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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE EDUCAÇÃO - CURSO DE PEDAGOGIA

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E PLANEJAMENTO


EDUCACIONAL

PPP - PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA VIII

OS DESAFIOS DA GESTÃO DE UMA ESCOLA PÚBLICA INFANTIL NA


PRECARIEDADE MATERIAL E INADEQUAÇÃO DE ESPAÇOS

DOCENTE: Profa. Dra. Ana Cristina Baptistella 


ALUNO: João Carlos Barreto de Sá Teles 

Jaboatão dos Guararapes, 2021


1- APRESENTAÇÃO 

Este Projeto de Pesquisa e Investigação, dentro do programa da


disciplina PPP - Pesquisa e Prática Pedagógica VIII do Curso de Pedagogia da
Universidade Federal de Pernambuco, objetiva investigar os desafios e
contribuições da gestão de uma escola pública de educação infantil na
superação de problemas estruturais para utilização do seu espaço físico, bem
como das demais carências de natureza material. 
O campo de pesquisa é a Escola Municipal do Dom, unidade de
educação infantil integrante da Rede Municipal de Ensino da Cidade do Recife,
localizada na Praça da Várzea, e o levantamento inicial de dados foi realizado
através de entrevista preliminar junto à gestora e vice gestora.
A forma de ingresso da atual gestão na Escola Municipal do Dom deu-se
através de eleição, tendo a atual gestora sido eleita na qualidade de vice
gestora em 2011, e, dois anos depois, assumido a direção com o afastamento
a pedido do gestor titular eleito. A atual vice gestora ingressou na função como
convidada, tendo assumido em 2015. A coordenadora pedagógica trabalha na
escola desde o ano de 2006. 
A gestora elenca as dificuldades enfrentadas no dia a dia da gestão,
ressaltando a carência de pessoal, no que destacou a falta de um secretário
escolar, de professores de Atendimento Educacional Especializado, bem como
Auxiliares de Desenvolvimento Infantil e número insuficiente de estagiários. 
Além dos aspectos relativos aos recursos humanos, a gestora expôs o
quanto as carências estruturais da escola podem prejudicar o andamento dos
trabalhos da gestão, destacando o fato da escola não possuir biblioteca,
tampouco sala de recursos multifuncionais, sala de professores, sala de
coordenação e sala de direção. A existência de apenas uma sala para
professoras, diretora e coordenadora impõe dificuldades para a realização dos
trabalhos administrativos. Apesar disso, a gestora conta que as relações
interpessoais dentro da unidade são muito satisfatórias e que o trabalho da
escola é muito bem valorizado pela comunidade. 
Sendo uma escola de educação infantil, a sua importância junto às
famílias dos alunos, predominantemente constituídas por trabalhadoras de
baixa renda, estende-se além da sala de aula, sendo uma instituição de grande
importância na primeira socialização das crianças, na apropriação de bens
culturais que não encontram em casa, diante da baixa escolarização das suas
famílias.              
Localizada na Praça da Várzea, bairro histórico da cidade do Recife, em
uma rua não pavimentada, a Escola Municipal do Dom ergue-se sobre o prédio
de uma antiga casa doada por um ex-professor da Universidade Federal de
Pernambuco, o francês Yves Maupeau. Antes de ser incorporada à rede
municipal pela Prefeitura em 1996, no local já funcionava há 30 anos como
“Escolinha do Dom”, e dessa forma sedimentou uma imagem bastante positiva
entre os moradores da região. 
A Escola Municipal do Dom oferece o ensino no nível da educação
infantil, funcionando nos turnos da manhã e da tarde, ocasionalmente à noite,
quando no uso de suas instalações para atividades comunitárias. 
A instituição conta, ao todo, com trinta e um funcionários e a maioria
deles possui outros vínculos empregatícios. Além da gestora, vice gestora e
coordenadora, a equipe pedagógica é composta por uma professora
readaptada que oferece apoio pedagógico; uma professora cuja função é o
apoio de secretaria e uma professora readaptada que atua como professora de
biblioteca, dez professoras efetivas, com tempo médio de serviço de sete anos,
e quatro professoras contratadas em caráter temporário. Quatro estagiários
