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SENADO FEDERAL

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

ATA DA 21º REUNIÃO , EXTRAORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA


ORDINÁRIA DA 51° LEGISLATURA, REALIZADA EM 19 DE OUTUBRO DE
1999.

EMENDAS AO ORÇAMENTO

Às doze horas do dia dezenove de outubro de mil novecentos e noventa e nove, na


sala de reuniões da Comissão, Ala Senador Alexandre Costa, sob a Presidência do
Senhor Senador Freitas Neto e com a presença dos Senhores Senadores , Emília
Fernandes, Gerson Camata, Ney Suassuna, Amir Lando, Agnelo Alves, Pedro Simon,
José Jorge, Jorge Bornhausen, Bello Parga, Álvaro Dias, Luzia Toledo, Sebastião
Rocha, Roberto Saturnino, Marina Silva, Luiz Otávio, Francelino Pereira, Jonas
Pinheiro, Mozarildo Cavalcanti, Romeu Tuma e Geraldo Cândido, reúne-se a Comissão
de Educação. Deixam de comparecer , por motivo justificado, os Senhores Senadores
José Sarney, Íris Rezende, Roberto Requião, Gilvam Borges, Hugo Napoleão, Djalma
Bessa, Eduardo Siqueira Campos, Artur da Távola, Lúcio Alcântara, Teotônio Vilela
Filho e Heloísa Helena. Havendo número regimental, abrem-se os trabalhos. A
Presidência dispensa a leitura da Ata da reunião anterior, que é dada como aprovada. A
seguir, o Senhor Presidente informa que o objetivo da reunião é o de apreciar e
deliberar sobre as propostas de emendas da Comissão ao Plano Plurianual (PPA)
2000/2003 e ao Orçamento/2000. Prosseguindo, a Comissão discute e aprova as
seguintes emendas ao PPA: Emenda nº 01: - Expansão e melhoria da Rede Escolar
(PROMED) no valor de R$ 50.000.000,00 (cincoenta milhões de reais), apresentada
pelo Senador Jorge Bornhausen. Emenda nº 02: - Apoio ao desenvolvimento da
Educação Profissional no valor de R$ 50.000.000,00 (cincoenta milhões de reais),
apresentada pelo Senador Jorge Bornhausen. Emenda nº 03: - Apoio ao funcionamento
de Hospitais de Ensino no valor de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais),
apresentada pelo Senador Sebastião Rocha. Emenda nº 04: - Restauração de bens
imóveis do Patrimônio Histórico e Cultural no valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões
de reais), apresentada pelo Senador Jorge Bornhausen. Emenda nº 05: - Assistência à
Educação Escolar Indígena no valor de R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de
reais), apresentada pelo Senador Sebastião Rocha. Emenda nº 06: - Implantação de
Bibliotecas Públicas em cada município no valor de R$ 30.000.000,00 (trinta milhões
de reais), apresentada pelo Senador Jorge Bornhausen. Emenda nº 07: - Veículos para
Transporte Escolar no valor de R$ 50.000.000,00 (cincoenta milhões de reais),
apresentada pelo Senador Jorge Bornhausen. Emenda nº 08: - Apoio ao
desenvolvimento e modernização da Educação Profissional e Ensino Médio nos
CEFETS e Escolas Técnicas Federais no valor de R$ 180.000.000,00 (cento e oitenta
milhões de reais), apresentada pelo Senador Mozarildo Cavalcanti. Emenda nº 09: -
Complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e da Valorização do Magistério no valor de R$ 600.000.000,00 (seiscentos
milhões de reais), apresentada pelo Senador José Jorge. Emenda nº 10: - Apoio a
Entidades Públicas de Ensino Superior Federais e não Federais no valor de R$
1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), apresentada pelo Senador Álvaro Dias. Dando
continuidade, a Comissão analisa e aprova as seguintes emendas ao Orçamento/2000:
Emenda nº. 01 – Implantação de Bibliotecas Públicas em cada município no valor R$
30.000.000,00 (trinta milhões de reais), apresentada pelos Senadores Freitas Neto,
Sebastião Rocha, Luzia Toledo e Emília Fernandes. Emenda nº. 02 – Ensino
fundamental a mulheres, jovens, adultos e a assentamentos rurais no valor de R$
30.000.000,00 (trinta milhões de reais), apresentada pelos Senadores Geraldo Cândido,
Emília Fernandes e Luzia Toledo. Emenda nº. 03 – Apoio ao desenvolvimento e
modernização da Educação Profissional e Ensino Médio nos CEFETS e Escolas
Técnicas Federais no valor de R$ 45.000.000,00 (quarenta e cinco milhões de reais),
apresentada pelo Senadores Íris Rezende, Mozarildo Cavalcanti e Luzia Toledo.
Emenda nº. 04 - Apoio a Entidades Públicas de Ensino Superior Federais e não
Federais no valor de R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais), apresentada
pelos Senadores Álvaro Dias e Amir Lando. Emenda n º. 05 – Apoio a projetos
culturais de Entidades Estudantis Secundaristas no valor de R$ 5.000.000,00 (cinco
milhões de reais), apresentada pelas Senadoras Emília Fernandes e Luzia Toledo. Finda
a deliberação das Emendas desta Comissão ao PPA 2000/2003 e ao Orçamento de 2000,
a Senhora Senadora Luzia Toledo pede a palavra e requer, oralmente, que sejam
apreciados, extra pauta, os Projetos de Decretos Legislativos números 211/99 e 212/99,
o que é aprovado. Item 01: Projeto de Decreto Legislativo nº 211, de 1999, de autoria
do Poder Executivo que, “Aprova o ato que autoriza a Prefeitura Municipal de Cariacica
a executar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de
Cariacica, Estado do Espírito Santo”. A relatora designada é a Senadora Luzia Toledo e
o parecer favorável é aprovado, com o voto contrário da Senadora Marina Silva e a
abstenção do Senador Geraldo Cândido. Item 02: Projeto de Decreto Legislativo nº
212, de 1999, de autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que outorga permissão
à Fundação Rômulo Neves Balestrero para executar serviço de radiodifusão sonora em
freqüência modulada na localidade de Vitória, Estado do Espírito Santo”. A relatora
designada é a Senadora Luzia Toledo e o parecer favorável é aprovado, com o voto
contrário da Senadora Marina Silva e a abstenção do Senador Geraldo Cândido. O
Senhor Presidente determina que as Notas Taquigráficas sejam anexadas a esta Ata para
a devida publicação. Nada mais havendo a tratar, a Presidência encerra a reunião, às
treze horas e trinta minutos, determinando que eu, Júlio Ricardo Borges Linhares,
Secretário da Comissão de Educação, lavrasse a presente Ata que, após lida e
aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente.

