Você está na página 1de 138

SEGUROS DE PESSOAS

9a edição

Rio de Janeiro
2014
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG

E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.


Seguro de pessoas/Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico;
assessoria técnica de Bruno Kelly. – 9. ed. – Rio de Janeiro: Funenseg, 2014.
138 p.; 28 cm

1. Seguro de pessoas. I. Kelly, Bruno. II. Título.

0013-1308 CDU 368.91(072)

REALIZAÇÃO

Escola Nacional de Seguros


SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA

Diretoria de Ensino Técnico


ASSESSORIA TÉCNICA

Bruno Kelly – 2014/2013


CAPA

Coordenadoria de Comunicação Social


DIAGRAMAÇÃO

Info Action Editoração Eletrônica


A
Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas
iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um
mercado de seguros, previdência complementar, capitalização
e resseguro cada vez mais qualificado.

Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para


profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem
sólida trajetória acadêmica.

A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho


para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes
e a competitividade é cada vez maior.

Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.


4 SEGUROS DE PESSOAS
Sumário

1 CONCEITOS BÁSICOS
Um Pouco de História
9
11
O Seguro de Pessoas no Tempo 11
O Seguro de Pessoas no Código Civil Brasileiro (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002) 12
Noções Gerais 14
Sujeitos da Operação 15
Formas de Contratação 17
Custeio do Seguro 17
Modalidades de Estruturação das Coberturas 17
Benefício Definido 17
Contribuição Variável 18
Valores Garantidos 19
Assistência Financeira 20
Com Cobertura por Sobrevivência 20
Com Coberturas de Riscos 20
Carregamento 21
Migração de Apólices 21
Fixando Conceitos 1 23

2 COBERTURAS DE RISCO
Introdução
27
29
Contratação 29
Proposta de Contratação 30
Proposta de Adesão 30
Apólice 31
Certificado Individual 31
Período de Cobertura 32
Cálculo do Prêmio 32
Coberturas 33
Morte (Natural ou Acidental) 33
Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD) 33
Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD) 34
Doenças Graves 35
Acidentes Pessoais 35
Diárias por Incapacidade (DI) 40
Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 40
Perda de Renda 41
Auxílio Funeral 41
Cobertura para Segurados Dependentes 42
Seguro Educacional 43
Seguro Prestamista 44
Capital Segurado 45
Vigência 46

SUMÁRIO 5
Carência 46
Cessação de Cobertura 47
Carregamento 47
Perda de Direitos 47
Cancelamento e Reabilitação da Apólice 48
Renovação da Apólice 50
Riscos Excluídos 50
Distribuição de Excedente Técnico 51
Forma de Pagamento da Indenização 53
Fixando Conceitos 2 55

3 COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA


Características da Cobertura por Sobrevivência
63
66
Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL 68
Parâmetros Técnicos 72
Carregamento 73
Resgate 74
Portabilidade 75
Fixando Conceitos 3 77

4 NOÇÕES DE UTILIZAÇÃO DA TÁBUA DE MORTALIDADE


O que é uma Tábua de Mortalidade
83
85
Taxa Pura 85
Fixando Conceitos 4 89

5 NOÇÕES DE REGULAÇÃO DE SINISTROS


Fraude
91
93
Regulação do Processo de Sinistro 94
Morte por Causa Natural 94
Morte por Causa Acidental 95
Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente 95
Invalidez Laborativa/Funcional Permanente Total por Doença 95
Despesas Médico-Hospitalares e Odontológicas 95
Diária de Incapacidade 96
Diária por Internação Hospitalar 96
Doenças Graves 96
Perda de Renda por Desemprego 96
Seguro Educacional 96
Seguro de Viagem 96
Fixando Conceitos 5 97

6 SEGUROS DE PESSOAS
6 NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO
Finalidade da Subscrição
99
102
Óticas Econômica, Financeira e Moral 102
A Proposta 103
Declaração Pessoal de Saúde 103
Classificação dos Riscos 104
Agravo da Taxa do Prêmio ou Percentagem Extra 104
Agravamento Temporário 104
Agravamento Permanente 104
Fixando Conceitos 6 105

7 ATUALIZAÇÃO DE VALORES
Uma Noção Histórica
107
109
As Regras Atuais 109
Fixando Conceitos 7 111

TESTANDO CONHECIMENTOS 113

ESTUDOS DE CASO 119

ANEXOS 121
Anexo 1 – Tábuas de Mortalidade 123
Anexo 2 – Tábuas BR-EMS 127
Anexo 3 – Exemplo de Tabela para Cálculo da Indenização em Caso de Invalidez Permanente 131

GABARITO 135

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 137

SUMÁRIO 7
8 SEGUROS DE PESSOAS
1
CONCEITOS
BÁSICOS

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Reconhecer os principais artigos do Código Civil Brasileiro aplicados aos Seguros de Pessoas.
• Diferenciar as coberturas oferecidas nos planos de Seguros de Pessoas.
• Identificar os sujeitos envolvidos na contratação de um plano de Seguro de Pessoas e descrever
o papel exercido pelo Estipulante.
• Distinguir as formas de contratação de um plano de Seguro de Pessoas e as modalidades pelas
quais tal Plano pode ser custeado.
• Diferenciar um Plano estruturado na modalidade de benefício definido de um estruturado na
modalidade de contribuição variável.
• Listar os quatro valores garantidos que podem/devem existir em um plano de Seguro de
Pessoas.
• Definir o que é Assistência Financeira, quando ela pode ser concedida e em que Planos ela pode
ser oferecida.
• Determinar o percentual de carregamento que pode ser cobrado em um plano de Seguro
de Pessoas.
• Explicar o que é Migração de Apólice.

UNIDADE 1 9
10 SEGUROS DE PESSOAS
UM POUCO DE HISTÓRIA
A necessidade de segurança é inerente ao ser humano. Desde sua origem,
sofrendo as consequências das situações climáticas e dos ataques de animais
e de outros homens, de doenças, invalidez e morte, o Homem sentiu a
necessidade de buscar formas de proteção, desde a integração em tribos ou
grupos, até a criação de moradias que minimizassem certos perigos. O ser
humano necessita se proteger.

Posteriormente, o Homem comprovou haver situações que podiam


determinar a perda de seus bens e observou que, para desenvolver suas
atividades comerciais, teria que descobrir alguma maneira de estar protegido.
Surgiu, então, a “ideia” do seguro.

Curiosidade

Os antigos romanos organizavam os serviços funerários e de


beneficência através de seus collegia, que equivaliam Montepios.
Os membros dos collegia contribuíam, antecipadamente, para a criação
de um Fundo que assumia as despesas ocasionadas pelos enterros.
Esses collegia chegaram a se especializar, existindo, por exemplo, o
da milícia, que concedia pensões aos membros que se encontrassem
em situações de incapacidade, provocadas por feridas sofridas em
combate, ou outorgava rendas de aposentadoria a quem atingisse o
limite da idade militar.

Já no século XIX, a vida dos escravos transportados por mar era segurada
sob forma coletiva, por um só contrato de vida, que garantia ao
proprietário o pagamento de uma determinada quantia para cada escravo
que morresse durante a viagem. Registra-se, também, no final daquele
século, a contratação de seguros coletivos de trabalhadores, pelos quais
os empregadores estipulavam Seguros de Vida em benefício de seus
empregados.

O conceito de seguro contra Acidentes Pessoais também vem de longa


data. Há registro de que se praticava esse seguro na Idade Média.
Era relacionado, principalmente, aos riscos de mar e de guerra.

No campo comercial, seu aparecimento amplo ocorreu com o início


do desenvolvimento industrial.

O Seguro de Pessoas no Tempo


O Código Comercial Brasileiro, publicado em 1850 e ainda hoje em vigor – com
diversas alterações – determinava a proibição da contratação de Seguros de
Vida de pessoas livres. Era permitida somente a contratação de seguros para
as vidas dos escravos, não considerados pessoas. Assim, no Brasil, o Seguro
de Vida teve sua prática retardada por ter sido considerado, durante longo
tempo, uma especulação imoral.

UNIDADE 1 11
Em 1905, surgiu um “plano” que cobria as vidas dos empregados de uma cadeia
de armazéns varejistas, contratado por meio de diversas apólices individuais
que exigiam a realização prévia de exames médicos. O “plano” utilizado foi o
denominado seguro temporário renovável automaticamente e os prêmios das
apólices eram recolhidos e pagos à Seguradora pelo empregador.

Em 1910, foi emitida, nos EUA, a primeira apólice de Seguro de Vida em


Grupo, que apresentava como condições: não realização dos exames médicos
individuais prévios, prêmios quitados pelos segurados e o benefício por morte
do funcionário pago ao beneficiário por ele indicado.

O Código Civil Brasileiro, publicado em 1916 e já inteiramente revogado,


passou a considerar a vida e as faculdades humanas objetos seguráveis, o que
foi mantido pelo Código Civil publicado em 2002 (Lei 10.406/02).

Em 1929, o Seguro de Vida em Grupo surgiu no Brasil, época na qual o


referido ramo já estava consolidado e modernizado nos EUA. Foi introduzido
em nosso mercado, seguindo o modelo americano no que se referia a taxas
Importante e a condições.
Com a publicação do Código Civil Brasileiro,
em 2002, foi necessário que a SUSEP e o
CNSP revisassem todos os normativos, Em 1954, no Brasil, foi publicada uma Portaria que definiu padrões para o
inclusive aqueles relacionados aos Seguros Ramo de Acidentes Pessoais, sendo aquele ano considerado o marco inicial
de Pessoas. Naquela oportunidade, foram
consolidadas disposições dispersas em
para o desenvolvimento da carteira.
inúmeros normativos, com vistas a
propiciar aos segurados mais informações
e transparência quanto às suas obrigações
e direitos. O SEGURO DE PESSOAS NO
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO
DE 2002)
O Código Civil Brasileiro apresenta uma série de artigos aplicáveis a seguros,
sendo alguns voltados, exclusivamente, para os contratos de Seguros de
Pessoas. É muito importante ler atentamente os artigos apresentados a seguir
e ter as diretrizes sempre em mente, pois ajudam a esclarecer diversas dúvidas
dos segurados.

12 SEGUROS DE PESSOAS
[...]
Art. 789 – Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipulado
pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre o
mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.

Art. 790 – No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a


declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preservação
da vida do segurado.
Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interesse,
quando o segurado é cônjuge, ascendente ou descendente
do proponente.

Art. 791 – Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não


tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é
lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de
última vontade.
Parágrafo único. O segurador, que não for cientificado oportunamente
da substituição, desobrigar-se-á pagando o capital segurado ao
antigo beneficiário.

Art. 792 – Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer


motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado será
pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, e o
restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da vocação
hereditária.
Parágrafo único. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, serão
beneficiários os que provarem que a morte do segurado os privou
dos meios necessários à subsistência.

Art. 793 – É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao


tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou já
se encontrava separado de fato.

Art. 794 – No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte,


o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem
se considera herança para todos os efeitos de direito.

Art. 795 – É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamento


reduzido do capital segurado.

Art. 796 – O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado,
ou por toda a vida do segurado.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o
segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta
de pagamento, nos prazos previstos, acarretará, conforme se
estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já
formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente
ao prêmio pago.

Art. 797 – No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um


prazo de carência, durante o qual o segurador não responde pela
ocorrência do sinistro.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o segurador é obrigado a
devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada.

UNIDADE 1 13
Art. 798 – O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o
segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do
contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado
o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é
nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por
suicídio do segurado.

Art. 799 – O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda


que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade
do segurado provier da utilização de meio de transporte mais
arriscado, da prestação de serviço militar, da prática de esporte,
ou de atos de humanidade em auxílio de outrem.

Art. 800 – Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos
direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o causador
do sinistro.

Art. 801 – O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou
jurídica em proveito do grupo que a ela, de qualquer modo, se
vincule.
§ 1o O estipulante não representa o segurador perante o grupo
segurado, e é o único responsável, para com o segurador, pelo
cumprimento de todas as obrigações contratuais.
§ 2o A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência
expressa de segurados que representam 3/4 do grupo.

Art. 802 – Não se compreende nas disposições desta Seção a garantia do


reembolso de despesas hospitalares ou de tratamento médico, nem
o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado.”

NOÇÕES GERAIS
Os planos de Seguros de Pessoas são aqueles destinados a oferecer coberturas
de risco (por exemplo, morte, invalidez, doenças graves) e/ou coberturas
por sobrevivência.

Atenção

A cobertura por sobrevivência é aquela que garante o pagamento


do capital segurado, pela sobrevivência do segurado ao período de
diferimento contratado, ou a compra, mediante pagamento único,
de renda imediata.

As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas


cujo evento gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data
predeterminada.

Em resumo, todas aquelas situações que não se enquadrarem no conceito


de cobertura de sobrevivência apresentado acima, automaticamente,
são entendidas como cobertura de risco.

14 SEGUROS DE PESSOAS
SUJEITOS DA OPERAÇÃO
Na contratação de um plano de Seguros de Pessoas estão envolvidas as
seguintes partes:

• segurado – pessoa física que contrata ou, no caso de contratação sob a


forma coletiva, adere ao plano;

• seguradora – pessoa jurídica obrigatoriamente constituída sob a forma de


sociedade anônima – S/A, que assume a responsabilidade pela cobertura
dos riscos especificados na apólice, mediante o recebimento do prêmio
correspondente;

• corretor – pessoa física ou jurídica que faz a intermediação da contratação


do plano;

• beneficiário – pessoa física ou jurídica livremente indicada pelo segurado,


respeitadas as determinações legais e regulamentares, para receber os
valores dos capitais segurados – indenizações –, na hipótese de ocorrência Atenção
do sinistro; e Somente nos planos de seguro coletivos é
que existe a figura do estipulante.
• estipulante – pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano
coletivo, ficando investido de poderes de representação do segurado, nos
termos da legislação e regulamentação em vigor.

Sobre o Estipulante
O Estipulante só pode ser beneficiário em um plano de Seguros de Pessoas se
comprovado o legítimo interesse para que ele figure nessa condição.

Esse é o caso, por exemplo, dos Seguros Prestamistas, os quais veremos mais
adiante. Nesse tipo de seguro, os segurados convencionam pagar prestações ao
estipulante para amortizar dívida contraída ou para atender a um compromisso
assumido. O primeiro beneficiário será sempre o estipulante, pelo valor do
saldo da dívida ou do compromisso, devendo a diferença que ultrapassá-lo,
quando for o caso, ser paga a um dos beneficiários indicados pelo segurado,
ao próprio segurado ou a seus herdeiros legais.

O estipulante será identificado como:

• estipulante-instituidor – aquele que participa, total ou parcialmente do


custeio do plano; e

• estipulante-averbador – aquele que não participa do custeio do plano.

Não podem ser estipulantes, salvo quando estiverem estipulando apólices


para seus próprios funcionários:

• corretoras de seguros, seus sócios, dirigentes, administradores, empregados,


prepostos ou representantes;

• corretores; e

• sociedades seguradoras, seus dirigentes, administradores, empregados,


prepostos ou representantes.

UNIDADE 1 15
O estipulante tem várias obrigações a cumprir, como:

• fornecer à seguradora todas as informações necessárias para a análise e a


aceitação do risco;

• manter a seguradora informada a respeito dos dados cadastrais dos


segurados, alterações na natureza do risco coberto, bem como quaisquer
eventos que possam, no futuro, resultar em sinistro;

• fornecer ao segurado, sempre que solicitado, quaisquer informações relativas


ao contrato de seguro;

• comunicar, de imediato, à seguradora, a ocorrência de qualquer sinistro,


ou expectativa de sinistro, referente ao grupo que representa, assim
que delas tiver conhecimento, quando tal comunicação estiver sob sua
responsabilidade;

• dar ciência aos segurados dos procedimentos e prazos estipulados para


a liquidação dos sinistros; e

• comunicar, de imediato, à SUSEP, quaisquer procedimentos que considerar


irregulares quanto ao seguro contratado, bem como fornecer àquela
autarquia quaisquer informações solicitadas, dentro do prazo por ela
estabelecido.

Sempre que houver qualquer alteração nas condições contratuais que implique
modificação nas escolhas dos segurados, ônus ou dever para eles, referida
alteração somente será válida com a anuência prévia e expressa de segurados
que representem, no mínimo, 3/4 do grupo segurado.

Não é considerada estipulante a pessoa jurídica que, sem ter subscrito proposta
de contratação, tem sua participação restrita à condição de consignante,
responsável, exclusivamente, pela efetivação dos descontos correspondentes
aos prêmios na folha de pagamento do respectivo segurado e o consequente
repasse em favor da sociedade seguradora.

Quando o plano for contratado com previsão de consignação em folha, as


condições gerais deverão conter dispositivo determinando que a ausência do
repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo consignante, à
seguradora, não poderá causar qualquer prejuízo aos segurados ou respectivos
beneficiários, no que se refere à cobertura e demais direitos.

Nos seguros contributários, o não repasse dos valores dos prêmios recolhidos
dos segurados pelo estipulante à seguradora, nos prazos contratualmente
estabelecidos, poderá acarretar a suspensão ou o cancelamento da cobertura, a
critério da seguradora, além de sujeitar o estipulante às cominações legais.

Nas apólices coletivas em que o estipulante possui, com o grupo segurado,


exclusivamente, o vínculo de natureza securitária, referente à contratação do
seguro, deverá haver tratamento de apólice individual, no que concerne ao
relacionamento dos segurados com a seguradora.

16 SEGUROS DE PESSOAS
Vinculados ao estipulante, temos alguns sujeitos, caracterizados da
seguinte forma: Você sabia
A regulamentação vigente
• componente segurado – pessoa que já aderiu ao seguro, tendo sido aceita estabelece que na proposta e
pela sociedade seguradora, ou seja, que já participa do plano coletivo de nas condições gerais do plano
deverá constar a informação
Seguros de Pessoas contratado pelo estipulante; e
de que o segurado poderá
consultar a situação cadastral
• componente segurável – pessoa que pode vir a ser incluída no plano, ou de seu corretor de seguros
seja, pessoa passível de se tornar um componente segurado. no site www.susep.gov.br,
por meio do número de seu
registro na SUSEP, nome
FORMAS DE CONTRATAÇÃO completo, CNPJ ou CPF.

Podem ser contratados de duas formas: individual ou coletiva.

• individual – aquelas nas quais a relação entre os segurados e a seguradora


é direta; e
Atenção
• coletiva – aquelas nas quais a relação entre os segurados e a seguradora A contratação coletiva se destina a garantir
coberturas para grupos de pessoas que,
é indireta, por meio do estipulante. de qualquer forma lícita, vinculem-se ao
estipulante, devendo o vínculo entre essas
pessoas e o estipulante estar definido no

CUSTEIO DO PLANO contrato de forma clara e objetiva, definido


no contrato.

O custeio do plano pode ser:

• não contributário – quando os segurados não pagam os valores dos


prêmios, sendo o plano inteiramente custeado pelo estipulante; ou

• contributário – quando os segurados são responsáveis pelo pagamento,


total ou parcial, dos valores dos prêmios.

MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO
DAS COBERTURAS
As coberturas podem ser estruturadas na forma de benefício definido ou de
Importante
contribuição variável.
To das as cober tur as de r isco s ão
estruturadas na modalidade de benefício
definido.
Benefício Definido
Exemplos:
1) Quando o segurado contrata um plano
A cobertura estruturada na forma de benefício definido é aquela na qual o valor com cobertura de morte (cobertura
do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de renda, e o de risco), ele está contratando uma
valor do prêmio são estabelecidos previamente, na proposta. cober tura que é estruturada na
modalidade de benefício definido, pois
os valores do capital segurado e do
prêmio já estão definidos previamente
na proposta.

2) Quando o segurado contrata um plano,


definindo, no momento da contratação,
o valor do capital segurado que ele
receberá à vista, ao final do período
de diferimento, se e somente se ele
estiver vivo, ele está contratando uma
cobertura estruturada na modalidade
de benefício definido.

UNIDADE 1 17
Contribuição Variável
A cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável é aquela
na qual o valor e o prazo de pagamento dos prêmios podem ser definidos
previamente, na proposta. Destaca-se que o valor do capital segurado, pagável
de uma única vez ou sob a forma de renda, será calculado ao final do período
de diferimento, com base no saldo acumulado na Provisão Matemática
de Benefícios a Conceder (PMBaC) e no fator de cálculo.

Importante

Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na


modalidade de contribuição variável.

Exemplo: o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – é um plano em


que o segurado paga prêmios que podem ou não ter os seus valores
estabelecidos previamente. Ao final do período de diferimento,
a seguradora calcula o valor do capital segurado, pago sob a
forma de renda, com base no valor acumulado na PMBaC e no
fator de cálculo. É fácil imaginar que quanto mais o segurado tiver
acumulado, maior será o valor de renda que ele irá receber.

Período de diferimento
Período compreendido entre a Relembrando
data de início de vigência da
cobertura por sobrevivência e a Conforme estudamos em Introdução à Precificação e Atuária do
data contratualmente prevista
Seguro, existem os seguintes regimes financeiros:
para início do pagamento do
capital segurado.
Repartição Simples – estrutura técnica em que os prêmios pagos por
Fator de cálculo todos os segurados do plano, em um determinado período, destinam-se
ao custeio das despesas de administração e das indenizações a serem
Resultado numérico calculado
mediante a utilização de pagas no próprio período.
taxa de juros e tábua de
mortalidade, quando for o Repartição de Capitais e Cobertura – estrutura técnica em que os
caso, utilizado para obtenção prêmios pagos por todos os segurados do plano, em um determinado
do capital segurado a ser pago período, deverão ser suficientes para constituir as Provisões Matemáticas
sob a forma de renda. de Benefícios Concedidos decorrentes dos eventos ocorridos no
período.

Capitalização – estrutura técnica que prevê acumulação de recursos


em um primeiro momento, para fazer face aos compromissos futuros
com o pagamento de sinistros.

18 SEGUROS DE PESSOAS
VALORES GARANTIDOS
Representam direitos dos segurados e/ou dos beneficiários previstos,
normalmente, nos planos com cobertura de morte estruturada no
regime financeiro de capitalização e nos planos com cobertura por
sobrevivência.

Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão de


dois valores garantidos: resgate e portabilidade.

• resgate – corresponde ao direito que os segurados e, quando tecnicamente


possível, os beneficiários têm de, durante o período de diferimento e
observadas determinadas regras, retirar os recursos da PMBaC; e

• portabilidade – é o direito garantido aos segurados de, durante o período


de diferimento e observadas determinadas regras, movimentar os recursos
da PMBaC.

Em contrapartida, nos planos com cobertura de risco, e desde que tal


cobertura seja estruturada no regime financeiro de capitalização, é possível
a previsão dos seguintes valores garantidos: resgate, saldamento, seguro
prolongado e portabilidade.

• resgate – permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro, retirar os


recursos da PMBaC;

• portabilidade – permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro,


movimentar os recursos da PMBaC para outro plano, seja com cobertura
de risco ou com cobertura por sobrevivência;

• saldamento – consiste na manutenção da cobertura originalmente


contratada, com redução proporcional do capital segurado contratado,
na eventualidade da paralização do pagamento dos prêmios.
Atenção
Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser No caso de portabilidade, os recursos
efetuado, automaticamente, pela sociedade seguradora, quando o financeiros deverão ser movimentados
diretamente entre as sociedades
segurado deixa de pagar o plano e não solicita o resgate dos recursos s e gur ador as, f ic ando ve dado que
acumulados na provisão matemática de benefícios a conceder. transitem, de qualquer forma, pelo
Nesses casos, a sociedade seguradora deve comunicar ao segurado o segurado ou pelo estipulante.

fato, de forma a ficar claro que o segurado tem direito a uma cobertura O saldamento e o seguro prolongado
com capital segurado menor do que aquele inicialmente contratado deverão manter as principais características
da cobertura originalmente contratada,
sem a necessidade de continuar a pagar prêmios; e
sendo facultada a utilização de tábua
de mortalidade distinta para cálculo do
• seguro prolongado – consiste na manutenção temporária da cobertura seguro prolongado, desde que prevista
na nota técnica atuarial.
contratada, com o mesmo capital segurado contratado, na eventualidade
de ocorrer a paralização do pagamento dos prêmios.

UNIDADE 1 19
Curiosidade ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
Nos EUA é comum o oferecimento de
crédito aos segurados nos seguros de vida, A assistência financeira é o empréstimo financeiro concedido ao titular do
tendo como garantia o saldo da provisão plano, sendo vedada sua concessão a segurado que possua, exclusivamente,
matemática dos benefícios a conceder.
plano estruturado no regime financeiro de repartição.
Por ser o crédito a mola propulsora
da economia nor te-americana, esta É concedida mediante contrato firmado entre o segurado e a seguradora e
prática atrai uma grande quantidade de
segurados. somente poderá ser concedida durante o período anterior à concessão da
indenização.

Com Cobertura por Sobrevivência


A assistência financeira concedida a titular de plano, com cobertura por
sobrevivência durante o período de diferimento, deverá observar as seguintes
disposições:

• resgate automático, pela seguradora, do valor da contraprestação, na


respectiva data de vencimento, retirado do saldo da PMBaC, relativa à
cobertura por sobrevivência a que faz jus o titular; e

• quitação, pela seguradora, do(s) saldo(s) devedor(es), mediante resgate


automático do respectivo valor do saldo da PMBaC, relativa à cobertura
por sobrevivência a que faz jus o titular, nas seguintes hipóteses:
– quando o saldo devedor atingir percentual do saldo da PMBaC, fixado
no contrato de assistência financeira, não podendo esse percentual
Atenção maior do que 70%;
Fica facultado à sociedade seguradora – no dia útil imediatamente anterior à data de término do período de
cobrar as contraprestações ou o saldo diferimento; ou
devedor da assistência financeira até o
seu vencimento por outro meio que não o
– no caso de morte ou de invalidez total e permanente do titular.
resgate automático.
• contraprestações periódicas da assistência financeira, que poderão
O saldo da provisão matemática de
benefícios a conceder será aquele ser quitadas pelo titular por meio de carnê, débito em conta corrente,
constituído com o somatório dos recursos consignação em folha de pagamento ou outra forma de cobrança
do valor nominal dos prêmios pagos pelo legalmente permitida desde que esteja claramente estabelecida no contrato
titular, inclusive aqueles decorrentes de
valores portados para o plano. de assistência financeira.

As contraprestações, quando consignadas, deverão ser pagas por meio da


utilização de código específico na folha de pagamento, de modo que fiquem
segregados os débitos correspondentes ao pagamento dos prêmios.

Com Coberturas de Riscos


A assistência financeira concedida a titular de planos com cobertura de
risco, estruturado no regime financeiro de capitalização, deverá observar as
seguintes disposições:

• o prazo para amortização deverá estar fixado no contrato de assistência


financeira;

• a qualquer momento, o somatório do valor do(s) saldo(s) devedor(es) da(s)


assistência(s) financeira(s) concedida(s) a um mesmo titular não poderá
ser superior a valor equivalente a 80% do saldo da PMBAC, conforme
estabelecido no contrato de assistência financeira;

20 SEGUROS DE PESSOAS
• ocorrerá a quitação do somatório do valor do(s) saldo(s) devedor(es)
da(s) assistência(s) financeira(s) concedida(s) de cada titular, com o devido
cancelamento do plano, nas seguintes hipóteses:
– quando valor atingir montante equivalente a 80% do saldo da
PMBaC; e
– no caso de ocorrência da morte ou da invalidez total e permanente
do titular.

CARREGAMENTO
O carregamento é uma parcela inserida no cálculo do prêmio líquido, com
objetivo de custear as despesas administrativas e despesas comerciais Importante
da seguradora. Existem planos que admitem a cobrança
de carregamento em percentual superior
aos 30%, aplicados, exclusivamente, sobre
O valor ou o percentual de carregamento, o critério e a forma de cobrança os prêmios pagos durante os primeiros
deverão constar da proposta (ou propostas), da nota técnica atuarial e do 120 dias de vigência do plano, desde que
regulamento, devendo ser observados os seguintes limites, conforme o tipo o valor do carregamento nivelado durante
a vigência do plano não seja superior a
de estruturação: 30% do prêmio efetuado para a cobertura
de sobrevivência, e a periodicidade de
• Coberturas de Sobrevivência: pagamento do prêmio seja, no máximo,
anual.
– 10%, para as coberturas estruturadas na modalidade de contribuição
variável; e A s s o c ie dades s e gur ador as f ic am
– 30%, para as coberturas estruturadas na modalidade de benefício obrigadas, caso estruturem planos na
definido. forma prevista acima, a devolverem 100%
dos prêmios pagos referentes à cobertura
por sobrevivência, bem como a parcela do
• Coberturas de Risco: prêmio da cobertura de risco referente ao
– Não há limite de carregamento. risco a decorrer, no caso de solicitação
de cancelamento do plano, por qualquer
motivo, dentro dos primeiros 120 dias de
vigência do plano.
MIGRAÇÃO DE APÓLICES
A migração de apólices consiste na transferência de apólice coletiva, em
período não coincidente com o término da respectiva vigência.

