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Desenho Tecnico Bd1 2018 Apostila Teoric
Desenho Tecnico Bd1 2018 Apostila Teoric
Ementa
Visão geral da linguagem gráfica como meio de comunicação, com a construção de mensagens
eficientemente capazes de levar informações do emissor ao receptor, exercitando os códigos
preestabelecidos no ato de projetar, com as técnicas tradicionais de régua, compasso e
instrumentos de apoio.
Afirmação da função social do engenheiro como produtor da mensagem técnica e responsável
pelas soluções de problemas pertinentes.
Exercício da ação interdisciplinar durante e após o curso.
Conscientização da necessidade de pesquisa e estudo permanente, na área da engenharia e,
finalmente, competência e equilíbrio emocional para o desenvolvimento profissional, nos
diferentes setores de sua especialização irrestrita.
Conteúdo Programático
1. Princípios de comunicação na linguagem visual gráfica. Ideia, código, mensagem e imagem.
2. Caligrafia Técnica.
3. Conceitos geométricos e matemáticos fundamentais.
4. Uso dos instrumentos básicos de desenho.
5. Técnicas, processos e procedimentos nas construções gráficas poligonais.
6. Curvas fechadas e abertas, envolvendo tangência e concordância.
7. Unidades de medida e escala.
8. Colocação de medidas (cotas) e legendas complementares.
9. Normas brasileiras de Desenho Técnico.
10. Sistema de Projeção; Sistema de Projeção Cilíndrica Ortogonal; Vistas Ortográficas; Épura;
11. Vistas auxiliares por rotação e por mudança de plano de projeção.
12. Perspectivas (ênfase para Isométrica).
13. “Levantamento” (tomada de medidas) de construções in loco.
14. Plantas, Cortes, Seções e Elevações.
15. Circulação vertical (escadas e rampas).
Metodologia de Ensino
Exposição do assunto com participação da classe e aplicação individual em folhas programadas
para execução de atividades práticas (módulo de duas aulas consecutivas).
Orientação sobre o assunto e suas fontes para pesquisa complementar de extensão e
enriquecimento da atividade. Exercício da ação coletiva com identificação ética de autoria
participativa.
FESP 2018 – BD1
DESENHO TÉCNICO
2
Atividades discentes
O curso se desenvolve em 36 atividades (em módulos de duas aulas semanais consecutivas) com
apresentação teórica, exercícios práticos e avaliação de participação, incluindo aulas para revisões,
dúvidas e ajustes de participação, totalizando 72 horas-aula previstas na carga horária da estrutura
curricular.
Avaliação de Desempenho
Exercícios:
1º Semestre:
Notas N1 a N3 = nota de 0 a 10 (cada atividade) em três atividades do 1º semestre, onde:
✓ N1: peso 0,2
✓ N2: peso 0,4
✓ N3: peso 0,4
P1 = nota regimental, de zero a dez, como resultado da somatória das notas N1 a N3, aplicando-se
os respectivos pesos.
P1 = (N1 x 0,2) + (N2 x 0,4) + (N3 x 0,4)
2º Semestre:
Notas N4 a N6 = nota de 0 a 10 (cada atividade) em três atividades do 2º semestre, onde:
✓ N4: peso 0,4
✓ N5: peso 0,2
✓ N6: peso 0,4
P2 = nota regimental, de zero a dez, como resultado da somatória das notas N4 a N6, aplicando-se
os respectivos pesos.
P2 = (N4 x 0,4) + (N5 x 0,2) + (N6 x 0,4)
Média Final:
MF = média final da disciplina, como resultado da somatória das notas P1 e P2, aplicando-se os
respectivos pesos.
SILVA, Arlindo... [et all]. Desenho Técnico Moderno. Tradução de Ricardo Nicolau Nassar Koury.
LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA. RJ. 4ª Edição, 2006. Formato 210x275. 475 pgs.