acompanham alunos com necessidades especiais em sala de aula, sendo dois
no turno da manhã e dois no turno da tarde. 
Em 2018, 168 alunos foram matriculados na Escola Municipal do Dom,
sendo 84 em cada turno, o que representa a capacidade praticamente total da
escola. A maior parte desses alunos mora no entorno da escola, no bairro da
Várzea, e 70% deles são beneficiados com o programa de renda mínima Bolsa
Família. Muitos alunos são oriundos de outros bairros circunvizinhos. 
A escola, instalada nas edificações de uma antiga casa, teve seus
cômodos originais adaptados a 5 salas de aulas, sendo uma delas em área
externa, nos fundos do terreno. Não dispõe de quadra, mas de dois pátios. 
Não há biblioteca, mas um espaço multiuso utilizado como “Sala de
leitura” que também abriga as atividades do “Espaço Tecnológico”, dispondo de
3 “mesas educacionais” da Positivo, para interatividades lúdico-pedagógicas
das crianças, além de brinquedos e jogos diversos. O que se percebe nessa
pequena sala é a sua insuficiência absoluta de espaço para atender a todas as
atribuições. 
Os banheiros para uso das crianças são localizados na área externa, ao
lado da sala de aula referida anteriormente. Os banheiros de professoras e
funcionários localizam-se no interior do prédio. As refeições são realizadas em
sala, não havendo espaço exclusivo para esse fim. Também a preparação da
merenda escolar não dispõe de local apropriado, ocorrendo em espaço por
onde transitam crianças e professoras de uma das salas, contígua ao local. 
As áreas para recreações e eventos dispõem de espaço nos pátios,
descobertos. Há um espaço lateral, coberto, que é utilizado, de forma
improvisada, para brincadeiras.
 Apesar das promessas de reforma feitas pela Secretaria de Educação,
as salas não possuem revestimento, com exceção da “sala de leitura/espaço
tecnológico”, sendo apenas pintadas. Algumas, a exemplo da sala localizada
na parte externa, sofrem com infiltrações decorrentes da umidade. 
A escola possui um terreno lateral não utilizado, onde havia um casarão
abandonado. O ideal, na opinião da direção, seria o aproveitamento do terreno
para construção de novo prédio que se somasse ao original, ampliando o
espaço útil disponível para as atividades da unidade escolar, o que foi
descartado pela Secretaria. 
O caráter insuficiente e improvisado dessas condições não corresponde
ao que se espera do edifício escolar e suas instalações para os objetivos e
êxito do trabalho escolar, na forma como nos recomenda Libâneo, (2008):
“O edifício escolar e instalações são fatores sumamente
importantes para o êxito do trabalho escolar. Espera-se que a
construção seja adequada aos objetivos escolares: pátio de
circulação e recreação, bebedouros, ajardinamento, área coberta,
salas para a secretaria, direção e coordenação pedagógica, salas de
reuniões, salas de professores, secretaria, salas de aula com boa
iluminação e arejamento e tamanho adequado ao número de alunos
(12 m2 por aluno), banheiros limpos, biblioteca, laboratórios, quadra
de esportes, cozinha, etc. p.208”
As salas dispõem de aparelhos de ar condicionado, obtidos através de
doações, em sua maioria. Tendo sido a escola “adotada” pelo Grupo Brennand,
situado nas proximidades da comunidade, este doou três aparelhos, os quais
foram somados aos dois já existentes e mais um providenciado pela Secretaria
de Educação, que é utilizado na secretaria. Cabe destacar a caracterização da
relação do Grupo Brennand com a escola, que nos aproxima do pontuado por 
O material administrativo compreende computadores, impressora, xerox,
e suprimentos que são adquiridos com recursos recebidos da prefeitura e
também do PDDE, destinados ao material didático, além dos jogos e livros
recebidos diretamente, e que integram o acervo utilizado por professores e
estagiários. A utilização dos materiais é disponibilizada aos professores sem
maiores empecilhos, mas com certo controle, diante do histórico de ocorrência
de desaparecimento de material. 
Esse quadro de carências materiais e físicas suscita a realização
desta investigação, para que sejam analisadas e pensadas causas e
possibilidades de soluções para os problemas identificados.  