Senador FREITAS NETO


Presidente da Comissão de Educação
NOTAS TAQUIGRÁFICAS

O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Havendo número regimental, declaro aberta a reunião.
Srªs e Srs. Senadores, vamos iniciar esta reunião, cuja finalidade, conforme convocação, é a
aprovação e encaminhamento das emendas da Comissão ao Orçamento da União de 2000 e ao Plano
Plurianual de Investimentos, sendo que a Comissão tem direito a enviar cinco emendas de Comissão ao
Orçamento e dez emendas ao PPA.
Se houver concordância dos Srs. Senadores, começaremos pelas emendas ao PPA, porque há
apenas seis, sendo cinco apresentadas pelo Senador Jorge Bornhausen e uma pelo Senador Mozarildo
Cavalcanti. De modo que apresentamos menos emendas do que a Comissão tem direito.
As cinco emendas apresentadas ao PPA pelo Senador Jorge Bornhausen são:
- Veículos para Transporte Escolar;
- Expansão e Melhoria da Rede Escolar - Promed;
- Apoio ao Desenvolvimento da Educação Profissional;
- Brasil, Patrimônio Cultural;
- Implantação de Bibliotecas Públicas em cada Município.
A emenda do Senador Mozarildo Cavalcanti é sobre a Modernização das Escolas Técnicas
Federais.
Temos, portanto, essas seis emendas ao Plano Plurianual de Investimentos - PPA, mas temos direito
a apresentar dez. Vou colocá-las em discussão e em votação e, quanto às quatro que faltam, ou a Comissão as
sugere agora ou então autoriza a Presidência a completá-las, a fim de que enviemos o número de emendas a
que temos direito.
O SR. JOSÉ JORGE - Sr. Presidente, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra ao Senador José Jorge, pela ordem.
O SR. JOSÉ JORGE - Além de dar meu voto favorável a essas seis emendas, já que temos direito
a dez, gostaria de sugerir que a Comissão apresentasse uma sobre a questão dos recursos do Fundef.
Apresentei uma emenda ao Orçamento ampliando os recursos do Fundef, porque acredito que, na
verdade, ele é hoje o principal programa de melhoria do ensino fundamental existente no País. É um
programa de amplitude muito grande, atingindo todo o Brasil e principalmente os lugares mais pobres.
Então, se temos hoje uma discussão muito grande sobre como combater a pobreza, penso que o
Fundef é um dos caminhos. Não é o caminho único, mas, sem dúvida, é um dos caminhos, porque uma
questão fundamental da pobreza é a educação. E o Fundef tem a virtude de atacar exatamente os lugares mais
pobres, o ponto básico, a rede municipal, etc.
Sugeriria que, além dessas seis, a Comissão apresentasse uma emenda específica sobre o Fundef,
porque seria uma demonstração política de apoio ao Fundo que, apesar das virtudes que tem, acredito será
alvo de muitas manifestações contrárias, principalmente dos governadores. Há certa idéia de que os
governadores perdem dinheiro com o Fundef, mas isso não é verdade; sabemos que ele perde o dinheiro, mas
perde o aluno; o aluno vai junto com o dinheiro.
De qualquer maneira, penso que o Senado deveria dar um forte apoio político ao Fundef, e acredito
que uma forma objetiva de se demonstrar esse apoio seja apresentar uma emenda tentando aumentar os
recursos destinados ao Fundo.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senador José Jorge, V. Exª apresentou uma emenda ao
orçamento com o título Aumento da Complementação da União ao Fundo de Manutenção de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental; seria com esse mesmo título?
O SR. JOSÉ JORGE - Sim, com esse mesmo título.
Na realidade, no PPA não é obrigatório apresentar projetos novos; também se podem apresentar
projetos de aumento de valor daquele projeto já existente.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Seria o caso?
O SR. JOSÉ JORGE - Sim, seria o caso.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Aprovadas as seis emendas, as únicas apresentadas, o
Senador José Jorge apresenta a sétima, que coloco em discussão. (Pausa)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
As Srªs e os Srs. Senadores que a aprovam queiram permanecer como se encontram. (Pausa)
Aprovada mais uma emenda ao PPA, de autoria do Senador José Jorge.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a palavra o Senador Sebastião Rocha.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, não apresentei nenhuma emenda ao PPA, mas
queria fazer uma sugestão, já que há espaço para isso.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Veja bem, estamos discutindo as emendas ao PPA.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Exato. Queria sugerir, se for da concordância da Comissão, que
apresentássemos uma emenda em favor dos hospitais universitários, para equipá-los, reformá-los, etc. Esta
emenda poderia ser feita pelo SUS, pelo Fundo Nacional de Saúde, pois já existem universidades brasileiras
estabelecendo convênios com o Ministério da Saúde para construção, para compra de equipamentos e até
para manutenção dos hospitais universitários. Como estamos diante de uma situação caótica em nossos
hospitais universitários, gostaria de sugerir que, em vez de essa emenda ser pelo MEC, que seja pelo SUS. Se
aprovada a idéia, eu pediria um prazo até o final da tarde para definir o título da emenda, que poderia ser
Ampliar, ou Reformar e Equipar os Hospitais Universitários, logicamente em todo o País.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - O Senador Sebastião Rocha propõe que se coloque uma
emenda no Ministério da Saúde. Nós também acreditamos que seja o mais adequado para a construção,
manutenção e ampliação dos hospitais universitários, O Senador pede ainda o prazo, apenas para escolher a
redação tecnicamente mais apropriada. Submeto a idéia do Senador Sebastião Rocha à Comissão.
Os Srs. Senadores que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa)
Aprovada a oitava emenda ao PPA.
O Senador Sebastião Rocha tem até a tarde para discutir com a Comissão a redação adequada.
O SR. ROMERO JUCÁ - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a palavra o Senador Romero Jucá, pela ordem.
O SR. ROMERO JUCÁ - Sr. Presidente, eu era membro da Comissão e não sou mais, mas vim
até aqui defender a emenda apresentada agora pelo Senador Sebastião Rocha relativa ao PPA, que abre uma
rubrica para a educação indígena. Por que estou fazendo isso? Porque estamos discutindo na FUNAI e no
Ministério da Justiça para que o Ministério da Educação possa efetivamente implementar uma política de
educação indígena, como o Ministério da Saúde está fazendo na questão da saúde, por intermédio da
Fundação Nacional da Saúde.
Então, solicitei ao Senador Sebastião Rocha que assinasse essa emenda, e S. Exª acedeu de forma
cavalheiresca. E eu gostaria de pleitear que fosse incluída no PPA, para que efetivamente tenhamos
condições de discutir esse projeto, que é de interesse do Governo Federal.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Queria aproveitar para defender a emenda sugerida pelo Senador
Romero Jucá.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra ao Senador Sebastião Rocha.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, eu já deveria ter apresentado a emenda juntamente
com a outra proposta, mas houve uma omissão minha. A idéia é do Senador Romero Jucá, mas tem o nosso
respaldo.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - O título é Desenvolvimento das Sociedades Indígenas?
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Exatamente. Solicito o apoio da Comissão para aprovação dessa
emenda.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a palavra o Senador Álvaro Dias.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, eu gostaria de submeter à Comissão mais uma emenda ao
PPA.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senador Álvaro Dias, passo já a palavra a V. Exª. Gostaria
só de decidir sobre esta emenda.
O SR. ÁLVARO DIAS - Ainda resta uma emenda?
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Sim, sendo aprovada esta, será a nona, e ficará mais uma.
Em discussão a emenda apresentada agora pelo Senador Sebastião Rocha. (Pausa)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
As Srªs e os Srs. Senadores que a aprovam permaneçam como estão. (Pausa)
Aprovada.
Com a palavra o Senador Álvaro Dias.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, submeto à Comissão a sugestão de que se abra também a
hipótese de apoio a entidades de ensino superior não federais. Explico o porquê: na distribuição dos recursos
destinados às universidades federais e escolas técnicas federais, afronta-se o princípio da isonomia, já que há
uma disparidade gritante nos valores destinados a determinados Estados em relação a outros. Cito apenas um
exemplo: para o ensino superior do Paraná, destinam-se pouco mais de R$300 milhões; para o Rio Grande
do Sul, mais de R$700 milhões; para o Rio de Janeiro, mais de R$1,1 bilhão. Evidentemente, essa
distribuição ocorre em função das unidades federais existentes nos Estados. No entanto, pela ausência de
unidades federais, alguns Estados arcam com ônus incríveis na manutenção de unidades estaduais de ensino
superior. É o caso do Paraná, onde existem cinco universidades estaduais, além de 11 unidades isoladas de
ensino superior.
Daí a sugestão de que se aprove aqui uma emenda ao PPA, abrindo uma rubrica para apoio a
entidades de ensino superior não federais. Creio que estaríamos corrigindo essa distorção no repasse de
recursos, uma vez que, quando a distribuição dos recursos federais dá-se de forma desigual, afronta-se o
princípio da isonomia e nega-se - é claro - o sistema federativo. Sugeri esta emenda ao PPA e outra
semelhante apresentarei ao Orçamento, mas creio ser fundamental incluir essa rubrica no PPA.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, peço a palavra para discutir.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Passo a palavra em seguida a V. Exª.
Apenas para esclarecer, o Senador Álvaro Dias apresentou emenda semelhante ao Orçamento de
2000, e o título desta emenda é Apoio a Entidades de Ensino Superior Não Federais.
O SR. ÁLVARO DIAS - Ou “Ensino Superior Estaduais” - não sei se seria melhor -, em vez de
“Não Federais”. O título ficaria Apoio a Entidades de Ensino Superior Estaduais.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - “Entidades Estaduais de Ensino Superior”.
O SR. ÁLVARO DIAS - Exatamente.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra ao Senador Sebastião Rocha.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, era exatamente esta observação que queria fazer,
haja vista que a Comissão deve cuidar para que estas emendas tenham possibilidade de ser aprovadas e
executadas. Se ficasse em aberto essa questão de ser extensivo às entidades privadas, poderia causar prejuízo
à idéia, excelente, do Senador Álvaro Dias.
Pedi a palavra apenas para entender melhor a idéia do Senador Álvaro Dias, mas ele já a explicitou
e acredito que não há problema nenhum. E hoje isso já vem acontecendo na prática, não é mesmo Senador
Álvaro Dias? Existem convênios entre o MEC e essas universidades estaduais?
O SR. ÁLVARO DIAS - São raros, mas existem.
Então, Sr. Presidente, retifico a denominação da proposta: Apoio a Entidades Estaduais de
Ensino Superior.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Continua em discussão.
Com a palavra o Senador José Jorge.
O SR. JOSÉ JORGE - Gostaria de defender a proposta original do Senador Álvaro Dias, que ele
acabou de modificar. Na verdade, a proposta original é ampla, abarcando algumas situações diferentes. Eu,
particularmente, conheço uma que ocorre no Estado do Tocantins: como foi um Estado criado por último -
acredito que tenha sido o último ou penúltimo Estado criado na Federação -, optaram por criar uma
universidade que envolve recursos federais e estaduais, em vez de uma universidade federal ou estadual. É
uma fundação que recebe recursos privados, de empresas, o que faz com que eles tenham uma dificuldade
muito grande para operar essa universidade, porque a legislação sempre diferencia a universidade pública da
privada, a universidade federal da estadual. A universidade do Tocantins nem é pública nem é privada, nem é
federal nem é estadual.
Na realidade, a proposta original do Senador Álvaro Dias é mais abrangente, porque envolve as
universidade não federais. As federais já estão no Orçamento, porque o orçamento é federal. Por isso defendo
a proposta original do Senador Álvaro Dias.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, peço a palavra para discutir.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Passo em seguida a palavra a V. Exª. O Senador Jorge
Bornhausen já a havia pedido.
Concedo a palavra ao Senador Jorge Bornhausen.
O SR. JORGE BORNHAUSEN - Gostaria também de voltar ao assunto original. No meu Estado
de Santa Catarina, Sr. Presidente, não temos universidades particulares; temos a Universidade Federal e, em
cada pólo de microrregião, criadas pelas prefeituras municipais, temos fundações universitárias, que são
comunitárias, com um percentual para bolsas de estudo no Orçamento do Estado, porque elas corrigem um
processo de injustiça social, já que só os que estão na Capital e os que podem morar na Capital é que têm
ensino gratuito. Dessa forma, na Constituição Estadual foi estabelecido um percentual para crédito
educativo, para que essas entidades, criadas pelos municípios e que hoje são entidades comunitárias, são
fundações universitárias, possam também receber alunos carentes. Daí por que penso que o título inicial não
quer atender às entidades privadas ou comerciais, mas, com o título estabelecido pelo Senador Álvaro Dias, a
abrangência atende ao caso específico do Tocantins, atende ao sistema universitário de Santa Catarina e parte
do Rio Grande do Sul, que também é feito de fundações universitárias. Por essa razão, também defendo o
primeiro título, dentro desses limites, evidentemente, não se estabelecendo nenhuma possibilidade de
atendimento a entidades privadas e comerciais.
O SR. ÁLVARO DIAS - Qual sua opinião, Senador, sobre colocarmos “Entidades Públicas de
Ensino Superior”?
O SR. JORGE BORNHAUSEN - Elas são entidades de natureza pública. Se o Dr. Júlio tivesse a
Constituição e me permitisse examiná-la, existe um artigo nas Disposições Transitórias sobre essas
universidades. Eu o examinaria e voltaria ao assunto em seguida, Sr. Presidente.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem, enquanto o Senador
Jorge Bornhausen examina a Constituição.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - O Senador Gerson Camata já havia solicitado a palavra.
A SRª EMILIA FERNANDES - É pela ordem, Sr. Presidente, enquanto ele busca na Constituição
a sua fundamentação.
Sr. Presidente, eu apenas gostaria de lembrar que, como esta Comissão de Educação vincula-se
diretamente à cultura, seria no mínimo oportuno que apresentássemos, não só em relação ao Orçamento do
Ano 2000 mas também em relação ao PPA , alguma recomendação relacionada à cultura. Assim estaríamos
exercendo a amplitude de nossas atribuições, demonstrando que educação e cultura são pontos fundamentais,
que andam juntos, e que assim são entendidos por nossa Comissão.
Eu estava até me resguardando para discutir durante as emendas ao Orçamento. Contudo, estamos
discutindo uma emenda que até considero importante, mas que fala em universidade estadual; com esse
tema, vamos alijar grande parte do Brasil. E esta Comissão tem a responsabilidade com o Brasil. Quando
falamos em cultura, duvido qual é o Estado, qual a região que não seria contemplada se pudéssemos ampliar
os recursos previstos no PPA em relação à cultura.
Então, com todo o respeito ao Senador Álvaro Dias, considero a sua preocupação fundamentada,
penso que as fundações são instituições que prestam um excelente serviço de complementação, mas entendo
que poderíamos reservar para a cultura no mínimo uma emenda ao PPA e ao Orçamento do Ano 2000.
O SR. ÁLVARO DIAS - Já foram aprovadas duas emendas na área de cultura.
A SRª EMILIA FERNANDES - Na área de cultura?
O SR. ÁLVARO DIAS - Sim, já foram aprovadas duas emendas do Senador Jorge Bornhausen.
A SRª EMILIA FERNANDES - Não, digo entre estas que estamos discutindo. Estamos com
hospitais, educação indígena, Fundef, que é o que foi acrescentado aqui, não é?
O SR. ÁLVARO DIAS - Já tinham sido aprovadas duas na área de cultura, de autoria do Senador
Jorge Bornhausen.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sim, mas eu gostaria de saber exatamente isso, o espírito do tema
colocado... Pois é, mas é específico.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - O Senador Jorge Bornhausen apresentou duas:
Restauração de Bens Imóveis do Patrimônio Histórico Cultural, solicitada até pelo Ministério da
Cultura, e Implantação de Bibliotecas Públicas.
A SRª EMILIA FERNANDES - Bibliotecas devem ser vinculadas à educação e não à cultura.
Deveríamos criar um projeto que abrigasse, que valorizasse e que garantisse projetos amplos, variados que
existem neste País afora em relação à cultura.
Eu gostaria de algo mais abrangente. As bibliotecas são de fundamental importância. Não tiro o
mérito de nenhuma emenda que está sendo discutida aqui. Mas haverá eventos culturais principalmente no
ano que vem inclusive relacionados ao desdobramento dos 500 anos do Brasil, e seria interessante que os
Estados pudessem mostrar o seu valor cultural com o apoio da Comissão de Educação.
O SR. PRESIDENTE(Freitas Neto) - Estamos discutindo as emendas apresentadas pelos Srs.
Senadores. Já aprovamos nove e temos uma em discussão.
Continua em discussão o projeto.
Concedo a palavra ao Senador Gerson Camata.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, quanto à emenda do Senador Álvaro Dias, tenho duas
preocupações. É preciso garantir que os recursos não vão para entidades de ensino particular, porque há
muitas fundações que são máquinas de fazer dinheiro.
O SR ÁLVARO DIAS - A emenda refere-se a “entidades públicas de ensino superior não
federais”.
O SR. GERSON CAMATA - Penso que se deve tirar a palavra “universidade” porque no interior,
às vezes, não há universidade, mas faculdade. No caso de Santa Catarina, não se vai poder ajudar porque se
trata de uma faculdade e não de uma universidade.
O SR. ÁLVARO DIAS - Então, Sr. Presidente, o texto seria “apoio a entidades públicas de ensino
superior não federais.