No caso de recepção de grupo de segurados e assistidos, originado em processo


de migração de apólices, deverão ser admitidos todos os componentes do grupo
cuja cobertura esteja em vigor, inclusive aqueles afastados do serviço ativo por
acidente ou doença, podendo ser estendidas à nova seguradora as condições
gerais, as condições especiais, o contrato e a nota técnica atuarial, mediante
autorização da SUSEP, na forma da regulação específica.

Nos casos de migração de apólices, não será iniciada a contagem de novo


prazo de carência para segurados já incluídos no seguro pela apólice anterior,
em relação às coberturas e aos respectivos valores já contratados.

UNIDADE 1 21
22 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 1

[1] Analisando o Código Civil Brasileiro, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) No Seguro de Vida, para o caso de morte, não se pode ter prazo de
carência.
(b) O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado
se suicida nos primeiros três anos de vigência inicial do contrato.
(c) O Seguro de Pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou
jurídica.
(d) O prêmio, no Seguro de Vida, será convencionado somente por prazo
determinado.
(e) Nos Seguros de Pessoas, apesar de o capital segurado poder ser
livremente estipulado pelo proponente, este não pode contratar mais
de um seguro sobre o mesmo interesse com a mesma seguradora.

[2] ANALISE AS ALTERNATIVAS ABAIXO E MARQUE A CORRETA:

(a) Os planos de Seguros de Pessoas são aqueles destinados a oferecer


somente coberturas de risco.
(b) Na contratação de um plano de Seguros de Pessoas, o estipulante é
uma parte que sempre está envolvida.
(c) Nos Seguros Prestamistas, o primeiro beneficiário será sempre o
cônjuge do segurado.
(d) Na proposta e nas condições gerais do plano de Seguros de Pessoas,
deverá constar a informação de que o segurado poderá consultar a
situação cadastral de seu corretor de seguros no site da SUSEP.
(e) Nos planos de Seguros de Pessoas contratado de forma individual, o
segurado adere a uma apólice contratada pelo estipulante.

[3] ANALISE AS ALTERNATIVAS ABAIXO E MARQUE A CORRETA:

(a) Os Seguros de Pessoas podem ser contratados de forma individual ou


coletiva.
(b) Os Seguros de Pessoas somente podem ser contributários.
(c) Nos Seguros de Pessoas contributários, os segurados são responsáveis
pelo pagamento total dos prêmios.
(d) O estipulante somente pode ser uma pessoa jurídica.
(e) A pessoa jurídica que, sem ter subscrito proposta de contratação,
tenha sua participação restrita à condição de consignante, também é
considerada estipulante.

FIXANDO CONCEITOS 1 23
Fixando Conceitos 1

[4] Sobre o estipulante, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) Será identificado como estipulante-instituidor quando não participar
do custeio do plano.
(b) Uma corretora de seguros nunca pode ser estipulante.
(c) Somente seguradoras podem ser estipulantes.
(d) O estipulante deve fornecer à SUSEP quaisquer informações solicitadas,
dentro dos prazos estabelecidos por aquela autarquia.
(e) O estipulante representa a seguradora perante o grupo segurado.

[5] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Nos seguros contributários, sempre que houver alteração nas condições
contratuais que implique em modificação nas escolhas dos segurados,
em ônus ou em dever para eles, referida alteração somente será válida
com a anuência prévia e expressa de segurados que representem, no
máximo, 3/4 do grupo segurado.
(b) Nos seguros contributários, o não repasse dos prêmios à seguradora,
nos prazos contratualmente estabelecidos, não poderá acarretar a
suspensão ou o cancelamento da cobertura.
(c) Componente segurado é a pessoa que pode vir a ser incluída no
plano.
(d) Migração de apólice consiste na transferência de apólice coletiva, em
período não coincidente com o término da respectiva vigência.
(e) Quando o estipulante paga parte dos prêmios, fica facultado a ele
rescindir o contrato, sem necessidade de anuência dos segurados.

[6] Sobre as modalidades de estruturação de uma cobertura de Seguros de


Pessoas, podemos afirmar que a(s):

(a) Coberturas dos Seguros de Pessoas somente podem ser estruturadas


na modalidade de benefício definido.
(b) Cobertura estruturada na modalidade de benefício definido é aquela
na qual os valores do capital segurado e do prêmio podem ser
estabelecidos previamente, na proposta.
(c) Cobertura por sobrevivência é sempre estruturada na modalidade de
benefício definido.
(d) Cobertura de morte natural não pode ser estruturada na modalidade
de benefício definido.
(e) Cobertura de invalidez é sempre estruturada na modalidade de
benefício definido.

24 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 1

[7] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na
modalidade de benefício definido.
(b) O VGBL é um exemplo de um plano com cobertura por sobrevivência,
estruturado na modalidade de benefício definido.
(c) A cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável é
aquela na qual o valor e o prazo de pagamento dos prêmios podem
ser definidos previamente, na proposta.
(d) O valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma
de renda, de uma cobertura de risco somente é conhecido no momento
do sinistro.
(e) A cobertura por sobrevivência estruturada na modalidade de
contribuição variável implica, necessariamente, na definição do valor
do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de
renda, na proposta.

[8] Sobre os valores garantidos, podemos afirmar que:

(a) Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão


de dois valores garantidos: resgate e saldamento.
(b) Nos planos com cobertura por sobrevivência, é possível que os
beneficiários retirem os recursos da PMBaC.
(c) Nos planos com cobertura por sobrevivência, a portabilidade dos
recursos é um direito garantido ao segurado e seus beneficiários.
(d) Nos planos com coberturas de risco, estruturadas no regime financeiro
de repartição, é possível a previsão de saldamento.
(e) O saldamento somente é possível nos planos com cobertura por
sobrevivência.

[9] Sobre os valores garantidos, podemos afirmar que:

(a) O seguro prolongado consiste na manutenção da cobertura


originalmente contratada, com redução proporcional do capital
segurado contratado, na eventualidade de paralização do pagamento
dos prêmios.
(b) Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser efetuado
automaticamente pela seguradora, quando o segurado deixa de
pagar o plano e não solicita o resgate dos recursos acumulados na
PMBaC.
(c) A portabilidade não é um valor garantido para as coberturas de risco.
(d) O resgate é um direito garantido que os planos com cobertura de
risco têm, desde que essas coberturas sejam estruturadas no regime
financeiro de repartição de capitais de cobertura.
(e) É obrigatória a previsão do resgate sempre que as coberturas de risco
forem estruturadas no regime financeiro de capitalização.

FIXANDO CONCEITOS 1 25
[10] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Desde que prevista em nota técnica atuarial, é facultada à seguradora


a utilização de tábua de mortalidade distinta para cálculo do
saldamento.
(b) Na portabilidade, os recursos são depositados em conta corrente
bancária do segurado, devendo, em seguida, serem transferidos para
outra seguradora.
(c) É vedada a concessão de assistência financeira a segurado que
possua, exclusivamente, plano estruturado no regime financeiro de
repartição.
(d) A assistência financeira será concedida mediante contrato firmado
entre a seguradora e o titular do Plano e pode ser concedida durante
o período de pagamento do capital segurado sob a forma de renda.
(e) A qualquer momento, o somatório do valor do(s) saldo(s) devedor(es)
da(s) assistência(s) financeira(s) concedida(s) a um mesmo titular de
um plano, com coberturas de risco estruturadas no regime financeiro
de capitalização, não poderá ser superior a valor equivalente a 70%
do saldo da PMBaC, conforme estabelecido no contrato de assistência
financeira.

26 SEGUROS DE PESSOAS
2
COBERTURAS
DE RISCO

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Listar e distinguir os instrumentos utilizados na contratação de um plano.
• Determinar o valor do prêmio de uma cobertura de Morte.
• Enumerar as diversas coberturas de risco que podem ser oferecidas em um plano.
• Explicar cada uma das coberturas de risco.
• Diferenciar a Invalidez Laborativa da Invalidez Funcional.
• Distinguir Seguro Funeral de Assistência Funeral.
• Descrever o que é Seguro Educacional.
• Explicar o que é capital segurado e como ele é definido.
• Descrever o que significa vigência e carência.
• Determinar como ocorre a cessação da cobertura do segurado, e as formas como os prêmios são pagos.
• Identificar as situações em que o segurado perde direito à indenização.
• Descrever como ocorre a renovação e a reabilitação da apólice, bem como o cancelamento do seguro.
• Listar os riscos comumente excluídos do contrato de Seguros de Pessoas.
• Explicar o que é excedente técnico e como ocorre a sua apuração.
• Diferenciar as formas de pagamento da indenização.

UNIDADE 2 27
28 SEGUROS DE PESSOAS
INTRODUÇÃO
Os planos com coberturas de risco (morte, invalidez, doenças graves) têm
por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segurado e
aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as garantias
contratadas.

Como exemplo desses planos, temos o Seguro de Vida, o Seguro Funeral,


o Seguro de Acidentes Pessoais, o Seguro Educacional, o Seguro Viagem, o Observação
Seguro Prestamista, o Seguro de Diária por Internação Hospitalar, o Seguro A denominação de qualquer plano de
seguro como de Vida, exceto quando
Desemprego (perda de renda), o Seguro de Diária por Incapacidade e o Seguro prevista a cobertura por sobrevivência,
de Perda de Certificado de Habilitação de Voo. está condicionada ao oferecimento da
cobertura de morte por causas naturais
e acidentais.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas cujo evento
gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data predeterminada.

Indenização é o valor a ser pago pela seguradora na ocorrência do sinistro,


limitado ao valor do capital segurado da respectiva cobertura contratada.

CONTRATAÇÃO
Na formalização da contratação de um plano de Seguros de Pessoas com
cobertura de risco são utilizados os seguintes instrumentos contratuais:
proposta de contratação, proposta de adesão, apólice e certificado
individual.

É facultado à seguradora solicitar informação, quando da assinatura da


proposta ou da solicitação de aumento do valor do capital segurado, para
efeito de subscrição, ao proponente ou ao segurado quanto à contratação de
outros Seguros de Pessoas com coberturas concomitantes. Por outro lado, é
vedado o estabelecimento de cláusula que obrigue o segurado a comunicar
à seguradora a contratação posterior de outros Seguros de Pessoas com
coberturas concomitantes.

A rejeição de proponente pela razão única de ser portador de deficiência


configurará discriminação e será passível de punição, nos termos da legislação
específica.

É vedada a inclusão, nas condições contratuais, de cláusula de concorrência


de apólices, exceto no caso de coberturas que garantam o reembolso
de despesas.

UNIDADE 2 29
Atenção
A contratação de um plano de Seguros de Pessoas deverá ser efetivada
por meio de preenchimento de proposta de contratação.

Nos planos coletivos, a adesão à apólice, pelos proponentes, deverá


ser precedida do preenchimento de proposta de adesão.

A seguradora somente poderá aceitar o protocolo de proposta


preenchida, datada e assinada pelo proponente, por seu representante
legal (pai, mãe, Procurador ou tutor) ou pelo corretor de seguros, exceto
quando a contratação se der por meio de bilhete.

Nas Apólices coletivas, a seguradora deverá ter a comprovação da data


de protocolo da proposta de cada proponente.

O preenchimento de proposta de adesão é obrigatório, exceto no


caso de Seguros de Pessoas com capital global e contratação sob a
forma de bilhete.

Seguros de Pessoas com capital global é a modalidade de contratação


coletiva de coberturas de risco em que o valor do capital segurado
referente a cada componente sofrerá variações decorrentes de
mudanças na composição do grupo segurado.

Proposta de Contratação
Atenção
Proponente é o interessado em contratar
a cobertura (ou coberturas), no caso
A proposta de contratação é o documento que contém a declaração do risco
de contratação individual, ou aderir ao e dos elementos essenciais do interesse a ser garantido, em que o proponente,
contrato, no caso de contratação coletiva. pessoa física ou jurídica, expressa a intenção de contratar uma cobertura (ou
Na contratação de um plano Coletivo, coberturas), manifestando pleno conhecimento das condições contratuais.
quem assina a proposta de contratação
é o estipulante. Já na contratação de
um plano de Individual, quem assina a
proposta de contratação é o segurado.
Proposta de Adesão
A proposta de adesão é o documento que contém a declaração do risco e dos
elementos essenciais do interesse a ser garantido, em que o proponente, pessoa
física, expressa a intenção de aderir à contratação coletiva, manifestando pleno
conhecimento das condições contratuais.

Com vistas a dar transparência aos segurados dos seus direitos e suas
obrigações, a regulamentação das coberturas de risco prevê que as propostas
de contratação e as de adesão deverão:

• informar o percentual (ou percentuais) de reversão de excedente técnico,


bem como o prazo de carência, quando previsto pelo plano;

• fazer constar: a) os valores, em moeda corrente nacional, do prêmio à


vista, e, quando for o caso, do prêmio total fracionado de cada uma das
parcelas; b) a taxa de juros remuneratórios pactuada; c) o número e a
periodicidade das parcelas; d) os juros de mora e/ou outros acréscimos
legalmente previstos;

30 SEGUROS DE PESSOAS
• discriminar a forma e o critério de custeio de cada cobertura contratada;

• estabelecer os valores dos prêmios e dos capitais segurados, discriminados


por cobertura. Os valores deverão ser estabelecidos na proposta de
contratação, nos casos de planos individuais, e na proposta de adesão,
nos casos de planos coletivos; e

• conter a informação de que:


– se o segurado, seu representante legal, ou seu corretor de seguros
fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir Importante
na aceitação da proposta ou no valor do prêmio, ficará prejudicado o A informação do registro do plano na
direito à indenização, além de estar o segurado obrigado ao pagamento SUSEP não implica, por parte daquela
do prêmio vencido; Autarquia, incentivo ou recomendação
à sua comercialização. Essa informação
– a aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco; deverá ser inserida, necessariamente, em
– o registro do plano na SUSEP não implica, por parte da SUSEP, incentivo todo e qualquer material de comercialização
ou recomendação à sua comercialização; e e propaganda utilizado pela seguradora.
– o segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de
seguros, no site www.susep.gov.br, utilizando-se do número de registro
profissional na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.

Apólice
Após receber a proposta de contratação, a seguradora emite a apólice, assinada
por um representante legal da seguradora, que é o documento que formaliza
a aceitação da cobertura solicitada pelo proponente, nos planos individuais,
ou pelo estipulante, nos planos coletivos.

Certificado Individual
O certificado individual é o documento destinado ao segurado, emitido pela
seguradora no caso de contratação coletiva, quando da aceitação do
proponente, das renovações do seguro ou nas alterações de valores do
capital segurado ou do prêmio. Seu envio aos segurados é obrigatória, apenas
não se aplicando nos casos de Seguros de Pessoas com capital global.

A mesma regulamentação estabelece, ainda, que:

• deverão constar da proposta de contratação (no caso de planos individuais)


ou da proposta de adesão (no caso de planos coletivos), e da respectiva
apólice os valores, em moeda corrente nacional, do prêmio à vista, e, quando
for o caso, do prêmio total fracionado de cada uma das parcelas, a taxa de
juros remuneratórios pactuada, o número de parcelas, sua periodicidade e
os juros de mora e/ou outros acréscimos legalmente previstos;

• o início e o final da vigência das coberturas contratadas deverão ser


especificados na apólice, no certificado individual e nas propostas de
contratação e de adesão; e

• para os seguros que não tenham cobertura vitalícia, deverá constar


da proposta de contratação, da proposta de adesão, da apólice
e do certificado individual, em destaque, a seguinte informação:
“Este seguro é por prazo determinado, tendo a seguradora a faculdade de
não renovar a apólice na data de vencimento, sem devolução dos prêmios
pagos nos termos da apólice”.

UNIDADE 2 31
PERÍODO DE COBERTURA
O período de cobertura é aquele durante o qual o segurado ou os beneficiários,
Exemplo quando for o caso, farão jus aos capitais segurados contratados. O período
Um plano de Seguros de Pessoas com de cobertura pode ser temporário ou vitalício.
cobertura de morte por qualquer causa
pode ter um período de cober tura
temporário ou vitalício. No primeiro Período de cobertura temporário é aquele em que o pagamento do
caso, os beneficiários do segurado capital segurado somente será feito se o evento ocorrer dentro de período
somente receberão o capital segurado
perfeitamente determinado no contrato.
se a morte do segurado ocorrer dentro
de período perfeitamente determinado
no contrato, enquanto no segundo caso, Já o período de cobertura vitalício é aquele em que o pagamento do capital
o capital segurado será pago quando segurado será feito quando ocorrer o evento, a qualquer tempo.
ocorrer a morte do segurado, a qualquer
tempo.

CÁLCULO DO PRÊMIO
O valor do prêmio é fundamental para a manutenção dos níveis de equilíbrio
das Apólices.

Seu cálculo, realizado pelos subscritores, leva em consideração o perfil do


proponente ou do segurado, bem como da cobertura contratada.

É da junção desses dois fatores que os subscritores, após analisar a massa


segurada, precificam o valor do prêmio.

Nesse sentido, é importantíssimo que sejam analisadas a idade do


proponente/segurado, em paralelo com seu perfil médico, componentes
hereditários, esportes praticados, estilo de vida (profissão, sedentarismo,
tabagismo, obesidade etc) e doenças preexistentes.

Tal análise deve ser acrescida pela das coberturas contratadas, já que o
subscritor terá que levar em consideração a junção das características pessoais
do proponente/segurado com as coberturas pretendidas, para poder fixar o
valor do prêmio. Exemplo: se o proponente pretende a contratação de uma
cobertura de acidentes pessoais e de seu perfil consta que ele pratica salto
de paraquedas, a fixação do valor do prêmio levará em consideração essa
junção do perfil com a cobertura contratada gerando, possivelmente, um
prêmio agravado.

Assim, podemos dizer que a fixação do valor do prêmio influencia, sobremodo,


nos custos da apólice e, consequentemente, na comissão de corretagem
da renovação, na distribuição do Excedente Técnico e na manutenção do
relacionamento das partes envolvidas na contratação.

O primeiro passo para o cálculo do prêmio é calcular a taxa pura. Essa taxa
pode ser única para todo o grupo segurado ou diferenciada por idade ou faixa
etária. Ela é chamada de “pura” porque não considera os carregamentos para
custeios comerciais e administrativos, mas apenas o risco.

32 SEGUROS DE PESSOAS
Atenção

É importante que fique claro para o segurado que, além da atualização


monetária, o valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente, em
decorrência da mudança de idade do segurado. Sofrerá acréscimo,
também em consequência do aumento do risco, com a finalidade de
manter o equilíbrio atuarial, financeiro e econômico do plano.

Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária,


deverá ser estabelecido, nas condições gerais, que os prêmios serão
alterados de acordo com a faixa etária do segurado.

A forma como os prêmios serão alterados de acordo com a faixa etária


do segurado, incluindo os valores ou percentuais, deverão constar das
condições contratuais e ser disponibilizados aos proponentes quando
da adesão ao seguro. No caso dos planos contratados de forma
individual, deverá constar, das condições gerais, item estabelecendo a
forma como os prêmios serão alterados de acordo com a faixa etária
do segurado, incluindo os valores ou percentuais.

A nova regulamentação, diferentemente da anterior, não estabelece


mais as taxas para as coberturas, devendo a nota técnica atuarial
especificá-las.

COBERTURAS
Os planos podem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos de
coberturas:

• Morte (Natural ou Acidental);


• Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD);
• Doenças Graves; e
• Acidentes Pessoais.

Morte (Natural ou Acidental)


O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento do capital segurado ao Importante
beneficiário em caso de morte do segurado principal, tanto por causas naturais A denominação de qualquer plano de
como acidentais. seguro como de Vida, exceto quando
prevista a cobertura por sobrevivência,
está condicionada ao oferecimento da
cobertura de morte por causas naturais
Invalidez Laborativa Permanente Total por e acidentais.

Doença (ILPD) A garantia de morte para os segurados


menores de 14 anos destina-se ao
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em caso reembolso das despesas com funeral,
devidamente comprovadas.
de invalidez laborativa permanente total, consequente de doença.

A invalidez laborativa permanente total por doença é aquela para a qual não
se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os recursos terapêuticos
disponíveis no momento de sua constatação, para a atividade laborativa principal
do segurado, ou seja, para aquela pela qual o segurado obteve maior renda
dentro de determinado exercício anual, definido nas condições contratuais.

UNIDADE 2 33
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos, para efeitos dessa
cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal atestada por
profissional legalmente habilitado.

Não podem figurar como segurados dessa cobertura as pessoas que não
exerçam qualquer atividade laborativa, sendo vedado o oferecimento e a
cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.

Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização deve ser


paga de uma só vez ou sob a forma de renda certa, temporária ou vitalícia, em
prestações mensais, iguais e sucessivas, conforme acordado entre as partes.

Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga sob a


forma de renda, o segurado poderá ser, automaticamente, excluído da apólice,
conforme a estruturação técnica do plano, com a consequente devolução de
valores eventualmente pagos após a constatação da invalidez, devidamente
atualizados nos termos da regulamentação específica.

No caso de o segurado não ser excluído da apólice, se o estado de invalidez


laborativa cessar antes do término do pagamento da renda contratada, o valor
Importante do capital segurado da cobertura de ILPD será reintegrado.
No caso de divergências sobre a causa,
natureza ou extensão de lesões, bem Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga sob
como sobre a avaliação da incapacidade a forma de renda, caso o segurado permaneça na apólice, o valor do prêmio
relacionada ao segurado, a seguradora deverá ser ajustado, de acordo com as coberturas remanescentes, a partir da
deverá propor ao segurado, por meio de
correspondência escrita, dentro do prazo respectiva data de pagamento da indenização.
de 15 dias, a contar da data da contestação,
a constituição de junta médica. Essa junta
será formada por 3 membros, sendo um
nomeado pela seguradora, outro pelo
Invalidez Funcional Permanente Total
segurado e um terceiro, desempatador, por Doença (IFPD)
escolhido pelos dois nomeados. Cada uma
das partes pagará os honorários do médico
que tiver designado; os do terceiro serão
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em caso
pagos, em partes iguais, pelo segurado e de invalidez funcional permanente total, consequente de doença que cause
pela seguradora. a perda da existência independente do segurado.
O prazo para a constituição da junta
médica será de, no máximo, 15 dias a
É considerada perda da existência independente do segurado a ocorrência
contar da data da indicação do membro de quadro clínico incapacitante que inviabilize de forma irreversível o pleno
nomeado pelo segurado. exercício das relações autonômicas do segurado, comprovado na forma
definida nas condições gerais e/ou especiais do seguro.

Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos para os efeitos


dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal,
atestada por profissional legalmente habilitado.
Atenção
É vedado o oferecimento de cobertura A forma e a periodicidade de pagamento da indenização seguem os mesmos
em que o pagamento da indenização critérios da garantia de invalidez laborativa permanente total por doença.
esteja condicionado à impossibilidade
do exercício, pelo segurado, de toda e
qualquer atividade laborativa.

Importante

Os casos de invalidez permanente por doença, previstos nas


coberturas apresentadas anteriormente, devem ser comprovados pela
apresentação de declaração médica.

A aposentadoria por invalidez concedida por instituições oficiais


de Previdência, ou assemelhadas, não caracteriza por si só o estado de
invalidez permanente.

34 SEGUROS DE PESSOAS
Esclarecimentos
A antiga cobertura de Invalidez Permanente por Doença – IPD, prevista
na Circular SUSEP 17/92, trazia diversos problemas aos consumidores,
com a negativa dos pedidos de indenização em virtude da abrangência
do conceito de invalidez e divergências na sua caracterização.

Com vistas a resolver essa questão, a nova regulamentação expedida


pela SUSEP vedou a comercialização de cobertura em que o pagamento
da indenização esteja condicionado à impossibilidade do exercício,
pelo segurado, de toda e qualquer atividade laborativa.

Dessa forma, fica claro que a SUSEP não proibiu a comercialização


de invalidez por doença, mas apenas determinou que o seu conceito
seja bem especificado e transparente para os consumidores.
A seguradora pode comercializar outros tipos de coberturas de
invalidez relacionada à doença, que tenham sua caracterização bem
definida, como, por exemplo, a Invalidez Funcional Permanente Total
por Doença e a Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença,
previstas na Circular SUSEP 302/05, além de outros tipos elaborados
pela seguradora.

Doenças Graves
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização em
decorrência de diagnóstico de doenças devidamente especificadas e
caracterizadas nas condições gerais e/ou especiais do plano de seguro
como “graves”, sendo vedada a estipulação de critérios de cálculo do capital
segurado com base nas despesas médicas e/ou hospitalares incorridas pelo
segurado para o tratamento da doença.

Acidentes Pessoais
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais, normalmente incluídas nos planos
de Seguro de Acidentes Pessoais, têm por objetivo garantir aos beneficiários
do segurado ou a ele próprio o pagamento de uma indenização, caso venha a
falecer ou se tornar inválido em decorrência de acidente pessoal ou, ainda, tenha
a necessidade de se submeter a tratamento médico em função de acidente.

Incluem-se no conceito de acidente pessoal, os danos físicos decorrentes de:

• suicídio, ou a sua tentativa, que será equiparado, para fins de indenização,


a acidente pessoal, exceto nos 2 anos de vigência da cobertura ou de sua
recondução depois de suspenso;
Observação
Acidente pessoal é o evento com data
• ação da temperatura do ambiente ou influência atmosférica, quando a
caracterizada, exclusivo e diretamente
elas o segurado ficar sujeito, em decorrência de acidente coberto; externo, súbito, involuntário, violento e
causador de lesão física que, por si só e
• escapamento acidental de gases e vapores; independentemente de toda e qualquer
outra causa, tenha como consequência
direta a morte ou a invalidez permanente,
• sequestros e tentativas de sequestros; e total ou parcial, do segurado ou que torne
necessário tratamento médico.
• alterações anatômicas ou funcionais da coluna vertebral, de origem
traumática, causadas, exclusivamente, por fraturas ou luxações, radiologicamente
comprovadas.

UNIDADE 2 35
Estão excluídos do conceito de acidentes pessoais:
Exemplos
As situações descritas a seguir evidenciam • doenças, incluídas as profissionais, quaisquer que sejam suas
riscos cobertos, ou seja, apresentam casos
que dão direito à cobertura de Acidentes causas, ainda que provocadas, desencadeadas ou agravadas, direta
Pessoais: ou indiretamente por acidente, ressalvadas as infecções, estados
septicêmicos e embolias, resultantes de ferimento visível causado em
1) um segurado sofre um grave acidente
que o impossibilita de se locomover
decorrência de acidente coberto;
em busca de socorro. Se as condições
meteorológicas forem adversas, como • intercorrências ou complicações consequentes da realização de
chuva e frio, ficando o segurado por
exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos, quando não decorrentes
muito tempo exposto até ser socorrido
e, em decorrência disso, contrair de acidente coberto;
pneumonia que lhe venha a ser fatal,
este evento terá cobertura, visto ter • lesões decorrentes, dependentes, predispostas ou facilitadas por esforços
sido motivado por traumatismos que
impediram a sua mobilidade; repetitivos ou microtraumas cumulativos, ou que tenham relação de
causa e efeito com eles, assim como as lesões classificadas como: Lesão
2) um segurado sofre um atropelamento por Esforços Repetitivos – LER, Doenças Osteomusculares Relacionadas
e, em consequência desse acidente,
tem um braço amputado; e
ao Trabalho – DORT, Lesão por Trauma Continuado ou Contínuo – LTC
ou similares, que venham a ser aceitas pela classe médico-científica,
3) um segurado é vítima de assalto, bem como as suas consequências pós-tratamentos, inclusive cirúrgicos,
ocasião em que é ferido. O ferimento
em qualquer tempo; e
gera séria infecção.

• situações reconhecidas por instituições oficiais de Previdência ou


assemelhadas, como “invalidez acidentária”, nas quais o evento causador
da lesão não se enquadre integralmente na caracterização de invalidez
por acidente pessoal.

Morte Acidental
Esta cobertura tem por objetivo garantir aos beneficiários designados pelo
segurado o pagamento de indenização específica, caso o falecimento do
segurado tenha sido ocasionado por acidente pessoal coberto.

Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA)


Esta cobertura tem por objetivo garantir ao próprio segurado o pagamento de
uma indenização referente à perda, redução ou impotência funcional definitiva,
total ou parcial, de membros ou órgãos, ocasionada por acidente coberto.

36 SEGUROS DE PESSOAS
Observação

As indenizações por morte ou invalidez permanente total ou parcial por


acidente geralmente são pagas de uma só vez, podendo haver a opção
expressa, do segurado, pela transformação da indenização em renda.

Na hipótese de indenização sob a forma de renda, a taxa de juros deve


observar o limite máximo de 6% a.a. ou sua equivalente efetiva mensal.

As indenizações pagáveis por morte e por invalidez permanente total ou


parcial por acidente não são cumulativas. Assim, se o segurado receber
indenização por invalidez decorrente de acidente e, mais tarde, vier a
falecer em função do mesmo acidente, a indenização recebida pela
invalidez será deduzida daquela que lhe é devida por morte.

A indenização paga por invalidez permanente total ou parcial por


acidente é devida ao próprio segurado, quando caracterizada sua
invalidez. Após a conclusão do tratamento, ou esgotados os recursos
terapêuticos disponíveis para sua recuperação, e constatada e avaliada
a invalidez permanente quando da alta médica definitiva, a seguradora
deve pagar a respectiva indenização, de acordo com os percentuais
estabelecidos nas condições gerais e/ou especiais do seguro.

