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Racismo e Luta Contra o Preconceito

Se buscarmos no dicionário, encontraremos racismo como toda e qualquer


forma de discriminação contra alguém baseado em um preconceito ou uma
crença de que determinada raça/etnia/cor é superior ou inferior a outra. O
preconceito racial ainda nos dias atuais é algo enfrentado por milhões de
pessoas em todo o mundo, seja por negros, asiáticos ou até mesmo
indígenas, e ele pode ocorrer por meio de ofensas, segregação, exclusão ou
diferenciação de uma pessoa a outra com base em um preconceito (algo que
por natureza, já é formado sem um mínimo conhecimento prévio sobre
determinado assunto).
O racismo pode se apresentar de diferentes formas na sociedade, sendo
sempre necessário que medidas sejam tomadas para que situações
semelhantes não se repitam, na medida do possível.
A principal e mais agressiva forma de discriminação racial é o crime de ódio
racial, quando o individuo racista agride diretamente (verbal ou fisicamente)
outro individuo devido a sua etnia ou nego acesso a serviços e locais pelos
mesmos motivos. Esse meio de racismo é criminoso e pode acarretar em
punições legais para quem o pratica, segundo o Código Penal brasileiro.
Outra forma em que se apresenta é o chamado Racismo Institucional,
atingindo de forma mais indireta os indivíduos, este se apresenta quando
Instituições (públicas ou privadas), Leis e até mesmo o próprio Estado
promove a exclusão e o preconceito racial, muitos vezes dentro de termos
“legais”, como por exemplo uma abordagem policial a pessoas negras que,
como tem sido divulgado em diversos casos, tende a ser mais violenta do
que o normal, ou o assassinato de pessoas negras desarmadas sob a
alegação de “estar cumprindo o dever”.
Por fim, há uma forma mais branda e menos perceptível que o racismo pode
se apresentar, trata-se do Racismo estrutural, que são comportamentos,
ações, hábitos ou costumes que já estão tão embutidos na sociedade que
muitas vezes ninguém percebe que são práticas que, mesmo indiretamente,
promovem a segregação e o preconceito racial nas pessoas, chegando a ser
ofensivo algumas vezes. É o caso que se evidencia pelo baixo acesso de
PPIs a certos locais antes exclusivos da elite (algo que felizmente tem
mudado cada vez mais) e também algumas falas pejorativos já incorporadas
em nosso cotidiano, mas que ainda sim reforçam ideias racistas.
No Brasil, a situação de racismo é originária principalmente devido ao longo
período de escravização e a abolição tardia e irresponsável que não se
preocupou na inserção das pessoas libertas à sociedade nem ao acesso à
educação, que resultou num sistema marginalizado que ainda é muito
comum na nossa atualidade. Além disso, ainda é evidente uma discriminação
contra povos indígenas nativos e pessoas pardas, “amarelas”, geralmente
vindas do Oriente.
O racismo é uma forma de violência, lutar contra ele é lutar pelo direito de
viver e ser livre, é lutar pela garantia dos Direitos Humanos a todos
independentemente de sua cor, e na história (acontecimentos passados e
recentes) encontramos o exemplo de diversas pessoas que lutaram e ainda
lutam pelo fim desse tipo de preconceito. O fim do Apartheid na África, que só
ocorreu no fim do Séc. XX, que teve como um de seus principais símbolos
Nelson Mandela (1º presidente negro da África do Sul); Martin Luther King
Jr., considerado por muitos como um dos grandes ícones da luta contra o
racismo nos EUA e em todo o mundo; o movimento BlackLivesMatter que
surgiu nas redes socias após uma série de relatos nas redes sociais sobre a
violência contra negros, que iniciou com a morte de George Floyd nos EUA;
os Panters Negras, um partido político que surgiu em defesa da comunidade
afro-americana, voltado inicialmente a combater a violência policial
exarcebada. Todos são grandes exemplos das lutas e movimentos que são
travadas no mundo inteiro contra a prática do racismo.
Racismo é crime e deve ser constantemente denunciado e exposto, e não
deve ser aceito em nenuma circunstância, e para combatê-lo é importante
que haja fraternidade, justica e consciência coletiva para que as
desigualdades raciais existentes no País e no mundo sejam reconhecidas e
extinguidas.

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