criaram a organização terrorista Ku klux klan para
intimidar os negros e os partidários da reconstrução do país.
Na segunda metade do século XIX, o terrorismo foi adotado como
prática política pelos anarquistas da Europa Ocidental, da Rússia e
dos Estados Unidos, na suposição de que a melhor maneira de
realizar a mudança revolucionária social e política era assassinar
pessoas em posições de poder.
De 1865 a 1905, numerosos reis, presidentes, primeiros-ministros e
outros funcionários governamentais foram mortos pelas balas ou
bombas dos anarquistas.
No século XX, ocorreram grandes mudanças no uso e na prática do
terrorismo, que se tornou a característica de movimentos políticos
de todos os tipos, desde a extrema-direita à esquerda mais radical.
Instrumentos precisos, como armas automáticas e explosivos
detonados à distância por dispositivos elétricos ou eletrônicos
deram aos terroristas uma nova mobilidade e tornaram mais letais
suas ações.
O terrorismo foi adotado como virtual política de estado, embora
não reconhecida oficialmente, por regimes totalitários como os da
Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin. Nesses países, os
métodos de prisão, tortura e execução foram aplicados sem
restrições ou fundamento legal, para criar um clima de medo e
encorajar a adesão à ideologia nacional e aos objetivos sociais,
econômicos e políticos do regime.
O terrorismo identificou-se mais comumente, no entanto, com
pessoas ou grupos que tentaram desestabilizar ou derrubar
instituições políticas existentes.
Foi usado por um ou ambos os lados em conflitos anticolonialistas
(entre Irlanda e Reino Unido, Argélia e França, Vietnam e França,
e, depois, Vietnam e Estados Unidos, por exemplo); em disputas
entre diferentes grupos nacionais sobre a posse contestada de uma
pátria (palestinos e israelitas), em conflitos entre diferentes credos
religiosos (católicos e protestantes na Irlanda do Norte); em
conflitos internos entre forças revolucionárias e governos
estabelecidos (Malásia, Indonésia, Filipinas, Irã, Nicarágua, El
Salvador, Argentina); e em conflitos separatistas (bascos na
Espanha, sérvios na Bósnia e Herzegovina, tchetchenos na Rússia).
Frequentemente, as vítimas do terror são cidadãos escolhidos ao
acaso ou que apenas se encontram inadvertidamente no lugar onde
ocorre uma ação terrorista. Muitos grupos terroristas da Europa
contemporânea se assemelham aos anarquistas do século XIX, em
seu isolamento das principais correntes políticas e na natureza
pouco realista de seus objetivos. Sem base de apoio popular,
substituem atividades políticas legítimas pela ação violenta, como
sequestro de pessoas, desvio de aviões, assassinato de civis e
explosão de bombas em lugares públicos.
Organizações como a baader-meinhoff (Alemanha), o exército
vermelho (Japão), as brigadas vermelhas (Itália), a Al-Fatah (oriente
médio), o Sendero luminoso (Peru) e a Eta (Espanha) tornaram-se
alguns dos mais conhecidos grupos terroristas da segunda metade
do século XX. Sua motivação era política e sua atuação foi mais
intensa a partir da década de 1970. Na década de 1990, surgiu uma
nova modalidade de terrorismo, de impacto ainda maior -- o
terrorismo de massa, com motivação aparentemente religiosa ou
política de cunho fanático.
Os progressos tecnológicos e a difusão dos conhecimentos técnicos
possibilitam a realização de atos terroristas com o uso de armas
químicas, bacteriológicas ou biológicas, que podem disseminar a
morte ou a contaminação de doenças em massa nos grandes centros
urbanos de qualquer país. As razões ideológicas aparentemente
deram lugar ao fanatismo religioso, especialmente dos seguidores
de líderes messiânicos que divulgam idéias apocalípticas ou
salvacionistas radicais.

O mundo hoje está conectado por 1 bilhão de usuários de internet e


2 bilhões de telefones celulares; a vida sem computador se torna
difícil. A rapidez na transmissão de dados se alia ao
desenvolvimento de dispositivos cada vez mais práticos e menores;
dessa forma, o mercado está cada vez mais bombardeado por
produtos eletrônicos sofisticados e em evolução. Ter acesso a um
computador passou a ser condição para a cidadania, pois não estar
AVANÇOS
conectado à rede mundial significa ter mais dificuldade para
TECNOLÓGICOS
avançar profissionalmente ou obter um emprego. Neste sentido, o
Brasil possui um programa chamado “casa Brasil”, graças ao qual,
em cada tele centro, há computadores, biblioteca popular e espaços
para auditório, estúdio multimídia, oficina de produção de rádio e
equipamentos de informática para tentar aproximar a informática do
cidadão. O Brasil é o 11º país do mundo em número de
computadores, mas só 12% da população têm acesso a eles.

As altas taxas de desemprego, a crescente insegurança, a


precariedade das novas formas de ocupação e a queda dos salários
reais são, certamente, os problemas mais agudos deste século nas
relações de trabalho.
No Brasil, estes problemas adquirem uma grande dramaticidade.
Há, em primeiro lugar, uma pesada herança de exclusão social:
mesmo durante as décadas de crescimento acelerado, convivemos
RELAÇÕES com o desemprego estrutural, o trabalho precário e as formas
obsoletas de negociação de salários e das condições de trabalho. E o
DE TRABALHO nosso sistema de proteção social, fundado sobre bases pouco
igualitárias, sempre padeceu de notórias fragilidades financeiras e
organizacionais. Na década de oitenta, por força da falta de
dinamismo econômico e da crise fiscal e financeira do estado, os
problemas sociais se agravaram enormemente. E, agora, temos,
diante de nós, os enormes desafios colocados pelas repercussões
sociais da "globalização" da economia brasileira, além da situação
de deterioração acentuada dos serviços sociais públicos.
FONTES DE CONSULTA

ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Ed. Ars Poética. 1993.

CAMPOS, M.; Greik, M. E do Vale, T. História da Ética. Disponível Em


Www.Cientifico.Frb.Br. Acesso Em 03 de Novembro de 2008.

HEGEL, G. W. Cursos de Estética. São Paulo: Edusp, 2001/06. 4 Vols.

SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004.

VEIGA, José José Eli da. Cidades Imaginárias: O Brasil Que é Menos Urbano Que Se Calcula.
São Paulo: Autores Associados, 2002.

VIEIRA, Liszt. Direito, Cidadania, Democracia: Uma Reflexão Crítica. In Revista Direito,
Estado e Sociedade. Disponível Em Http://Br.Geocities.Com. Acesso Em 03 de Novembro de
2008.

ZALUAR, Alba. Exclusão e Políticas Públicas: Dilemas Teóricos e Alternativas Públicas. In


Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 12, N° 35, São Paulo, Fev 1997.

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