O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Continua em discussão.

Concedo a palavra ao Senador Jorge Bornhausen.

O SR. JORGE BORNHAUSEN - Nas Disposições Transitórias, o art. 61º estabelece que “as
entidades educacionais a que se refere o art. 213, bem como as fundações de ensino e pesquisa cuja criação
tenha sido autorizada por lei, que preencham os requisitos dos incisos I e II do referido artigo e que, nos
últimos três anos, tenham recebido recursos públicos, poderão continuar a recebê-los, salvo disposição legal
em contrário”. As outras todas estão vedadas.

O art. 61º estabelece quais entidades poderão receber. Nenhuma entidade privada fora dessas
estabelecidas pelo art. 61º poderá ser beneficiária da emenda do Senador Álvaro Dias. Isso fica bem
esclarecido, porque fui o autor da emenda que se transformou nesse artigo das Disposições Transitórias na
Assembléia Nacional Constituinte.

O SR. PRESIDENTE(Freitas Neto) - Continua em discussão o projeto.

A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, a minha sugestão foi no sentido de uma proposta.

O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senadora Emilia Fernandes, estamos discutindo para
colocar em votação.

A SRª EMILIA FERNANDES - Não. Penso que estamos disputando a mesma vaga.

O SR. PRESIDENTE(Freitas Neto) - Sim, mas já houve uma emenda apresentada. Se a Comissão
considerar que se deve atender a sua sugestão, rejeita-se a proposta do Senador Álvaro Dias.

A SRª EMILIA FERNANDES - Não se trata de rejeitar, mas de discutir, porque as duas questões
são importantes.

