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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CCT – CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: ELEMENTOS DE MÁQUINAS
PROFESSORA: ANTONIO VINICIUS GARCIA CAMPOS

DIEGO ALMEIDA RODRIGUES

MANCAIS E ROLAMENTOS

20/07/2021
São Luís – MA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CCT – CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: ELEMENTOS DE MÁQUINAS
PROFESSORA: ANTONIO VINICIUS GARCIA CAMPOS

DIEGO ALMEIDA RODRIGUES

MANCAIS E ROLAMENTOS

Pesquisa sobre mancais e


rolamentos para obtenção de
parte da segunda nota avaliativa
da disciplina de Elementos de
Máquinas.

20/07/2021
São Luís – MA

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Introdução
Mancais e rolamentos são dispositivos mecânicos utilizados na indústria, estando
presentes em praticamente todos os segmentos, já que essas peças são empregadas em
uma infinidade de máquinas modernas. O rolamento nada mais é que uma peça que torna
possível o movimento controlado entre partes de uma máquina, e o mancal é um elemento
de máquina que serve como apoio fixo para a transmissão mecânica em elementos
girantes (eixos e rolamentos). Normalmente são fabricados de ferro fundido ou aço e
bipartidos (base e tampa). Dessa forma, é difícil pensar na indústria contemporânea sem
pensar em mancais e rolamentos, estando esses equipamentos massivamente presentes na
indústria alimentícia, na indústria química, na indústria farmacêutica e na indústria
agrícola, além de muitas outras. Existem diversos modelos de mancais e rolamentos
disponíveis no mercado. Entre os rolamentos, é possível citar os rolamentos de esfera de
precisão, os rolamentos para spindle, os rolamentos NSK, entre outros. Cada um desses
tipos de rolamentos é indicado para uma aplicação diferente.
Já entre os mancais, existem os modelos autoalinháveis e os modelos bipartidos.
Além disso, os mancais podem ser fabricados em diferentes materiais, sendo os mais
comuns o ferro fundido, o aço carbono, o aço inox e o termoplástico. Assim como ocorre
com os rolamentos, os modelos de mancais diferem quanto à aplicação, sendo sua
composição um fator determinante para isso também. Abaixo segue a ilustração das
principais partes e nomenclaturas de um rolamento e de um mancal de deslizamento
respectivamente:

Figura 1 - Partes de um rolamento e de um mancal de deslizamento. Referência: [1]

DESENVOLVIMENTO
O atrito é a principal fonte de desgaste em mancais e rolamentos. O atrito que
surge do contato entre os materiais causa desgaste e aumento da temperatura. o objetivo
da lubrificação é reduzir o atrito, o desgaste e o aquecimento das partes das máquinas em
trabalho. O mancal de deslizamento necessita de uma maior quantidade de óleo
lubrificante. Em virtude do grande atrito entre o eixo e a bucha. Já o de rolamento
necessita de uma menor quantidade de lubrificante em comparação ao de deslizamento.
No entanto, uma boa lubrificação de mancias é essencial para o bom funcionamento do
equipamento e para maior durabilidade da peça.

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Além de reduzir o atrito, a lubrificação refrigera ou esfria o arranjo de rolamento.
Evita o superaquecimento do dispositivo e reduz as vibrações que causam danos ao
equipamento. Da mesma forma protege contra corrosão e impurezas. Em casos especiais
atuam como vedante, na transmissão da força e como isolante.
Há muitos produtos usados na lubrificação de mancais e rolamentos. Estes
incluem lubrificantes líquidos, minerais ou sintéticos, bem como graxas, as quais
combinam vários componentes líquidos com espessadores tipo sabão e não sabão. Cada
um destes produtos possui certas características que determinam a sua adaptabilidade a
qualquer dada aplicação. Em alguns casos, as propriedades inerentes a um produto podem
ser suficientes, em outros, as características básicas podem ser significativamente
modificadas através do emprego de aditivos.
O que mais preocupa nessa lubrificação é a escolha de um óleo com viscosidade
apropriada na temperatura, carga e velocidade operacionais. Os lubrificantes
excessivamente viscosos geram calor devido ao atrito interno e aumentam a exigência da
força. Os lubrificantes de viscosidade insuficiente não formarão películas suficientemente
espessas nas zonas de contato para impedir o contato metálico, desse modo resultando
fadiga prematura. Outra característica muito importante é a capacidade do óleo proteger
contra a ferrugem, pois qualquer lubrificante deve conter inibidores de ferrugem, sendo
que as partículas que ali passam vindas de outras partes do sistema podem iniciar uma
avaria proveniente da formação da ferrugem causando uma sensível redução da vida útil
do mesmo.
A escolha da lubrificação do rolamento depende basicamente das condições de
operação, portanto, velocidade de rotação e ambiente. A quantidade de lubrificante
também é um fator importante, pois pode variar dependendo da função que o lubrificante
deve exercer. Abaixo segue os principais tipos de lubrificação:
- Lubrificantes líquidos - óleos:
São principalmente baseados no petróleo ou óleos sintéticos, embora a água seja
às vezes usada como lubrificante em ambientes aquosos. Muitos óleos lubrificantes
comerciais são misturados com vários aditivos que reagem com o metal para formar
contaminantes de monocamada. Utiliza-se óleo para a lubrificação de rolamentos
somente quando altas velocidades ou temperaturas elevadas não permitem o uso da graxa.
Quando o calor gerado por atrito ou de origem externa deva ser removido do rolamento.
Também quando componentes adjacentes são lubrificados com óleo.
O método mais simples de lubrificação com óleo é o banho de óleo. Desse modo,
o óleo é captado pelos componentes rotativos do rolamento e distribuído dentro do
mesmo. O nível do óleo deve ficar um pouco abaixo do centro do corpo rolante que ocupar
a posição mais baixa quando o rolamento estiver parado.
Lubrificação de rolamentos por jato de óleo: na qual se injeta óleo a alta pressão
em um dos lados do rolamento. A velocidade do jato de óleo deve ser alta o suficiente
para que parte do óleo penetre na turbulência que rodeia o rolamento. Indica-se no mínimo
15 m/s.