2 - OBJETIVOS 

PERGUNTA NORTEADORA: 
Quais os desafios e contribuições da gestão de uma escola pública de
educação infantil na superação de problemas estruturais do seu espaço físico, 
bem como  das demais carências de natureza material?

2.1 - OBJETIVO GERAL: 

Analisar os desafios vivenciados pelos gestores escolares de uma escola


pública de educação infantil do Recife  na superação das dificuldades
materiais, de espaço físico, pessoal e a participação da comunidade escolar e
famílias na superação dessas dificuldades. 

2.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Avaliar as condições materiais, físicas e espaciais da escola , suas


deficiências  e insuficiências para o pleno atendimento dos objetivos
pedagógicos estipulados.
 Investigar as causas das dificuldades materiais, físicas e espaciais da
escola, suas relações com o poder público e com a comunidade. 

 Identificar as principais estratégias desenvolvidas pela gestão escolar


para superação das dificuldades avaliadas no âmbito material e de
aproveitamento do espaço físico escolar. 

3 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação Pública no Brasil tem sido um desafio para o pensamento em


gestão escolar na busca por caminhos que diminuam as diferenças e
desigualdades sociais. A massificação do ensino público verificada a partir da
segunda metade do século XX trouxe novas perspectivas à escola pública,
cobrada que passou a ser no novo papel onde, ao mesmo tempo em que, para
o status quo, mantém-se como reprodutora das desiguais relações sociais,
para as camadas mais populares (BUENO, 2001) constitui-se num núcleo
catalisador de relações e convivência social de suas crianças, bem como um
bem cultural disponível às suas famílias (VIEIRA e VIDAL, 2015).
  Especificamente a trajetória da educação infantil no Brasil contempla
vinculações desde a saúde, com pressupostos higienistas, passando pela
caridade e amparo à pobreza à educação, em políticas públicas caracterizadas
por transferências de responsabilidades, no que popularmente se chama de
“jogo de empurra”. (HORN, 2007, p.1) 
Não são muitos os trabalhos que se dediquem especificamente à gestão
de espaços de educação infantil, uma preocupação mais comum quando se
trata dos níveis posteriores da educação básica (MACHADO, 2019), mas
articulamos aqui referenciais teóricos que nos orientam sempre em direção à
realidade brasileira da questão na educação infantil, da qual não foge a escola
cuja investigação este projeto propõe. 
Sob o ponto de vista material, a gestão determina a qualidade da
organização, participação e funcionamento dos aspectos pedagógicos,
financeiros e administrativos da escola e sua boa articulação com pais, alunos,
comunidade e docentes é de vital importância no estímulo à participação de
todos no processo educativo. Como nos confirma Libâneo: 
“De fato, a organização e gestão refere-se aos meios de
realização do trabalho escolar, isto é, à racionalização do
trabalho e à coordenação do esforço coletivo do pessoal que
atua na escola, envolvendo os aspectos, físicos e materiais, os
conhecimentos e qualificações práticas do educador, as
relações humano-interacionais, o planejamento, a
administração, a formação continuada, a avaliação do trabalho
escolar. Tudo em função de atingir os objetivos. ” 
   Submetida historicamente a vontades políticas, onde o interesse público é
muitas vezes vilipendiado por demandas eleitoreiras e demagógicas, em
prejuízo das suas reais necessidades pedagógicas, humanas e materiais, à
gestão da escola pública muitas vezes resulta a obrigatoriedade de
improvisar os meios pelos quais possa superar a regra geral de precariedade
material e da estrutura física. Como nos traz Assis (2012):   
“São poucas as escolas públicas que recebem manutenção
regular e satisfatória e, em geral, os representantes dos
governos tendem a devolver a solução dos problemas às
escolas, atribuindo aos gestores a responsabilidade de
conseguirem mobilizar a comunidade ou firmarem parcerias “de
sucesso” com o setor privado na busca de recursos financeiros
que viabilizem as obras necessárias. ” 
Podemos identificar o diagnosticado por Assis na caracterização da relação
que a escola investigada detém com o Grupo Brennand, de “adotada” pelo
grupo empresarial para suprimento de necessidades materiais, como o ar
condicionado e suportes materiais eventuais.  
A materialização do que determinam os marcos legais em educação tem
encontrado dificuldades para se realizar, e a precariedade das unidades
escolares públicas no país é apontada em estudo do Ministério da Educação: 
[...]consideramos que a maioria dos edifícios escolares
restringe o processo educativo, ao não explorar as
possibilidades pedagógicas do espaço físico e de seus arranjos
espaciais no desenvolvimento infantil. A inexistência (ou a
precariedade) de parque infantil por exemplo, priva as crianças
da convivência e da exploração do espaço e das atividades e
movimentos ao ar livre, comprometendo seu desenvolvimento
físico e sociocultural (BRASIL, 2004 P.5)