O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Regimentalmente, não há outra solução. Lamento


profundamente, mas já estávamos em discussão quando V. Exª apresentou sua sugestão no sentido de atender
de maneira mais ampla a cultura do País.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, estou tomando conhecimento das emendas agora,
neste momento, há cinco minutos. Estou familiarizando-me, e a emenda apresentada pelo Senador Jorge
Bornhausen é altamente importante: “Brasil. Patrimônio Cultural. Restauração de bens e imóveis do
patrimônio”. Estou tomando conhecimento à medida que estamos recebendo as emendas. Precisamos de
tempo para poder falar e argumentar. Então, está-se usando de uma certa democracia apenas.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Não, não se trata de uma certa democracia. Estamos aqui
cumprindo o Regimento. A idéia de V. Exª pode ser apreciada se o Senador Álvaro Dias retirar sua emenda
ou se a Comissão rejeitá-la. Não há outro meio, porque estamos na discussão de uma proposta. Não há outra
maneira.
O SR. JORGE BORNHAUSEN - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra a V. Exª.
O SR. JORGE BORNHAUSEN - Essas emendas foram apresentadas porque foi marcada esta
reunião. Apresentei as emendas ontem porque o prazo final era hoje. Em razão da falta de apresentação de
emendas suficientes, abriu-se a inscrição de emendas. Essas emendas foram apresentadas por ordem de
inscrição. Está certo o Presidente: devemos votar a emenda do Senador Álvaro Dias. Se rejeitada, votaremos
a emenda da Senadora Emilia Fernandes.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Continua em discussão a matéria.
Concedo a palavra a V. Exª.
O SR. NEY SUASSUNA - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, preferiria, para poder realmente
operacionalizar, que não fosse colocado o genérico. Quando houver a impressão de que vai para a iniciativa
privada, os próprios administradores orçamentários, os próprios funcionários do Ministério, que já têm pouco
dinheiro para manter as federais – pois falta dinheiro para as federais –, vão pura e simplesmente glosar.
Então, terminamos dando um título mais genérico, mas que não atinge o objetivo, porque não será
operacionalizado. Por isso, apelo mais uma vez ao Senador para que focalize nas estaduais ou nas públicas
não federais, de forma mais sucinta e não ampla. Mesmo sendo do ramo, conheço poucos exemplos de
ajudas federais a instituições particulares. Só uma vez na vida e outra na morte, vamos atrapalhar esse
objetivo que queremos atingir.
Muito obrigado.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra a V. Exª.
O SR. ÁLVARO DIAS - Embora o Senador Jorge Bornhausen, com o comentário que fez a
respeito das Disposições Transitórias da Constituição, elimine a hipótese de atendimento a universidades
privadas, creio que não seja excesso acrescentar apoio – como já propusemos – “a entidades públicas de
ensino superior não federais”, para, dessa forma, especificar mais, como deseja o Senador Ney Suassuna.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senador Álvaro Dias, eu poderia dar uma sugestão. A idéia
que V. Exª quis abranger por meio da sua emenda já foi entendida. Poder-se-ia consultar o próprio consultor
de Orçamento – como vai fazer o Senador Sebastião Rocha, que, até as cinco horas, vai colocar a exata
redação da sua emenda. É uma idéia, para que a Comissão não perca uma emenda ao PPA, no caso de ser
aprovada pelo plenário da Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Continua em discussão. (Pausa)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa)
Aprovada.
Assim, encerramos as dez emendas ao PPA.
Com relação às emendas ao Orçamento do ano 2000, a Comissão tem direito a cinco emendas, e
temos 11 emendas apresentadas. Para que as Srªs e os Srs. Senadores possam ter uma idéia, antes de discutir,
vou apenas ler inicialmente o título de cada programa, para que cada um possa, depois, verificar como vamos
fazer para definir. Lerei por ordem de apresentação.
1ª) Autor: Senadores Iris Rezende e Ney Suassuna. Apoio ao desenvolvimento da educação
profissional nos Cefets e Escolas Técnicas Federais;
2ª) Autor: Senador Álvaro Dias. É parecida como essa que S. Exª acabou de apresentar ao PPA.
Apoio a entidades de ensino superior não federais.
3ª) Autor: Senador Lúcio Alcântara. Formação de centros de excelência para o desenvolvimento
regional do ensino de graduação e pós-graduação.
4ª) Autor: Senador Lúcio Alcântara. Apoio ao funcionamento de hospitais de ensino nacional.
5ª) Autor: Senador Lúcio Alcântara. Gerenciamento das políticas do ensino superior.
6ª) Autor: Senadora Emilia Fernandes. Apoio a fomento a projetos especiais para oferta de ensino
fundamental a jovens e adultos.
8ª) Autor: Senador José Jorge. Aumento da complementação da União ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério.
9ª) Autor: Senador Mozarildo Cavalcanti. Modernização das Escolas Técnicas Federais.
10ª) Autor: Senador Geraldo Cândido. Coincide com uma das apresentadas pela Senadora Emilia
Fernandes. Fomento a projetos especiais para oferta de ensino fundamental a jovens e adultos.
11ª) Autor: Senadora Luzia Toledo. Expansão e melhoria da rede escolar, Promed.
Além disso, esclareço que a Comissão recebeu do Ministério da Educação uma solicitação de
medidas de apoio a emendas aditivas, aumentando recursos de programas que já estão contemplados no
Orçamento. Passo a ler a solicitação do Ministério da Educação:
- Apoio ao desenvolvimento do ensino fundamental. A proposta é R$29 milhões e 712 mil, e o
Ministério pede um acréscimo de R$40 milhões.
- Fomento a projetos especiais para oferta de ensino fundamental para jovens e adultos. O valor da
proposta do Orçamento é de R$10 milhões, e o Ministério sugere um acréscimo de R$30 milhões, o que
coincide com uma emenda apresentada pela Senadora Emilia Fernandes e pelo Senador Geraldo Cândido.
- Material didático para a educação de jovens e adultos. A proposta está em R$6,8 milhões, e o
Ministério sugere um acréscimo de R$25 milhões.
- Correção do fluxo escolar, aceleração da aprendizagem. A proposta é de R$12 milhões, e pede-se
mais R$40 milhões.
- Aquisição de equipamentos de informática. A proposta é de R$8,2 milhões, e pede-se mais R$70
milhões.
O Ministério da Cultura solicita a colocação do Programa “Uma biblioteca em cada Município” no
Orçamento. Esclarece o Ministério da Cultura que, há dois anos, esta Comissão vem aprovando essa emenda
e que, em função disso, o programa já existe no Ministério da Cultura. Nos anos de 1995 e 1996, foram
implantadas 45 e 62 bibliotecas, respectivamente; depois, com a participação da Comissão, em 1998 e 1999,
esses números saltaram para 219 e 330. Diz a assessora do Ministério da Cultura aqui presente que, caso não
seja aumentado esse valor, ao invés de 330 bibliotecas, restariam apenas 40 ou 50, como ocorria em 1995 ou
1996.
Há, portanto, 11 emendas apresentadas pelos Srs. Senadores, a solicitação de acréscimo de valores
do Ministério da Educação e uma solicitação de emenda por parte do Ministério da Cultura.
O SR. JOSÉ JORGE - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra a V. Exª.
O SR. JOSÉ JORGE - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, mais difícil do que escolhermos quais
serão as emendas será conseguirmos um processo pelo qual essas emendas possam ser escolhidas, porque, na
verdade, uma interfere na outra. Da outra vez, foi mais simples porque tínhamos menos emendas
apresentadas.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Da outra vez, foi fácil.
O SR. JOSÉ JORGE - Dessa vez, se formos analisar uma por uma, vamos correr o risco de
aprovar uma difícil de ser votada.
Sugiro que, antes de realizarmos a discussão, estabeleçamos um critério para escolher uma emenda
dentro de cada nível de ensino. São cinco emendas. Devemos, então, apresentar uma emenda para o ensino
fundamental, uma sobre o ensino médio, que atende diversas que foram apresentadas, uma sobre ensino
superior, médio e profissionalizante.
A SRª EMILIA FERNANDES - Ensino profissionalizante é diferente de ensino médio.
O SR. JOSÉ JORGE - Bom, o ensino médio, para mim, é ensino médio e profissionalizante,
porque, na verdade, o ensino profissionalizante pode ser de ensino superior também. O ensino
profissionalizante pode ser feito no ensino médio e no ensino superior, porque o ensino superior também é
profissionalizante. Faz-se profissionalização no ensino médio e no ensino superior; e no ensino básico
também se pode fazer, pois há os cursos extras.
Há ainda a emenda do Ministério da Cultura.
Sugiro que escolhamos uma emenda para cada um desses níveis de ensino: uma emenda sobre
ensino fundamental; a segunda sobre ensino médio ou profissionalizante; a terceira sobre ensino superior; a
quarta sobre o ensino de jovens e adultos, que deixa muito a desejar no País; e a última sobre cultura.
A partir daí, verificaríamos quais a emendas para cada setor e discutiríamos a matéria, aprovando
uma em cada setor. Dessa maneira, manteríamos um equilíbrio porque, se formos discutir na ordem, poderá