Não ficando abolidas por completo as funções do membro ou órgão lesado, a


indenização por perda parcial é calculada pela aplicação, à percentagem prevista
no plano para sua perda total, do grau de redução funcional apresentado.

A tabela para o cálculo da indenização da cobertura de IPA usualmente


utilizada pelo mercado consta do Anexo 3 deste manual.

UNIDADE 2 37
Atenção

Quando a indicação médica sobre a extensão das lesões for estabelecida


em termos de grau máximo, médio ou mínimo, sem a indicação
exata do grau de redução funcional apresentado, a indenização será
calculada, respectivamente, com base nas seguintes percentagens:

• Grau máximo: 75% dos percentuais constantes da tabela;


• Grau médio: 50% dos percentuais constantes da tabela; e
• Grau mínimo: 25% dos percentuais constantes da tabela.

Exemplo:
Um segurado contratou uma cobertura de Acidentes Pessoais com
capital de R$ 100.000,00 na garantia de IPA (Invalidez Permanente Total
ou Parcial por Acidente) e sofre um acidente que lhe atinge ambos os pés.
Segundo a indicação médica, trata-se de uma lesão de grau mínimo.

Supondo-se que a tabela constante do Anexo 3 tenha sido utilizada,


verifica-se que a percentagem para a perda total de uso dos pés é de
50% da importância segurada. Logo, a indenização do segurado seria
de R$ 50.000,00.

Todavia, como o médico indicou que o grau da lesão foi mínimo, ele
só terá direito a 25% desses R$ 50.000,00. Assim, sua indenização
será de R$ 12.500,00.

São ainda procedimentos relativos à invalidez permanente total ou parcial


por acidente:

Aplicação prática • nos casos cuja especificação não consta da tabela, a indenização deve
Em um mesmo acidente pessoal, um ser estabelecida, levando em consideração a diminuição permanente da
segurado sofreu perda total do uso de capacidade física do segurado, sem que a sua profissão tenha qualquer
uma das mãos e perda total da visão de peso nesta aferição; e
ambos os olhos. Considerando-se que
ele contratou um seguro com garantia
básica (IPA) de R$ 100.000,00, contendo • se mais de um órgão ou membro for lesionado no mesmo acidente, a
a Tabela de Indenização apresentada indenização será determinada pela soma dos percentuais respectivos
no Anexo 3, verificamos que ele teria
direito à seguinte indenização: 60% do constantes da tabela. A indenização daí resultante não poderá, em
capital segurado pela perda da mão qualquer hipótese, ser superior a 100% do capital segurado.
(R$ 60.000,00) e 100% do c apit al
segurado pela perda da visão de ambos
os olhos (R$ 100.000,00). • quando membros ou órgãos não forem íntegros ou inteiramente funcionais
antes do acidente, a indenização será estabelecida deduzindo-se, da
Logo, a indenizaç ão total seria de
R$ 160.000,00.
percentagem indicada na tabela, a percentagem correspondente à
invalidez preexistente;
Todavia, como o máximo a ser pago num
mesmo acidente é 100% do capital da
garantia contratada, o segurado receberá
• os danos de natureza estética, ou seja, aqueles que apenas afetam
R$ 100.000,00. a aparência do segurado, sem implicarem perda ou redução da
funcionalidade das partes afetadas, estão excluídos da cobertura de
invalidez permanente, assim como a perda de dentes;

38 SEGUROS DE PESSOAS
• a invalidez permanente indenizável deve sempre ser comprovada
mediante a apresentação de laudo médico detalhado à seguradora; e

• no caso de divergências sobre a causa, natureza ou extensão de


lesões, bem como sobre a avaliação da incapacidade relacionada ao
segurado, a seguradora deverá propor ao segurado, por meio de
correspondência escrita, dentro do prazo de 15 dias, a contar
da data da contestação, a constituição de junta médica. Essa junta
será formada por três membros, sendo um nomeado pela seguradora,
outro pelo segurado e um terceiro, desempatador, escolhido pelos dois
nomeados. Cada uma das partes pagará os honorários do médico que
tiver designado; os do terceiro serão pagos, em partes iguais, pelo
segurado e pela seguradora. O prazo para a constituição da junta
médica será de, no máximo, 15 dias a contar da data da indicação
do membro nomeado pelo segurado.

Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas


(DMHO)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o reembolso, limitado ao capital
segurado, das despesas efetuadas pelo segurado para o tratamento das Importante
consequências de acidente coberto, iniciado, sob orientação médica, nos 30 Não estão abrangidas as despesas
decorrentes de:
primeiros dias contados da data do acidente. Ela cobre as despesas médicas e
dentárias, assim como os custos de diárias hospitalares que, a critério médico, • acompanhantes;
• estados de convalescença (após o
sejam necessárias à recuperação do segurado. recebimento da alta médica); e
• aparelhos referentes a órteses de
Cabe ao segurado a livre escolha dos prestadores dos serviços médico- qualquer natureza e a próteses de caráter
permanente, excetuadas as próteses pela
hospitalares e odontológicos, desde que legalmente habilitados. perda de dentes naturais.

As seguradoras estão autorizadas a estabelecer acordos ou convênios com


prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos, a fim de facilitar
a prestação da assistência ao segurado, mas preservando sempre a livre escolha
que esse segurado venha a fazer fora daquela rede.

É possível a contratação da cláusula prevendo franquia dedutível do total a


reembolsar, com redução da taxa.

• Franquia – valor previsto na apólice com o qual o segurado participará


em caso de sinistro.

• Franquia dedutível – tipo de franquia mais utilizado, cujo valor é deduzido


de todos os prejuízos.

Para fins de ressarcimento, parcial ou total, das despesas médico-hospitalares


efetuadas, são exigidos comprovantes originais e relatórios do médico
assistente ou do dentista.

São ressarcidas, também, as despesas cobertas efetuadas no exterior.


Nesse caso, o ressarcimento toma como base o câmbio oficial de venda da
moeda estrangeira na data do efetivo pagamento realizado pelo segurado.
A conversão à moeda nacional é atualizada monetariamente, pela seguradora,
quando da liquidação do sinistro.

UNIDADE 2 39
Importante

As coberturas relacionadas a acidentes pessoais podem ser oferecidas


em um plano de Seguro de Acidentes Pessoais, ou em qualquer outro
plano de Seguros de Pessoas, como, por exemplo, o Seguro de Vida
em Grupo.

Um plano de Seguros de Pessoas bastante comum no mercado é


o Seguro Viagem, que tem por objetivo garantir aos segurados,
durante período de viagem previamente determinado, o pagamento
de indenização quando da ocorrência de riscos previstos e cobertos
nos termos das condições gerais e especiais contratadas.

Entretanto, deve-se observar que este tipo de seguro deve oferecer,


no mínimo, as coberturas básicas de morte acidental e/ou invalidez
permanente total ou parcial por acidente.

Além disso, outras coberturas poderão ser oferecidas no Seguro


Viagem, desde que estejam relacionadas a viagem. Um exemplo seria
a indenização referente à perda de bagagem.

Diárias por Incapacidade (DI)


Esta cobertura consiste no pagamento de diárias, a partir da caracterização da
impossibilidade contínua e ininterrupta de o segurado exercer a sua profissão
ou ocupação.

O pagamento das diárias se dá durante o período em que o segurado se


encontrar sob tratamento, sendo efetuado a partir do 1o dia após o período
de franquia de, no máximo, 15 dias.

Geralmente, é oferecido o limite máximo de 360 diárias por período contratual.


Esse limite também é o máximo pagável por um mesmo evento.

Diárias por Internação Hospitalar (DIH)


Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização
Importante proporcional ao período de internação do segurado, observados o período
As coberturas de Diárias por Incapacidade de franquia e o limite contratual máximo por evento, fixado nas condições
(DI) e Diárias por Internação Hospitalar gerais e/ou especiais.
(DIH) podem ser decorrentes de acidente
pessoal ou não. A abrangência dessas
coberturas é determinada pela seguradora O período de franquia deve ser de, no máximo, 15 dias, a contar da data
nas condições gerais do plano. do evento, e o valor do capital segurado deve ser estabelecido sob a forma
de diária, independentemente das despesas efetuadas pelo segurado.

40 SEGUROS DE PESSOAS
Perda de Renda
Esta cobertura garante o pagamento de indenização em caso de perda
de emprego.

Deverão ser observados os critérios estabelecidos no plano, tais como: tempo


mínimo de carteira profissional assinada, tempo mínimo no último emprego,
motivos de demissão, entre outros.

Auxílio Funeral
Esta cobertura garante o reembolso das despesas com o funeral até o limite
do capital segurado.

É importante destacar que, ainda que a seguradora ofereça a alternativa de


prestação de serviços, é garantida a livre escolha dos prestadores de serviço
pelos beneficiários, com o respectivo reembolso das despesas efetuadas.

Atenção

Você sabe qual é a diferença entre o Seguro Auxílio Funeral e a


Assistência Funeral?

O Seguro Auxílio Funeral é uma modalidade do Seguros de Pessoas.


Portanto, todas as seguradoras autorizadas a operar no Ramo Vida
podem comercializar esta cobertura, desde que incluída em algum
plano devidamente protocolado na SUSEP.

A cobertura de Auxílio Funeral, geralmente com capital segurado de


baixo valor, tem por objetivo reembolsar os gastos referentes ao funeral
no caso de morte do segurado. A sua caracterização como seguro
está condicionada à livre escolha dos prestadores de serviços, com
cobrança de prêmio e constituição de provisão.

De forma distinta, a Assistência Funeral é tratada como um serviço


complementar ao contrato de seguro, não havendo direito à livre
escolha, ou seja, o segurado fica limitado aos prestadores de serviço
indicados pela seguradora.

Neste caso, deve ser observado que:

1) os serviços não podem ser prestados diretamente pela seguradora;


2) os serviços terão seus regulamentos previstos em documento
próprio apartado das condições contratuais do seguro;
3) quando cobrado do segurado, o pagamento dos serviços deverá
estar discriminado em apartado ao prêmio de seguro; e
4) o regulamento não poderá prever o pagamento em espécie ou
reembolso ao segurado.

UNIDADE 2 41
Cobertura para Segurados Dependentes
Trata-se da possibilidade de se contratar um seguro onde existe mais de um
segurado. Nos seguros coletivos, o segurado titular seria aquele que mantém
vínculo com o estipulante (por exemplo, o funcionário da empresa que
contratou a apólice), e os segurados dependentes poderiam ser o cônjuge
e filhos.

Podem ser admitidos como segurados, desde que previsto no plano e


contratados pelo estipulante: o cônjuge, o(a) companheiro(a), os filhos,
os enteados e os menores, considerados dependentes econômicos do
componente principal do grupo, bem como outros membros da família.

Importante As duas cláusulas que permitem a inclusão de coberturas para os componentes


Equiparam-se aos cônjuges os companheiros dependentes são: cláusula suplementar de inclusão de cônjuge e cláusula
dos segurados principais, se ao tempo
suplementar de inclusão de filhos.
do contrato o segurado era separado
judicialmente ou já se encontrava separado
de fato. A cláusula suplementar de inclusão de cônjuge define a inclusão, no seguro, dos
O capital segurado do cônjuge e dos
cônjuges dos segurados principais e pode ser feita das seguintes formas:
filhos não pode ser superior a 100%
do capital segurado do respectivo segurado • automática – quando abranger os cônjuges de todos os segurados
principal.
principais; e

• facultativa – quando abranger os cônjuges dos segurados principais que


assim o autorizarem.

Já a cláusula suplementar de inclusão de filhos define a inclusão, no


plano, dos filhos do segurado principal e/ou do cônjuge segurado pela
cláusula suplementar de inclusão de cônjuge, que pode ser feita das
seguintes formas:

• automática – quando abranger os filhos de todos os segurados principais e/


ou dos cônjuges segurados; e

• facultativa – quando abranger os filhos dos segurados principais e/ou dos


cônjuges segurados que assim o autorizarem.

42 SEGUROS DE PESSOAS
Importante
Para os menores de 14 anos é permitido, exclusivamente, o oferecimento
e a contratação de coberturas relacionadas ao reembolso de despesas,
seja na condição de segurado principal ou de dependente.

Equiparam-se aos filhos, os enteados e os menores, considerados


dependentes econômicos do segurado principal.

Nos planos coletivos, quando ambos os cônjuges forem segurados


principais do mesmo grupo segurado, os filhos podem ser incluídos uma
única vez, como dependentes daquele de maior capital segurado, sendo
este denominado como “segurado principal” para efeito da cláusula.

O capital segurado dos filhos não pode ser superior a 100% do capital
segurado do respectivo segurado principal. Atenção
O cr itér io para f ixaç ão do c apit al
Na hipótese de morte simultânea (comoriência) do segurado principal segurado da cláusula suplement ar
e do(s) segurado(s) dependente(s), os capitais segurados referentes de inclusão de cônjuge e da cláusula
suplementar de inclusão de filhos deve
às coberturas dos segurados, principal e dependente(s), deverão ser
ser estabelecido na respectiva cláusula
pagos aos respectivos beneficiários indicados ou, na ausência destes, ou nas condições especiais do plano de
aos herdeiros legais dos segurados. Seguros de Pessoas.

SEGURO EDUCACIONAL
O Seguro Educacional visa auxiliar o custeio das despesas com educação do
beneficiário, em razão da ocorrência dos eventos cobertos.

Importante

Considerando que existe a possibilidade de diferenciação nos critérios


de atualização das mensalidades escolares e do capital segurado,
deverá ser observado que o capital segurado pode não ser suficiente
para quitar integralmente as mensalidades. Por esse motivo, é vedada
a utilização da terminologia “garantia de custeio educacional” na
designação do Seguro Educacional.

Além disso, deve ficar claro que não se incluem, na modalidade


educacional, os seguros de Acidentes Pessoais que visem, exclusivamente,
à cobertura de acidentes dos educandos durante a permanência no
estabelecimento de ensino ou em seu trajeto.

O Seguro Educacional deverá conter condições gerais especialmente elaboradas


para o produto. O beneficiário dessa modalidade de seguro será sempre o
educando, ainda que representado ou assistido, na forma da lei.

O plano de Seguro Educacional poderá ser estruturado com quaisquer


coberturas de risco, sendo que, quando o educando for responsável pelo
pagamento das mensalidades escolares, não poderão ser oferecidas coberturas
para risco que impeçam o educando de estudar.

UNIDADE 2 43
O pagamento da indenização relativo às coberturas de perda de renda e por
invalidez temporária fica limitado ao período estabelecido nas condições
contratuais, havendo reintegração do capital segurado após o retorno às
atividades laborativas, no caso de perda de renda; ou após alta médica
definitiva, no caso de invalidez temporária.

O capital segurado deve ser estabelecido para auxiliar o pagamento das


mensalidades e, opcional ou adicionalmente, de outras despesas escolares,
facultando-se, ainda, o estabelecimento de um valor a ser pago ao final do
2o ou 3o graus como apoio e incentivo à iniciação profissional.

O pagamento da indenização poderá ser contratado de forma mensal,


bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral ou anual.

O pagamento de indenização de forma única só pode ocorrer nos


seguintes casos:

Atenção 1) quando o capital segurado se restringir ao último ano letivo do período


O pagamento periódico da indenização
referente, exclusivamente, às mensalidades contratado;
escolares pode ser realizado diretamente 2) quando o pagamento da indenização se referir:
ao estabelecimento de ensino, desde que a. à Invalidez do educando;
haja prévia anuência do responsável pelo
educando, ou deste último quando maior, b. à concessão de um dote ao final do período de formação; e
a ser firmada periodicamente. c. às despesas escolares do ano de referência.
A periodicidade do pagamento da
indenização e da anuência a que se refere É facultada a previsão contratual de suspensão do pagamento da indenização
o caput deve ser, no máximo, semestral. decorrente de descontinuidade dos estudos, sem perda de direito dos valores
indenizáveis e de sua respectiva atualização monetária, uma vez caracterizado
o evento coberto.

SEGURO PRESTAMISTA
O Seguro Prestamista objetiva o pagamento de prestações ou a quitação do
saldo devedor da compra de bens adquiridos pelo segurado ou da tomada de
empréstimos por ele realizada. Esse seguro se configura como uma proteção
financeira para empresas que vendem a crédito, bem como ao segurado que
fica livre da responsabilidade em caso de sinistro.

Nos Seguros Prestamistas, o primeiro beneficiário será sempre o Estipulante,


pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso, devendo a diferença que
ultrapassá-lo, quando for o caso, ser paga a um dos beneficiários indicados
pelo segurado, ao próprio segurado ou a seus herdeiros legais.

É comum a contratação dos seguros prestamistas, contendo as coberturas


de Morte, Invalidez por Acidente e/ou Doença. Eventualmente, a cobertura de
Perda de Renda também pode ser contratada, em que pese elevar
significativamente os prêmios cobrados.

44 SEGUROS DE PESSOAS
CAPITAL SEGURADO Importante
Considera-se como data do evento, para
Entende-se como capital segurado o valor máximo para a cobertura contratada efeito de determinação do capital segurado,
a ser pago ou reembolsado pela seguradora, no caso de ocorrência de sinistro quando da liquidação dos sinistros:

coberto pela apólice, vigente na data do evento. 1) para as cober turas de acidentes
pessoais: a data do acidente;
Nos planos coletivos, para cada grupo pode haver uma ou mais classes de 2) para a cobertura de risco por invalidez,
não consequente de acidente: a data
capitais segurados, devendo a respectiva escala ser fixada em função de indicada na declaração médica; e
fatores objetivos, como: 3) para as demais coberturas de risco: a
data da ocorrência do evento coberto,
conforme definido nas condições gerais
• uniforme – os capitais segurados são iguais para todos os componentes
e/ou especiais, ressalvado o disposto
do grupo segurado; nos itens 1 e 2 acima.

• múltiplo salarial – os capitais segurados são múltiplos do salário do


componente principal;

• escalonado – os capitais segurados acompanham um determinado critério


preestabelecido em função da idade e salário, por exemplo; e

• global – os capitais segurados referentes a cada componente sofrem


variações decorrentes de mudanças na composição do grupo segurado.

O capital segurado para a cobertura de despesas médicas, hospitalares e


odontológicas representa o limite máximo de reembolso pelo mesmo evento.

No caso de invalidez parcial por acidente, a reintegração do capital segurado é


automática após cada sinistro, geralmente sem cobrança de prêmio adicional.

Exemplo

Um segurado tem um capital segurado de R$ 100.000,00 e sofre um


acidente, no qual perde totalmente o uso de uma das mãos, recebendo
60% de indenização. Seu capital segurado, no entanto, é reintegrado,
ou seja, volta a ser de R$ 100.000,00. Se tiver novo acidente, terá
direito à nova indenização.

A reintegração se dá porque cada acidente é um evento aleatório,


independente do anterior. Todavia, se for comprovada a Invalidez
Permanente Total, não há reintegração. A indenização é paga e o
segurado é excluído do grupo.

Se, depois de paga a indenização por invalidez permanente por acidente,


verificar-se a morte do segurado em consequência do mesmo acidente, a
importância já paga por invalidez permanente deve ser deduzida do valor do
capital segurado por morte, se contratada esta cobertura.

A aceitação, pela seguradora, de estabelecimento de capital segurado superior


ao respectivo limite de retenção acarretará na observância de tal valor para
efeito de pagamento da indenização, independentemente das penalidades
cabíveis no caso de não repasse do valor excedente ao referido limite.

UNIDADE 2 45
Nos seguros em que o segurado seja responsável pelo custeio do plano, total
ou parcialmente, é vedada a redução, por parte da seguradora, do valor do
capital segurado contratado sem a devida solicitação expressa do segurado.

VIGÊNCIA
O início de vigência é a data a partir da qual as coberturas de risco propostas
serão garantidas pela seguradora. A vigência de um plano com cobertura de
risco é normalmente de um ano, sendo facultada a contratação por período
diferente (dias, meses, anos, vitalício).

Deverão ser especificados nas apólices, nos certificados individuais e nas


Importante propostas o início e o final de vigência das coberturas contratadas, sendo
Respeitado o período correspondente que o início e o término de vigência ocorrerá sempre às 24 horas das datas
ao prêmio pago, a cobertura de cada
segurado cessa, automaticamente, no
neles indicadas.
final do prazo de vigência da apólice, se
esta não for renovada. Para as propostas que tenham sido recepcionadas sem pagamento de prêmio,
o início de vigência da cobertura deverá coincidir com a data de aceitação
No caso de não renovação da apólice
coletiva, as condições contratuais deverão da proposta ou com data distinta, desde que expressamente acordada entre
ter sua vigência estendida, pelo estipulante as partes.
e pela seguradora, até a extinção de todos
os riscos cobertos relativos aos prêmios
já pagos. Em contrapartida, para as propostas que tenham sido recepcionadas com
adiantamento de valor para futuro pagamento parcial ou total do prêmio, o
início de vigência da cobertura será a partir da data de recepção da proposta
pela seguradora.

CARÊNCIA
Entende-se como prazo de carência o período, contado a partir da data
de início de vigência do seguro ou do aumento do capital segurado ou da
recondução, no caso de suspensão, aquele em que, na ocorrência do sinistro,
o segurado ou os beneficiários não terão direito à percepção dos capitais
segurados contratados.

Os planos com cobertura de risco poderão estabelecer prazo de carência,


devendo ser respeitado o limite máximo de 2 anos.

O prazo de carência, exceto no caso de suicídio ou de sua tentativa, não


Importante poderá exceder metade do prazo de vigência previsto pela apólice, no caso de
Em caso de renovação de apólice não contratação individual, ou pelo certificado, no caso de contratação coletiva.
será iniciado novo prazo de carência.
A carência poderá, a critério da seguradora, ser reduzida ou substituída por
Para sinistros decorrentes de Acidentes
Pessoais, não poderá ser estabelecido declaração pessoal de saúde ou de atividade e/ou exame médico.
prazo de carência, exceto no caso de
suicídio ou de sua tentativa, quando O prazo de carência, quando previsto pelo plano de seguro, deverá:
o referido período corresponderá a 2
anos ininterruptos, contados da data de
contratação ou de adesão ao seguro, ou 1) no caso de planos individuais: ser fixado na proposta de contratação,
de sua recondução depois de suspenso. condições gerais e nota técnica atuarial; e
2) no caso de planos coletivos: ser fixado no contrato, na proposta de
No caso de migração de apólices, não será
reiniciada a contagem de novo prazo de contratação e na proposta de adesão, com expressa menção de sua
carência para segurados já incluídos no existência nas condições gerais e na nota técnica atuarial.
seguro pela apólice anterior, em relação
às coberturas e aos respectivos valores já
contratados. O prazo de carência poderá ser aplicado aos aumentos de capital segurado solicitados
após o início de vigência, desde que assim conste das condições gerais.

46 SEGUROS DE PESSOAS
CESSAÇÃO DE COBERTURA
Respeitado o período correspondente ao prêmio pago, a cobertura de cada
segurado cessa, automaticamente, no final do prazo de vigência da apólice,
se esta não for renovada.

Na hipótese de o segurado, seus prepostos ou seus beneficiários agirem com


dolo, fraude ou simulação na contratação do seguro ou durante sua vigência,
ou ainda para obter ou para majorar a indenização, dá-se, automaticamente,
a caducidade do seguro, sem restituição dos prêmios, ficando a seguradora
isenta de qualquer responsabilidade.

Respeitado o período correspondente ao prêmio pago, a cobertura do


segurado principal cessa, ainda:

• com o desaparecimento do vínculo entre o segurado principal e o estipulante,


nos planos coletivos; e

• quando o segurado solicitar sua exclusão da apólice ou quando deixar


de contribuir com sua parte no prêmio.

Além das situações mencionadas acima e de outras previstas nas condições


gerais e/ou especiais dos planos, a cobertura de cada segurado dependente
cessa:

• se for cancelada a respectiva cláusula suplementar;


• com o cancelamento do seguro do segurado principal;
• com a morte do segurado principal;
• no caso de cessação da condição de dependente; e
• a pedido do segurado principal, na hipótese de inclusão facultativa do
segurado dependente.

CARREGAMENTO
Para fazer face às despesas administrativas e de comercialização, pode-se
estabelecer a cobrança de carregamento sobre os prêmios comerciais, sendo
vedada a cobrança de inscrição ou quaisquer outros encargos ou comissões
adicionais incidentes sobre os valores dos prêmios.

Para as coberturas de risco, o critério e a forma de cobrança do carregamento


deverão constar da nota técnica atuarial, não havendo limite percentual.

PERDA DE DIREITOS
Das condições gerais dos planos, deverá constar que o segurado perderá o
direito à indenização se agravar intencionalmente o risco.

Nas condições gerais e na proposta, deverá constar informação de que se o


segurado, seu representante legal ou seu corretor de seguros fizerem declarações
inexatas ou omitirem circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta
ou no valor do prêmio, ficará prejudicado o direito à indenização, além de estar
o segurado obrigado ao pagamento do prêmio vencido.

UNIDADE 2 47
Entretanto, deve ficar claro que se a inexatidão ou a omissão nas declarações
não resultar de má-fé do segurado, a seguradora poderá:

1) na hipótese de não ocorrência do sinistro:


• cancelar o plano, retendo, do prêmio originalmente pactuado, a parcela
proporcional ao tempo decorrido; ou
• mediante acordo entre as partes, permitir a continuidade do plano,
cobrando a diferença de prêmio cabível ou restringindo a cobertura
contratada.

2) na hipótese de ocorrência de sinistro com pagamento parcial do


capital segurado:
• cancelar o seguro, após o pagamento da indenização, retendo, do
prêmio originalmente pactuado, acrescido da diferença cabível, a
parcela calculada proporcionalmente ao tempo decorrido; ou
• mediante acordo entre as partes, permitir a continuidade do seguro,
cobrando a diferença de prêmio cabível ou deduzindo-a do valor a
ser pago ao segurado ou ao beneficiário, ou restringindo a cobertura
contratada para riscos futuros.

3) na hipótese de ocorrência de sinistro com pagamento integral do


capital segurado:
• cancelar o seguro, após o pagamento da indenização, deduzindo, do
valor a ser indenizado, a diferença de prêmio cabível, efetuando o
pagamento e deduzindo do seu valor a diferença de prêmio cabível.

Deverá, também, constar das condições gerais do plano de seguro que o


segurado é obrigado a comunicar à seguradora, logo que saiba, qualquer fato
suscetível de agravar o risco coberto, sob pena de perder o direito à cobertura,
se ficar comprovado que silenciou de má-fé.

Nesses casos, a seguradora, desde que o faça nos 15 dias seguintes ao


recebimento do aviso de agravação do risco, poderá dar ciência ao segurado,
por escrito, de sua decisão de cancelar o seguro ou, mediante acordo
entre as partes, restringir a cobertura contratada ou cobrar a diferença de
prêmio cabível, sendo que o cancelamento do plano só será eficaz 30 dias
após a notificação, devendo ser restituída a diferença do prêmio, calculada
proporcionalmente ao período a decorrer.

CANCELAMENTO E REABILITAÇÃO
DA APÓLICE
O contrato de seguro pode ser rescindido a qualquer tempo mediante acordo
entre as partes contratantes, devendo ser observada, no caso dos planos
coletivos, a anuência prévia e expressa de segurados que representem, no
mínimo, 3/4 do grupo segurado.

As apólices não poderão ser canceladas durante a vigência, pela seguradora,


sob a alegação de alteração da natureza dos riscos.

48 SEGUROS DE PESSOAS
O não pagamento do prêmio, por parte do segurado ou estipulante, nos prazos
estipulados nas condições contratuais poderá acarretar o cancelamento da
apólice ou do certificado individual, a partir do primeiro dia de vigência
do período de cobertura a que se referir a cobrança.

No caso de não ocorrer o cancelamento imediato da apólice ou do certificado


individual, por inadimplência do segurado ou do estipulante, deverá ser
adotada uma das seguintes hipóteses pela seguradora:

• prazo de tolerância – cobertura dos sinistros ocorridos durante o período de


inadimplência, com a consequente cobrança do prêmio devido ou, quando
for o caso, seu abatimento da indenização paga ao(s) beneficiário(s); ou

• prazo de suspensão – não cobertura dos sinistros ocorridos durante o


período de inadimplência, sendo vedada cobrança dos prêmios referentes
a esse período.

Os prazos de tolerância e/ou suspensão tratados acima deverão estar


especificados nas condições gerais do plano.

As condições gerais poderão prever a reabilitação da apólice ou do certificado


individual a partir das 24 horas da data em que o segurado ou o estipulante
retomarem o pagamento do prêmio. Nesta hipótese, a seguradora responde
por todos os sinistros ocorridos a partir de então.

No caso de seguros com cobrança de prêmio postecipada, a reabilitação se dá


com o pagamento dos valores referentes ao período em que houve cobertura,
na forma estabelecida nas condições gerais.

As regras de inadimplência e de reabilitação dispostas acima não se aplicam


aos casos de prêmio fracionado, pois, se configurada a falta de pagamento
de qualquer uma das parcelas subsequentes à primeira, o prazo de vigência da
cobertura será ajustado em função do prêmio efetivamente pago, observada,
no mínimo, a fração prevista na tabela de prazo curto existente no plano.

