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GRAHAM 2004 Cidades Sitiadas
GRAHAM 2004 Cidades Sitiadas
Capítulo 3: O Novo
Urbanismo Militar. Boitempo. São Paulo. p.121-155. 2016.
Temas importantes:
Ideologia militar mais radicais e “sem limites” estão adentrando na vida urbana. O que torna
essa militarização da vida um fenômeno novo são: antagonismo da vida urbana frente um
patriotismo rural e racialmente/culturalmente “puro”; infraestrutura de monitoramento e
controle militar que se funde as estruturas de consumo e comercial, criando o cidadão-soldado-
consumidor; espetacularização da violência, através de diversas mídias, e combinação de
audiência e combate; surto com preocupações de segurança que tomam prioridade das políticas;
atuação transnacional aliado ao discurso de soberania; discurso patriota e anticosmopolita; e
atuação de exceção do Estado para a criação de novos espaços de acumulação.
Leitura Corrida:
A militarização urbana não é uma coisa nova, contudo ganha novas traços
contemporâneos, acrescentado de transformações políticas, culturais e econômicas. (p.121).
Michael Geyer (1989) define militarização como processo social tenso que a sociedade
civil se organiza para a produção da violência. Esse processo necessita uma divisão entre nação
e seus amigos, para além de suas fronteiras ou “inimigos locais”. Também envolve a
normalização na sociedade dos paradigmas militares do pensamento Nota: como por exemplo, a
noção que a morte de civis frente aos conflitos que envolvem a polícia ou o exército nas cidades
são vistas como “baixas de guerra”, e não como assassinatos frente a ação de agentes de Estado.
Com essas indagações e os pontos do processo de militarização, o autor discorre o que há de
novo neste processo, que os diferem da Guerra Fria ou das Guerras Totais.