acontecer de aprovarmos três emendas sobre ensino profissionalizante, nenhuma de ensino fundamental e
assim por diante.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra ao Senador Ney Suassuna.
O SR. NEY SUASSUNA - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, essa é uma área muito carente. As
emendas apresentadas pelo Ministério da Educação sozinhas já esgotavam as cinco que devemos aprovar. O
Ministério da Cultura tem sido o primo pobre dos Ministérios. Em todos os Orçamentos, deixamos pouco
para a cultura. Já é o momento de oxigenar a cultura.
As emendas dos Senadores Cândido e Emilia coincidem com a apresentada pelo Ministério.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Ambas tratam da educação de jovens e adultos.
O SR. NEY SUASSUNA - Se atendêssemos o Ministério, estaríamos atendendo também os dois
Senadores. O curso profissionalizante é imprescindível porque, numa crise de emprego, todos estão sendo
reciclados. Se não profissionalizarmos, não conseguiremos dar ao trabalhador uma nova oportunidade. E
essas escolas técnicas têm feito um trabalho incrível.
Entendo que, nesse sentido, resolveríamos alguns problemas. Como não se pode atender todos,
veríamos a emendas que se adequariam mais no genérico, porque não temos outra solução.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra ao Senador Geraldo Cândido.
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Sr. Presidente, há realmente diferenças entre as emendas citadas,
porque a emenda proposta pela Senadora Emilia Fernandes fala em alfabetização de mulheres, de jovens e de
adultos. A minha consta alfabetização em assentamentos, que ficou fora inclusive do Orçamento e que tem
sido sempre beneficiada com recursos do Fundef. Mas, neste ano, não há essa previsão. Determinados
recursos para essa finalidade têm vindo pelo Fundef, Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental.
Mas, neste ano, esse programa está fora dos recursos desse fundo.
Estamos tentando obter recursos por intermédio dessa emenda, que é diferente, pois menciona que
eles seriam destinados aos assentamentos.
A SRª EMILIA FERNANDES - Isso não consta do projeto, mas da justificativa.
A sugestão apresentada pelo Senador José Jorge é importante. Deveríamos trabalhar dentro de
alguns critérios até para contemplarmos o que foi apresentado. Além do que S. Exª colocou a respeito de
discutirmos mais especificamente se contemplamos um ou outro nível de ensino, é importante o critério de
ter sido a emenda construída pelos Parlamentares da Comissão. É lógico que os Ministérios têm o direito de
reivindicar, mas eles devem ter os seus canais de Parlamentares. Esta Comissão vai apresentar emendas de
Parlamentares, discutidas dentro da Comissão, com todo o respeito que tenho pelos Ministérios, porque não
nos procuram em tempo hábil e não procuram os Parlamentares para discutir os assuntos que até poderíamos
incorporar – eu, inclusive, incorporei uma emenda sem ter sido procurada.
Deveríamos, então, manter uma emenda para a cultura. Defendo a proposta para a cultura que
apresentei à Comissão, com todo o respeito ao Ministério da Cultura. A Comissão não pode receber emendas
assim. Deve haver um autor. O assunto deve ser discutido e trabalhado.
Defendo, portanto, a minha emenda para a cultura e até recuo na minha emenda da educação, ou
seja, abro um espaço para a discussão em relação à Emenda do Senador Geraldo Cândido, porque a minha
emenda está voltada para projeto especiais, como a oferta de ensino fundamental a jovens e adultos.
Pedi um apoio específico para programas de alfabetização de mulheres jovens e adultas. Se nós
apresentarmos um recurso bom - considero até que não temos que ficar nos vinte que eu pedi, temos que
pedir trinta logo, que o próprio Ministério está pedindo -, Senador Geraldo Cândido, vamos brigar para que
uma parcela desse recurso vá para os programas de alfabetização de mulheres, uma para o programa de
assentamento rurais, que sabemos são profundamente precários em relação a recursos, mas o programa
maior. Depois, seria mais geral, mais completo.
Portanto, analisaríamos, mas examinamos essa proposta, porque há emendas da Comissão. Temos
que valorizar nossa Comissão, o trabalho dos Senadores.
Para mim me foi passado que a presença dos autores das emendas era importância, fundamental. E
há vários autores que não estão presentes. Então não é justo que a gente venha, discuta, argumente, tente
convencer, e o outro só chega no papel e a gente tome conhecimento agora.
Sugiro que seja pesado o critério, o nível de ensino. No mínimo uma reservada - eu faria defesa de
duas para a cultura e três para a educação - para a cultura e que as emendas fossem e que tivessem aqui os
seus autores, para que pudesse valer inclusive na hora da defesa.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Peço a palavra, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a apalavra o Senador Sebastião Rocha.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, também simpatizo com a proposta de aprovação
das duas emendas para a cultura e uma para a educação.
Não sei, do ponto de vista prático e até regimental, o que poderíamos fazer para acatar essa emenda
das bibliotecas, porque ela é fundamental. Tenho experiência prática na liberação, no meu Estado....
A SRª EMILIA FERNANDES (fora do microfone)
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - ...Pela experiência que temos em orçamento, nem sempre as
emendas são executadas, nem as individuais, nem as de bancada, nem as de comissão. Muitas vezes elas nem
são aprovadas pela própria comissão.
Então, entendo que poderíamos estar contribuindo substancialmente para a execução dessas
emendas se a aprovássemos dentro do contexto apresentado pelo Ministério da Educação. Porque, se
atendermos ao pedido, será muito mais fácil liberar e aplicar esses recursos.
Proponho que se aprove as duas emendas para a cultura e três para a educação, dentro da linha
formatada pelo Ministério da Educação. Dessa forma, acredito que teremos mais facilidade para liberar.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Nobre) - Com a palavra o Senador José Jorge.
O SR. JOSÉ JORGE - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acrescentarei um aspecto: a questão
da política, o papel da Comissão.
As emendas apresentadas pela Comissão, além da questão financeira, têm uma importância política
no sentido de dizer aquilo que a Comissão de Educação, que os Senadores, que o Senado estão priorizando.
Todos nós sabemos que esses orçamentos muitas vezes não podem ser liberados ou os recursos não
aparecessem. Então, é necessário que se dê essa conotação da questão política, da questão de priorização.
A educação é bastante segmentada: o ensino profissionalizante, que alguns pensam fundamental; o
ensino fundamental, que é obrigatório constitucionalmente, o ensino que, na verdade, todo brasileiro deve
ter, de acordo com a Constituição; o ensino superior, que é responsabilidade da União. Em todos esses
segmentos há razões para serem prioritários.
Fiz essa proposta porque, com esses cinco segmentos, atenderíamos e demonstraríamos a
prioridade que a Comissão está dando. Mais do que o recurso ”a”, “b” ou “c”, mostraríamos a prioridade
política que Comissão está dando. Essa é a importância dessas emendas de comissão, muito mais do que o
aspecto financeiro.
Por isso, proponho que tenhamos, primeiro, uma definição em torno de quais critérios iremos
adotar. Cada um discutirá a sua emenda.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a palavra o nobre Senador Sebastião Rocha, pela
ordem.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, ano passado, vivemos uma situação parecida na
Comissão de Assuntos Sociais. Muitas emendas para uma quota de apenas cinco para a Comissão.
Partindo do princípio levantado pela nobre Senador Emilia Fernandes de que os autores deveriam,
também, estar presentes para defenderem e como só somo 10 na Comissão, na Comissão de Assuntos
Sociais, no ano passado, estabelecemos que cada dois parlamentares identificariam e apresentariam uma
emenda, e essa emenda seria aprovada.
Somos dez, cada dois Parlamentares defenderiam uma emenda, após optar por uma, e a Comissão
aprovaria, no conjunto, para que saíamos do impasse, porque, do contrário, não sairemos.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a palavra o Senador Amir Lando.
O SR. AMIR LANDO - Sr. Presidente, Srªs. Senadoras e Srs. Senadores, esta Comissão não pode
perder a oportunidade de se manifestar politicamente. Esse é um fato e um ponto relevantes.
Mas, teríamos, mais do que isso, de verificar a possibilidade de não estarmos aqui fazendo um
papel de bobo, fazendo um esforço, e essas emendas, como aconteceu com todas as emendas de bancada
neste ano, serem contingenciadas por absoluta maioria; ao menos as de Rondônia, até agora, não saiu
nenhuma. Falo pelo meu Estado, em termos absolutos.
É extremamente desgastante. O Orçamento é uma peça de ficção. Não há um vinculo que obrigue o
Poder Executivo porque, do jeito em que está montado, o Poder Executivo pode, numa penada, contingenciar