A seguradora deverá informar ao segurado ou ao seu representante, por meio


de comunicação escrita, o novo prazo de vigência, ajustado nos termos da
tabela de prazo curto.

Restabelecido o pagamento do prêmio das parcelas ajustadas, acrescidas dos


encargos contratualmente previstos, dentro do novo prazo de vigência da
cobertura, ficará, automaticamente, restaurado o prazo de vigência original
da apólice.

Findo o novo prazo de vigência da cobertura, sem que tenha sido retomado o
pagamento do prêmio, dar-se-á, de pleno direito, o cancelamento do contrato
de seguro, desde que haja expressa previsão contratual nesse sentido.

No caso de fracionamento em que a aplicação da tabela de prazo curto não resultar Importante
em alteração do prazo de vigência da cobertura, a seguradora poderá cancelar O custeio do prêmio sob a forma mensal não
o contrato ou suspender sua vigência, sendo vedada a cobrança de prêmio pelo é considerado fracionamento de prêmio.

período de sua suspensão, em caso de restabelecimento do contrato.

UNIDADE 2 49
RENOVAÇÃO DA APÓLICE
A renovação automática do plano, desde que haja previsão expressa em
suas condições gerais do plano, só poderá ocorrer uma única vez, e por igual
período, devendo as renovações posteriores serem feitas, obrigatoriamente,
de forma expressa.

A renovação automática não se aplica aos segurados, nos planos individuais,


e estipulantes, nos planos coletivos, ou à seguradora que comunicarem o
desinteresse na continuidade do plano, mediante aviso prévio de, no mínimo,
60 dias que antecedam o final da vigência da apólice.

A renovação expressa poderá ser efetivada quantas vezes se fizer necessária,


se realizada pelo estipulante nos seguros coletivos, e desde que não implique
ônus, ou dever para os segurados ou redução de seus direitos, bem como
pelo próprio segurado, em se tratando de seguros individuais.

Caso haja, na renovação, alteração da apólice que implique ônus ou dever


aos segurados, ou a redução de seus direitos, deverá haver anuência prévia e
expressa de, pelo menos, 3/4 do grupo segurado.

Nas renovações expressas, caso a seguradora não tenha interesse em renovar a


apólice, deverá comunicar aos segurados e ao estipulante, mediante aviso prévio
de, no mínimo, 60 dias que antecedam o final de vigência da apólice.

RISCOS EXCLUÍDOS
Os planos possuem níveis distintos de exclusão. Por esse motivo, é imprescindível
a leitura atenta das condições gerais do plano a ser contratado.

Na relação dos riscos excluídos, deverão constar os danos causados por


atos ilícitos dolosos praticados pelo segurado, pelo beneficiário ou pelo
representante, de um ou de outro.

Nos seguros contratados por pessoas jurídicas, deverão ser excluídos,


além dos citados acima, os danos causados por atos ilícitos dolosos
praticados por seus sócios controladores, dirigentes e administradores,
pelos beneficiários e pelos respectivos representantes.

Não pode ser estipulada, entre as partes, cláusula que exclua o suicídio ou
a sua tentativa, após os primeiros 2 anos de vigência inicial do contrato ou da
sua recondução depois de suspenso.

Caso as condições gerais e/ou especiais excluam doença preexistente das


coberturas do seguro, esta deverá ser definida como doença de conhecimento
do segurado e não declarada na proposta de contratação ou, no caso de
contratação coletiva, na proposta de adesão.

50 SEGUROS DE PESSOAS
Usualmente, não estão cobertos pelo Seguro de Acidentes Pessoais os riscos
decorrentes de: Atenção
De acordo com o art. 799 do Código
Civil, é vedada a exclusão de morte ou
• atos ou operações de guerra, com ou sem declaração formal, guerra de incapacidade do segurado quando
química ou bacteriológica, guerra civil, guerrilha, revolução, agitação, provier da utilização de meio de transporte
motim, revolta ou outras perturbações da ordem pública e delas mais arriscado, da prestação de serviço
militar, da prática de esporte ou de atos de
decorrentes, exceto a prestação de serviço militar ou atos de humanidade humanidade em auxílio de outrem.
em auxílio de outrem;
É permitida a ampliação ou a extensão
de cober tura a riscos de acidentes
• quaisquer alterações mentais consequentes, direta ou indiretamente, do pessoais excluídos e/ou não previstos
uso de álcool, drogas, entorpecentes ou substâncias tóxicas; nas disposições normativas, mediante
a elaboração de planos específicos e a
cobrança adicional de prêmio, fi cando
esta emissão condicionada à aceitação
• uso de material nuclear para quaisquer fins, incluindo a explosão nuclear
prévia de resseguro, sempre que houver
provocada ou não, bem como a contaminação radioativa ou a exposição excedente a ressegurar.
a radiações nucleares ou ionizantes;

• furacões, ciclones, terremotos, maremotos, erupções vulcânicas e outras


convulsões da natureza;

• ato reconhecidamente perigoso que não seja motivado por necessidade


justificada, exceto prática de esporte e utilização de meio de transporte
mais arriscado;

• prática, por parte do segurado, do beneficiário ou do representante legal


de um ou de outro, de atos ilícitos ou contrários à lei;

• perturbações e intoxicações alimentares de qualquer espécie, bem como


intoxicações decorrentes da ação de produtos químicos, drogas ou
medicamentos, salvo quando prescritos por médico, em decorrência de
acidente coberto; e

• suicídio ou tentativa de suicídio, ocorrida nos primeiros 2 anos contados


a partir do início de vigência do seguro, ou de sua recondução depois
de suspenso.

DISTRIBUIÇÃO DE EXCEDENTE
TÉCNICO
Exclusivamente nos planos coletivos, poderá ser adotada cláusula de
excedente técnico estabelecendo as condições de distribuição, ao estipulante
e/ou aos segurados do grupo, dos resultados técnicos da apólice.

Consideram-se como receitas, para fins de apuração dos resultados técnicos,


no mínimo:

• prêmios de competência correspondentes ao período de vigência da apólice


efetivamente pagos; e

• estorno de sinistros computados em períodos anteriores e, definitivamente,


não devidos.

UNIDADE 2 51
São despesas mínimas para os fins de apuração dos resultados técnicos:

• comissões de corretagem pagas durante o período;

• comissões de administração pagas durante o período;

• valor total dos sinistros ocorridos em qualquer época e ainda não


considerados até o fim do período de apuração, computando-se de uma
só vez os sinistros com pagamento parcelado;

• saldos negativos dos períodos anteriores, ainda não compensados; e

• despesas efetivas de administração, acordadas com o estipulante.

As receitas e as despesas devem ser atualizadas monetariamente desde:

• o respectivo pagamento, para prêmios e comissões;

• o aviso à seguradora, para os sinistros;

• a respectiva apuração, para os saldos negativos anteriores;

• as datas em que incorreram, para as despesas de administração; e

• outras datas estabelecidas na cláusula de excedente técnico, para receitas


ou despesas não previstas no rol mínimo descrito acima.

A apuração do resultado técnico deve ser atualizada, monetariamente,


desde o término do período de apuração determinado no contrato até a
data da distribuição do excedente técnico, destinando-se aos segurados e/ou
estipulante um percentual do resultado apurado, estabelecido no contrato.

A distribuição de excedentes técnicos deve ser realizada após o término do


prazo previsto no contrato, depois de pagas todas as faturas do período e
no prazo máximo de 60 dias a contar da última quitação, vedado qualquer
adiantamento a título de resultados técnicos.

Nos seguros, parcial ou totalmente contributários, o excedente técnico a


ser distribuído deve ser, respectivamente, proporcional ou integralmente
destinado ao segurado, podendo ainda ser revertido em benefícios ao
grupo segurado, na forma estabelecida na cláusula de excedente técnico.
Nesses casos, deverá ser incluída, no certificado individual, a informação de
que o segurado tem direito ao excedente técnico.

52 SEGUROS DE PESSOAS
FORMA DE PAGAMENTO Atenção
DA INDENIZAÇÃO O plano de seguro poderá admitir a
hipótese de substituição do pagamento
da indenização em dinheiro por
A indenização pode ser paga de uma única vez (capital) ou sob a forma de pagamento em bens ou serviços, desde
que expressamente solicitada pelo
renda. De modo geral, o critério é estabelecido pelo segurado, na contratação segurado ou beneficiários.
do plano pelo segurado. Entretanto, existe a possibilidade de que seja dada a
opção, ao beneficiário, da escolha do critério, no que diz respeito ao recebimento
do capital segurado.

No que se refere às rendas, elas podem ser pagas nas formas mensal, trimestral,
quadrimestral, semestral ou anual, sendo a forma mensal a mais comum.

As rendas, também chamadas de anuidades, designam uma sucessão de


pagamentos feitos em intervalos regulares, e podem ser classificadas em:

• vitalícias – caracterizadas pelo pagamento enquanto o segurado ou


beneficiário sobreviver; e

• temporárias – caracterizadas pelo pagamento durante um período de


tempo predeterminado em contrato.

Além dessa classificação, essas rendas ainda podem ser:

• renda certa – trata-se de uma renda, exclusivamente, financeira,


independentemente da sobrevivência ou não do beneficiário. É considerada
certa porque é paga durante um prazo previamente acordado e
determinado.

Exemplo

Suponha um plano com cobertura de morte por qualquer causa,


sendo a indenização paga ao beneficiário indicado pelo segurado por
60 meses (prazo certo).

Dessa forma, o compromisso da seguradora é pagar ao beneficiário


indicado pelo segurado a indenização a que este tem direito pelo
período de 60 meses. Caso o beneficiário venha a falecer antes de
completado o prazo de 60 meses, seus beneficiários terão direito a
continuar a receber a indenização pelo prazo que estiver faltando para
completar o prazo certo. Inexistindo beneficiários remanescentes, a
indenização será paga aos sucessores legítimos, observada a legislação
vigente, até o término do prazo certo contratado. Nesse caso, findos
os 60 meses, extingue-se a indenização.

UNIDADE 2 53
• renda aleatória – trata-se de uma renda atuarial, pois considera a
probabilidade de morte do beneficiário.

Exemplo

Suponha agora um plano com cobertura de morte natural, sendo a


indenização paga ao beneficiário indicado pelo segurado enquanto
estiver vivo.

Dessa forma, o compromisso da seguradora é pagar ao beneficiário


indicado pelo segurado a indenização a que este tem direito enquanto
ele sobreviver. Quando ocorrer a morte do beneficiário, o compromisso
da seguradora termina.

É importante destacar que esses contratos têm sua estrutura técnica


diferenciada. Assim, não caberá ao consumidor que contrata um seguro
estruturado sob a forma de renda aleatória pleitear cobertura similar à
daqueles que contrataram uma renda certa. Os direitos serão diversos.

Outro aspecto a ser observado é o de que as rendas vitalícias são aleatórias


(pois não se sabe quando o beneficiário falecerá), enquanto as rendas
temporárias podem ser tanto aleatórias quanto certas.

54 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 2

[1] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas
cujo evento gerador não seja a sobrevivência do segurado a uma data
predeterminada.
(b) A denominação de qualquer plano de Seguro de Vida está condicionada,
sempre, ao oferecimento da cobertura por sobrevivência.
(c) Na formalização da contratação de um plano de Seguros de Pessoas
com cobertura de risco, são utilizados os seguintes instrumentos
contratuais: apólice e certificado individual.
(d) A seguradora pode rejeitar um proponente, de acordo com o Código
Civil, pela única razão de ser portador de deficiência, sem configurar
discriminação.
(e) É facultada a inclusão, nas condições contratuais, de cláusula de
concorrência de apólices.

[2] Sobre a contratação das coberturas de risco, podemos afirmar que:

(a) O preenchimento de proposta de adesão não é obrigatório.


(b) O preenchimento de proposta de adesão não é obrigatório no caso
de Seguros de Pessoas com capital global e contratação sob a forma
de bilhete.
(c) Na contratação de um plano coletivo, quem assina a proposta de
contratação é o segurado.
(d) O certificado individual é o documento destinado ao segurado, emitido
pela seguradora no caso de contratação individual.
(e) É obrigatória a emissão e o envio ao segurado do certificado individual,
pela seguradora, somente no início do seguro.

[3] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O período de cobertura das coberturas de risco somente pode ser


temporário.
(b) A taxa pura das coberturas de risco tem de ser diferenciada por idade
ou faixa etária, não havendo a possibilidade de ser única para todo
o grupo.
(c) O cálculo do valor do prêmio, realizado pelos subscritores, não leva
em consideração o perfil do proponente ou do segurado, bem como
da cobertura contratada.
(d) O período de cobertura pode ser vitalício ou indeterminado.
(e) Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, deverá
ser estabelecido, nas Condições Gerais, que os prêmios serão alterados
de acordo com a faixa etária do segurado.

FIXANDO CONCEITOS 2 55
Fixando Conceitos 2

[4] Sobre as coberturas dos Seguros de Pessoas, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) As coberturas não podem ser divididas em básicas e adicionais.
(b) Os planos não podem oferecer, juntas, as coberturas de morte natural
e diárias de incapacidade temporária.
(c) A invalidez funcional permanente total por doença é aquela para a
qual não se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os recursos
terapêuticos disponíveis no momento de sua constatação, para a
atividade laborativa principal do segurado.
(d) Não podem figurar como segurados da cobertura de invalidez
laborativa permanente por doença as pessoas que não exerçam
qualquer atividade laborativa, sendo vedados o oferecimento e a
cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.
(e) Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização deve
ser paga, sempre, sob a forma de renda certa, temporária ou vitalícia,
em prestações mensais, iguais e sucessivas.

[5] Sobre a cobertura de invalidez e suas características, podemos afirmar que:

(a) O objetivo da cobertura de invalidez laborativa permanente total por


doença é garantir o pagamento de indenização em caso de invalidez
consequente de doença que cause a perda da existência independente
do segurado.
(b) É possível o oferecimento de cobertura em que o pagamento da
indenização esteja condicionado à impossibilidade do exercício, pelo
segurado, de toda e qualquer atividade laborativa.
(c) Os casos de invalidez permanente por doença devem ser comprovados
através de declaração médica.
(d) A aposentadoria por invalidez concedida por instituições oficiais de
Previdência caracteriza, por si só, o estado de invalidez permanente.
(e) O prazo para a constituição de eventual Junta Médica será de, no
máximo, 30 dias a contar da data da indicação do membro nomeado
pelo segurado.

56 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 2

[6] Sobre as coberturas relacionadas a acidentes pessoais, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) As coberturas de acidentes pessoais são somente: morte acidental,
invalidez permanente total ou parcial por acidentes, e despesas
médicas, hospitalares e odontológicas.
(b) Não cabe ao segurado a livre escolha dos prestadores dos serviços
médico-hospitalares e odontológicos.
(c) A cobertura de despesas médicas, hospitalares e odontológicas tem
por objetivo garantir o reembolso, limitado ao capital segurado, das
despesas efetuadas pelo segurado para o tratamento das consequências
de acidente coberto, iniciado, sob orientação médica, nos 30 primeiros
dias contados da data do acidente.
(d) As indenizações pagáveis por morte e por invalidez permanente total
ou parcial por acidente são cumulativas.
(e) Quando a indicação médica sobre a extensão das lesões for
estabelecida em termos de grau máximo, médio ou mínimo, sem
a indicação exata do grau de redução funcional apresentado,
a indenização será calculada, respectivamente, com base nas
seguintes percentagens: 75%, 50% e 30%.

[7] Sobre as coberturas relacionadas a acidentes pessoais, podemos afirmar que:

(a) Para fins de ressarcimento, parcial ou total, das despesas médico-


hospitalares efetuadas, são exigidos comprovantes originais e relatórios
do médico assistente, não sendo ressarcidas as despesas cobertas
efetuadas no exterior.
(b) As seguradoras estão autorizadas a estabelecer acordos ou convênios
com prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos, a
fim de facilitar a prestação da assistência ao segurado, mas preservando
sempre a livre escolha que ele venha a fazer fora daquela rede.
(c) Não é possível a contratação da cláusula prevendo franquia dedutível
do total a reembolsar, com redução da taxa, para a cobertura de
despesas médicas, hospitalares e odontológicas.
(d) O Seguro Viagem somente pode oferecer coberturas de morte
acidental e/ou invalidez permanente total ou parcial por acidente.
(e) As coberturas relacionadas a acidentes pessoais somente podem ser
oferecidas em um plano de Seguro de Acidentes Pessoais.

FIXANDO CONCEITOS 2 57
Fixando Conceitos 2

[8] Marque a alternativa correta:


Anotações:
(a) As coberturas de Diárias por Incapacidade (DI) e Diárias por Internação
Hospitalar (DIH) podem ser decorrentes de acidente pessoal ou não.
(b) Não é garantida a livre escolha dos prestadores de serviço pelos
beneficiários, com o respectivo reembolso das despesas efetuadas na
cobertura de auxílio funeral, quando a seguradora oferecer a alternativa
de prestação de serviços.
(c) Não existe diferença entre assistência funeral e o Seguro Auxílio
Funeral.
(d) Na assistência funeral, existe sempre a opção de livre escolha.
(e) Na assistência funeral, os serviços de funeral são prestados diretamente
pela seguradora.

[9] Sobre a possibilidade de inclusão dos filhos e cônjuge, podemos afirmar que:

(a) Nos planos contratados sob a forma coletiva, podem ser admitidos
somente o cônjuge e os filhos como segurados dependentes.
(b) A inclusão do cônjuge e dos filhos pode ser feita da forma automática
ou facultativa.
(c) O capital segurado do cônjuge pode ser superior a 100% do capital
segurado do respectivo segurado principal.
(d) Na hipótese de comoriência, somente os capitais segurados referentes
às coberturas do segurado principal devem ser pagos.
(e) Nos planos coletivos, quando ambos os cônjuges forem segurados
principais do mesmo grupo segurado, os filhos podem ser incluídos
uma única vez como dependentes daquele de menor capital
segurado.

[10] Sobre o Seguro Educacional, podemos afirmar que:

(a) O Seguro Educacional tem por objetivo quitar as despesas com


educação do beneficiário, em razão da ocorrência dos eventos
cobertos.
(b) Os Seguros de Acidentes Pessoais que visem, exclusivamente, a
cobertura de acidentes dos educandos, durante a permanência no
estabelecimento de ensino ou no seu trajeto, incluem-se na modalidade
educacional.
(c) Quando o educando for responsável pelo pagamento das mensalidades
escolares, pode ser oferecida a cobertura de morte natural.
(d) O pagamento periódico da indenização referente, exclusivamente,
às mensalidades escolares pode ser realizado diretamente ao
estabelecimento de ensino, desde que haja prévia anuência do
responsável pelo educando, ou deste último quando maior, a ser
firmada periodicamente.
(e) O Seguro Educacional não pode prever o pagamento da indenização
de forma única.

58 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 2

[11] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) O Seguro Prestamista somente pode prever a cobertura de morte.
(b) Os capitais segurados dos componentes dependentes podem ser
superiores aos do respectivo componente principal.
(c) Se, depois de paga a indenização por invalidez permanente por
acidente, verificar-se a morte do segurado em consequência do mesmo
acidente, a importância já paga por invalidez permanente não deve
ser deduzida do valor do capital segurado por morte, se contratada
esta cobertura.
(d) A aceitação, pela seguradora, de estabelecimento de capital segurado
superior ao respectivo limite de retenção não acarretará na observância
de tal valor para efeito de pagamento da indenização.
(e) O primeiro beneficiário do Seguro Prestamista é o próprio estipulante,
pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso.

[12] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Respeitado o período correspondente ao prêmio pago, a cobertura de


cada segurado cessa, automaticamente, no final do prazo de vigência
da apólice, se esta não for renovada.
(b) O plano com cobertura de risco poderá estabelecer prazo de carência,
devendo ser respeitado o limite de 3 anos.
(c) O prazo de carência não poderá ser aplicado aos aumentos de capital
segurado solicitados após o início de vigência.
(d) A carência não poderá ser reduzida ou substituída por declaração
pessoal de saúde ou de atividade e/ou exame médico.
(e) Em caso de renovação de apólice, será iniciado novo prazo de
carência.

[13] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O segurado é obrigado a comunicar à seguradora, logo que saiba,


qualquer fato suscetível de agravar o risco coberto, sob pena de perder
o direito à cobertura, se ficar comprovado que silenciou de má-fé.
(b) O contrato de seguro pode ser rescindido a qualquer tempo mediante
acordo entre as partes contratantes, devendo ser observado, no caso
dos seguros coletivos, a anuência prévia e expressa de segurados que
representem, no máximo, 3/4 do grupo segurado.
(c) As apólices poderão ser canceladas pela seguradora, durante a vigência,
caso haja alteração da natureza dos riscos.
(d) O não pagamento do prêmio, por parte do segurado ou estipulante,
nos prazos estipulados nas condições contratuais não poderá acarretar
o cancelamento da apólice ou do certificado individual.
(e) O custeio do plano sob a forma mensal é considerado fracionamento
do prêmio.

FIXANDO CONCEITOS 2 59
Fixando Conceitos 2

[14] Sobre a renovação, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) A renovação automática não se aplica aos segurados, nos planos
individuais, e estipulantes, nos planos coletivos, ou à seguradora que
comunicarem o desinteresse na continuidade do plano, mediante aviso
prévio de, no mínimo, 30 dias que antecedam o final da vigência da
apólice.
(b) Na renovação não há necessidade de haver anuência prévia e expressa de,
pelo menos, 3/4 do grupo segurado, mesmo que a alteração da apólice
implique ônus ou dever aos segurados, ou a redução de seus direitos.
(c) A renovação expressa poderá ser efetivada quantas vezes se fizer
necessária, desde que realizada, pelo estipulante, nos seguros
coletivos, independentemente de haver ônus ou dever para os
segurados, ou redução de seus direitos, visto que o estipulante
representa os segurados nesses casos.
(d) A renovação automática do plano, desde que haja previsão expressa
nas condições gerais do plano, só poderá ocorrer uma única vez, e
por igual período, devendo as renovações posteriores serem feitas,
obrigatoriamente, de forma expressa.
(e) Nas renovações expressas, caso a seguradora não tenha interesse em
renovar a apólice, deverá comunicar aos segurados e ao estipulante,
mediante aviso prévio de, no mínimo, 30 dias que antecedam o final
de vigência da apólice.

[15] Sobre os riscos excluídos, podemos afirmar que:

(a) Os planos com coberturas de risco não possuem níveis distintos de


exclusão.
(b) Pode ser estipulada entre as partes cláusula que exclua o suicídio ou
sua tentativa, após os 2 primeiros anos de vigência inicial do contrato.
(c) É permitida a exclusão de morte ou de incapacidade do segurado
quando provier da utilização de meio de transporte mais arriscado.
(d) Não é permitida a ampliação ou a extensão de cobertura a riscos de
acidentes pessoais excluídos.
(e) Os riscos decorrentes de furacões e de ciclones, usualmente, não estão
cobertos pelo Seguro de Acidentes Pessoais.

60 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 2

[16] Sobre a distribuição de excedente técnico, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) A apuração do resultado técnico não está sujeita à atualização
monetária.
(b) Nos seguros contributários, o excedente técnico a ser distribuído
deve ser, respectivamente, proporcional ou integralmente destinado
ao segurado, podendo ainda ser revertido em benefícios ao grupo
segurado na forma estabelecida na cláusula de excedente técnico.
(c) Uma das receitas que devem ser consideradas na apuração dos
resultados técnicos é a comissão de corretagem paga no período.
(d) A distribuição de excedentes técnicos deve ser realizada após o término
do prazo previsto no contrato, depois de pagas todas as faturas do
período e no prazo máximo de 30 dias a contar da última quitação,
vedado qualquer adiantamento a título de resultados técnicos.
(e) A cláusula de excedente técnico poderá existir somente nos planos
contratados na forma individual.

[17] Sobre as formas de pagamento da indenização, podemos afirmar que:

(a) As indenizações referentes às coberturas de risco somente podem ser


pagas sob a forma de renda.
(b) Os planos não poderão admitir a hipótese de substituição do
pagamento da indenização em dinheiro por pagamento em bens ou
serviços.
(c) As rendas podem ser pagas sob a forma vitalícia.
(d) A renda certa é uma renda atuarial.
(e) A renda certa considera a probabilidade de morte do beneficiário.

FIXANDO CONCEITOS 2 61
62 SEGUROS DE PESSOAS
3
COBERTURA POR
SOBREVIVÊNCIA

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Explicar como os produtos de Seguros de Pessoas com cláusula de cobertura por Sobrevivência
passaram a ter um papel importante para a população brasileira.
• Diferenciar os oito tipos de planos de Seguros de Pessoas com cláusula de cobertura
por Sobrevivência.
• Descrever como funciona o VGBL durante a fase de acumulação de recursos.
• Listar e explicar as cinco modalidades de renda que podem ser oferecidas nos planos de Seguros
de Pessoas com cláusula de cobertura por Sobrevivência.
• Explicar como a tábua biométrica e a taxa de juros impactam no valor da renda a ser recebida
pelo segurado.
• Definir o percentual de carregamento e a forma de sua cobrança.
• Discutir as situações em que o segurado poderá pedir resgate e portabilidade.

UNIDADE 3 63
64 SEGUROS DE PESSOAS
E
sta unidade trata da cobertura por sobrevivência, bastante difundida
nos dias atuais pelo produto Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL.
Entretanto, até o início do ano de 2002, poucos eram os planos com
cobertura por sobrevivência comercializados pelas seguradoras.

A explicação para isso decorre, em grande parte, do processo inflacionário,


vivenciado pelo Brasil, ao longo da década de 1980 e primeira metade da
década de 1990, da ausência de regras claras e da falta de incentivos fiscais
adequados que pudessem atrair os consumidores.

Uma das principais premissas apontadas para o desenvolvimento dos


produtos de acumulação (o VGBL é um exemplo desses produtos) refere-se
ao desenvolvimento de políticas macroeconômicas que estimulam a poupança
de longo prazo, contribuindo para a estabilidade da oferta de produtos e,
consequentemente, para o crescimento do mercado.

A taxa de inflação tem impacto significativo sobre o setor de seguros e


foi um dos fatores mais atuantes na inibição do mercado brasileiro e de
outros países com cultura inflacionária. Verifica-se que a taxa de inflação
prejudica o mercado tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta.
No primeiro caso, tem-se a a deterioração da distribuição de renda, o que reduz
a massa de potenciais consumidores. Já pelo lado da oferta, as seguradoras
são prejudicadas à medida que a inflação confunde os ajustes contábeis e a
rentabilidade das reservas e dos planos atuariais.

A implantação do Plano Real, em julho de 1994, propiciou vários benefícios


macroeconômicos para o Brasil. Obteve-se o controle da inflação, o fim da
indexação e a estabilidade da moeda. Esses fatores propiciaram ao investidor
um maior horizonte de investimentos, uma vez que, em períodos de inflação
alta, não há razão nem ambiente favoráveis para investir no longo prazo.
A estabilidade trazida pelo Plano Real gerou a demanda por novos produtos
e serviços, o que abriu uma janela de oportunidades para as seguradoras no
que se refere à captação de poupanças privadas.

Com a regulamentação do Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL, do Plano


com Atualização Garantida e Performance – PAGP, do Plano com Remuneração
Garantida e Performance – PRGP, e dos critérios de apuração e de reversão
de resultados financeiros (excedentes), viu-se que uma parte da população
– aquela que usufruía do benefício fiscal concedido pelo Governo – estava
satisfatoriamente atendida. Entretanto, restava, ainda, desenvolver produtos
de acumulação destinados a atender um público-alvo amplo, abrangendo
assalariados e autônomos de todas as classes de renda, que podem ser
classificados, de modo geral, em três grandes grupos:

• um primeiro grupo – constituído pelos assalariados e trabalhadores


autônomos, isentos do imposto de renda que não alcançariam o benefício
fiscal previsto nos planos de Previdência Complementar.

• o segundo grupo – constituído pelos assalariados e trabalhadores


autônomos que apresentam a declaração de ajuste anual de imposto
de renda no modelo simplificado e, portanto, não podem usufruir dos
descontos da base de cálculo do imposto de renda.

UNIDADE 3 65
• o terceiro grupo – formado por trabalhadores – assalariados ou não – cuja
renda permite contribuições à poupança previdenciária em valor superior
ao limite de 12% do total dos rendimentos computados na determinação
da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos.

Vendo a existência de potenciais consumidores de produtos de acumulação,


a primeira providência da SUSEP foi propor à Secretaria da Receita Federal a
Observação estruturação de produtos de Previdência Complementar que diferissem apenas
O VGBL funciona exatamente da mesma na questão tributária. Entretanto, por uma questão de isonomia tributária,
forma que o PGBL. a Secretaria da Receita Federal, àquela época, entendeu que não poderia
O VAGP funciona exatamente da mesma ter dois tratamentos tributários diferenciados para planos de Previdência
forma que o PAGP. Complementar. Por isso, a SUSEP optou por regulamentar o Vida Gerador de
Benefício Livre – VGBL, o Vida com Atualização Garantida e Performance –
O VRGP funciona exatamente da mesma
forma que o PRGP. VAGP e o Vida com Remuneração Garantida e Performance – VRGP no Ramo
de Seguros de Pessoas com cobertura por sobrevivência. Esses produtos
funcionam exatamente como um plano de Previdência Complementar,
havendo diferenciação apenas no tratamento tributário e, consequentemente,
no público-alvo.