CARVALHO, BENJAMIN DE A. Desenho Geométrico. Ed. Imperial Novo Milênio. 2ª edição 2008 –
ISBN: 8599868217
MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico; São Paulo: Edgar Blucher, 4ª edição, 2001; ISBN
8521202911
Bibliografia Complementar
CBCA – Centro Brasileiro de Construção em Aço. Catálogos Técnicos, manuais, livros e normas.
http://www.cbca-acobrasil.org.br/ (verificado em fev/2016)
Lista de Materiais indispensáveis (devem ser trazidos em TODAS as aulas de Desenho Técnico)
✓ Apostila de Desenho Técnico – FESP 2018;
✓ Escala (escalímetro) triangular modelo Trident 7830/1(escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100,
1:125), ou equivalente (ex. Staedtler 561 98-1);
✓ Jogo de esquadros 28 cm modelo Desetec 2528-45° e 2628-60° (acrílico transparente, de
preferência sem escala), ou equivalente;
✓ Compasso modelo Trident 9003, ou equivalente, com grafite 2,0–B;
✓ Três Lapiseiras: 0.3mm, 0.5mm e 0.7mm (ou 0.9mm).
✓ Borracha macia própria para Desenho Técnico;
✓ Prancheta rígida de tamanho A4, com presilha guia à esquerda;
“O Desenho Técnico não pode sujeitar-se aos gostos e caprichos de cada desenhista, pois será
utilizado por profissionais diversos para chegar à fabricação de um objeto específico: máquina, cadeira ou
casa.
A NBR 10067 (Princípios gerais de representação em Desenho Técnico) difere apenas em detalhes
das normas usadas em quase todos os países do mundo.
As normas técnicas francesas têm as iniciais NF; as alemãs são as DIN (Deutsche Industrie Normen
ou Normas da Indústria Alemã). As nossas são as NBR – Normas Brasileiras Registradas; o número identifica
uma norma específica. Trata-se, então, de norma discutida e aprovada. Nossas normas não têm força de lei;
contudo, devem ser adotadas por escritórios particulares, por firmas e por repartições, pois são baseadas em
pesquisas e são racionais, tendo por objetivo a unificação e a ordem.
Apesar da seriedade com que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estuda cada
norma, existem aqueles que preferem adotar padrões particulares, voltando, assim, à situação de séculos
passados, quando cada um tinha convenções próprias e ninguém se entendia. Enfim, em cada cabeça uma
sentença, diz o provérbio. Contudo, a decisão de criar padrões técnicos individuais no limiar do século XXI diz
muito mal dessa cabeça ou desse cabeçudo. Vamos ser coerentes e adotar as normas; no Brasil as NBR.”
Lembre-se que existem outras normas, aplicáveis a casos específicos. Por exemplo:
NBR 7.191:1982 - Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado
NBR 14.611:2000 – Representação simplificada em estruturas metálicas
O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m² e de lados medindo 841 mm x
1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua
diagonal.
Formatos derivados – série “A”: Semelhança geométrica dos formatos da série “A”:
ESPAÇO
ESPAÇO PARA DESENHO PARA
TEXTO
ESPAÇO PARA DESENHO
Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocados no
espaço para texto.
O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do padrão de desenho.
A legenda (ou carimbo) é usada para informação do desenho, e deve conter: designação da firma; projetista,
desenhista, ou outro responsável pelo conteúdo do desenho; local, data e assinatura; nome e localização do
projeto; conteúdo do desenho; escala; número do desenho; designação da revisão; unidade utilizada no
desenho.
O formato final do dobramento de cópias de desenhos da séria “A” deve ser o formato A4.
Dobramento do formato A0
Dobramento do formato A1
Dobramento do formato A2
Sequência de dobras:
As larguras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no
desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm.