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Lubrificação de rolamentos por atomização: em que são transportadas quantidades
muito pequenas e bem definidas de óleo. Essas pequenas quantidades permitem o
rolamento operar a temperaturas mais baixas ou a velocidades mais altas do que qualquer
outro método.
- Graxas:
Graxas são óleos misturados com sabões para formar um lubrificante espesso e
pegajoso usado onde os líquidos não podem entrar ou se aderir às superfícies. Esse tipo
de lubrificação possui algumas vantagens sobre o óleo, pois ela é retida mais facilmente.
Principalmente em eixos inclinados ou verticais. Contribui, também, na vedação contra
contaminantes, umidade e água. Contudo, há que se tomar cuidado com a quantidade de
graxa aplicada. Seu excesso causará um rápido aumento da temperatura de trabalho,
principalmente aplicações de altas velocidades de rotação.
De modo geral, somente o rolamento deve ser completamente preenchido com
graxa. O alojamento ou caixa deve ser parcialmente preenchido (30 a 50%). Só se deve
preenche-lo completamente se ele trabalhar em baixa velocidade e necessitar de proteção
contra corrosão.
Ao trocar o tipo de graxa na lubrificação de rolamentos é importante considerar a
miscibilidade das graxas. Independentemente da razão da troca de uma graxa por outra!
Misturar graxas incompatíveis pode variar drasticamente a consistência. Além disso, a
máxima temperatura de operação da mistura pode ser tão baixa que pode provocar uma
falha no rolamento.
- Lubrificação Hidrodinâmca:
Considerada um tipo de lubrificação, a lubrificação hidrodinâmica ocorre quando
as superfícies em movimento são separadas por uma camada de fluido de espessura
apreciável e, em condições ideais, não deverá apresentar desgaste metálico entre as peças.
Sendo assim, a resistência ao movimento (o atrito) deve-se inteiramente pela viscosidade
da camada de lubrificante interposta.

Principais erros ao lubrificar


- Lubrificção insuficiente;
- Lubrificação excessiva;
- Lubrificação com o lubrificante errado;
- Mistura de lubrificantes;
- Contaminação de lubrificantes.

Conclusão
Para um bom funcionamento do seu arranjo de rolamentos é necessário ter cuidado
e atenção com o tipo de lubrificante. Saber como o sistema opera e quais as características
do rolamento. Existe uma variedade de opções de rolamento no mercado. Rolamentos de
rolos, de esferas ou de alta precisão, o que muitas vezes, torna a escolha difícil.

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REFERÊNCIAS
[1] CAMPOS, Vinícius. Elementos de Máquinas. Mancais de apoio e rolamentos,
lubrificação. Universidade Estadual do Maranhão, 2020.
[2] ABECON. O que é um mancal? Quais os principais tipos?. Disponível em:
<https://www.abecom.com.br/o-que-e-um-mancal-quais-os-principais-tipos/>
[3] ALMEIDA, Julio C. Mancais de rolamentos. Universidade Federal do Paraná, 2020.
[4] UNIVERSAL LUBRIFICANTES. Lubrificação de mancais e rolamentos.
Disponível em: < http://www.universallubrificantes.com.br/component/k2/item/32-
lubrificacao-de-mancais-e-rolamentos>

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