Importante

O Governo Federal teve um papel de destaque na regulamentação


dos planos com cobertura por sobrevivência, com a expedição dos
seguintes diplomas legais:

1) Decreto 3.633, de 18 de outubro de 2000, determinando a necessidade


de prévia autorização da SUSEP para a comercialização dos produtos
com cobertura por sobrevivência, visto tratar-se de produtos de
captação e de formação de poupança de médio e longo prazo;

2) Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, estabelecendo


tratamento fiscal específico, sem dedutibilidade dos prêmios pagos
pelas pessoas físicas e com tributação diferida, apenas sobre os
rendimentos obtidos; e

3) Decreto 3.819, de 21 de maio de 2001, fixando alíquota zero para


incidência de IOF sobre os prêmios pagos para custeio da cobertura
por sobrevivência.

CARACTERÍSTICAS DA
COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA
A cobertura por sobrevivência dos Seguros de Pessoas pode ser oferecida
isoladamente ou em conjunto com a cobertura (ou coberturas) de risco.
É sempre estruturada sob o regime financeiro de capitalização e tem por
finalidade o pagamento do capital segurado, de uma única vez ou sob forma
de renda, a pessoas físicas vinculadas, ou não, a um estipulante.

66 SEGUROS DE PESSOAS
Ressalvado o caso de concessão de renda imediata, adquirida mediante
pagamento único, o evento gerador do pagamento do capital segurado
nos planos com cobertura por sobrevivência é sempre a sobrevivência do
segurado ao período de diferimento contratualmente previsto.

A cobertura por sobrevivência poderá ser estruturada na modalidade de


contribuição variável (em que o valor e o prazo de pagamento de prêmios
podem ser definidos previamente, e o capital segurado, pagável de uma
única vez ou sob a forma de renda, por ocasião da sobrevivência do segurado
ao período de diferimento, e calculado com base no saldo acumulado da
respectiva PMBaC e no fator de cálculo) e na modalidade de benefício definido
(quando o capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de
renda e os respectivos prêmios são estabelecidos previamente na proposta).

A cobertura por sobrevivência poderá ser contratada de forma individual


ou coletiva. A contratação deverá ser efetivada por meio de proposta de
contratação e, no caso de plano coletivo, a adesão à apólice, pelos proponentes,
será precedida do preenchimento da respectiva proposta de adesão.

A contratação sob a forma coletiva, por pessoa física ou jurídica denominada


estipulante, destina-se a grupos de pessoas que a ela estejam vinculadas de
qualquer forma lícita, devendo o vínculo ser estabelecido em contrato.

No caso de contratação coletiva, o plano deverá estar disponível a todos os


componentes do grupo, que mantenham vínculo com o estipulante, sendo
a adesão facultativa, e podendo ser admitidos, como segurados do plano, o
cônjuge, o(a) companheiro(a), os filhos, os enteados e os menores considerados
dependentes econômicos do componente do grupo.

O regulamento e a nota técnica atuarial deverão prever a forma e o critério de


custeio (pagamento de prêmios pelos segurados e/ou pelo estipulante-instituidor).
O valor e a periodicidade do pagamento dos prêmios poderão ser previamente
fixados, ficando facultado às seguradoras estabelecer critérios objetivos no
regulamento do plano, limitando o valor máximo de aportes extraordinários,
vedando cláusulas que prevejam qualquer tipo de discricionariedade por
parte da seguradora e cujos efeitos não sejam claros e transparentes para
os segurados.

Ressalvado o disposto anteriormente, na modalidade de contribuição variável


fica facultado ao segurado pagar prêmios adicionais de qualquer valor.

Os planos, em função da cobertura por sobrevivência, podem ser:

1) Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) – caracteriza-se por, durante


o período de diferimento, a remuneração da PMBaC ser baseada
na rentabilidade da(s) carteira(s) de investimentos dos FIE’s, no(s)
qual(is) esteja(m) aplicado(s) os respectivos recursos, sem garantia de
remuneração mínima e de atualização de valores e sempre estruturado
na modalidade de contribuição variável sem reversão;

2) Vida com Remuneração Garantida e Performance (VRGP) – garante aos


segurados, durante o período de diferimento, remuneração por meio da
contratação de índice de atualização de valores e de taxa de juros, bem
como a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros;

UNIDADE 3 67
3) Vida com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização
Atenção (VRSA) – garante aos segurados, durante o período de diferimento,
O VRGP e o VAGP podem ser estruturados remuneração por meio da contratação de taxa de juros e a reversão, parcial
na modalidade de contribuição variável ou
na modalidade de benefício definido. ou total, de resultados financeiros. É sempre estruturado na modalidade
de contribuição variável;
Em todos os tipos de plano poderá ser
prevista, contratualmente, a reversão de
resultados financeiros durante o período
4) Vida com Atualização Garantida e Performance (VAGP) – garante aos
de pagamento do capital segurado sob a segurados, durante o período de diferimento, por meio da contratação
forma de renda. de índice de preços, apenas a atualização de valores e a reversão, parcial
ou total, de resultados financeiros;
Os planos dotais poderão conter previsão
de cláusula de atualização de valores,
segundo a qual os prêmios serão 5) Dotal Puro – garante ao segurado, durante o período de diferimento,
anualmente reajustados de forma a remuneração por meio da contratação de índice de atualização de valores,
garantir a variação anual integral do índice
de preços para os correspondentes capitais taxa de juros e, opcionalmente, tábua de mortalidade, sem reversão
segurados. Nesses casos, a cláusula de de resultados financeiros, sendo o capital segurado pago ao segurado
atualização de valores deverá ser redigida sobrevivente ao término do período de diferimento. É sempre estruturado
de modo a tornar claro para os segurados
que o reajuste anual aplicado aos prêmios
na modalidade de benefício definido;
superará a variação anual aplicada aos
capitais segurados, de forma a proteger os 6) Dotal Misto – garante o pagamento do capital segurado que será pago
valores desses capitais segurados.
em função da sobrevivência do segurado ao período de diferimento ou
FIE é o fundo de investimento especialmente em função da sua morte ocorrida durante aquele período, sem reversão de
constituído, ou o fundo de investimento resultados financeiros. É sempre estruturado na modalidade de benefício
em quotas de fundos de investimento definido e no regime financeiro de capitalização;
especialmente constituídos, FAC, cujos
únicos quotistas sejam seguradoras
e entidades aber tas de Previdência 7) Plano Dotal Misto com Performance – garante um capital segurado
Complementar ou, no caso de fundo que será pago em função da sobrevivência do segurado ao período de
com patrimônio segregado, segurados
e participantes de planos VGBL – Vida
diferimento ou em função da sua morte ocorrida durante aquele período,
Gerador de Benefício Livre ou PGBL – com reversão, parcial ou total, de resultados financeiros durante o período
Plano Gerador de Benefício Livre. de diferimento. É sempre estruturado na modalidade de benefício definido
e no regime financeiro de capitalização; e

8) Vida com Renda Imediata (VRI) – garante, mediante prêmio único, garantir
o pagamento do capital segurado sob a forma de renda imediata.

VIDA GERADOR DE BENEFÍCIO


LIVRE – VGBL
O VGBL tem apresentado grande destaque no cenário atual. Apesar de
ter começado a captar os primeiros prêmios somente em março de 2002,
atualmente o VGBL acumula mais recursos do que o PGBL: segundo
dados da SUSEP, para cada R$ 1,00 de contribuição realizada no PGBL há
aproximadamente R$ 3,00 no VGBL, o que pode ser um indicativo de que a
maioria da população brasileira apresenta um perfil tributário de não usufruir
do benefício fiscal do diferimento do imposto de renda.

O VGBL é um produto do tipo unit link (ou unidade de conta), vinculando a


acumulação de recursos de uma conta individualizada à performance de um
fundo de investimento financeiro especialmente constituído, sem qualquer
tipo de garantia de rentabilidade durante a fase de acumulação, ou seja, não
há qualquer risco biométrico e/ou financeiro para a seguradora durante o
período de diferimento.

68 SEGUROS DE PESSOAS
Tendo em vista que o VGBL é um plano de contribuição variável, o segurado pode
fazer aportes variáveis de acordo com sua conveniência, desde que as seguradoras
não estabeleçam, nos seus regulamentos, critérios objetivos limitando o valor
máximo de aportes extraordinários, conforme comentado anteriormente.

Considerando que a regulamentação do VGBL passou a permitir a estruturação


e a tipificação de planos com diferentes níveis de risco, cada aporte feito pelo
segurado é aplicado pela seguradora em um FIE de acordo com o tipo de
plano, conforme disposto a seguir:

• VGBL Soberano – neste tipo de plano, a carteira de investimentos do FIE


é composta unicamente por títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou
do Banco Central do Brasil e créditos securitizados do Tesouro Nacional;

• VGBL Renda Fixa – neste tipo de plano, a carteira de investimentos do


FIE é composta por títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco
Central do Brasil, por créditos securitizados do Tesouro Nacional e por
investimentos de renda fixa, nas modalidades e dentro dos critérios de
diversificação e de diversidade admitidos pela regulamentação vigente; e

• VGBL Composto – neste tipo de plano, a carteira de investimentos do


FIE admite investimentos em renda variável de, no máximo, 49% do seu
patrimônio líquido, sendo admissível o estabelecimento de percentual
mínimo de aplicação em renda variável.

A estrutura acima apresentava dois inconvenientes mercadológicos: o primeiro


estava atrelado à quantidade de planos que eram submetidos à aprovação da
SUSEP. Como cada plano VGBL estava relacionado a um FIE, se um segurado
tivesse interesse em diversificar os recursos aplicados, necessariamente
tinha que contratar mais de um plano. Por exemplo, suponhamos que uma
seguradora quisesse ofertar apenas planos do tipo renda fixa, mas queira
trabalhar com gestores de carteiras diferentes (três gestores, por hipótese).
Logo, para cada gestor existirá um fundo e, consequentemente, a empresa
terá que ter três planos aprovados na SUSEP, o que representa custos que,
necessariamente, são repassados, em maior ou menor escala, para os
segurados. A Figura 1 resume a ideia.

VGBL no 1 VGBL no 2 VGBL no 3

Fundo A Fundo B Fundo C

Gestor A Gestor B Gestor C

Carteira composta por Carteira composta por Carteira composta por


títulos públicos e títulos títulos públicos e títulos títulos públicos e títulos
privados. privados. privados.

Figura 1 – Um plano para cada fundo com gestores diferentes.

UNIDADE 3 69
O segundo problema referia-se à quantidade de FIEs que necessitavam ser
geridos. Supondo, dessa vez, que uma seguradora tenha três tipos de planos
aprovados na SUSEP: um que aplicasse até 10% em renda variável; outro que
aplicasse até 40% e um terceiro que aplicasse 49%, os três com o mesmo
gestor da carteira. Como cada limite máximo de aplicação em renda variável
é diferente, o gestor teria que gerir as carteiras de três fundos. A Figura 2
resume a ideia.

VGBL no 1 VGBL no 2 VGBL no 3

Fundo A Fundo B Fundo C

Gestor A Gestor A Gestor A

Carteira composta Carteira composta Carteira composta


por títulos públicos, por títulos públicos, por títulos públicos,
títulos privados e títulos privados e títulos privados e
investimentos em ações investimentos em ações investimentos em ações
até 10%. até 40%. até 49%.

Figura 2 – Um plano para cada fundo com gestores iguais.

Identificados esses problemas, o CNSP e a SUSEP aperfeiçoaram a


regulamentação de forma a permitir que um plano tenha como ativos
garantidores mais de um FIE, possibilitando resolver o primeiro problema,
conforme pode ser visto na representação da Figura 3.

VGBL

Fundo A Fundo B Fundo C

Gestor A Gestor B Gestor C

Carteira composta Carteira composta Carteira composta


por títulos públicos por títulos públicos por títulos públicos
e títulos privados. e títulos privados. e títulos privados.

Figura 3 – Um plano com vários FIE’s.

Já o segundo problema foi resolvido ao se permitir que os ativos garantidores


possam ser um FAC de FIE (Fundo de Aplicação em Cotas de FIEs).
Neste desenho de produto, conforme pode ser visto na figura 4, há uma
redução de custos, pois o gestor só precisará gerir a carteira de dois fundos
(na figura a seguir, um que tem 100% em renda variável e outro que somente
tem títulos públicos e privados), já que os FACs têm suas carteiras compostas

70 SEGUROS DE PESSOAS
apenas por cotas de outros fundos. Conforme disposto na figura 4, o segurado
que desejar investir apenas 10% em renda variável, terá seus recursos aplicados
no FAC A, cuja carteira será composta por 10% de cotas do fundo X e 90% de
cotas do fundo Y. Para o segurado que desejar 40% em renda variável, seus
recursos serão aplicados no FAC B, cuja carteira será composta por 40% de
cotas do fundo X e 60% de cotas do fundo Y, e assim por diante.

VGBL no 1 VGBL no 2 VGBL no 3

FAQE A FAQE B FAQE C

Gestor A Gestor A Gestor A

Política de Política de Política de


investimentos: investimentos: investimentos:
títulos públicos, títulos públicos, títulos públicos,
títulos privados e títulos privados e títulos privados e
investimentos em investimentos em investimentos em
ações até 10%. ações até 40%. ações até 49%.

FUNDO X FUNDO Y

Carteira composta por 100% Carteira composta unicamente


de investimentos em ações. por títulos públicos e títulos
privados.

Figura 4 – Planos do tipo FAC.

Finda a fase de acumulação de recursos, o segurado pode optar por receber,


à vista, o saldo acumulado em sua PMBaC ou transformá-la em um tipo de Atenção
renda, cujo valor é calculado em função da sua idade, da modalidade de renda A regulamentação vigente delega à
SUSEP a faculdade de, verificada a má
escolhida e dos parâmetros técnicos do plano contratado (taxa de juros e tábua administração dos recursos, determinar
de mortalidade). As principais modalidades de renda são: à seguradora, cotista única do FIE, a
substituição da instituição financeira
administradora.
• Renda Mensal Vitalícia – consiste em uma renda paga vitaliciamente
ao segurado a partir da data escolhida para concessão da indenização.
O pagamento da renda cessa com a morte do segurado;

• Renda Mensal Temporária – consiste em uma renda paga temporária e


exclusivamente ao segurado, cessando com o seu falecimento ou o fim
da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro;

• Renda Mensal Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido – consiste em


uma renda paga vitaliciamente ao segurado a partir da data escolhida
para a concessão da indenização. No entanto, se durante o período de
auferimento da renda ocorrer o falecimento do segurado, antes de ter
completado o prazo mínimo de garantia escolhido, a renda será paga aos
beneficiários, pelo período restante do prazo mínimo de garantia;

UNIDADE 3 71
• Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Beneficiário Indicado – consiste
em uma renda paga vitaliciamente ao segurado a partir da data escolhida
para concessão da indenização. Ocorrendo o falecimento do segurado,
durante a percepção dessa renda, um percentual do seu valor estabelecido
na proposta será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado.
Na hipótese de falecimento do beneficiário antes do segurado, e durante
o período de recebimento da renda, a reversibilidade estará extinta sem
direito a compensações ou devoluções dos valores pagos; e

• Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Cônjuge com Continuidade aos


Observação Menores – consiste em uma renda paga vitaliciamente ao segurado a partir
Os planos VRGP, VRSA, VAGP, Dotal Puro, da data escolhida para concessão da indenização. Ocorrendo o falecimento
Dotal Misto, Dotal Misto com Performance
do segurado durante a percepção dessa renda, um percentual do seu valor
e VRI também podem oferecer essas
modalidades de renda. estabelecido na proposta será revertido vitaliciamente ao cônjuge e, na
falta deste, reversível temporariamente aos menores até que o mais novo
complete uma idade considerada como maioridade, conforme estabelecido
no regulamento do plano (a denominada “maioridade contratual”).

PARÂMETROS TÉCNICOS
Acabamos de ver que com o fim da fase de acumulação de recursos, o
segurado pode optar por receber, à vista, o saldo acumulado em sua PMBaC
ou transformá-la em um tipo de renda, cujo valor é calculado em função da
sua idade, da modalidade de renda escolhida e dos parâmetros técnicos
do plano contratado (taxa de juros e tábua de mortalidade).

Com relação à taxa de juros, a regulamentação estabelece que no período (ou


períodos) em que houver garantia mínima de remuneração, a taxa de juros
contratualmente prevista deverá respeitar o limite fixado pela SUSEP, observado
o máximo de 6% ao ano ou seu equivalente efetivo mensal.

Já para as tábuas de mortalidade, a regulamentação estabelece que a tábua


de mortalidade que será utilizada para cálculo do fator de renda será aquela
definida no plano submetido à aprovação da SUSEP, devendo ser observado
o limite máximo da taxa de mortalidade constante da tábua AT-83 Male.

Ainda com relação às tábuas biométricas, as seguradoras podem adotar,


na estruturação dos planos com cobertura por sobrevivência, uma tábua
biométrica elaborada por instituição independente, com reconhecida
capacidade técnica, cujo critério de elaboração e atualização tenham sido
previamente aprovados pela SUSEP.

Observe-se que a regulamentação impõe limites, tanto para a taxa de juros


quanto para a tábua de mortalidade, que podem ser utilizados na estruturação
de um plano com cobertura por sobrevivência. Esse cuidado decorre do risco
que as seguradoras têm no caso de uma melhora na expectativa de vida
e/ou de uma redução dos juros reais.

72 SEGUROS DE PESSOAS
Basta, para isso, que se imagine um plano com cobertura por sobrevivência
que fosse contratado hoje, adotando como premissas a tábua de mortalidade
AT-49 Male e a taxa de juros de 4% a.a. Conforme pode ser visto na Tabela
1, o valor necessário de provisão matemática de benefícios a conceder para
pagar R$ 1.000,00 de renda mensal vitalícia a uma pessoa de 60 anos é de
R$ 147.366,02. Se, no momento de concessão da renda, a taxa de juros reais
da economia brasileira for, por exemplo, de 2% a.a., e a expectativa de vida
de uma pessoa de 60 anos de idade tiver como parâmetro, por exemplo, a
tábua de mortalidade AT-83 Male, haverá um descasamento da ordem de
R$ 63.000,00.

Tabela 1
Provisão em Função da Tábua de Mortalidade e da Taxa de Juros
Provisão matemática de benefícios a conceder necessária para pagar
R$ 1.000,00 de renda mensal vitalícia a uma pessoa de 60 anos de idade.

AT-49 Male AT-83 Male AT-2000 Male BR-EMSsb-v.2010-m

0% a.a 221.106,41 270.785,15 294.501,79 305.212,50

1% a.a 197.774,71 237.759,15 256.268,96 264.333,54

2% a.a 178.158,84 210.663,01 225.266,37 231.376,78

3% a.a 161.542,31 188.222,50 199.866,59 204.524,53

4% a.a 147.366,02 169.470,62 178.851,57 182.423,09

5% a.a 135.188,36 153.666,98 161.300,96 164.054,81

6% a.a 124.659,13 140.239,90 146.512,99 148.647,70

A tabela anterior nos permite concluir que:

• para uma determinada tábua de mortalidade, quanto maior a taxa de


juros, menor o montante necessário que se deve acumular para pagar o
mesmo valor de benefício; e

• para uma determinada taxa de juros, quanto maior a expectativa de


vida, maior o montante necessário que se deve acumular para pagar o
mesmo valor de benefício. A título de exemplo, a tábua de mortalidade
AT-49 Male tem uma expectativa de vida, aos 60 anos, igual a 18,48
anos; enquanto a AT-83 Male tem uma expectativa de vida igual a 22,62
anos, a AT-2000 Male tem uma expectativa de vida igual a 24,59 anos; na Importante
BR-EMSsb-v.2010-m, essa expectativa de vida sobe para 25,48 anos. Nos planos Dotal Misto e Dotal Misto com
Performance, admitir-se-á a cobrança de
carregamento em percentual superior aos
30%, aplicados, exclusivamente, sobre os
CARREGAMENTO prêmios pagos durante os primeiros 120 dias
de vigência do plano, desde que o valor do
carregamento nivelado durante a vigência
É a denominação da remuneração que as Seguradoras recebem para fazer do plano não seja superior a 30% do prêmio
face à manutenção de sua operação. efetuado para a cobertura de sobrevivência
e a periodicidade de pagamento do prêmio
seja, no máximo, anual.
O critério e a forma de cobrança do carregamento deverão constar da proposta
de contratação e da de adesão, do regulamento, da nota técnica atuarial e, no As seguradoras ficam obrigadas, caso
caso de planos coletivos, do contrato, devendo ser observado o limite de: estruturem planos na forma prevista acima,
a devolverem 100% dos prêmios pagos
referentes à cobertura por sobrevivência,
• 10%, para as coberturas estruturadas na modalidade de contribuição bem como a parcela do prêmio da cobertura
variável; e de risco referente ao risco a decorrer,
no caso de solicitação de cancelamento
do plano, por qualquer motivo, dentro dos
• 30%, para as coberturas estruturadas na modalidade de benefício primeiros 120 dias de vigência do plano.
definido.

UNIDADE 3 73
Os percentuais de carregamento deverão constar da proposta de contratação
e da de adesão, bem como, do contrato e, para os planos individuais, também
do regulamento e da nota técnica atuarial.

Os percentuais de carregamento incidirão, exclusivamente, sobre o valor dos


prêmios efetivamente pagos à seguradora, ficando vedada a cobrança de
quaisquer outros valores.

O carregamento poderá ser cobrado:

• no pagamento dos prêmios; e/ou

• no resgate ou na portabilidade de recursos, calculado, proporcionalmente,


ao saldo do valor nominal dos prêmios pagos, contido no montante
resgatado ou portado.

RESGATE
O segurado poderá solicitar, independentemente do número de prêmios
pagos, resgate parcial ou total dos recursos do saldo da PMBaC, após o
cumprimento de período de carência, que deverá estar compreendido entre
Atenção 60 dias e 24 meses, a contar da data de protocolo da proposta de contratação
Nos planos estruturados na modalidade ou de adesão na seguradora.
de benefício definido, é vedado o resgate
parcial.
Uma vez solicitado o primeiro resgate, outro pedido somente pode ser feito
Nos planos com estrutura puramente após o cumprimento do intervalo estabelecido no plano, que deverá estar
financeira, na ocorrência de invalidez ou compreendido entre 60 dias e 6 meses.
morte do segurado, os saldos da provisão
matemática de benefícios a conceder e da
provisão técnica de excedentes financeiros, Ressalte-se, no entanto, que os resgates ficarão suspensos enquanto não
mediante solicit aç ão devidamente quitadas todas as contraprestações relativas a eventual assistência financeira
instruída e registrada na seguradora, contratada pelo segurado.
serão postos à disposição do segurado
ou beneficiário (ou beneficiários), sem
qualquer prazo de carência, sendo o O pagamento do resgate será efetivado da seguinte forma:
pagamento efetuado somente após o
pleno reconhecimento do evento gerador
pela seguradora.
1) resgate total – considera-se o valor dos saldos da PMBaC e da provisão técnica
de excedentes financeiros, calculados, na forma da regulamentação em vigor,
A provis ão técnic a de e xcedentes no segundo dia útil subsequente à data da solicitação do resgate; e
financeiros somente existe nos períodos
(acumulação e/ou de pagamento do
capital segurado sob a forma de renda) 2) resgate parcial – considera-se o valor ou percentual solicitado pelo
em que seja garantida a reversão de segurado, com base, exclusivamente, no saldo da PMBaC, calculado, na
resultados financeiros. forma da regulamentação em vigor, no segundo dia útil subsequente à
data da solicitação de resgate.

No caso de pagamento de resgate parcial, o respectivo valor será composto


por parcelas calculadas proporcionalmente:

• ao somatório do valor nominal dos prêmios pagos pelo segurado; e


• demais recursos.

O pagamento deve ser efetuado em cheque cruzado, intransferível; crédito


em conta corrente; e documento de ordem de crédito – DOC ou transferência
eletrônica disponível – TED até o quinto dia útil subsequente às respectivas
datas determinadas pelo segurado.

Ressalvados os encargos de saída e o carregamento postecipado, não será


permitida a cobrança de quaisquer despesas por ocasião do resgate.

74 SEGUROS DE PESSOAS
PORTABILIDADE
Independentemente do número de prêmios pagos, o segurado poderá
solicitar a portabilidade, total ou parcial, para outro plano com cobertura
por sobrevivência, de recursos do saldo da PMBaC, após o cumprimento
do período de carência, contado da data de protocolo da proposta de
contratação ou de adesão na seguradora.

Para o VGBL, o período de carência será de 60 dias. Para os planos que


garantirem reversão de resultados financeiros durante o período de diferimento,
o período de carência estará compreendido entre 60 dias e 24 meses.

Quando se tratar de portabilidades entre planos com cobertura por


sobrevivência da mesma seguradora, podem ser estabelecidos períodos Atenção
inferiores aos mencionados anteriormente. Não poderão ser solicitadas portabilidades
com intervalo inferior a 60 dias.

Atenção
Da mesma forma que no resgate, as portabilidades também ficarão
suspensas enquanto não quitadas todas as contraprestações relativas a
eventual assistência financeira contratada pelo segurado, também fica
vedada a portabilidade parcial nos planos estruturados na modalidade
de benefício definido.

Com vistas a limitar o seu risco, é facultado às seguradoras que


estabeleçam critérios objetivos no regulamento do planos para
aceitação de valores oriundos de portabilidades, sendo vedadas
cláusulas que prevejam qualquer tipo de discricionariedade e cujos
efeitos não sejam claros e transparentes para os segurados.

A portabilidade será efetivada da seguinte forma:

• total – com base no valor dos saldos da PMBaC e da provisão técnica de


excedentes financeiros, calculados, na forma da regulamentação em vigor,
no segundo dia útil subsequente à data de solicitação da portabilidade
pelo segurado; e

• parcial – considera-se o valor ou o percentual solicitado pelo segurado


e com base no saldo da PMBaC, calculado, na forma da regulamentação
em vigor, no segundo dia útil subsequente à data de solicitação da
portabilidade, devendo ser adicionado o valor da parcela proporcional
do saldo da provisão técnica de excedentes financeiros.

No caso de portabilidade parcial, o respectivo valor será composto por parcelas


calculadas proporcionalmente:

• ao somatório do valor nominal dos prêmios pagos pelo segurado; e


• demais recursos.

A portabilidade efetivar-se-á mediante solicitação do segurado, devidamente


registrada na seguradora, informando:

• o plano (ou planos) de Seguros de Pessoas com cobertura por sobrevivência,


quando da mesma seguradora; ou

UNIDADE 3 75
• o plano (ou planos) com cobertura por sobrevivência e respectiva
seguradora, quando para outra sociedade;

• o respectivo valor ou percentual do saldo da PMBaC; e

• as respectivas datas.

Atenção
Deverá ser anexada, pelo segurado, à solicitação de portabilidade,
documento expedido pela seguradora cessionária, contendo a data em
que foi contratado o plano receptor e a declaração de que não se opõe à
portabilidade, especialmente no que se refere ao valor a ser portado.

Nos casos de portabilidade para plano com cobertura por sobrevivência,


no qual o segurado não esteja inscrito, deverá ser previamente formalizado
o preenchimento de proposta de contratação ou de adesão e adotadas
todas as demais providências necessárias.

No caso de portabilidade de recursos para plano de benefício


definido, a seguradora receptora deverá providenciar para que o
segurado seja previamente informado a respeito do critério técnico
de aproveitamento do valor portado.

A seguradora cedente dos recursos deverá efetivar a portabilidade até o quinto


Importante dia útil subsequente às respectivas datas determinadas pelo segurado.
Caberá ao diretor responsável pelos
controles internos, ou a outro diretor Os recursos financeiros serão portados diretamente entre as seguradoras,
designado pela seguradora cedente, a ficando vedado seu trânsito, sob qualquer forma, pelo segurado. Tais recursos
responsabilidade pelo cumprimento do deverão ser recepcionados e contabilizados na PMBaC, até o segundo dia
prazo para efetivação da portabilidade,
pr es t ando, dentr o desse pr azo, à
útil subsequente à sua efetiva disponibilidade.
seguradora cessionária dos recursos
por tados, no mínimo, as seguintes O segurado deverá receber documento fornecido pela seguradora:
informações, dentre outras consideradas
necessárias à plena identificação da
operação de portabilidade:
• cedente dos recursos, no prazo máximo de sete dias úteis, a contar da data
de sua portabilidade, atestando a data da operação, o valor e a seguradora
• montante correspondente ao valor cessionária; e
nominal dos prêmios pagos pelo
segurado; e
• cessionária dos recursos, no prazo máximo de sete dias úteis, a contar da
• dados relativos ao segurado, número data de sua recepção, atestando a data de recebimento, o valor e o plano
do processo SUSEP do plano receptor ao qual foram alocados os recursos.
e identificação do documento de
depósito feito em favor da seguradora
cessionária.