Estes valores correspondem ao escalonamento √2 (raiz quadrada de dois), conforme os formatos de papel
para desenhos técnicos. Isto permite que na redução e reampliação por microfilmagem ou outro processo de
reprodução, para formato de papel dentro do escalonamento √2 (raiz quadrada de dois), se obtenham
novamente as larguras de linhas originais, desde que executadas com canetas técnicas e instrumentos
normalizados.
Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser
conservadas.
Tipos de linhas
Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção
Fonte: ABNT – NBR 8.403:1984
Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes
aspectos, em ordem de prioridade:
Segundo a norma NBR 8402, as principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:
a) legibilidade;
b) uniformidade;
c) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.
1) Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para evitar qualquer troca ou algum
desvio mínimo da forma ideal;
3) Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e
minúsculas;
Os entes geométricos fundamentais são entidades que não apresentam definição (são noções
primitivas, ou axiomas). O ponto, a reta e o plano são os três entes geométricos e os elementos
fundamentais da geometria clássica.
O ponto é uma entidade geométrica que não tem altura, comprimento ou largura, ou seja, é
adimensional (adimensional; adj. 2 gen., que não tem dimensão, tamanho).
É representado por letras maiúsculas do nosso alfabeto.
Em sucessão contínua, os pontos constroem linhas. As linhas têm uma única dimensão; o
comprimento. Na disciplina de Geometria, a reta é compreendida como um conjunto infinito de
pontos.
A reta é representada por letras minúsculas do nosso alfabeto.
Semirreta é uma parte da reta que tem começo, mas não tem fim. O ponto onde a semirreta tem
início é chamado ponto de origem.
Segmento de reta
Segmento de reta é um dos infinitos segmentos de uma reta. É determinado por dois pontos
colineares.
As retas podem intersectar-se em qualquer dos seus pontos ou com planos (também entendidos
como conjuntos infinitos de pontos).
Uma figura geométrica (polígono) é constituída, e por isso sempre representada, através de pontos
que se situam num mesmo plano (triângulo, quadrado, retângulo, trapézio, hexágono, pentágono,
paralelogramo, losango, etc.).
Um plano é representado por uma letra minúscula do alfabeto grego, geralmente α ou β.
Perpendiculares
Perpendiculares
Ângulo entre duas retas Ângulo entre reta e plano Ângulo entre dois planos
(Diedro)
Ângulo
Subdivisões:
1 grau (1°) = 60 minutos (60’);
1 minuto (1´) = 60 segundos (60”);
As divisões do segundo são decimais.
Tipos de ângulos
Mediatriz de um segmento de reta é o nome dado ao conjunto de pontos (que forma uma reta no
plano) que estão à mesma distância de ambas as extremidades desse segmento de reta.
A mediatriz tem como objetivo cortar um segmento AB ao lugar geométrico dos pontos do plano
que equidistam das extremidades do segmento.
Bissetriz de um ângulo
É o lugar geométrico dos pontos que equidistam de duas retas concorrentes e, por consequência,
divide um ângulo em dois ângulos congruentes
Isso criava muitos problemas para o comércio, porque as pessoas de uma região não estavam familiarizadas
com o sistema de medida das outras regiões. Imagine a dificuldade em comprar ou vender produtos cujas
quantidades eram expressas em unidades de medida diferentes e que não tinham correspondência entre si.
Em 1789, numa tentativa de resolver o problema, o Governo Republicano Francês pediu à Academia de
Ciências da França que criasse um sistema de medidas baseado numa "constante natural". Assim foi criado o
Sistema Métrico Decimal. Posteriormente, muitos outros países adotaram o sistema, inclusive o Brasil,
aderindo à "Convenção do Metro". O Sistema Métrico Decimal adotou, inicialmente, três unidades básicas de
medida: o metro, o litro e o quilograma.
Entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada vez mais precisas e
diversificadas. Por isso, em 1960, o sistema métrico decimal foi substituído pelo Sistema Internacional de
Unidades - SI, mais complexo e sofisticado, adotado também pelo Brasil em 1962 e ratificado pela Resolução
nº 12 de 1988 do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro,
tornando-se de uso obrigatório em todo o Território Nacional.