Esse estudo confronta o recomendado pela produção teórica com o que se


observa concretamente nas escolas de educação infantil, e aqui refletimos
sobre a constatação já citada de Machado (2019), acerca da pouca produção
teórica específica para a gestão de espaços de educação infantil, em diálogo
com o asseverado por Horn, também citada (2007), do caráter higienista e
cuidador da educação infantil. Seria uma característica de descaso, de
diminuição a importância pedagógica dessa modalidade de ensino? Nos traz o
MEC: 

´[...]entendemos que ainda existe uma lacuna entre a reflexão


teórica e a realidade concreta das edificações escolares,
especialmente as destinadas à Educação Infantil. Diversas
creches e pré-escolas funcionam em condições precárias de
instalações e de suprimento de serviços básicos (BRASIL,
2004 P.5)

    A Constituição brasileira preconiza, no artigo 208 em seu inciso IV, , a


garantia , como  dever do Estado de  educação infantil, em creche e pré-
escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade. (BRASIL). A mesma carta
magna da Nação estabelece em seu artigo 211 que a União, os Estados, o
Distrito Federal e os municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino, cabendo aos municípios, prioritariamente, a atuação no
ensino fundamental e na educação infantil.:
211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o
dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas
federais e exercerá, em matéria educacional, função
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de
oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do
ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios;       
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil.  
Portanto, os municípios, como responsáveis prioritários pela educação infantil,
o são também pela edificação e manutenção de espaços escolares dessa
modalidade de ensino, contando para isso com os recursos públicos recebidos
para esta finalidade, consorciados com os instrumentos de descentralização de
recursos federais que auferem relativa autonomia às escolas nas suas
aplicações, como o PDDE.
 No caso específico da unidade investigada, podemos conduzir nossa
reflexão sobre a história de uma escola de educação infantil criada por um
professor em sua própria residência, com recursos próprios, e que assim se
manteve por 30 anos até sua incorporação pelo Município e, mesmo  hoje
contando com recursos públicos, vive sob o signo da precariedade material
diante da indisponibilidade da Prefeitura, que se nega a atender ou protela a
execução de solicitações como a de revestimento de uma sala, enquanto a
iniciativa privada, na figura do Grupo Brennand,  proporciona a necessária
climatização do espaço.
Na entrevista preliminar, quando perguntada a respeito do
relacionamento com a Secretaria de Educação, a gestora explicou que existe
uma hierarquia, porém define o vínculo como “tranquilo”, mas que sente uma
dificuldade no retorno, principalmente relacionado aos serviços e manutenção
da escola.
Como provocar uma ação mais efetiva dos poderes públicos na
consecução de suas obrigações constitucionais, dedicando uma maior atenção
às condições das escolas de educação infantil do município? Como vimos, não
se trata de uma condição pontual, mas, o próprio citado relatório do MEC
(Brasil, 2004) nos informa, da maioria das unidades escolares dedicadas a
essa modalidade de ensino. 
Essa reflexão, respaldada e orientada pelos referenciais teóricos aqui
apresentados, indicará os caminhos que a investigação proposta percorrerá em
busca das respostas à nossa pergunta norteadora. 