Atenção
É vedada:

• à seguradora receptora, a cobrança de carregamento sobre o valor


dos recursos portados;
• a portabilidade de recursos entre segurados; e
• à seguradora cedente dos recursos, a cobrança de quaisquer
importâncias, exceto as relativas às tarifas bancárias necessárias à
portabilidade, ao encargo de saída e ao carregamento postecipado.

76 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 3

[1] Sobre a cobertura por sobrevivência, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) Para o início de comercialização dos Planos com cobertura por
sobrevivência, as seguradoras não precisam de prévia autorização
da SUSEP.
(b) Os prêmios pagos para cobertura por sobrevivência dos planos de
Seguros de Pessoas não são dedutíveis para fins de tributação.
(c) O IOF incidente sobre os prêmios pagos para a cobertura por
sobrevivência dos planos de Seguros de Pessoas é de 7%.
(d) O VGBL funciona exatamente da mesma forma que o PRGP.
(e) O público-alvo do VGBL e dos planos de Previdência Complementar é
o mesmo.

[2] Sobre a cobertura por sobrevivência e suas características, podemos


afirmar que:

(a) Não pode ser oferecida em conjunto com outras coberturas de risco.
(b) Pode ser estruturada no regime financeiro de capitalização ou no
regime financeiro de repartição de capitais de cobertura.
(c) Somente podem ser comercializadas de forma individual.
(d) O evento gerador do pagamento do capital segurado será sempre a
sobrevivência do segurado ao período de diferimento contratualmente
previsto.
(e) Somente pode ser estruturada na modalidade de contribuição
variável.

[3] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Quando a cobertura por sobrevivência for estruturada na modalidade


de benefício definido, o capital segurado, pagável de uma única vez
ou sob a forma de renda, será calculado somente ao final do período
de diferimento.
(b) No caso de contratação coletiva, a adesão à apólice, pelos
proponentes, será precedida do preenchimento da respectiva
proposta de contratação.
(c) No caso de contratação sob a forma coletiva, o vínculo entre o grupo
e o estipulante deve ser estabelecido nas condições gerais do plano.
(d) Em função da cobertura por sobrevivência, os planos poderão ser dos
seguintes tipos: VGBL, VAGP e VRGP.
(e) É facultado às seguradoras estabelecerem critérios objetivos no
regulamento do plano, limitando o valor máximo de aportes
extraordinários.

FIXANDO CONCEITOS 3 77
Fixando Conceitos 3

[4] Sobre os tipos de planos com cobertura por sobrevivência, podemos


Anotações: afirmar que:

(a) O VGBL é um plano sem garantia de remuneração mínima e de


atualização de valores, sempre estruturado na modalidade de
contribuição variável.
(b) O VRGP garante, durante o período de diferimento, somente
remuneração por meio da contratação de taxa de juros.
(c) O VRGP somente pode ser estruturado na modalidade de benefício
definido.
(d) O VGBL pode ser estruturado no regime financeiro de repartição de
capitais de cobertura.
(e) O VRGP pode ser estruturado no regime financeiro de repartição
simples.

[5] Sobre os tipos de planos com cobertura por sobrevivência, podemos


afirmar que:

(a) O VRGP deve garantir, durante o período de diferimento, somente


remuneração por meio da contratação de taxa de juros e a reversão
de resultados financeiros.
(b) O VAGP deve garantir, durante o período de diferimento, atualização
de valores, taxa de juros e a reversão de resultados financeiros.
(c) O VAGP e o VRGP podem ser estruturados na modalidade de
contribuição variável ou na modalidade de benefício definido.
(d) O VRSA somente pode ser estruturado na modalidade de benefício
definido.
(e) O VRSA não garante, durante o período de diferimento, a reversão de
resultados financeiros.

[6] Assinale os planos que devem oferecer reversão de resultados financeiros


durante o período de diferimento:

(a) VGBL, VRSA e Dotal Puro.


(b) VRGP, VAGP, VRSA e Dotal Misto com Performance.
(c) Somente VRGP e VAGP.
(d) VRSA e Dotal Misto.
(e) VAGP, VRGP e Dotal Misto.

[7] Assinale os planos que NÃO oferecem reversão de resultados financeiros


durante o período de diferimento:

(a) Somente o VGBL.


(b) VRGP e VAGP.
(c) Dotal Misto, Dotal Puro e VGBL.
(d) VGBL e VRSA.
(e) Somente VRSA.

78 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 3

[8] Assinale os planos que devem ser estruturados, obrigatoriamente, na


modalidade de contribuição variável: Anotações:

(a) Somente o VGBL.


(b) VGBL e VRSA.
(c) VRGP e VAGP.
(d) Dotal Puro e VGBL.
(e) Dotal Misto e VGBL.

[9] Assinale os planos que devem ser estruturados, obrigatoriamente, na


modalidade de benefício definido:

(a) VGBL e Dotal Puro.


(b) VRGP e VAGP.
(c) VRSA, VAGP e Dotal Puro.
(d) VRGP, VAGP e Dotal Misto.
(e) Dotal Misto, Dotal Puro e Dotal Misto com Performance.

[10] Assinale os planos que podem ser estruturados na modalidade de benefício


definido ou na modalidade de contribuição variável:

(a) VRGP e VRSA.


(b) Dotal Misto e VRGP.
(c) VRGP e VAGP.
(d) Dotal Misto e Dotal Puro.
(e) VRSA e VRGP.

[11] Sobre os planos dotais, podemos afirmar que:

(a) O Dotal Puro é um plano sem reversão de resultados financeiros e


sempre estruturado na modalidade de benefício definido.
(b) O Dotal Misto é um plano com reversão de resultados financeiros e
sempre estruturado na modalidade de benefício definido.
(c) O Dotal Misto com Performance é um plano sem reversão de resultados
financeiros e sempre estruturado na modalidade de benefício
definido.
(d) O Dotal Misto e o Dotal Puro garantem duas coberturas: sobrevivência
e morte.
(e) Dos planos dotais, o único que oferece reversão de resultados
financeiros durante o período de diferimento é o Dotal Misto.

FIXANDO CONCEITOS 3 79
Fixando Conceitos 3

[12] Sobre as características do VGBL, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) Somente o VGBL pode oferecer reversão de resultados financeiros
durante o período de pagamento do capital segurado sob a forma
de renda.
(b) O VGBL Soberano é um tipo de plano em que a carteira de investimentos
do FIE é composta por títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do
Banco Central do Brasil, por créditos securitizados do Tesouro Nacional
e por investimentos de renda fixa.
(c) No VGBL Composto, os investimentos em renda variável são limitados
a 50%.
(d) No VGBL Renda Fixa, pode haver investimentos em renda variável,
desde que o percentual não exceda a 20%.
(e) O VGBL não oferece qualquer risco biométrico e/ou financeiro durante
o período de diferimento.

[13] ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Para uma determinada taxa de juros, quanto menor a expectativa de


vida, maior o montante necessário que se deve acumular para pagar
o mesmo valor de benefício.
(b) Para uma determinada tábua de mortalidade, quanto maior a taxa de
juros, menor o montante necessário que se deve acumular para pagar
o mesmo valor de benefício.
(c) O percentual máximo de carregamento do VGBL é de 30%.
(d) O percentual máximo de carregamento do VAGP é de 10%.
(e) O percentual máximo de carregamento do VRSA é de 30%.

[14] ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O plano Dotal Puro e o plano Dotal Misto admitem carregamento


superior a 30%.
(b) O período de carência para o primeiro pedido de resgate deve estar
compreendido entre 60 dias e 6 meses.
(c) Uma vez solicitado o primeiro resgate, outro resgate somente pode ser
solicitado após o cumprimento de intervalo não superior a 30 dias.
(d) O carregamento pode ser cobrado no pagamento dos prêmios e/ou
no resgate e na portabilidade de recursos.
(e) Nos planos estruturados na modalidade de contribuição variável, é
vedado o resgate parcial.

80 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 3

[15] Sobre as características da portabilidade, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) Não é permitida a portabilidade parcial de planos do tipo VGBL.
(b) Na portabilidade parcial, os recursos passam pela conta corrente
bancária do segurado.
(c) Para o VGBL, o período de carência para pedido da primeira
portabilidade é igual a 60 dias.
(d) A seguradora receptora dos recursos portados pode cobrar carregamento
sobre os recursos portados.
(e) É permitida a portabilidade entre segurados, desde que sejam da
mesma família.

[16] Sobre as características dos planos com cobertura por sobrevivência,


podemos afirmar que:

(a) O VGBL é um plano cujo carregamento máximo admitido é de 30%.


(b) O VRSA é um plano sempre estruturado na modalidade de benefício
definido.
(c) O VRGP não pode ser estruturado na modalidade de benefício
definido.
(d) O VAGP somente pode ser estruturado na modalidade de contribuição
variável.
(e) O VGBL somente pode ser estruturado na modalidade de contribuição
variável e no regime financeiro de capitalização.

MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA

[17] Uma característica do VGBL durante a fase de acumulação dos recursos é:

(a) Ter percentual de carregamento igual a 30%.


(b) Garantir juros de 6% ao ano.
(c) Ter a provisão matemática de benefícios a conceder atualizada pelo
IGPM.
(d) Não permitir portabilidade dos recursos acumulados.
(e) Ser estruturado na modalidade de contribuição variável.

[18] Uma característica do VRGP durante a fase de acumulação dos recursos é:

(a) Não poder admitir carregamento maior que 10%.


(b) Garantir juros de 8% ao ano.
(c) Ter a provisão matemática de benefícios a conceder atualizada pelo
índice IBOVESPA.
(d) Não permitir resgate dos recursos acumulados.
(e) Ser estruturado na modalidade de contribuição variável ou de benefício
definido.

FIXANDO CONCEITOS 3 81
Fixando Conceitos 3

[19] Um segurado contratou um plano com cobertura por sobrevivência que


Anotações: tem como característica ser estruturado na modalidade de contribuição variável
e não repassar resultados financeiros durante o período de acumulação dos
recursos. Assim, pode-se afirmar que o plano contratado foi o:

(a) VGBL.
(b) VRSA.
(c) VRGP.
(d) VAGP.
(e) Dotal Misto.

MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA

[20] O dotal misto é um produto que é sempre estruturado no(a):

(a) Modalidade de contribuição variável.


(b) Modalidade de benefício definido.
(c) Regime financeiro de repartição simples.
(d) Regime financeiro de repartição de capitais de cobertura.
(e) Modalidade de benefício definido com reversão de resultados
financeiros.

[21] O dotal puro é um produto que é sempre estruturado no(a):

(a) Modalidade de contribuição variável.


(b) Modalidade de benefício definido.
(c) Regime financeiro de repartição simples.
(d) Regime financeiro de repartição de capitais de cobertura.
(e) Modalidade de benefício definido com reversão de resultados
financeiros.

[22] Um segurado contratou um plano com cobertura por sobrevivência


que tem como características repassar resultados financeiros durante o
período de acumulação e garantir atualização de valores ao longo do período
de diferimento. Assim, pode-se afirmar que o plano contratado foi o:

(a) VAGP.
(b) VRSA.
(c) VRGP.
(d) VGBL.
(e) Dotal Misto.

[23] O percentual máximo de carregamento a ser cobrado de um segurado


que tenha contratado um VRGP estruturado na modalidade de contribuição
variável é de:

(a) 3%
(b) 5%
(c) 10%
(d) 30%
(e) 49%

82 SEGUROS DE PESSOAS
4
NOÇÕES DE UTILIZAÇÃO
DA TÁBUA DE
MORTALIDADE

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Entender a elaboração de uma Tábua de Mortalidade.
• Compreender as suas formas de utilização.
• Calcular minimamente seguros de vida.
• Conhecer as diferenças entre as diversas tábuas existentes.
• Explicar aos clientes por que seguros de vida podem ter custos diferentes entre si.

UNIDADE 4 83
84 SEGUROS DE PESSOAS
A
tábua de mortalidade para uma dada população é uma ferramenta de
grande importância, não apenas no que se refere aos estudos atuariais e Você Sabia?
demográficos em geral, mas também para fixação de políticas públicas A primeira Tábua de Mortalidade de que se
tem notícia foi elaborada com observações
e financiamento do setor privado para certos serviços ofertados no mercado. aos registros de mortos e nascidos, e o seu
Devido a esta importância, torna-se crucial na análise de problemas nos quais autor foi Edmund Halley, em 1693.
uma estimativa precisa é frequentemente necessária.
As Tábuas adotadas no Brasil geralmente
são as elaboradas por companhias de
As Tábuas tornaram-se uma necessidade primordial para cálculos de seguros seguros estrangeiras.
quando o assunto é pertinente a Seguros de Pessoas. Atualmente, o problema
mais comum quando se lida com seguros, além da taxa de retorno, refere-se
à escolha de uma tábua de vida adequada a uma dada população.

O QUE É UMA TÁBUA DE


MORTALIDADE Importante
Em Bruxelas, em 1895, houve o 1 o
Congresso Internacional de Atuários,
Considerando que estamos falando, dentre outras coisas, de Seguros de Vida no qual se votou por unanimidade que
e que esse tipo de apólice objetiva indenizar os beneficiários pela morte do a notação (símbolos) do Institute of
segurado, a base de precificação de um seguro de vida passa obrigatoriamente Actuaries in London seria adotada de
forma universal por todos atuários.
pela mensuração da vida de uma pessoa.
Todas as tábuas apresentam os mesmos
É a chamada “longevidade” ou “expectativa de vida”. O instrumento utilizado símbolos, que são:
pelas seguradoras para esse cálculo é a Tábua de Mortalidade.
x = coluna das idades, por ordem
cronológica;
A Tábua de Mortalidade é o instrumento destinado a medir as probabilidades lx = quantidade de pessoas vivas na
de vida e morte, tratando-se de uma tabela que aponta o número de pessoas idade x (o “l” vem do inglês living);
dx = quantidade de pessoas mor tas
da mesma idade vivas e mortas em cada idade. na idade x (o “d” vem do inglês
death);
No Brasil, adotamos diversas tábuas de mortalidade populacionais, sendo a qx = probabilidade de morte;
px = probabilidade de sobreviver;
maioria delas estrangeira.
qx = dx / lx

As tábuas AT 2000 Male, AT -83 , AT -49 e GKM-70 se encontram no


Anexo 1 deste manual.

TAXA PURA
O primeiro passo para o cálculo do prêmio é calcular a taxa pura.

Essa taxa pode ser única para todo o grupo segurado ou diferenciada por
idade ou faixa etária. Ela é chamada de “pura” porque não considera os
carregamentos para custeios comerciais e administrativos, mas apenas
o risco.

A seguir, veremos um exemplo para a cobertura de morte por qualquer causa,


em que o instrumento básico utilizado pelo atuário para medir a probabilidade
de morte é a tábua de mortalidade.

Calcularemos, a seguir, uma taxa pura média.

UNIDADE 4 85
A taxa pura para a idade “x” é o resultado da divisão do prêmio puro, para a
idade “x”, pelo capital segurado do indivíduo.

A taxa pura média é o resultado da divisão do prêmio puro de todo o grupo


pelo capital segurado total, conforme expresso abaixo:

Prêmio Puro Total


Taxa Pura Média =
Capital Segurado Total

Para o cálculo do prêmio puro total, primeiro se obtêm, na coluna qx


(probabilidade de uma pessoa de idade x morrer, obrigatoriamente, antes de
atingir a idade x+1), da tábua de mortalidade, as taxas correspondentes às
idades dos segurados.

Após isso, multiplicam-se os capitais segurados de cada idade pelas taxas


correspondentes, obtendo-se os prêmios individuais.

Por fim, somam-se os prêmios individuais.

A seguir, temos um exemplo em que a quinta coluna, GKM-70, foi calculada


da seguinte forma: pegou-se a probabilidade de morte para a idade, por
exemplo, de 27 anos, da tábua de mortalidade GKM-70 (constante do Anexo 1
do manual), dividiu-se por 12 (o prêmio a ser calculado é mensal) e multiplicou-se
o resultado por 1.000 para se ter uma taxa por mil.

Assim, temos:

0,001375 (constante do anexo) / 12 × 1.000 = 0,1146

Multiplicando-se os valores da coluna Capital Total Segurado pelas respectivas


taxas da coluna GKM (ex.: R$ 120.000 × 0,1146‰ = 13,75), obtêm-se os
respectivos prêmios totais por idade (coluna prêmio):

Capital Capital
No de GKM-70 Prêmio
Idade Segurado Segurado
Componentes Taxa (‰) (R$)
(R$) Total (R$)

27 20 6.000 120.000 0,1146 13,75

29 25 7.200 180.000 0,1171 21,08

31 20 9.600 192.000 0,1228 23,57

34 30 13.200 396.000 0,1408 55,74

36 20 14.400 288.000 0,1593 45,86

40 20 24.000 480.000 0,2187 104,96

1.656.000 264,95

86 SEGUROS DE PESSOAS
Com base nos valores da tabela anterior, podemos calcular a taxa pura média
da seguinte forma: Curiosidade
Nos seguros de pessoas é comum se
apresentar a taxa de seguro não na forma
Prêmio Puro Total 264,95 percentual (%), mas na forma por mil
Taxa Pura Média = = = 0,1600‰ (‰). A razão disso é basicamente facilitar
Capital Segurado Total 1.656.000
a operação, uma vez que os capitais
segurados normalmente são múltiplos
de 1.000, bastando, do ponto de vista
Assim, o estipulante e/ou o segurado terá(ão) que pagar R$ 0,16 a cada matemático, apenas multiplicar a taxa
R$ 1.000,00 de capital segurado. pelo capital segurado, excluindo os três
últimos zeros, quando números cheios.

Se refizéssemos os mesmos cálculos, agora utilizando outra tábua de


mortalidade, os resultados seriam os seguintes, a cada R$ 1.000,00 de capital
segurado:

Tábua de Mortalidade Taxa Pura Média

AT-49 0,12

AT-83 Male 0,08

AT-2000 Basic Male 0,07

Percebe-se que a escolha da tábua de mortalidade irá fazer com que o preço
varie de R$ 0,16 (GKM 70) a R$ 0,07 (AT-2000 Basic Male).

Por esse motivo, e com vistas a zelar pela solvência das seguradoras, a
regulamentação estabelece que a AT-83 Male é a tábua que deve ser
considerada como limite mínimo de taxa de mortalidade.

Entretanto, quando adotadas taxas ou tábuas de mortalidade que não atendam


ao limite mínimo da taxa de mortalidade previsto pela AT-83 Male, a nota
técnica atuarial deverá conter, obrigatoriamente, os seguintes elementos,
independentemente de outros que possam ser exigidos pela SUSEP:

• estudo que demonstre a sua adequação e viabilidade técnica, tendo em


vista as características do produto e da população a ser segurada;

• projeção, através da análise de cenários, da sinistralidade esperada; e

• informação de que o estudo e a projeção serão objeto de reavaliação anual


pelo atuário responsável, com o seu consequente envio para análise
da SUSEP.

UNIDADE 4 87
Atenção

É importante que fique claro para o segurado que, além da atualização


monetária, o valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente, em
decorrência da mudança de idade do segurado, ou periodicamente,
em decorrência da mudança de faixa etária do segurado, em
consequência do aumento do risco, com a finalidade de manter o
equilíbrio atuarial, financeiro e econômico do plano.

Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, deverá
ser estabelecido, nas condições gerais, que os prêmios serão alterados
de acordo com a faixa etária do segurado.

A forma como os prêmios serão alterados, de acordo com a faixa etária


do segurado, incluindo os valores ou percentuais, deverá constar das
condições contratuais e ser disponibilizada aos proponentes quando
da adesão ao seguro.

No caso dos planos contratados de forma individual, deverá constar,


das condições gerais, item estabelecendo a forma como os prêmios
vão ser alterados de acordo com a faixa etária do segurado, incluindo
os valores ou percentuais.

A nova regulamentação, diferentemente da anterior, não estabelece


mais as taxas para as coberturas, devendo a nota técnica atuarial
especificá-las.

Outra questão importante diz respeito às coberturas contratadas.


Apresentamos acima apenas o cálculo para contratação da cobertura de
morte (MQC). As demais coberturas têm taxas específicas, e seus custos
devem ser somados à básica para incorporar o prêmio líquido.

A cobertura de morte acidental, por exemplo, apresenta uma taxa


fixa e não faz uso da tábua, pois, por tratar-se de acidente pessoal, a
questão etária é pouco relevante.

88 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 4

[1] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) A primeira tábua de mortalidade foi criada recentemente, em 1978,
na Inglaterra.
(b) No Brasil, adotamos diversas tábuas de mortalidade, e nenhuma delas
é estrangeira.
(c) O instrumento utilizado pelas seguradoras para calcular a longevidade
da massa é a Tábua de Mortalidade.
(d) As tábuas podem variar apenas conforme a idade dos participantes.
(e) A GKM-70 é uma tábua especificamente criada para calcular o risco
dos acidentes pessoais.

[2] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O primeiro passo para cálculo do prêmio é calcular a taxa pura.


(b) A taxa pura sempre será única para todo o grupo segurado.
(c) A taxa é chamada de “pura” quando considera os carregamentos para
custeios comerciais e administrativos.
(d) A tábua de mortalidade é o instrumento utilizado pelo atuário para
medir a probabilidade de morte acidental.
(e) A taxa pura sempre será diferenciada por idade ou faixa etária na
massa segurada.

[3] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente apenas em


decorrência da mudança de idade do segurado.
(b) Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, deverá
ser estabelecido, nas condições gerais, que os prêmios serão alterados
de acordo com a faixa etária do segurado.
(c) Não há necessidade de que conste das condições contratuais a forma
como os prêmios serão alterados, de acordo com a faixa etária do
segurado.
(d) No caso dos planos contratados de forma individual, não deverá
constar, das condições gerais, item estabelecendo a forma como os
prêmios vão ser alterados de acordo com a faixa etária do segurado,
incluindo os valores ou percentuais.
(e) A nova regulamentação, a exemplo da anterior, estabelece apenas
as taxas para as coberturas, não devendo a nota técnica atuarial
especificá-las.

FIXANDO CONCEITOS 4 89
Fixando Conceitos 4

[4] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) A Tábua de mortalidade AT-83 estabelece o fator de risco para a idade
de 65 anos como sendo 0,010993.
(b) A Tábua de mortalidade AT-2000 estabelece o fator de risco para a
idade de 65 anos como sendo 0,007170.
(c) A Tábua de mortalidade GKM-70 estabelece o fator de risco para a
idade de 65 anos como sendo 0,040775.
(d) A Tábua de mortalidade AT-2000 estabelece o fator de risco para a
idade de 65 anos como sendo 0,018920.
(e) A Tábua de mortalidade AT-83 estabelece o fator de risco para a idade
de 65 anos como sendo 0,012851.

90 SEGUROS DE PESSOAS
5
NOÇÕES DE
REGULAÇÃO
DE SINISTROS

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Explicar o que é regulação de sinistro e sua importância para a seguradora.
• Listar os procedimentos para a liquidação dos sinistros.
• Enumerar os documentos que devem ser apresentados para a regulação das principais coberturas.

UNIDADE 5 91
92 SEGUROS DE PESSOAS
E
sta unidade abordará um pouco a regulação dos sinistros das coberturas
de risco. Os conceitos aqui discutidos são importantes, pois o corretor
será sempre o intermediário, não só no momento da contratação mas,
também, na hora do sinistro, auxiliando em um momento bastante difícil.

Assim, a regulação, ou liquidação, de sinistros deve merecer, por parte das


seguradoras, um cuidado muito especial, tão grande ou maior do que o
dedicado às demais operações.

O pagamento de indenizações é, certamente, a melhor propaganda do


negócio e, para que essa propaganda obtenha melhor efeito, é necessário
que as indenizações sejam justas.

Indenizações pagas sem critério, maiores ou menores do que são realmente


devidas, abalam o crédito, o conceito das seguradoras e da própria instituição
do seguro.

A regulação de sinistro, ou liquidação de sinistro, é o processo de apuração


dos prejuízos sofridos pelo segurado e por todos os demais elementos que
influenciam no cálculo da indenização e no direito a ela.

FRAUDE
Fraude é um ato de má-fé praticado pelo segurado ou pelo beneficiário do
seguro, com o objetivo de omitir informação e enganar a seguradora para
obter vantagens.

A seguir, apresentamos alguns indicadores de fraude:

• omissão, pelo segurado, de informações importantes quando do


preenchimento do formulário de “aviso de sinistro”;

• perda de memória por parte do segurado quanto a fatos relevantes;

• pressão excessiva dos beneficiários ou do próprio segurado para pagamento


imediato da indenização;

• conhecimento excessivo do segurado sobre termos e procedimentos de


seguros;

• segurado com falta de documentação ou com documentação


excepcional;

• segurado que demonstra nervosismo quando é informado sobre a


investigação que será conduzida;

• segurado que apresenta problema recente de saúde; e

• segurado com problemas financeiros.

UNIDADE 5 93
REGULAÇÃO DO PROCESSO
DE SINISTRO
Os segurados deverão ser informados sobre os procedimentos para liquidação
de sinistros, com especificação dos documentos básicos previstos a serem
apresentados para cada tipo de cobertura, facultando-se às seguradoras, no
caso de dúvida fundada e justificável, a solicitação de outros documentos.

O prazo para pagamento das indenizações deverá ser estabelecido pela


seguradora, não podendo ser superior a 30 dias, contados a partir da
entrega de todos os documentos básicos, ressalvado os casos de solicitação
Importante
de documentação e/ou informação complementar, nos quais o prazo para
A tramitação de inquérito policial não é
causa de indeferimento para o pagamento pagamento da indenização é suspenso, voltando a correr a partir do primeiro
da indenização. Portanto, é vedado dia útil subsequente àquele em que forem completamente atendidas as
o condicionamento do pagamento exigências.
da indenização à apresentação de
documentos relacionados à tramitação
e/ou conclusão de inquérito policial. Observe-se que somente é possível à Seguradora solicitar documentos
complementares uma única vez, oportunidade na qual deverão ser requeridos
É considerada abusiva a inclusão nas
todos os documentos necessários, na medida em que não haverá nova
condições contratuais de cláusulas que
disponham sobre exigência de: oportunidade de solicitação de tais documentos.

1) alvará judicial, como pressuposto O não pagamento da indenização no prazo previsto implicará a aplicação de
para o cumprimento de obrigação
pactuada, cabendo à seguradora juros de mora a partir da data do atraso, sem prejuízo de sua atualização, nos
verificar somente a regularidade da termos da legislação específica.
representação quando o pagamento
da indenização devido não for efetuado
diretamente ao beneficiário; e
O pagamento da indenização poderá ser realizado sob a forma de parcela única
2) certidão de nascimento atualizada. ou de renda, sendo admissível que o plano com cobertura de risco preveja
a hipótese de substituição do pagamento da indenização em dinheiro por
pagamento em bens ou serviços, desde que expressamente solicitada pelo
segurado ou beneficiários.

O pagamento da indenização não deve estar condicionado a nenhuma


restrição temporal, sendo vedada a inclusão de cláusula que disponha sobre
a fixação de prazo máximo para a comunicação de sinistro.

A seguir, apresentaremos os principais documentos solicitados quando da


regulação de um sinistro.

Morte por Causa Natural


• Documento de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Certidão de óbito do segurado;
• Certidão de casamento, se o beneficiário indicado for esposa;
• Certidão de nascimento dos filhos, se estes forem indicados como
beneficiários;
• CIC e RG do segurado e dos beneficiários; e
• Comprovante de residência dos beneficiários (solicitada para pagamento
de indenizações acima de R$ 10.000,00).

94 SEGUROS DE PESSOAS
Morte por Causa Acidental
Além dos documentos indicados para morte por causa natural, deverão ser
encaminhados:

• Boletim de Ocorrência Policial, ou Boletim de Registro de Acidente de


Trânsito – BRAT se houver;
• Laudo de exame cadavérico expedido pelo IML, se houver;
• Certidão de conclusão do inquérito policial, se houver;
• Laudo do exame alcoolemia/toxicológico, se houver e quando for o caso;
• CNH (Carteira Nacional de Habilitação), quando o segurado for o condutor
do veículo envolvido no acidente; e
• CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), se for o caso.

Invalidez Permanente Total ou Parcial por


Acidente
• CIC e RG do segurado;
• Declaração emitida pelo médico assistente, na qual revela, expressamente,
o órgão e/ou membro atingido e o respectivo grau de invalidez em
percentuais, além das demais informações;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Radiografias extraídas, acompanhadas dos respectivos laudos;
• Outros documentos que atestem a incapacidade definitiva do segurado;
• Declaração de primeiro atendimento hospitalar;
• Comunicação de alta; e
• Boletim de Ocorrência Policial ou BRAT.

Invalidez Laborativa/Funcional Permanente


Total por Doença
• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Declaração médica, pormenorizando as causas que culminaram na invalidez
e informando a data do diagnóstico inicial da doença;
• Cópias de exames que confirmem a doença, acompanhados dos respectivos
laudos; e
• Carta de concessão de aposentadoria (se houver).