e pronto, acabou, não tem recurso. Realmente, é um ponto que me preocupa, como disse o nobre Senador
Sebastião Rocha. Eu comungo com essa idéia, sobretudo com o exercício de inutilidade que fazemos, aqui,
tentando levar uma emenda que não irá redundar em nada.
Dentro dessas emenda - e já está a proposta: são três emendas para a educação -, saliento a emenda
para o setor universitário. Pelo que vi são: uma emenda para o ensino básico, uma para o profissionalizante e
uma para o setor universitário.
Mais do que nunca temos que dar, olhar e refletir sobre essa matéria, porque a universidade vive
uma crise sem precedentes, inclusive a universidade pública, hoje, está à beira não da extinção mas de um
prejuízo irreparável.
Vim do Ministério da Educação, onde fui tratar do assunto da Unir. A Unir está para fechar as
portas. Uma universidade que se implantou a tanto custo está, agora, neste dilema: ou fecha as portas ou
adota medidas de emergência.
Se olharmos, do ponto de vista do custo per capita, as diversas unidades da Federação, iremos
constatar um desequilíbrio brutal. Os Estados do Norte e Nordeste, via de regra, detêm uma instituição. É
evidente que poderíamos estabelecer que é uma instituição pública federal, mas poderiam dizer que há uma
relação com a população. Isso não é verdade. Há um desequilíbrio acentuado.
Então, a minha proposta é de que na emenda para o ensino universitário tenha a amplitude de dar
ao Ministério a oportunidade de estabelecer políticas compensatórias. O Ministério precisa - ao menos foi o
que senti, e não adianta nós querermos, às vezes, dirigir demais e não chegarmos a lugar algum - dessa
abertura, para que possa ser útil às universidades que mais necessitam. Aliás, há uma justificativa proposta
pelo nobre Senador Álvaro dias, nestes termos: ”às que mais necessitam”. Esse é o caminho, me parece, da
realidade, da possibilidade e da materialização de uma idéia que hoje se esboça numa emenda.
Então é importante que sigamos no possível. O possível é ainda um argumento sensato.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra ao Senador Mozarildo Cavalcanti, em
seguida, ao Senador Geraldo Cândido.
O SR. AMIR LANDO - Sr. Presidente, se V. Exª me permite, eu complementaria a minha fala com
um ponto que havia esquecido.
É evidente, penso, que esses valores se não estivessem aí, poderíamos, nessa emenda, talvez
acumular um pouco mais de valores, agregar os valores das diversas emendas, para dar essa oportunidade
orçamentária até ao Poder Executivo a fim de que possa gerir melhor esses recursos.
O SR. MOZARILDO CAVALCANTI - Sr. Presidente, Srs. Senadores, aprovamos uma emenda
ao PPA, de minha autoria, visando à modernização das escolas técnicas. Dentre as emendas ao Orçamento,
existe uma emenda do Senador Iris Rezende que, no meu entender, dá para fazer uma fusão com a que estou
apresentando no mesmo sentido. Proponho que haja essa fusão das duas emendas em uma só.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador Geraldo
Cândido.
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Sr. Presidente, a proposta do Senador Sebastião Rocha aponta a
resolução do impasse criado aqui.
Temos onze emendas e são apenas cinco as que tem direito a Comissão. Foi dito que a minha
proposta é igual à da Senadora Emilia Fernandes; são muito parecidas e até podem se complementar, mas
não são iguais. S. Exª propôs uma dotação de recursos visando à alfabetização de mulheres, enquanto a nossa
proposta é mais abrangente, uma vez que envolve homens e mulheres.
Dessa forma, penso que a Senadora Emilia Fernandes e eu poderemos conversar e decidirmos por
uma proposta unificada. Essa seria uma solução para o impasse aqui criado.
Eu gostaria de saber se a Senadora Emilia Fernandes concorda com a fusão a que me referi.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto ) - Srªs Senadoras, Srs. Senadores, aqui temos duas propostas:
uma defendida pelo Senador José Jorge e pela Senadora Emilia Fernandes com uma diferença apenas no
número de emendas para a cultura...
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente e Membros, aceito e admito a fusão com a
proposta do Senador Geraldo Cândido desde que haja, por parte dos parlamentares, apoio à emenda cultural
de minha autoria.
A minha proposta é que façamos uma redação que contemple a idéia do Senador e a minha. Dessa
forma, eliminaremos uma emenda.
Lembro que temos duas emendas tratando de escolas técnicas. Uma fusão também eliminaria mais
uma emenda.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Temos duas propostas. Se avançarmos um pouco,
poderemos objetivar nosso trabalho.
Uma proposta é defendida pelo Senador José Jorge e pela Senadora Emilia Fernandes...
O SR. GERALDO CÂNDIDO - A Senadora deve esclarecer a sua proposta, por exemplo, se quer
duas que tratem da cultura. Fiz uma proposta com cinco itens em que há um só para a cultura. Se S. Exª
deseja duas para a cultura, precisa dizer onde vai tirar. Na minha, há uma para ensino fundamental, uma para
ensino profissionalizante, uma para ensino superior, uma para jovens e adultos e uma para a cultura. Para
serem duas destinadas à cultura, como só são cinco, há que se tirar de algum lugar. Então, para
complementar a proposta, S. Exª tem de dizer onde tirar, já que é importante que...
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vou adiantar um pouco mais. Peço a atenção dos Srs.
Senadores.
Há a proposta dividindo as emendas por educação e por cultura e a do Senador Sebastião Rocha,
que sugere que os dez Senadores presentes definam as cinco emendas, naturalmente chegando a um
entendimento. Há duas propostas. Dois a dois. Sim, dos dez Senadores aqui presentes, que, aliás,
correspondem com os autores. Por exemplo, a emenda do Senador Iris Rezende foi defendida pelo Senador
Ney Suassuna, mas não foi aprovada. Não há nada aprovado ainda.
Então, precisamos ver que critério adotaremos, ou o do Sebastião Rocha, ou a versão do Senador
José Jorge com a Senadora Emília Fernandes, tendo apenas que, quando para cada ...
O SR. SEBASTIÃO OCHA - Uma não exclui a outra. Se ficar decidido que serão quatro para a
educação e uma para a cultura, os grupos serão organizados por essa decisão. Se forem três para a educação e
duas para a cultura, os grupos..
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Então, em primeiro lugar, quantas serão para a educação e
quantas serão para a cultura, dentro da educação e dos segmentos.
O SR. JOSÉ JORGE - A minha proposta seria uma para o ensino fundamental, uma para o ensino
profissionalizante.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Muito bem, Senador José Jorge. Para que possamos
avançar, precisamos ser objetivos; do contrário, não iremos definir...
Em primeiro lugar, submeterei à Comissão essas propostas: quatro ou três para a educação e,
conseqüentemente, uma ou duas para a cultura.
Em votação, a proposta do Senador José Jorge, de quatro emendas para a educação e uma para a
cultura.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Pois não.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, V. Exª poderia conduzir da seguinte forma:
apresenta as duas propostas e cada Senador faz a sua opção.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Acatado a sugestão de V. Exª. Perguntarei, um a um, como
vota.
As propostas são: quatro emendas para a educação ou três emendas para a educação e,
conseqüentemente, uma ou duas para a cultura.
Vou proceder à votação nominal. (Pausa)
Resultado: três emendas para a educação e duas para a cultura.
Agora, pergunto quanto ao segundo critério:
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, tenho uma sugestão. Há uma emenda individual e
a do Ministério, que Comissão incorporaria, que é a das bibliotecas.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Assino essa emenda e não participo da discussão das outras.
Defendo a emenda da biblioteca. Eu e o Senador Freitas Neto defendemos a emenda da biblioteca para a
cultura, e outros dois Senadores apoiariam outra proposta.
A SRª EMILIA FERNANDES - Temos somente duas emendas para a cultura e são somente duas
vagas...
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Acontece que, no número geral, são dez. São cinco
emendas e dez Senadores; eles terão que se juntar dois a dois.
A SRª EMILIA FERNANDES - Quero apoiar a emenda da cultura, já que temos duas vagas,
conforme deliberação. Apóio a das bibliotecas, uma biblioteca em cada município, e peço o apoio dos Srs.
Parlamentares para a única emenda da cultura aqui relacionada, de minha autoria, um projeto cultural de
entidades estudantis secundaristas. Trata-se de uma emenda que já vem sendo aprovada todos os anos pela
Comissão de Educação.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Agora, na área de educação, poderíamos ver quais as que
são coincidentes.
A SRª LUZIA TOLEDO - Apóio a da Senadora Emilia Fernandes.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Tem a palavra V. Exª.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no que diz respeito ao ensino
superior, defendo a emenda que oferece alternativas variadas às entidades de ensino superior, que