As unidades SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por meio de símbolos.
Exemplos:
Unidade de comprimento
nome: metro
símbolo: m
Unidade de tempo
nome: segundo
símbolo: s
Exemplos:
quilograma, newton, metro cúbico
Exceção:
no início da frase e "grau Celsius"
Exemplos:
micrometro, hectolitro, milisegundo, centigrama
Exceções:
quilômetro, hectômetro, decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro
Certo Errado
segundo s s. ; seg.
metro m m. ; mtr.
quilograma kg kg. ; kgr.
hora h h. ; hr.
Certo Errado
cinco metros 5m 5ms
dois quilogramas 2 kg 2kgs
oito horas 8h 8hs
Unidade composta
Ao escrever uma unidade composta, não misture nome com símbolo.
Certo Errado
quilômetro por hora quilômetro/h
km/h km/hora
metro por segundo metro/s
m/s m/segundo
O grama pertence ao gênero masculino. Por isso, ao escrever e pronunciar essa unidade, seus múltiplos e
submúltiplos, faça a concordância corretamente.
Exemplos:
dois quilogramas
quinhentos miligramas
duzentos e dez gramas
oitocentos e um gramas
Medidas de tempo
Ao escrever as medidas de tempo, observe o uso correto dos símbolos para hora, minuto e segundo.
Certo Errado
9:25h
9 h 25 min 6 s
9h 25´ 6´´
Obs: Os símbolos ' e " representam minuto e segundo em unidades de ângulo plano e não de tempo.
Exemplo:
Para multiplicar e dividir a unidade volt por mil
quilo + volt = quilovolt ; k + V = kV
mili + volt = milivolt ; m + V = mV
Por motivos históricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo: quilograma. Por isso, os múltiplos
e submúltiplos dessa unidade são formados a partir do grama.
Área
Área é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço bidimensional, ou seja,
de superfície.
(Fonte: Wikipedia)
Área do Paralelogramo = 4;
Área do Triângulo = 9/2;
Área do Círculo = 9/4π;
Obs.: Na matemática, é uma proporção numérica originada da relação entre as grandezas do perímetro de
uma circunferência e seu diâmetro; por outras palavras, se uma circunferência tem perímetro e diâmetro
, então aquele número é igual a . É representado pela letra grega π. A letra grega π (lê-se: pi), foi
adotada para o número a partir da palavra grega para perímetro, "περίμετρος", provavelmente por William
Jones em 1706, e popularizada por Leonhard Euler alguns anos mais tarde. Outros nomes para esta
constante são constante circular, constante de Arquimedes ou número de Ludolph.
O valor de π pertence aos números irracionais. Para a maioria dos cálculos simples é comum aproximar π por
3,14. Uma boa parte das calculadoras científicas de 8 dígitos aproxima π por 3,1415927. Para cálculos mais
precisos pode-se utilizar com 31 casas
decimais. Para cálculos ainda mais precisos pode-se obter aproximações de π através de algoritmos
computacionais.
Quadrado (l=lado)
Círculo (r = raio)
Volume
O volume de um corpo é a quantidade de espaço ocupada por esse corpo. Volume tem unidades de tamanho
cúbicas (por exemplo, cm³, m³, in³, etc.) Então, o volume de uma caixa (paralelepípedo retangular) de
comprimento T, largura L, e altura A é:
V=TxLxA
(Fonte: apostila de Desenho Técnico da ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - EEL USP. Antonio Clélio
Ribeiro, Mauro Pedro Peres, Nacir Izidoro)
Como o desenho técnico é utilizado para representação de máquinas, equipamentos, prédios e até unidades
inteiras de processamento industrial, é fácil concluir que nem sempre será possível representar os objetos
em suas verdadeiras grandezas. Assim, para viabilizar a execução dos desenhos, os objetos grandes precisam
ser representados com suas dimensões reduzidas, enquanto os objetos, ou detalhes, muito pequenos
necessitarão de uma representação ampliada.
