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RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal de distúrbios nutricionais em
adolescentes do município de Pitimbú (PB) durante 2004 a 2007. Material e métodos:
Participaram 1093 adolescentes na faixa etária de 10 a 17 anos de ambos os sexos. Os
instrumentos para coleta de dados foram: balança digital Camry e estadiômetro modelo
Personal Sanny para mensurar a massa corporal (MC) e estatura (EST), respectivamente. O
estado nutricional foi equacionado através do Índice de Massa Corporal (IMC) e adotado os
percentis (P) do CDC (2000) e a classificação da OMS (1995): <P5=baixo peso; entre P10 e
P85=eutrofia; e P>85=excesso de peso. A análise dos dados utilizou o SPSS versão 13.0.
Resultados: Durante 2004–2007 não houve mudanças significativas (p>0,05) nas médias da
MC, EST e IMC. Não obstante, do ponto de vista da tendência nutricional, observou-se no
masculino que a MC aumentou entre 2004 e 2007; a EST dos rapazes não foi alterada no
mesmo tempo e o IMC apresentou uma sensível elevação entre 2004 a 2007 em ambos os
sexos ( de 17,8kg/m2 para 18,0 kg/m2; de 18,8kg/m2 para 19,1 kg/m2). No feminino, houve
aumento nas médias da MC de 2006 e 2007; quando analisado a EST observou-se a
manutenção da mesma de 2004 a 2006 com aumento em 2007; o IMC mostrou oscilação com
tendência ao aumento gradual. Quando visto em ambos os sexos e estratificado por faixa etária
foi detectado entre 10 e 14 anos nos meninos valores significativamente inferiores ao feminino
(p<0,05); entre 15 e 17 anos, os rapazes foram estatisticamente mais altos (p=0,01) do que as
moças, sem diferença no IMC (p=0,72). Em relação aos distúrbios nutricionais foram
observadas situações distintas, com uma tendência do masculino para o baixo peso e do
feminino a obesidade. Conclusão: Independente do valor estatístico, os jovens de ambos os
sexos investigados apresentaram uma curva ascendente em seu estado nutricional durante o
período analisado. A ocorrência de agravos nutricionais foi presente nos últimos quatro anos
com destaque para o aumento do excesso de peso na adolescência.
Palavras-chave: Transição Nutricional. Saúde do adolescente. Obesidade.
ABSTRACT
The objective of this study was to analyze the temporary tendency of nutritional disturbances in
adolescents of municipal district of Pitimbú (PB) during 2004 to 2007. Material and methods:
They announced 1093 adolescents in the age group from 10 to 17 years of both sexes. The
instruments for collection of data were: balances digital Camry and estadiometer model
Personal Sanny to measure the body mass (BM) and stature (STA), respectively. The nutritional
status was set out through the Body Mass Index (BMI) and adopted the percentis (P) of CDC
(2000) and the classification of WHO (1995): <P5=low weight; between P10 and P85=euthrofic;
INTRODUÇÃO
POPULAÇÃO E AMOSTRA
Baixo Peso: <P5; Eutrofia: entre o P10 e P85; Excesso de peso: >P85.
Anualmente, desde 2004 até 2007 foi feito contato com a Secretaria de Educação e
Cultura de Pitimbú, onde foi solicitada a autorização para as avaliações antropométricas, sendo
esta realizada sempre no horário da manhã no momento das aulas de educação física. Todos
os pais/responsáveis foram informados dos procedimentos e objetivos da avaliação para a
pesquisa, também dos possíveis desconfortos, riscos e benefícios, autorizando por escrito
conforme a Resolução nº196/96. As medidas necessárias para a avaliação nutricional foram
realizadas por dois professores especialistas na rotina de avaliação física, e todos os
instrumentos foram previamente calibrados para minimizar os vieses de aferição. A análise dos
dados foi realizada a partir de estatística descritiva. A comparação inferencial entre sexos foi
realizada através do teste t e a análise de variância (ANOVA) com post hoc Sheffé para dados
interperíodos. Os dados foram processados no SPSS versão 13.0; e o nível de significância foi
de p<0,05.
RESULTADOS
11,1 11,4
9,7
Status nutricional
8,7
7,7
6,9
6,5 Baixo peso
5,7 Excesso de peso
15,5
13,8 14,2
Status nutricional
10,7
Baixo peso
8,2
7,3 Excesso de peso
6,4
Na Tabela 3 os dados estão estratificados por sexo e idade. Nota-se que entre 10 e
14 anos há diferenças significantes entre os sexos na antropometria. Entre 15 e 17 anos
observou-se que as moças são mais baixas, porém mostram um IMC superior aos seus pares
masculinos.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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