4 - METODOLOGIA
O que este trabalho projeta investigar refere-se aos desafios de gestão
frente às condições físicas e materiais de uma escola pública de educação
infantil, avaliando suas deficiências e insuficiências para o pleno atendimento
dos seus objetivos pedagógicos, bem como as causas dessas dificuldades e
suas relações com o poder público e com a comunidade. 
Esse objetivo nos indica uma abordagem claramente qualitativa, onde “a
preocupação com o processo é muito maior do que o produto, considerando-se
a perspectiva dos participantes, utilizando-se para isso da coleta de dados
descritivos (Lüdke e André, p.14)

Assim, essa pesquisa exploratória se desenvolverá com base em


observação e roteiros semiestruturados que orientarão entrevistas com
gestores, professores, famílias e poder público, abordando acessoriamente o
estudo da escola como instituição social e seu funcionamento; suas relações
com as famílias; e de forma central suas condições materiais e físicas de
trabalho cotidiano.
Constitui-se assim um estudo de caso, a partir do interesse do
investigador sobre determinado aspecto da escola, observando o que a
instituição tem de particular, como nos sugerem Lüdke e André (p.17):
O interesse, portanto, incide naquilo que ele tem de único, de
particular, mesmo que posteriormente venham a ficar evidentes
certas semelhanças com outros casos e situações. Quando
queremos estudar algo singular que tenha um valor em si
mesmo, devemos escolher o estudo de caso. 
No contexto do problema investigado de precariedade material das
instalações da escola, propomos a observação como um dos métodos de
investigação pois, associada a “outras técnicas de coleta, possibilita um contato
pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o que
apresenta uma série de vantagens” (Lüdke; André,1986 p.26).
Como principal técnica associada à observação, a entrevista com
gestoras, professoras, alunos, pais, comunidade e poder público apresentarão
as diversas visões e referências dos sujeitos, em torno da questão comum. A
interação que a entrevista semiestruturada proporciona conduz a uma dinâmica
que a enriquece além dos dados inicialmente pretendidos, numa atmosfera de
influência recíproca entre entrevistador e entrevistado. (Lüdke e André. 33)
Também como técnica associada, a análise documental é indicada, na
medida em que pode oferecer subsídios através da pesquisa no projeto político
pedagógico da escola, bem como nas plantas de edificação, nos documentos
fundantes de estabelecimento da unidade escolar, nas ordens de serviço e
registros de obras e compras, representando uma “fonte natural de informação”
(Lüdke e André, p.39) 

REFERÊNCIAS 

ASSIS, L.M. As condições de trabalho dos professores da educação básica em


Goiás. In: João Ferreira de oliveira; Dalila Andrade Oliveira; Lívia Fraga Vieira.
(Org.). Trabalho Docente na Educação Básica em Goiás. 1ed.Belo Horizonte:
Fino Traço, 2012, v. 01, p. 115-132.

BRASIL (1998a). Constituição Federal (Texto compilado até a Emenda


Constitucional nº 91 de 18/02/2016) Senado Federal, Atividade Legislativa.
acesso eletrônico.

BRASIL, Ministério da Educação - Secretaria de Educação Infantil e


Fundamental - Padrões de Infra-estrutura para as Instituições de Educação
Infantil - Acesso eletrônico http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/infra.pdf
2004

FARIAS FILHO, L. M. A qualidade da escola pública: a necessidade de novos


consensos. Jornal da Ciência, abr.2010.

HORN, Maria da Graça Souza; Sabores, cores, sons, aromas : A organização


dos espaços na educação infantil.- Dados eletrônicos - Porto Alegre: Artmed,
2007. 

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola:teoria e prática, p.205


a 224. 5.ed revista e ampliada - Goiânia: MF Livros, 2008. 
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: E.P.U., 1986

MACHADO, L. B. Gestão das instituições de educação infantil: dilemas da


prática management of institutions of children education: Dilemmas of practice.
Revista Pedagógica, Chapecó, v. 21, p. 250-265, 2019.
VIEIRA, Sofia Lerche et VIDAL, Eloisa Maia. A Escola Pública e seu Entorno
Social – Uma questão em aberto. In: Atos de Pesquisa em Educação –
Blumenau, v. 10, p.7-30, jan./abr. 2015

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