Para evitar distorções e manter a proporcionalidade entre o desenho e o tamanho real do objeto
representado, foi normalizado que as reduções ou ampliações devem ser feitas respeitando uma razão
constante entre as dimensões (lineares) do desenho e as dimensões (lineares) reais do objeto representado.
A razão existente entre as dimensões do desenho e as dimensões reais do objeto é chamada de escala do
desenho.
É importante ressaltar que, sendo o desenho técnico uma linguagem gráfica, a ordem da razão nunca pode
ser invertida, e a escala do desenho sempre será definida pela relação existente entre as dimensões lineares
de um desenho com as respectivas dimensões reais do objeto desenhado (razão de semelhança). As medidas
angulares permanecem inalteradas.
e=d/r
Para facilitar a interpretação da relação existente entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto,
pelo menos um dos lados da razão sempre terá valor unitário, que resulta nas seguintes possibilidades:
A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou elemento a ser
representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente
para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou
elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho.
Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas devem
estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem. A palavra “ESCALA” pode ser
abreviada na forma “ESC”.
Outras escalas “derivadas” são utilizadas, pois segundo a norma, “As escalas podem ser reduzidas ou
ampliadas à razão de 10”, conforme exemplos a seguir:
Escalas Gráficas
É a representação gráfica da escala numérica. Ela acompanha as variações que ocorrem nas ampliações,
reduções, dilatações do papel, etc., mantendo sempre a mesma proporcionalidade.
Para a fabricação de peças e obras, não basta apenas seu simples desenho. Há necessidade de mostrar
também as dimensões e informações complementares que possibilitem a sua execução.
À colocação das dimensões de um objeto no desenho chamamos de cotagem. É uma forma padronizada de
indicar as medidas do objeto, levando-se em conta sua construção (a pessoa que cota um desenho deve se
imaginar construindo e inspecionando-o)
Cotar um objeto é representar suas dimensões no desenho através de uma grandeza numérica, símbolos e
notas.
As regras de cotagem devem seguir as orientações e princípios padronizados pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA de
NORMAS TÉCNICAS –ABNT,conforme NBR 10126 e ao critério de ‘”máxima clareza”,de modo a admitir uma
única interpretação das informações do desenho.
Cota
Linha de cota
Identifique pelo menos 12 (doze) erros encontrados nas cotas do quadro acima.
Um objeto poderá ficar claramente representado por uma só vista ou projeção. Este foi o caso da
lâmpada incandescente apresentada como exercício nas aulas anteriores. Muitos objetos somente
ficam bem representados, isto é, entendidos por meio de três projeções ou vistas – é o caso da figura
que ilustra a primeira página desta aula. Haverá casas ou objetos que somente são corretamente
definidos mediante o uso de maior quantidade de vistas. Os desenhos que se seguem mostram quais
seriam as demais vistas.
(VISTA SUPERIOR)
(VISTA POSTERIOR)
(VISTA FRONTAL)
Porém, a prática mostra que esta ordenação e colocação das vistas – embora importante como
racionalização – não pode ter mais rigor no desenho de edificações, pois os desenhos costumam ser
feitos em folhas separadas. Exatamente por este motivo, podemos simplificar ou abreviar aquela
convenção: na figura abaixo o observador, estando fora da casa, vê a frente desta casa (posição ou
seta n°.2). Quando o observador caminha para o seu lado esquerdo passa a ver a casa no sentido da
seta n°.3. Continuando a andar em volta da casa, ou do objeto, terá a vista por trás (n°.6) ou vista
posterior. Ao prosseguir seu caminho, chegará ao lado direito da casa (n°.4) e daí retorna ao ponto de
partida.