Despesas Médico-Hospitalares e
Odontológicas
• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Receitas médicas;
• Notas fiscais (com comprovante de recebimento) e receitas que originaram
as despesas;
• Recibos originais de médicos credenciados e/ou contas hospitalares (com
comprovante de recebimento);

UNIDADE 5 95
• Radiografias (se houver); e
• Guias de internações e comprovantes originais de pagamentos.

Diária de Incapacidade
• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Relatório médico; e
• Guias de internações.

Diária por Internação Hospitalar


• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Declaração médica, pormenorizando o motivo da internação e informando
a data inicial e final da mesma; e
• Cópias de exames que confirmem a doença, acompanhadas dos
respectivos laudos.

Doenças Graves
• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Declaração médica, pormenorizando a doença grave e informando a data
do diagnóstico inicial da doença; e
• Cópias de exames que confirmem a doença, acompanhados dos
respectivos laudos.

Perda de Renda por Desemprego


• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente; e
• CTPS, cópias das folhas de identificação/qualificação, das de registro e a
folha seguinte às de registro.

Seguro Educacional
• CIC e RG do segurado;
• Formulário de aviso de sinistro fornecido pela seguradora e assinado pelo
médico assistente;
• Cópias das informações escolares.

Seguro de Viagem
• CIC e RG do segurado.

96 SEGUROS DE PESSOAS
Fixando Conceitos 5

[1] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) A regulação de sinistro é o processo de apuração dos prejuízos sofridos
pelo segurador e por todos os demais elementos que influem no cálculo
da indenização e no seu direito a ela.
(b) Perda de memória por parte do segurado quanto a fatos relevantes
não deve ser considerado como um indicador de fraude.
(c) Os segurados deverão ser informados sobre os procedimentos para
liquidação de sinistros, com especificação dos documentos básicos
previstos a serem apresentados para cada tipo de cobertura, não
sendo facultado às seguradoras, mesmo no caso de dúvida fundada
e justificável, a solicitação de outros documentos.
(d) O prazo para pagamento das indenizações deverá ser estabelecido
pela seguradora, não podendo ser superior a 60 dias, contados a
partir da entrega de todos os documentos básicos.
(e) O não pagamento da indenização no prazo previsto implicará a
aplicação de juros de mora a partir da data do atraso, sem prejuízo
de sua atualização, nos termos da legislação específica.

[2] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) É admissível que o plano de Seguros de Pessoas com cobertura de risco


preveja a hipótese de substituição do pagamento da indenização em
dinheiro por pagamento em bens ou serviços, desde que expressamente
solicitada pelo segurado ou beneficiários.
(b) O pagamento da indenização pode estar condicionado à restrição
temporal.
(c) Pode ser incluída cláusula nas condições contratuais que disponha
sobre a fixação de prazo máximo para a comunicação de sinistro.
(d) A tramitação do inquérito policial é causa de indeferimento para o
pagamento da indenização.
(e) Não é considerada abusiva a inclusão nas condições contratuais de
cláusula que disponha sobre exigência de certidão de nascimento
atualizada.

FIXANDO CONCEITOS 5 97
98 SEGUROS DE PESSOAS
6
NOÇÕES DE
SUBSCRIÇÃO

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Explicar o que é subscrição e sua importância para a seguradora.
• Descrever o que o subscritor deve levar em consideração ao analisar uma proposta.
• Listar as três formas de como o risco pode ser classificado.

UNIDADE 6 99
100 SEGUROS DE PESSOAS
S
ubscrição é o processo de tomada de decisões seletivas utilizado pela
seguradora para aceitar um risco. Normalmente, as atividades de
subscrição encontram-se distribuídas entre várias áreas e pessoas nas
seguradoras.

É no momento da subscrição que se decide quais riscos são aceitáveis e em


que condições, determinando os valores dos prêmios correspondentes a
serem cobrados.

A subscrição tem como objetivo principal manter o índice de risco da seguradora


em uma faixa aceitável, visando o atendimento integral de suas obrigações
para com os segurados, o lucro e a manutenção de sua subsistência.

A obrigação de uma seguradora é atender aos seus segurados quando


necessário, especialmente no momento de ocorrência de perdas. Para garantir
que poderá atender a todas as suas obrigações contratuais, a seguradora
deve cobrar um prêmio adequado por cada risco segurado, insistir em que
os segurados tomem as medidas necessárias para a prevenção de perdas e,
quando devida, pagar cada indenização prontamente. A cobrança de um
prêmio adequado protege os segurados e a seguradora.

A subscrição é a fase mais importante da operação em uma seguradora. Tudo


o mais que a seguradora faz, tal como comercialização, emissão e endosso de
apólice, pagamentos e outros, está diretamente relacionado a ou é consequente
das decisões da subscrição.

Por isso, é importante conhecer os principais agentes envolvidos no


processo de subscrição: o risco, o subscritor e a precificação.

O risco corresponde à possibilidade de perda ou ao objeto do seguro. Para que


haja seguro, é necessário que haja risco, ou seja, um acontecimento possível,
mas futuro e incerto, que independe da vontade do segurado e do segurador.
É a ocorrência do risco coberto, ocorrido em conformidade com o previsto na
regulamentação e no contrato, que obriga a seguradora a pagar ao segurado,
ou a seu beneficiário, a importância convencionada.

O subscritor, também denominado de analista de risco ou underwriter é o


profissional que trabalha em seguros e toma decisões seletivas referentes ao
processo de subscrição ou à análise do risco.

Já a precificação nada mais é do que encontrar o prêmio adequado para Atenção


Os subscritores devem ter em mente que
o risco. O subscritor e o atuário tratam de diferentes aspectos do preço do
suas decisões quanto à aceitação de um
seguro. Usando as estatísticas de todo o mercado e as premissas do contrato, segurado ou risco podem, muitas vezes e
o atuário calcula a taxa a ser cobrada pelo seguro. Já o subscritor verifica se indiretamente, afetar todos os segurados.
uma determinada proposta de seguro se encaixa nas premissas do contrato
correspondente.

O papel do atuário é encontrar premissas padrão para abranger o maior


público possível, bem como oferecer ao subscritor flexibilidade para adequação
de taxas aos casos concretos por ele analisados. O subscritor tem o papel
de determinar a taxa exata e adequada a cada proponente. Sendo assim, o
atuário tem uma visão macro do mercado, ao passo que o subscritor tem a
visão micro, analisando cada caso, cada risco.

UNIDADE 6 101
Portanto, a precificação é a determinação, por parte do subscritor, do “preço”
do seguro, ou seja, o valor do prêmio a ser cobrado ao proponente, após a
análise do risco, para que a seguradora possa aceitar aquele determinado risco.
A precificação deve ser justa, de forma a permitir a cobertura do risco,
sem prejuízo aos demais segurados e, ainda, garantir o lucro operacional
da seguradora.

O valor do prêmio cobrado sobre uma apólice que cubra o risco de morte, por
exemplo, é determinado pela mortalidade presumida e, também, pelos custos
administrativos. A mortalidade normal ou “padrão” representa o número
de pessoas, para cada mil, que, presumivelmente, morrerão a cada ano devido
ao que chamamos “causas previstas”, como envelhecimento, acidentes de
automóvel, condições médicas graves, incêndios, atos da natureza etc.

Essa “mortalidade normal” determinará o prêmio para as apólices que serão


emitidas sem agravamento, ou seja, com o prêmio padrão.

Se o proponente não se adapta às premissas padronizadas pelo atuário, o


subscritor agrava o prêmio ou, em casos extremos, nega a aceitação do risco.

FINALIDADE DA SUBSCRIÇÃO
A subscrição, que também é conhecida como underwriting ou análise de risco,
pode ser definida como o processo de decisão quanto à aceitação ou rejeição
de um risco por uma seguradora. Determinará, também, os capitais segurados
e as condições sob as quais os riscos aceitáveis serão segurados.

A subscrição é fundamental para que uma seguradora seja capaz de alcançar


dois objetivos: fornecer a cobertura do seguro atendendo, assim, ao
cliente e obter um lucro operacional razoável.

A subscrição determina para quem, sob que condições e a qual preço a


cobertura do seguro poderá ser contratada, além de quais os proponentes
ao seguro serão aceitos e quais serão rejeitados.

Quando o risco é considerado dentro dos limites aceitáveis, há a aprovação


com o “preço” padrão (standard). Entretanto, se o potencial de mortalidade
encontra-se acima da média, ocorre aprovação com uma taxa de prêmio
agravada. Finalmente, se o segurado estiver fora dos limites de aceitação, a
proposta é rejeitada.

ÓTICAS ECONÔMICA,
FINANCEIRA E MORAL
O subscritor deve verificar se o proponente tem condições de manter os
pagamentos da cobertura contratada. Nos casos de cobertura de maior valor, o
subscritor poderá, inclusive, utilizar agências especializadas para uma pesquisa
mais aprofundada a respeito do “perfil” do proponente.

102 SEGUROS DE PESSOAS


É importante que o subscritor sempre tenha em mente, para pesquisa, a razão
pela qual o proponente deseja comprometer determinado percentual de sua
renda para o pagamento do seguro. O subscritor deve analisar, atentamente,
as propostas em que o proponente deseja comprometer mais que determinado
percentual de sua renda (por exemplo, mais de 30%) para o pagamento dos
prêmios, uma vez que ele possui outros compromissos financeiros (aluguel,
telefone, alimentação, transporte). Será que, ao comprometer um considerável
percentual de renda apenas para o pagamento dos prêmios do seguro, o
proponente não sabe da existência de um risco certo e iminente?

O subscritor deve analisar as atividades exercidas pelo proponente, podendo


estipular uma sobretaxa no valor do prêmio, em caso de profissões que
ofereçam risco ou sejam insalubres, como, por exemplo, profissionais da
construção civil e policiais.

Além disso, o subscritor deve analisar as atividades sociais, esporte e hobbies


praticados pelo proponente, podendo estipular uma sobretaxa no valor do
prêmio para aquelas atividades que ofereçam risco como, por exemplo, a
prática de automobilismo, motocross e asa delta.

A PROPOSTA
A proposta é a primeira fonte de informação para a seguradora. É muito
importante que seja completamente preenchida e também que as respostas Você sabia
sejam verdadeiras e precisas. Nos Estados Unidos, para propostas de
valores elevados, é comum o proponente
receber a visita de um médico e serem
No Brasil, é comum a proposta de seguro ser dividida em informações pessoais, realizados exames de urina, sangue e
como: nome, endereço, ocupação, data de nascimento, CPF e o formulário médico, leitura da pressão arterial. Há, ainda,
chamado de “DPS” – Declaração Pessoal de Saúde. casos em que se exige raio X do tórax e
eletrocardiograma (ECG).

A quantidade de perguntas indicadas na DPS afeta o nível de informação obtida Algumas seguradoras no Brasil já utilizam
e, diretamente, o trabalho de análise do subscritor. Para coberturas superiores esses métodos de análise de risco mais
apurados. Essas são importantes fontes
a R$ 100.000,00, é recomendável exigir um rigor maior nas informações
de informação que subsidiam o subscritor
médicas. Além disso, seria recomendável solicitar informações sobre os hábitos, na análise de risco do cliente.
esportes e hobbies do proponente, as características pessoais e financeiras,
bem como os outros seguros que o proponente venha a possuir.

DECLARAÇÃO PESSOAL DE SAÚDE


A subscrição ou análise de risco é feita a partir da análise da Declaração
Pessoal de Saúde – DPS – preenchida pelo proponente. Após essa análise, feita
pelo subscritor ou analista de risco ou, se necessário, também pelo médico
credenciado pela seguradora, as respostas são classificadas como satisfatórias,
incompletas ou insuficientes.

Na hipótese de existência de alguma margem de dúvida quanto à qualidade


do risco, o subscritor poderá recusar a proposta, solicitar mais informações,
cópias de exames, informações por escrito do médico assistente ou submeter
o proponente a exames determinados pela seguradora.

UNIDADE 6 103
Quando houver dispensa da DPS, poderá ser estabelecido um período de
carência, ou seja, um período em que o proponente só terá cobertura em
caso de morte acidental, uma vez que para essa cobertura não há período
de carência.

O estabelecimento do período de carência tem por objetivo minimizar a


inclusão de riscos cuja ocorrência é certa e em breve período de tempo.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS


De posse de todas as informações, o risco poderá ser classificado da
seguinte forma:

Agravo da Taxa do Prêmio ou


Percentagem Extra
Esta é uma das decisões feitas que compete aos subscritores. Cada seguradora
aplica suas próprias tabelas de agravamento. Essa taxação é aplicada sobre o
prêmio padrão. Por exemplo, uma pessoa com diabetes pode ter seu prêmio
agravado em 25% (multiplicado por 125%).

É comum o prêmio extra ou agravo chegar até 500%.

Agravamento Temporário
Esta modalidade apresenta um custo extra por um período determinado de
anos ou até que determinada condição se altere. Normalmente, aplica-se um
determinado valor de prêmio extra para cada R$ 1.000,00 de cobertura.

Agravamento Permanente
Neste caso, o subscritor assume que não ocorrerão mudanças nas
condições do proponente. Essa modalidade também apresenta um custo
extra para cada R$ 1.000,00 de cobertura. Não há, porém, determinação
de tempo para o prêmio voltar ao patamar padrão. É comum em apólices
para alguns tipos de câncer.

104 SEGUROS DE PESSOAS


Fixando Conceitos 6

[1] Sobre o processo de subscrição, podemos afirmar que:


Anotações:
(a) Subscrição é o processo de tomada de decisões seletivas utilizado
pelas seguradoras para aceitar um sinistro.
(b) É no momento da subscrição que se decide quais riscos são
aceitáveis e em que condições, determinando os valores dos prêmios
correspondentes a serem cobrados.
(c) Normalmente, as atividades de subscrição encontram-se concentradas
em uma única área das seguradoras.
(d) A subscrição não é uma fase importante da operação em uma
seguradora.
(e) Os principais agentes envolvidos no processo de subscrição são o risco
e o subscritor.

[2] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Para que exista seguro não é necessário que haja risco.
(b) A precificação é a determinação, por parte do atuário, do “preço” do
seguro.
(c) O atuário tem uma visão micro do mercado, ao passo que o subscritor
tem a visão macro.
(d) Subscritor, analista de risco ou underwriter é o profissional que
trabalha em seguros e toma decisões seletivas referentes ao processo
de subscrição ou análise de risco.
(e) Se o proponente não se adapta às premissas padronizadas pelo
atuário, o subscritor agrava o prêmio, mas nunca nega a aceitação
do seguro.

[3] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) Quando o risco é considerado dentro dos limites aceitáveis, há a


aprovação com uma taxa de prêmio agravada.
(b) Se o segurado estiver fora dos limites de aceitação, a proposta é
rejeitada.
(c) O subscritor não precisa analisar as atividades sociais, esportes e hobbies
praticados pelo proponente.
(d) Não há necessidade de o subscritor verificar se o proponente tem
condições de manter os pagamentos da cobertura contratada.
(e) O subscritor deve analisar as atividades exercidas pelo proponente,
recusando aqueles que tenham profissões que ofereçam risco ou sejam
insalubres.

FIXANDO CONCEITOS 6 105


Fixando Conceitos 6

[4] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) A quantidade de perguntas indicadas na Declaração Pessoal de Saúde
não afeta o nível de informação obtido e o trabalho de análise do
subscritor.
(b) Na hipótese de existência de alguma margem de dúvida quanto à
qualidade do risco, o subscritor poderá solicitar mais informações,
mas não poderá recusar a proposta.
(c) A proposta é a primeira fonte de informação para a seguradora.
(d) A subscrição é feita a partir da análise da apólice.
(e) De posse de todas as informações, o risco poderá ser classificado de
cinco formas.

106 SEGUROS DE PESSOAS


7
ATUALIZAÇÃO
DE VALORES

Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:


• Diferenciar as formas como os contratos de seguros terão seus valores atualizados.
• Listar os índices que podem ser utilizados para atualização dos valores dos planos.

UNIDADE 7 107
108 SEGUROS DE PESSOAS
UMA NOÇÃO HISTÓRICA
Embora no Decreto-Lei 73/66 já houvesse a previsão da possibilidade de
atualização monetária de valores nos contratos de seguros, a correção
monetária só se tornou obrigatória no final de 1968, quando foi publicada
a Lei 5.488, cujo foco eram as indenizações. Ao longo das décadas e dos
diversos planos visando a estabilização da moeda no Brasil, foram adotados
inúmeros atos normativos que tratavam das atualizações monetárias e da
periodicidade de suas aplicações. A título de exemplo, os atos normativos
que tratam da atualização de valores – Resolução CNSP 103/2004 e Circular
SUSEP 255/2004 – revogaram quase 47 normas.

AS REGRAS ATUAIS
Os planos com coberturas estruturadas na modalidade de benefício definido
deverão conter cláusula de atualização anual de valores com base em índice
pactuado. Exceção à regra são as contratações com vigência igual ou inferior
a 1 ano, que não poderão conter cláusula de atualização de valores.

Dessa forma, os capitais segurados e os prêmios serão atualizados na data de


aniversário da contratação, com base no índice pactuado, ficando facultado o
estabelecimento de outra data-base, desde que os valores, contratualmente
previsto sejam atualizados até essa outra data-base e, a partir de então, seja
respeitada a periodicidade anual.

Entretanto, quando as coberturas de risco forem custeadas mediante o


pagamento de prêmio único, os capitais segurados deverão ser atualizados pelo
índice pactuado até a data de ocorrência do evento gerador. Exemplo
Suponha que determinado segurado, com
Alternativamente à atualização de valores, existe a possibilidade de adoção 60 anos de idade, comece a receber uma
renda mensal vitalícia de valor igual a
de cláusula de recálculo do capital segurado durante o período que antecede R$ 1.000,00. Suponha que a inflação
o pagamento da indenização, segundo fatores objetivos (variação salarial, mensal seja igual a 1%, o que equivale a
mensalidade escolar) expressos nas condições gerais, na apólice, no certificado, 12,68% de inflação anual.

nas propostas e no contrato, devendo ser observado que essa possibilidade Neste caso, seria razoável imaginar que,
está restrita às coberturas estruturadas no regime financeiro de repartição e ao final de 1 ano, o valor da renda desse
segurado passaria para R$ 1.126.83
que tenham sido contratadas sob a forma coletiva.
(R$ 1.000,00 × 1,1268).

Já os planos com coberturas estruturadas na modalidade de contribuição Entretanto, como a provisão matemática de
benefícios concedidos deve ser atualizada
variável poderão conter cláusula de atualização anual dos prêmios com base mensalmente, existe uma “sobra” nesta
no índice pactuado. provisão, que deve ser repassada para
o segurado que está recebendo renda.
Essa sobra, neste caso, equivale a R$ 2,96
Ocorrido o evento gerador de pagamento da indenização, os capitais (cálculo atuarial) e deve ser incorporada
segurados pagos sob forma de renda serão, a partir da data de sua concessão, ao valor da renda ou ser paga à vista ao
atualizados, anualmente, com base no índice pactuado em contrato e segurado.

acrescido do valor resultante da diferença gerada entre a atualização mensal Dessa forma, caso a seguradora opte por
da provisão matemática de benefícios concedidos e a atualização anual incorporar esse valor de R$ 2,96 à renda, o
segurado passará a receber R$ 1.129,78.
aplicada à renda.

UNIDADE 7 109
Atenção

O índice e a periodicidade de atualização de valores deverão constar das


condições gerais, da apólice, das propostas e, quando for o caso de plano
coletivo, do respectivo contrato.

O índice pactuado para a atualização de valores deverá ser estabelecido


em consonância com as seguintes opções:

1) Índice Nacional de Preços ao Consumidor/Fundação Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística – INPC/IBGE;

2) Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Fundação Instituto Brasileiro


de Geografia e Estatística – IPCA/IBGE;

3) Índice Geral de Preços para o Mercado/Fundação Getulio Vargas –


IGPM/FGV;

4) Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna/Fundação Getulio


Vargas – IGP-DI/FGV;

5) Índice Geral de Preços ao Consumidor/Fundação Getulio Vargas –


IPC/FGV; e

6) Índice de Preços ao Consumidor/Fundação Instituto de Pesquisas


Econômicas da Universidade de São Paulo – IPC/FIPE.

No caso de extinção do índice pactuado, deverá ser utilizado o


IPCA/IBGE, caso não tenha sido convencionado, no ato da contratação,
índice substituto dentre aqueles previstos acima.

110 SEGUROS DE PESSOAS


Fixando Conceitos 7

[1] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:


Anotações:
(a) O plano VGBL deverá conter, obrigatoriamente, cláusula de atualização
anual dos prêmios.
(b) O plano VRGP sempre deverá conter cláusula de atualização anual dos
prêmios.
(c) As contratações com vigência igual ou inferior a 1 ano poderão conter
cláusula de atualização de valores.
(d) Alternativamente à atualização de valores, existe, para as coberturas
estruturadas no regime financeiro de capitalização, a possibilidade de
adoção de cláusula de recálculo do capital segurado durante o período
que antecede a concessão da indenização.
(e) O plano VRSA poderá conter cláusula de atualização anual dos
prêmios.

[2] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O índice e a periodicidade de atualização de valores deverão constar


somente das condições gerais.
(b) O Índice Nacional de Custo da Construção/Fundação Getúlio Vargas –
INCC/FGV é um dos índices que podem ser utilizados para atualização
dos contratos de seguro.
(c) No caso de extinção do índice pactuado, deverá ser utilizado o
IPC/FGV, caso não tenha sido convencionado, no ato da contratação,
índice substituto entre aqueles previstos acima.
(d) Quando as coberturas de risco forem custeadas mediante o pagamento
de prêmio único, os capitais segurados deverão ser atualizados pelo
índice pactuado até a data de ocorrência do evento gerador.
(e) Os capitais segurados pagos sob forma de renda serão, a partir da
data de sua concessão, atualizados mensalmente.

FIXANDO CONCEITOS 7 111


112 SEGUROS DE PESSOAS
Testando Conhecimentos
[1] A pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano coletivo e
que fica investida de poderes de representação do segurado, nos termos da Anotações:
legislação e regulamentação em vigor, denomina-se:

(a) Segurado.
(b) Seguradora.
(c) Corretor.
(d) Beneficiário.
(e) Estipulante.

[2] Analise as proposições a seguir:

I) A figura do estipulante só existe nos planos individuais.


II) O estipulante-instituidor é aquele que não participa do custeio do plano.
III) O estipulante deve fornecer à seguradora todas as informações necessárias
para a análise e a aceitação do risco.

Agora assinale a alternativa correta:

(a) Somente a proposição I é verdadeira.


(b) Somente a proposição II é verdadeira.
(c) Somente a proposição III é verdadeira.
(d) As proposições I e II são verdadeiras.
(e) As proposições II e III são verdadeiras.

[3] O documento contendo a declaração dos elementos essenciais do interesse


a ser garantido e do risco em que o proponente, pessoa física ou jurídica,
expressa a intenção de contratar uma cobertura (ou coberturas), manifestando
pleno conhecimento das condições contratuais, denomina-se:

(a) Proposta de contratação.


(b) Endosso.
(c) Certificado.
(d) Proposta de adesão.
(e) Apólice.

[4] Sabendo-se que a taxa pura média é igual a 0,40 por mil, e que o capital
segurado total é igual a R$ 200.000,00, o prêmio puro total é igual a:

(a) R$ 40,00
(b) R$ 80,00
(c) R$ 400,00
(d) R$ 800,00
(e) R$ 80.000,00

TESTANDO CONHECIMENTOS 113


[5] O plano que garante aos segurados, durante o período de diferimento,
Anotações: por meio da contratação de índice de preços, apenas a atualização de valores
e a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros, é o:

(a) VAGP.
(b) VRGP.
(c) Dotal Misto.
(d) Dotal Puro.
(e) VGBL.

[6] ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR:

I) O VRGP é sempre estruturado na modalidade de benefício definido.


II) O VGBL sempre oferece reversão de resultados financeiros durante o
período de diferimento.
III) O VAGP oferece reversão de resultados financeiros durante o período de
diferimento.

Agora assinale a alternativa correta.

(a) Somente a proposição I é verdadeira.


(b) Somente a proposição II é verdadeira.
(c) Somente a proposição III é verdadeira.
(d) As proposições I e II são verdadeiras.
(e) As proposições II e III são verdadeiras.

[7] A modalidade de renda paga vitaliciamente ao segurado a partir da data


escolhida para concessão da indenização, e na qual os pagamentos cessam
com a morte do segurado, é a:

(a) Renda vitalícia.


(b) Renda certa.
(c) Renda vitalícia com prazo mínimo garantido.
(d) Renda reversível ao beneficiário.
(e) Renda temporária.

[8] O segurado poderá solicitar, independentemente do número de prêmios


pagos, resgate parcial ou total dos recursos do saldo da PMBaC, após o
cumprimento do período de carência, que deverá estar compreendido entre:

(a) 30 e 60 dias.
(b) 60 dias e 1 ano.
(c) 60 dias e 6 meses.
(d) 30 dias e 2 anos.
(e) 60 dias e 24 meses.

114 SEGUROS DE PESSOAS


[9] O percentual máximo de carregamento a ser cobrado de um segurado
que tenha contratado um VAGP estruturado na modalidade de benefício Anotações:
definido é de:

(a) 3%
(b) 5%
(c) 10%
(d) 30%
(e) 49%

[10] O VGBL composto é um plano que tem como característica:

(a) Ser estruturado na modalidade de benefício definido.


(b) Só admitir investimentos em títulos públicos.
(c) Admitir carregamento máximo igual a 30%.
(d) Permitir que, no máximo, 49% do patrimônio líquido do fundo seja
aplicado em renda variável.
(e) Garantir juros durante o período de diferimento.

[11] O percentual máximo de carregamento que pode ser cobrado em um


plano do tipo VGBL composto é de:

(a) 5%
(b) 10%
(c) 15%
(d) 30%
(e) 49%.

MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA

[12] Sobre as coberturas de risco, podemos afirmar que são aquelas cujo
evento gerador é:

(a) A sobrevivência do segurado a uma data determinada.


(b) Somente um acidente pessoal ocorrido em uma data determinada.
(c) Somente um acidente pessoal ocorrido em uma data não determinada.
(d) Somente a invalidez ocorrida em uma data não determinada.
(e) Não é a sobrevivência do segurado a uma data determinada.

[13] Sobre estipulante é correto afirmar que:

(a) Nos planos de seguro coletivo ou individual, existe a figura do


estipulante.
(b) Nos planos de Seguros de Pessoas, não é permitido que uma pessoa
física seja estipulante.
(c) Somente nos planos de seguro individual é que existe a figura do
estipulante.
(d) Somente nos planos de seguro coletivo é que existe a figura do
estipulante.
(e) Nos planos de Seguros de Pessoas, somente é permitido que uma
pessoa jurídica seja estipulante.

TESTANDO CONHECIMENTOS 115


[14] O primeiro beneficiário do Seguro Prestamistas será sempre:
Anotações:
(a) O estipulante, pelo valor do capital segurado contratado.
(b) O estipulante, pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso,
devendo a diferença que ultrapassá-lo, quando for o caso, ser paga
a um dos beneficiários indicados pelo segurado, ao próprio segurado
ou a seus herdeiros legais.
(c) Um dos beneficiários indicados pelo segurado, pelo valor do saldo da
dívida ou do compromisso, devendo a diferença que ultrapassá-lo,
quando for o caso, ser paga ao estipulante, ao próprio segurado ou
a seus herdeiros legais.
(d) Um dos herdeiros legais do segurado, pelo valor do saldo da dívida
ou do compromisso, devendo a diferença que ultrapassá-lo, quando
for o caso, ser paga ao estipulante ou ao próprio segurado.
(e) O segurado, pelo valor do capital segurado contratado.

MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA

[15] A cobertura estruturada na forma de benefício definido é aquela em que:

(a) O valor do capital segurável, pagável de uma única vez ou sob a


forma de renda, e o valor do prêmio são estabelecidos previamente,
na proposta.
(b) O valor do capital segurável, pagável somente de uma única vez, e o
valor do prêmio são estabelecidos previamente, na proposta.
(c) O valor do capital segurável, pagável de uma única vez ou sob a forma
de renda, e o valor do prêmio são estabelecidos a cada mês pelo
segurado, de acordo com o aporte desejado.
(d) O valor do capital segurável, pagável somente sob a forma de renda,
e o valor do prêmio são estabelecidos previamente, na proposta.
(e) O valor do capital segurável, pagável de uma única vez ou sob a forma
de renda, e o valor do prêmio são estabelecidos ao final de período
de diferimento.

[16] A cobertura estruturada na forma de contribuição variável é aquela na qual:

(a) O valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma
de renda, será calculado ao final do período de diferimento com base
no somatório dos prêmios pagos.
(b) O valor do capital segurado, pagável somente sob a forma de renda,
será calculado ao final do período de diferimento com base no
somatório dos prêmios pagos.
(c) O valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma
de renda, será estabelecido previamente, na proposta.
(d) O valor do capital segurado, pagável somente de uma única vez, será
estabelecido previamente, na proposta.
(e) O valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma
de renda, será calculado ao final do período de diferimento com base
no saldo acumulado na PMBaC e no fator de cálculo.