apresentamos anteriormente.
Primeiramente, ressalto o que disse o Senador Amir Lando. Estamos entusiasmados, discutindo a
apresentação das nossas propostas, mas certamente nos frustaremos quando verificarmos a execução
orçamentária. Para oferecer um respaldo de natureza prática, neste ano, até este momento, apenas 8,5% das
dotações orçamentárias para investimentos foram liberados pelo Poder Executivo. Portanto, não podemos
alimentar uma falsa expectativa que nos provocará uma grande frustração. No entanto, cabe-nos cumprir
nosso dever e orientar nossas ações na direção do que consideramos mais eficiente em benefício da
sociedade.
No que diz respeito ao ensino superior - já que certamente uma das emendas será destinada para
atendê-lo -, creio ser mais abrangente a proposta que abre uma rubrica de apoio a entidades de ensino
superior não-federais, uma vez que as universidade federais já estão contempladas no orçamento da União.
Resta-nos, atendendo à disposição de compensar prejuízos, abrir perspectivas de apoio a entidades públicas
do ensino público não-federais.
É uma forma de corrigir uma distorção que afronta o princípio da isonomia. Na distribuição dos
recursos federais, entre as Unidades da Federação, há incorreções, discrepâncias, disparidades. Alguns
Estados são contemplados com valores significativamente superiores aos de outros Estados. O volume de
recursos aqui definido é simbólico. É preciso que o aumentemos.
O SR. AMIR LANDO - V. Exª me permite um aparte?
O SR. ÁLVARO DIAS - Concedo o aparte a V. Exª.
O SR. AMIR LANDO - Eu apoiaria a emenda de V. Exª se pudéssemos agregar alguns recursos
também para a área federal. Não considero tal atitude prejudicial. Mantendo isso, podemos agregar um valor
maior.
O SR. ÁLVARO DIAS - É possível corrigir. Mas minha preocupação é contemplar as que não
estão contempladas no orçamento. As federais estão.
O SR. AMIR LANDO - Estão, mas com muita deficiência. Manteríamos esses valores e
agregaríamos outros.
O SR. ÁLVARO DIAS - É possível.
O SR. AMIR LANDO - Por exemplo, hoje, no meu Estado, há uma universidade em vias de ser
fechada.
O SR. ÁLVARO DIAS - Para atender a sugestão dos Senadores Sebastião Rocha e Amir Lando,
mudaria o título para “apoio a entidades de ensino federais e não-federais”. Trabalharíamos com o consultor
da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização a possibilidade de aumentarmos os
valores, já que os aqui definidos são simbólicos.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senador Álvaro Dias, estão presentes dois consultores.
O SR. ÁLVARO DIAS - Se for possível já consultá-los sobre a possibilidade dessa alteração no
título...
O SR. NEY SUASSUNA - Senador Álvaro Dias, como ex-Presidente da Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização e atuante em todos os anos, sugiro que coloquem a verba maior
possível porque, pelo menos, ela servirá de sinalização. Na realidade, será cortado, mas sinaliza. Então,
coloca-se uma quantia substancial. Por isso, sugeri aumentar.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto ) - Concedo a palavra ao Senador José Jorge.
O SR. JOSÉ JORGE - Creio que, até agora, não decidimos para quais níveis de ensino serão
apresentadas as emendas. Eu gostaria de defender uma emenda para o ensino fundamental, particularmente
para o Fundef. O ensino fundamental é obrigatório e é mais importante. Abrange 30 milhões de alunos. Fica
até difícil acreditar que a Comissão de Educação não tenha apresentado nenhuma emenda para o ensino
fundamental. Pelas discussões que vejo aqui, não sobrará espaço para o ensino fundamental.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Sobrará, sim, Senador. Naquele elenco de quatro emendas
para o ensino, poderíamos subtrair aquela que trata de jovens e adultos, porque, evidentemente, eles estão
incluídos em todas as emendas. Assim, ficaríamos com uma emenda para o ensino superior, outra para o
ensino profissionalizante e outra para o ensino fundamental.
O SR. JOSÉ JORGE - Isso deve ser colocado em votação. Na verdade, um desses vai ter que sair;
se não incluirmos o ensino fundamental, ficará mal para todos nós. Como é que a Comissão se reúne e não
apresenta...
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Senador José Jorge, V. Exª concede-me um aparte?
O SR. JOSÉ JORGE - V. Exª tem a palavra.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - O Fundef, em geral, é constituído de recursos já estabelecidos em
uma lei com a proporcionalidade, tendo em vista os impostos. Como ficaria essa emenda, na prática, para o
Fundef...
O SR. JOSÉ JORGE - O Fundef é formado por um percentual de recursos municipais e estaduais.
Mas, a parte federal - e é o objeto de nossa emenda - é colocada anualmente no Orçamento. Não é um
percentual dos recursos; ela complementa aquele valor especificado, que, neste ano, foi 315, o que sabemos
ser muito pouco. Para aumentarmos no ano que vem, precisamos ter um correspondente orçamentário, e não
é percentual. No caso municipal e estadual é percentual - aí V. Exª tem razão -, mas no caso federal não é
percentual; é o valor que vier no Orçamento. Para nós, da Comissão de Educação, ficará muito ruim se
apresentarmos cinco emendas e nenhuma para o ensino fundamental. Esse é o meu entendimento, pois se
trata de um ensino prioritário no país.
O SRª LUZIA TOLEDO - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Precisamos fixar esse critério para o setor de educação.
Concedo a palavra à Senadora Luzia Toledo.
A SRª LUZIA TOLEDO - Sr. Presidente, dentro dos critérios estabelecidos, quero defender a
minha emenda sobre o ensino médio, o qual precisa ser ampliado e também ter qualidade. Eu sou educadora
e sei como está o ensino médio. Temos mais que o dever político de, nesta Comissão, aprovar esta emenda
para o ensino médio, no sentido de ampliá-lo e de qualificá-lo. Gostaria de pedir que...
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Senadora Luzia Toledo, V. Exª concede-me um aparte?
A SRA. LUZIA TOLEDO - Ouço o nobre Senador Sebastião Rocha.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - V. Exª se refere ao ensino médio no que tange ao segundo grau
regular?
A SRA. LUZIA TOLEDO - Com certeza.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Mas essa é uma atribuição vinculada aos Estados, é
responsabilidade maior do Estado. O ensino profissionalizante é mais vinculado à parte federal. V. Exª não
poderia apoiar a emenda do ensino profissionalizante, que também faz parte do ensino médio, só para tentar
compatibilizar?
A SRª LUZIA TOLEDO - Tanto posso como devo. O ensino profissionalizante é muito importante
para o nosso país, principalmente neste momento em que falta emprego para nossos jovens. É mais que justo
compatibilizar com o ensino profissionalizante, principalmente neste momento de tanto desemprego. Não há
problema. A emenda do Senador Íris Rezende foi apoiada por todos os Senadores e, inclusive, já se encontra
na mesa com o Presidente. Então, faremos a fusão de todas as três e aprovaremos a nossa emenda que se
tornará uma emenda só. Aceito perfeitamente.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Essa é, portanto, a emenda do ensino profissionalizante.
Fica contemplado o ensino profissionalizante. O Senador José Jorge propôs uma emenda para o ensino
fundamental e a outra, portanto...
A SRª EMILIA FERNANDES - Nós estamos assim: estamos com a idéia de uma para o ensino
superior - só faço uma recapitulação do que está sendo encaminhando -, uma para o ensino profissionalizante
vinculado predominantemente ao médio, que aí seriam as escolas técnicas, e, depois, temos que decidir uma
- vejam bem, aqui, o que se está dizendo - para o ensino fundamental, com a visão de que ou se coloca essa
questão do Fundef, que, particularmente, creio ser um programa consolidado e com mais força até para
aumentar recursos, para receber suplementação no do Congresso Nacional, embora com todos os
contratempos existentes, porque eu ainda encontro contratempos. Mas temos a questão da alfabetização.
Aqueles que ficaram no meio do caminho, jovens e adultos. Então penso que o impasse ainda está aí,
estamos propondo a alfabetização de jovens e adultos, porque, então, alfabetiza-se, profissionaliza-se e
possibilita-se o acesso ao ensino superior. Essa é a nossa visão. Dentro do quê? De um amparo cultural que
observamos em todos os níveis. Quer dizer, a cultura do ensino médio é fundamental, por isso essa emenda, e
a questão cultural, biblioteca nos municípios, complementa essa idéia do que estamos construindo, hoje,
aqui.
Então, creio que a questão está bem encaminhada. Agora, temos que verificar isso aí. Entendo essa
reivindicação do Fundef. Penso que tem que haver complementação, mas com relação a esse programa não
há como retroceder, e o Governo tem toda a força política para aprovar quando quiser. Agora, para
alfabetizar adulto, mulheres, assentados, é necessário buscar-se dinheiro, caso contrário, nunca será visto
como um programa de governo.
A SRª LUZIA TOLEDO - Concordo com a Senadora Emilia Fernandes.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Com a palavra o Senador José Jorge.