Obs. Texto e ilustrações extraídos do livro “Desenho Arquitetônico” (Montenegro, Gildo A. – Ed. Blucher).
www.stefanelli.eng.br
Professor Eduardo J. Estefanelli
www.eba.ufrj.br/gd/index.htm
Professor Álvaro Rodrigues
Obs. As ilustrações e alguns textos desta aula foram extraídos dos livros “Manual Básico de
Desenho Técnico” (Speck, Henderson José) e “Desenho Técnico Moderno” (Silva, Arlindo e outros),
e da apostila “Perspectiva Isométrica” da PUC de Goiás (Granato, Marcelo e outros).
Introdução:
Algumas vezes, para facilidade de leitura do desenho, utiliza-se a perspectiva, que consiste em representar a
peça dando ideia imediata do seu volume. De fato, quer se trate de uma projeção central ou paralela,
oblíqua ou ortogonal, este tipo de representação tem uma forma parecida com a da sua fotografia, mais ou
menos distorcida, conforme o tipo de projeção.
A perspectiva de uma peça é, portanto, um desenho simples de interpretar, embora nem sempre de fácil
realização. A figura a seguir identifica as diversas projeções (paralelas oblíquas e centrais), comumente
chamadas de perspectivas.
Perspectiva Isométrica
Dentre as projeções axonométricas, a isométrica é a mais utilizada, principalmente porque não carece de
coeficientes de redução, e os ângulos de fuga são ambos de 30°, permitindo assim obter perspectivas
“verdadeiramente rápidas”.
Veja no exemplo a seguir, que por razões práticas, costuma-se utilizar, na construção das perspectivas, o
prolongamento dos eixos X e Y a partir do ponto O, no sentido contrário, formando ângulos de 30° com a
horizontal, enquanto o eixo Z (vertical) permanece inalterado.
Definição de Planta Baixa (extraído do livro “Desenho Arquitetônico” – Montenegro, Gildo A.):
Um plano horizontal corta a construção a 1,50m acima do piso (há quem diga 1,20m; o essencial é que as
janelas sejam cortadas pelo plano horizontal).
Agora, admitimos retirada a parte acima do plano de corte, e olhamos de cima para baixo (vista superior).
Consideremos agora, o plano horizontal de corte. Nele estão as paredes, portas e janelas, como se vê abaixo.
A seguir está uma sequência lógica de desenho para elaboração de uma Planta Baixa (extraída do livro
“Desenho Arquitetônico” – Montenegro, Gildo A.).
Obs. As ilustrações e alguns textos desta aula foram extraídos dos livros “Desenho Arquitetônico”
(Montenegro, Gildo A.) e “Desenho Técnico Moderno” (Silva, Arlindo e outros).
Introdução:
O recurso a cortes e seções num desenho faz-se, em geral, quando a peça a ser representada
possui uma forma interior complicada ou quando alguns detalhes importantes para a definição da
peça não ficam totalmente definidos por uma projeção ortogonal em arestas visíveis. Quando isso
acontece, recorre-se a cortes e/ou seções, que ajudam a esclarecer o desenho, evitando o uso de
mais vistas. Os cortes e seções devem ser usados apenas quando trouxerem algo relevante à
representação gráfica convencional.
Em projetos de edificações, na maioria dos casos, as plantas e fachadas não são suficientes para
mostrar as divisões internas da construção. Para melhor definir os espaços internos são necessários
os cortes feitos por planos verticais.
As seções são objetivamente semelhantes aos cortes e, como estes, são utilizadas para trazer uma
maior clareza ao desenho. Conceitualmente, uma seção é uma superfície resultante da interseção
de um plano secante com um corpo (a peça a representar). São em geral, usadas para definir o
perfil externo de partes das peças como nervuras, braços de polias e volantes, perfis metálicos,
peças prismáticas, peças de perfil variável, etc. Distinguem-se rapidamente dos cortes por
representarem somente a interseção do plano secante (de corte) com a peça, não englobando
aquilo que se encontra além desse plano.