116 SEGUROS DE PESSOAS


[17] O resgate, nos planos com cobertura de risco, é um valor garantido que
dá direito ao: Anotações:

(a) Beneficiário, antes da ocorrência do sinistro, de retirar os recursos da


PMBaC.
(b) Beneficiário, depois da ocorrência do sinistro, de retirar os recursos da
PMBaC.
(c) Segurado, depois da ocorrência do sinistro, de retirar os recursos da
PMBaC.
(d) Estipulante, depois da ocorrência do sinistro, de retirar os recursos da
PMBaC.
(e) Segurado, antes da ocorrência do sinistro, de retirar os recursos da
PMBaC.

MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA

[18] Sobre a cobertura por sobrevivência, podemos afirmar que:

(a) Só pode ser oferecida em conjunto com cobertura de risco.


(b) É sempre estruturada no regime financeiro de capitalização.
(c) Tem por finalidade o pagamento do capital segurado somente sob a
forma de renda.
(d) É sempre estruturada na modalidade de contribuição variável.
(e) Só pode ser contratada de forma coletiva.

ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA


CORRETA

[19] Considera-se como data do evento, para efeito de determinação do capital


segurado, quando da liquidação dos sinistros:

I) Para as coberturas de acidentes pessoais, a data do acidente.


II) Para a cobertura de risco por invalidez, não consequente de acidente, a
data indicada na declaração médica.
III) Para a cobertura de perda de renda (Seguro Desemprego), a data da
ocorrência do evento coberto.

Agora assinale a alternativa correta:

(a) Somente I é proposição verdadeira.


(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente III é proposição verdadeira.
(d) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(e) Somente II e III são proposições verdadeiras.

TESTANDO CONHECIMENTOS 117


ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA
Anotações: CORRETA

[20] Nos seguros em que o segurado participa, total ou parcialmente, do


custeio do plano, o não repasse dos prêmios à seguradora, nos prazos
contratualmente estabelecidos:

I) Não poderá causar qualquer prejuízo aos segurados no que se refere à


cobertura e demais direitos oferecidos.
II) Não poderá causar qualquer prejuízo aos respectivos beneficiários no
que se refere à cobertura e demais direitos oferecidos.
III) Poderá acarretar a suspensão ou o cancelamento da cobertura, a critério
da seguradora, e sujeita o estipulante às cominações legais.

Agora assinale a alternativa correta:

(a) Somente I é proposição verdadeira.


(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente III é proposição verdadeira.
(d) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(e) Somente II e III são proposições verdadeiras.

MARQUE A ALTERNATIVA QUE PREENCHE CORRETAMENTE AS LACUNAS

[21] Sobre a subscrição de coberturas de risco, pode-se dizer que a ___________


é a primeira fonte de informação da seguradora, e que a _______________ é
fundamental para que uma seguradora seja capaz de pagar a cobertura de
seguro e obter um lucro operacional razoável.

(a) morte/sobrevivência
(b) proposta/subscrição
(c) apólice/sobrevivência
(d) sobrevivência/proposta
(e) apólice/subscrição

[22] Um segurado contratou um plano com cobertura por sobrevivência. Para


esse plano, a seguradora cobra um percentual de carregamento igual a 30%.
Assim, pode-se afirmar que o plano contratado foi o:

(a) Seguro Prestamista.


(b) VGBL.
(c) Seguro de Acidentes Pessoais.
(d) Seguro Funeral.
(e) VRGP.

[23] ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

(a) O VRSA é um plano estruturado na modalidade de benefício definido e


permite a cobrança de um percentual de carregamento de até 30%.
(b) O Dotal Misto é um plano estruturado na modalidade de benefício
definido e permite a cobrança de um percentual de carregamento de
até 10%.
(c) O Dotal Puro é um plano estruturado na modalidade de contribuição
variável e permite um percentual de carregamento de até 30%.
(d) O VGBL é um plano estruturado na modalidade de contribuição variável
e permite um percentual de carregamento de até 10%.
(e) O VRGP é um plano estruturado na modalidade de benefício variável
e permite um percentual de carregamento de até 30%.

118 SEGUROS DE PESSOAS


Estudos de Caso
Caso 1
Você, corretor de seguros, foi chamado pelo gerente de recursos humanos
da empresa ABC para fazer a cotação do Seguro de Vida em Grupo dos
funcionários da ABC. A empresa deseja apenas oferecer a cobertura de morte,
sendo o prêmio anual pago à vista e antecipadamente por aqueles funcionários
que aderirem ao seguro. A empresa decidiu que ela não arcará com qualquer
custo do seguro, sendo este totalmente custeado pelos funcionários que
quiserem aderir ao seguro.

A seguir, a empresa disponibilizou tabela contendo a característica do grupo


segurado:

Capital
Quantidade de
Idade Segurado
Funcionários
Individual

20 18 6.000,00

25 22 7.200,00

18 25 9.600,00

30 28 13.200,00

20 32 14.400,00

22 34 24.000,00

19 38 25.000,00

38 42 30.000,00

21 45 35.000,00

15 51 40.000,00

17 55 45.000,00

9 58 47.000,00

Com base nessas informações, calcule:

a) A taxa pura média com base na tábua AT-83 Male.


b) A taxa comercial média com base na tábua AT-83 Male, supondo um
carregamento de 40%.
c) O prêmio comercial que cada funcionário deverá pagar.

ESTUDOS DE CASO 119


Caso 2
Cada cliente em potencial de seguros é único e cada proposta de seguro
representa determinado risco para uma seguradora de Vida. Para manter sua
saúde financeira e conseguir pagar os benefícios contratuais, cada seguradora
deve ter meios de medir o nível de risco que cada prospectivo segurado
representa, de modo a poder cobrar a taxa mínima de prêmio adequada a
pagar os benefícios da apólice e que reflita o nível de risco que a seguradora
assume quando fornece a cobertura.

A subscrição de riscos, também chamada de seleção de risco, é a função


do seguro responsável pela avaliação e classificação do grau de risco que
um potencial segurado ou grupo de segurados representa e pela tomada
de decisão relativa à cobertura daquele risco. Em geral, um segurado que
apresente um grau de risco maior paga um prêmio mais alto pela cobertura
do seguro.

Diversos tipos de fatores de risco e impedimentos afetam o nível de risco de


mortalidade de um prospectivo segurado e, consequentemente, determinam
a classe de risco na qual a pessoa é incluída – subscrição do Seguro de Vida
Individual. Alguns fatores aumentam o nível de risco de mortalidade do
segurado, enquanto outros diminuem o risco de mortalidade.

As seguradoras, em geral, dividem os fatores de risco em três categorias:


fatores médicos de risco, fatores pessoais de risco e fatores financeiros de
risco. Discuta cada uma das três categorias, e as implicações na mortalidade
do segurado.

120 SEGUROS DE PESSOAS


Anexos

1 Tábuas de Mortalidade

2 Tábuas BR-EMS

3 Exemplo de Tabela para Cálculo da Indenização em Caso de Invalidez Permanente

ANEXOS 121
122 SEGUROS DE PESSOAS
Anexo 1
TÁBUAS DE MORTALIDADE

Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70

0 0,002311 0,002690 0,004040 0,000000

1 0,000906 0,001053 0,001580 0,000000

2 0,000504 0,000591 0,000887 0,000000

3 0,000408 0,000476 0,000715 0,000000

4 0,000357 0,000417 0,000627 0,000000

5 0,000324 0,000377 0,000566 0,000000

6 0,000301 0,000350 0,000526 0,000000

7 0,000286 0,000333 0,000500 0,000000

8 0,000328 0,000352 0,000487 0,000000

9 0,000362 0,000368 0,000482 0,000000

10 0,000390 0,000382 0,000483 0,000000

11 0,000413 0,000394 0,000492 0,000000

12 0,000431 0,000405 0,000502 0,000000

13 0,000446 0,000415 0,000512 0,000000

14 0,000458 0,000425 0,000524 0,000000

15 0,000470 0,000435 0,000537 0,001195

16 0,000481 0,000446 0,000551 0,001210

17 0,000495 0,000458 0,000567 0,001225

18 0,000510 0,000472 0,000584 0,001240

19 0,000528 0,000488 0,000603 0,001255

20 0,000549 0,000505 0,000624 0,001270

21 0,000573 0,000525 0,000648 0,001285

22 0,000599 0,000546 0,000674 0,001300

23 0,000627 0,000570 0,000702 0,001315

24 0,000657 0,000596 0,000733 0,001330

25 0,000686 0,000622 0,000768 0,001345

26 0,000714 0,000650 0,000806 0,001360

27 0,000738 0,000677 0,000849 0,001375

ANEXO 1 123
Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70

28 0,000758 0,000704 0,000896 0,001390

29 0,000774 0,000731 0,000947 0,001405

30 0,000784 0,000759 0,001004 0,001424

31 0,000789 0,000786 0,001067 0,001473

32 0,000789 0,000814 0,001136 0,001532

33 0,000790 0,000843 0,001213 0,001603

34 0,000791 0,000876 0,001297 0,001689

35 0,000792 0,000917 0,001391 0,001790

36 0,000794 0,000968 0,001494 0,001911

37 0,000823 0,001032 0,001607 0,002052

38 0,000872 0,001114 0,001733 0,002217

39 0,000945 0,001216 0,001872 0,002407

40 0,001043 0,001341 0,002025 0,002624

41 0,001168 0,001492 0,002220 0,002871

42 0,001322 0,001673 0,002481 0,003150

43 0,001505 0,001886 0,002804 0,003464

44 0,001715 0,002129 0,003187 0,003813

45 0,001948 0,002399 0,003625 0,004202

46 0,002198 0,002693 0,004116 0,004631

47 0,002463 0,003009 0,004657 0,005103

48 0,002740 0,003343 0,005246 0,005620

49 0,003028 0,003694 0,005880 0,006185

50 0,003330 0,004057 0,006557 0,006802

51 0,003647 0,004431 0,007277 0,007472

52 0,003980 0,004812 0,008038 0,008210

53 0,004331 0,005198 0,008840 0,009022

54 0,004698 0,005591 0,009682 0,009915

55 0,005077 0,005994 0,010565 0,010896

56 0,005465 0,006409 0,011491 0,011976

57 0,005861 0,006839 0,012460 0,013163

58 0,006265 0,007290 0,013476 0,014468

59 0,006694 0,007782 0,014542 0,015902

60 0,007170 0,008338 0,015662 0,017478

61 0,007714 0,008983 0,016869 0,019209

62 0,008348 0,009740 0,018199 0,021112

63 0,009093 0,010630 0,019666 0,023201

64 0,009968 0,011664 0,021283 0,025495

65 0,010993 0,012851 0,023066 0,028013

66 0,012188 0,014199 0,025030 0,030776

124 SEGUROS DE PESSOAS


Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70

67 0,013572 0,015717 0,027193 0,033807

68 0,015160 0,017414 0,029577 0,037131

69 0,016946 0,019296 0,032202 0,040775

70 0,018920 0,021371 0,035092 0,044768

71 0,021071 0,023647 0,038272 0,049141

72 0,023388 0,026131 0,041771 0,053928

73 0,025871 0,028835 0,045620 0,059164

74 0,028552 0,031794 0,049852 0,064890

75 0,031477 0,035046 0,054501 0,071146

76 0,034686 0,038631 0,059609 0,077976

77 0,038225 0,042587 0,065216 0,085427

78 0,042132 0,046951 0,071368 0,093549

79 0,046427 0,051755 0,078113 0,102392

80 0,051128 0,057026 0,085503 0,112012

81 0,056250 0,062791 0,093593 0,122464

82 0,061809 0,069081 0,102443 0,133806

83 0,067826 0,075908 0,112113 0,146099

84 0,074322 0,083230 0,122669 0,159402

85 0,081326 0,090987 0,134178 0,173775

86 0,088863 0,099122 0,146709 0,189278

87 0,096958 0,107577 0,160333 0,205970

88 0,105631 0,116316 0,175124 0,223906

89 0,114858 0,125394 0,191151 0,243139

90 0,124612 0,134887 0,208485 0,263714

91 0,134861 0,144873 0,227192 0,285674

92 0,145575 0,155429 0,247332 0,309049

93 0,156727 0,166629 0,268960 0,333863

94 0,168290 0,178537 0,292118 0,360127

95 0,180245 0,191214 0,316834 0,387840

96 0,192565 0,204721 0,343122 0,416986

97 0,205229 0,219120 0,370973 0,447535

98 0,218683 0,234735 0,400352 0,479438

99 0,233371 0,251889 0,431199 0,512630

100 0,249741 0,270906 0,463415 0,547029

101 0,268237 0,292111 0,496870 0,582533

102 0,289305 0,315826 0,531389 0,619026

103 0,313391 0,342377 0,566757 0,656373

104 0,340940 0,372086 0,602714 0,694427

105 0,372398 0,405278 0,638956 0,733028

ANEXO 1 125
Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70

106 0,408210 0,442277 0,675143 0,772005

107 0,448823 0,483406 0,710898

108 0,494681 0,528989 0,745822

109 0,546231 0,579351 1,000000

110 0,603917 0,634814

111 0,668186 0,695704

112 0,739483 0,762343

113 0,818254 0,835056

114 0,904945 0,914167

115 1,000000 1,000000

126 SEGUROS DE PESSOAS


Anexo 2
TÁBUAS BR-EMS

Sobrevivência Sobrevivência Mortalidade Mortalidade


Masculina Feminina Masculina Feminina
Idade
BR-EMSsb-v.2010-m BR-EMSsb-v.2010-f BR-EMSmt-v.2010-m BR-EMSmt-v.2010-f

qx qx qx qx

0 0,00200 0,00038 0,00274 0,00128

1 0,00069 0,00038 0,00095 0,00046

2 0,00035 0,00020 0,00048 0,00025

3 0,00022 0,00013 0,00030 0,00016

4 0,00016 0,00010 0,00022 0,00012

5 0,00013 0,00008 0,00018 0,00010

6 0,00012 0,00007 0,00016 0,00009

7 0,00011 0,00007 0,00015 0,00009

8 0,00011 0,00008 0,00015 0,00009

9 0,00012 0,00009 0,00016 0,00011

10 0,00013 0,00012 0,00018 0,00014

11 0,00015 0,00015 0,00021 0,00018

12 0,00019 0,00018 0,00026 0,00022

13 0,00024 0,00022 0,00033 0,00026

14 0,00031 0,00025 0,00042 0,00030

15 0,00039 0,00027 0,00053 0,00033

16 0,00048 0,00029 0,00065 0,00035

17 0,00057 0,00030 0,00078 0,00037

18 0,00066 0,00031 0,00090 0,00037

19 0,00074 0,00030 0,00101 0,00037

20 0,00080 0,00030 0,00110 0,00037

21 0,00085 0,00030 0,00117 0,00036

22 0,00089 0,00029 0,00122 0,00036

23 0,00092 0,00029 0,00125 0,00035

24 0,00093 0,00029 0,00127 0,00035

25 0,00093 0,00029 0,00127 0,00035

ANEXO 2 127
Sobrevivência Sobrevivência Mortalidade Mortalidade
Masculina Feminina Masculina Feminina
Idade
BR-EMSsb-v.2010-m BR-EMSsb-v.2010-f BR-EMSmt-v.2010-m BR-EMSmt-v.2010-f

qx qx qx qx

26 0,00093 0,00029 0,00127 0,00036

27 0,00092 0,00030 0,00126 0,00037

28 0,00092 0,00032 0,00126 0,00039

29 0,00091 0,00033 0,00125 0,00041

30 0,00092 0,00035 0,00126 0,00044

31 0,00093 0,00037 0,00127 0,00047

32 0,00094 0,00040 0,00129 0,00050

33 0,00099 0,00042 0,00135 0,00054

34 0,00103 0,00045 0,00142 0,00057

35 0,00109 0,00047 0,00149 0,00062

36 0,00115 0,00051 0,00157 0,00066

37 0,00121 0,00054 0,00166 0,00071

38 0,00128 0,00058 0,00176 0,00076

39 0,00136 0,00062 0,00186 0,00082

40 0,00144 0,00066 0,00198 0,00088

41 0,00153 0,00071 0,00211 0,00095

42 0,00164 0,00077 0,00225 0,00103

43 0,00175 0,00083 0,00240 0,00111

44 0,00187 0,00089 0,00256 0,00120

45 0,00200 0,00096 0,00275 0,00130

46 0,00215 0,00104 0,00295 0,00140

47 0,00231 0,00112 0,00317 0,00152

48 0,00249 0,00121 0,00341 0,00164

49 0,00268 0,00131 0,00367 0,00178

50 0,00290 0,00142 0,00396 0,00193

51 0,00313 0,00155 0,00427 0,00209

52 0,00339 0,00169 0,00462 0,00228

53 0,00367 0,00185 0,00499 0,00248

54 0,00398 0,00203 0,00541 0,00270

55 0,00431 0,00223 0,00586 0,00294

56 0,00468 0,00245 0,00635 0,00321

57 0,00509 0,00271 0,00690 0,00351

58 0,00554 0,00299 0,00749 0,00384

59 0,00603 0,00330 0,00814 0,00420

60 0,00656 0,00365 0,00886 0,00459

61 0,00715 0,00403 0,00964 0,00501

128 SEGUROS DE PESSOAS


Sobrevivência Sobrevivência Mortalidade Mortalidade
Masculina Feminina Masculina Feminina
Idade
BR-EMSsb-v.2010-m BR-EMSsb-v.2010-f BR-EMSmt-v.2010-m BR-EMSmt-v.2010-f

qx qx qx qx

62 0,00780 0,00445 0,01049 0,00548

63 0,00851 0,00491 0,01143 0,00599

64 0,00929 0,00541 0,01246 0,00654

65 0,01014 0,00593 0,01358 0,00714

66 0,01107 0,00648 0,01481 0,00778

67 0,01210 0,00710 0,01616 0,00850

68 0,01323 0,00775 0,01763 0,00927

69 0,01446 0,00843 0,01925 0,01009

70 0,01581 0,00919 0,02102 0,01100

71 0,01730 0,01006 0,02295 0,01202

72 0,01893 0,01102 0,02508 0,01312

73 0,02072 0,01204 0,02740 0,01430

74 0,02268 0,01313 0,02994 0,01558

75 0,02483 0,01433 0,03273 0,01699

76 0,02719 0,01566 0,03578 0,01856

77 0,02977 0,01714 0,03912 0,02030

78 0,03261 0,01876 0,04278 0,02221

79 0,03573 0,02055 0,04679 0,02431

80 0,03914 0,02264 0,05118 0,02674

81 0,04289 0,02516 0,05598 0,02962

82 0,04700 0,02817 0,06125 0,03307

83 0,05150 0,03176 0,06701 0,03711

84 0,05645 0,03577 0,07332 0,04185

85 0,06187 0,04042 0,08024 0,04749

86 0,06782 0,04582 0,08781 0,05413

87 0,07434 0,05219 0,09609 0,06170

88 0,08150 0,05928 0,10517 0,07040

89 0,08935 0,06734 0,11511 0,08096

90 0,09796 0,07651 0,12600 0,09310

91 0,10741 0,08727 0,13792 0,10647

92 0,11777 0,09906 0,15098 0,12110

93 0,12913 0,11227 0,16528 0,13857

94 0,14160 0,12800 0,18093 0,15795

95 0,15527 0,14641 0,19808 0,17998

96 0,17027 0,16835 0,21686 0,20594

97 0,18672 0,18672 0,23742 0,23015

ANEXO 2 129
Sobrevivência Sobrevivência Mortalidade Mortalidade
Masculina Feminina Masculina Feminina
Idade
BR-EMSsb-v.2010-m BR-EMSsb-v.2010-f BR-EMSmt-v.2010-m BR-EMSmt-v.2010-f

qx qx qx qx

98 0,20477 0,20477 0,25994 0,25194

99 0,22457 0,22457 0,28460 0,27912

100 0,24628 0,24628 0,31161 0,31072

101 0,27010 0,27010 0,34118 0,34118

102 0,29622 0,29622 0,37357 0,37357

103 0,32488 0,32488 0,40904 0,40904

104 0,35632 0,35632 0,44788 0,44788

105 0,39080 0,39080 0,49042 0,49042

106 0,42862 0,42862 0,53700 0,53700

107 0,47011 0,47011 0,58801 0,58801

108 0,51562 0,51562 0,64387 0,64387

109 0,56553 0,56553 0,70505 0,70505

110 0,62029 0,62029 0,77204 0,77204

111 0,68035 0,68035 0,84540 0,84540

112 0,74623 0,74623 0,92575 0,92575

113 0,81849 0,81849 1,00000 1,00000

114 0,89776 0,89776

115 0,98471 0,98471

116 1,00000 1,00000

BR-EMSsb-v.2010-m: Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS) – sobrevivência, versão 2010, masculino.
BR-EMSsb-v.2010-f: Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS) – sobrevivência, versão 2010, feminino.
BR-EMSmt-v.2010-m: Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS) – morte, versão 2010, masculino.
BR-EMSmt-v.2010-f: Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS) – morte, versão 2010, feminino.
Fonte: Circular SUSEP 402/2010. Anexo: Tábuas Biométricas

130 SEGUROS DE PESSOAS


Anexo 3
EXEMPLO DE TABELA PARA CÁLCULO
DA INDENIZAÇÃO EM CASO DE
INVALIDEZ PERMANENTE

% sobre a
Invalidez Importância
Permanente Discriminação Segurada

Perda total da visão de ambos os olhos 100

Perda total do uso de ambos os membros superiores 100

Perda total do uso de ambos os membros inferiores 100


T
O Perda total do uso de ambas as mãos 100
T
A Perda total do uso de um membro superior e de um 100
membro inferior
L

Perda total do uso de uma das mãos e de um dos pés 100

Perda total do uso de ambos os pés 100

Alienação mental total e incurável 100

Perda total da visão de um olho 30

Perda total da visão de um olho, quando o segurado 70


já não tiver a outra vista
D
P
I Surdez total incurável de ambos os ouvidos 40
A
V
R Surdez total incurável de um dos ouvidos 20
E
C
R
I Mudez incurável 50
S
A
O Fratura não consolidada do maxilar inferior 20
L
S
Imobilidade do segmento cervical da coluna vertebral 20

Imobilidade do segmento toracolombossacral 25


da coluna vertebral

ANEXO 3 131
% sobre a
Invalidez Discriminação Importância
Permanente Segurada

Perda total do uso de um dos membros superiores 70

Perda total do uso de uma das mãos 60

Fratura não consolidada de um dos úmeros 50


M
E Fratura não consolidada de um dos segmentos 30
M radioulnares
B
Anquilose total de um dos ombros 25
R
O
Anquilose total de um dos cotovelos 25
P S
A Anquilose total de um dos punhos 20
R
C S Perda total do uso de um dos polegares, 25
I U inclusive o metacarpiano
A P
Perda total do uso de um dos polegares, 18
L E exclusive o metacarpiano
R
I Perda total do uso da falange distal do polegar 9
O
R Perda total do uso de um dos dedos indicadores 15
E
Perda total do uso de um dos dedos mínimos 12
S
ou um dos dedos médios

Perda total do uso de um dos dedos anulares 9

Perda total do uso de qualquer falange, excluídas


as do polegar: indenização equivalente a 1/3 do
valor do respectivo dedo

132 SEGUROS DE PESSOAS


% sobre a
Invalidez Discriminação Importância
Permanente Segurada

Perda total do uso de um dos membros inferiores 70

Perda total do uso dos pés 50

Fratura não consolidada de um fêmur 50

Fratura não consolidada de um dos segmentos 25


tíbioperoneiros
M
E Fratura não consolidada da rótula 20
M
Fratura não consolidada de um pé 20
B
R Anquilose total de um dos joelhos 20
O
P S Anquilose total de um dos tornozelos 20
A
R Anquilose total de um quadril 20
C I
Perda parcial de um dos pés, isto é, perda de todos 25
I N os dedos e de uma parte do mesmo pé
A F
L E Amputação do 1o dedo 10
R
I Amputação de qualquer outro dedo 3
O
Perda total do uso de uma falange do 1o
R
dedo: indenização equivalente a 1/2; e, dos demais
E dedos, equivalente a 1/3 do respectivo dedo
S
Encurtamento de um dos membros inferiores:

– de cinco centímetros ou mais 15

– de quatro centímetros 10

– de três centímetros 6

– menos de três centímetros sem indenização

ANEXO 3 133
TABELA DE INDENIZAÇÃO PARA
INVALIDEZ PERMANENTE TOTAL OU
PARCIAL POR ACIDENTE (EXEMPLOS)

Perda total da visão de um olho – 30% Surdez total incurável de


um ouvido – 20%
Perda total da visão de um olho
quando não tiver a outra vista – 70% Surdez total de ambos
os ouvidos – 40%
Mudez incurável – 50%
Anquilose total de
Fratura não consolidada um dos ombros – 25%
do maxilar inferior – 20%
Fratura não consolidada de
um dos braços – 30%
Anquilose total de um
dos cotovelos – 25% Perda total do uso de
um dos braços – 70%

Anquilose total de um Anquilose total de


dos punhos – 20% um quadril – 20%

Perda total do uso de


Fratura não consolidada uma das mãos – 60%
do fêmur – 50%

Fratura não consolidada Fratura não consolidada


de uma perna – 25% da rótula – 20%

Perda total do uso de uma perna – 70% Anquilose total de


um joelho – 20%
Encurtamento de uma das pernas de:
• 5 centímetros ou mais – 15%
Anquilose total de
• 4 centímetros – 10%
um dos tornozelos – 20%
• 3 centímetros – 6%
• menos de 3 centímetros – sem Fratura não consolidada
indenização de um pé – 20%

Amputação do primeiro dedo – 10% Perda total de um dos pés – 50%

Amputação de qualquer outro dedo – 3% Perda parcial de um dos pés


(Perda de todos os dedos do pé e
de uma parte do mesmo pé) – 25%

Médio – 12%
Indicador – 15%
Anular – 9%
Falange distal
PERDA TOTAL – 100%
Mínimo – 12% Falange média
Falange próxima • Perda total da visão de ambos os olhos
• Perda total do uso de ambos os braços
Polegar – 18% • Perda total do uso de ambas as pernas
• Perda total do uso de ambas as mãos
Metacarpiano • Perda total do uso de um braço e de uma perna
• Perda total do uso de uma das mãos e de um dos pés
Metacarpiano • Perda total do uso de ambos os pés
Polegar – 25%
• Alienação mental total incurável

134 SEGUROS DE PESSOAS


Gabarito
Fixando Conceitos

Unidade 1 Unidade 2
1–C 6–E 1–A 10 – D
2–D 7–C 2–B 11 – E
3–A 8–B 3–E 12 – A
4–D 9–B 4–D 13 – A
5–D 10 – C 5–C 14 – D
6–C 15 – E
7–B 16 – B
8–A 17 – C
9–B

Unidade 3 Unidade 4
11 – B 13 – B 1–C
12 – D 14 – D 2–A
13 – E 15 – C 3–B
14 – A 16 – E 4–E
15 – C 17 – E
16 – B 18 – E
17 – C 19 – A
18 – B 20 – B
19 – E 21 – B
10 – C 22 – A
11 – A 23 – C
12 – E

Unidade 5 Unidade 6
1–E 1–B
2–A 2–D
3–B
4–C

Unidade 7
1–E
2–D

GABARITO 135
Testando Conhecimentos

1–E 7–A 13 – D 19 – D
2–C 8–E 14 – B 20 – C
3–A 9–D 15 – A 21 – B
4–B 10 – D 16 – E 22 – E
5–A 11 – B 17 – E 23 – D
6–C 12 – E 18 – B

Estudos de Caso
Caso 1
Para o cálculo da taxa pura média, basta o aluno proceder conforme explicações
constantes sobre cálculo do prêmio. O resultado será 0,2708%.

Para achar a taxa comercial média, basta dividir a taxa pura média por 0,60.
O resultado é igual a 0,4513%.

Para achar o prêmio comercial que cada segurado deverá pagar, basta
multiplicar a taxa comercial média pelo capital segurado de cada segurado.
Assim, um funcionário de 18 anos pagará um prêmio comercial anual de
R$ 16,25, enquanto o segurado de 58 anos pagará R$ 127,25.

Caso 2
O aluno deve elencar, pelo menos, os pontos listados a seguir e explicar como
cada um afeta a mortalidade do segurado.

Fatores médicos: constituição física do segurado, histórico médico pessoal,


histórico médico familiar.

Fatores pessoais: ocupação, abuso do álcool e de drogas, risco moral


do segurado (probabilidade de o segurado ser desonesto), divertimentos
e hobbies, atividades aeronáuticas, residência internacional, histórico do
prontuário de direção, situação militar.

Fatores financeiros: valor de cobertura, beneficiários da cobertura.

136 SEGUROS DE PESSOAS


Referência Bibliográfica
FUNENSEG. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros de pessoas. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 8. ed.
Rio de Janeiro: Funenseg, 2013. 130 p.

FUNENSEG. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros de pessoas. Assessoria técnica de Marcos Antonio
Simões Peres. 7. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2012. 136 p.

FUNENSEG. Diretoria de Ensino e Produtos. Certificação em vida e previdência: seguro de pessoas:


venda direta e regulação e liquidação de sinistros. Assessoria técnica de Christine de Faria Zettel.
4. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2009. 42 p.

Site

www.susep.gov.br

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 137

Você também pode gostar