O SR. JOSÉ JORGE - Na realidade, o Fundef é o maior programa educacional no País, que
atende atualmente a trinta milhões de alunos. Tem havido melhorias. Temos visto aí matérias publicadas em
muitas revistas, jornais. Há também de pessoas que são testemunhas das melhorias, principalmente nas
regiões mais pobres. O Fundef tem essa grande virtude. Ele realmente tem pouco efeito nos lugares de
melhores condições. Por exemplo, aqui, em Brasília, o efeito dele é praticamente nulo, mas, quando chega às
regiões mais pobres, ele tem um grande efeito. Então, se se quer atacar o combate à pobreza, por meio do
caminho da educação, o Fundef é o elemento primordial.
Assim sendo, defendo que esta Comissão não pode, ou pelo menos na minha opinião não pode,
aprovar cinco emendas para o Orçamento, sem aprovar uma para o ensino fundamental, que é um ensino
obrigatório, prioritário, inscrito na Constituição Federal.
Por isso, solicito a V. Exª que coloque em votação se há ou não uma emenda para o ensino
fundamental.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Muito bem.
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, apenas para concluir a questão do ensino superior.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vou colocar em votação, porque, parece-me, há apenas essa
dúvida. Então, o Senador José Jorge solicita, e não vou colocar em votação a sua proposta, que o Fundef seja
contemplado com a emenda da Comissão. A outra, naturalmente, parece que já há consenso do ensino
universitário e também do ensino profissionalizante, de acordo com a junção das emendas dos Senadores Iris
Rezende com Ney Suassuna e o Senador Mozarildo Cavalcanti. É isso?
Se entendi bem, resta apenas...
O SR. ÁLVARO DIAS - Sr. Presidente, só para informar à Senadora Emilia Fernandes e aos
demais Senadores que sondei a Consultoria do Orçamento, e ficou deliberado que o título seria “Apoio a
entidades públicas de ensino superior federais e não-federais”. E nós acrescentaríamos aí valores, como 400
milhões de valor para atender a entidades públicas de ensino superior federais e não-federais.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vamos, então, colocar em votação a proposta - depois
trataremos do ensino universitário, porque me parece que já há um consenso - a proposta do Senador José
Jorge para que o Fundef seja contemplado com a emenda da Comissão de Educação.
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Sr. Presidente, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Pela ordem, o Senador Geraldo Cândido.
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Antes da votação, queria me manifestar, porque a minha proposta
vai ficar prejudicada. Na verdade, está é a última emenda a ser apreciada. Fiz uma proposta de emenda, a
Senadora Emilia Fernandes fez outra, que trata da alfabetização de adultos
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Muito bem, se aprovada...
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Mas não foi votada ainda. Este projeto já existe em
assentamentos, tem convênio com as universidades para alfabetização de adultos, com recursos obtidos do
FNDE, enfim, é um projeto amplo que visa alfabetizar adultos em todo o Brasil. A questão do Fundef é para
o ensino fundamental, mas, também, com esse projeto, será beneficiada uma parcela imensa de pessoas que
precisam de alfabetização.
Estou fazendo essa defesa porque, na verdade, o Fundef tem mais possibilidade de obter recursos
para o ensino fundamental do que nós para conseguirmos os recursos para alfabetização de adultos nos
assentamentos e no interior do Brasil. Portanto, penso que a nossa proposta ficará prejudicada com a
aprovação da emenda em relação ao Fundef.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vou colocar em votação a proposta do Senador José Jorge,
no sentido de que o Fundef seja contemplado com verbas federais.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Sr. Presidente, pela ordem. Fica o seguinte entendimento: quem
votar contra a proposta do Senador José Jorge não está votando contrariamente à proposta de aumento de
recursos para o Fundef, é porque faz a opção pela segunda proposta do Senador Geraldo Melo.
Então vamos votar. Mas quem votar eventualmente contra, está apenas desejando que ao invés de
ser recurso para o Fundef seja recurso para jovens e adultos...
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senador Sebastião Rocha, até porque o Fundef já está
contemplado. Ele está querendo aumentar o valor. Agora se a Comissão não concordar em aumentar os
recursos, ficará como está.
O SR. JOSÉ JORGE - Penso que um ou dois Senadores não podem escolher todas as emendas.
Tem-se que votar. Quem quiser votar contra, que o faça. Só querem que votem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Em votação a proposta do Senador José Jorge, para que
haja uma proposta da Comissão de elevação e acréscimo dos recursos do Fundef.
O SR. AMIR LANDO - Sr. Presidente, uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - V. Exª tem a palavra.
O SR. AMIR LANDO - É sobre a matéria em votação. Havíamos estabelecido que haveria duas
emendas para cultura e três para educação. Que os Senadores dois a dois – e esse critério foi aceito –
apoiassem as respectivas propostas. Apenas faria uma indagação. Não existem dois apoiamentos para essa
proposta do Senador José Jorge? Se houver, ela desaparece.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - É porque existem dois Senadores que ainda não opinaram: os
Senadores José Jorge e Geraldo Cândido. Dos dez, apenas dois não se pronunciaram em defesa explícita de
nenhuma emenda. Teria que buscar um consenso entre os dois.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Mas há uma divergência.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Há uma divergência entre os dois. Se eles puderem resolver esse
impasse, facilitaria para a Comissão. Se puderem conversar...
O SR. JOSÉ JORGE - Eu acho importantíssimo que a Comissão apresente uma emenda para o
Fundef. Se os outros não acham, vamos colocar em votação. Como o Fundef é importantíssimo, penso que
devemos votar. Se perder...
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Pela ordem, o Senador Geraldo Cândido. Logo em seguida,
vou colocar em votação. Penso que o Senador Amir Lando compreendeu agora.
O SR. GERALDO CÂNDIDO - O Senador Sebastião Rocha referiu-se a algo no qual S. Exª não
prestou atenção. Eu estou aqui com uma emenda e disse que a minha proposta é parecida com a da Senadora
Emilia Fernandes. São propostas parecidas.
(Debates fora do microfone)
A SRª EMILIA FERNANDES (fora do microfone) - Nós as transformamos em uma só proposta,
quando acrescentamos aqui...
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vamos colocar em votação.
O SR. NEY SUASSUNA - Uma questão de ordem, Sr. Presidente. Então, está aprovada a do
ensino profissionalizante. Não há mais dúvidas?
O SR. GERALDO CÂNDIDO - Ainda não está esclarecida essa questão
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Não há mais dúvidas. Vou só formalizar a votação em
seguida. Mas estou colocando antes em votação.
Srs. Senadores...
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, penso que não podemos colocar em votação,
porque, para um Senador, não está bem esclarecido o processo de encaminhamento.
Houve um acerto entre o Senador Geraldo Cândido e eu, porque as duas emendas eram para
alfabetização Eu solicitava alfabetização para mulheres enquanto que S. Exª propugnava pela alfabetização
nos assentamentos rurais. Incorporei a minha proposta a questão dos assentamentos rurais. Então, o que
agora está posto? Estamos pensando bem igual, sobre a mesma coisa; e nossas emendas são válidas. Agora, o
Senador José Jorge, com sua proposição - e é isso que temos que decidir - indaga se queremos que se
mantenha esta emenda que é para alfabetização ou se vamos votar os recursos para o Fundef.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Senadora Emilia Fernandes, deixe-me fazer um
esclarecimento para a Comissão.
O SR. JOSÉ JORGE - Desculpem-me, mas a Senadora Emilia Fernandes, na realidade, está
dando uma conotação diferente às duas emendas. Essa emenda não foi aprovada, então não tem que manter.
Tem que aprovar ou essa do Fundef ou esta outra.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vamos decidir agora o seguinte, Senador...
(O Presidente faz soar a campainha)
O SR. JOSÉ JORGE - V. Exª, Senadora, dois a dois, entrou na da cultura. V. Exª não pode querer
escolher todas as emendas.
A SRª EMILIA FERNANDES (fora do microfone) - A minha emenda...do Senador Geraldo
Cândido.
O SR. JOSÉ JORGE - Então vamos tirar a da cultura, porque houve uma da cultura, apresentada
por V. Exª, para o ensino médio. Ficou combinado que cada Senador opinaria em uma. V. Exª já opinou em
duas e está querendo opinar na terceira.
A SRª EMILIA FERNANDES (fora do microfone) - Mas a emenda não é minha, é do ministério.
O SR. JOSÉ JORGE - Sim, não é do ministério, mas V. Exª opinou.
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - A da biblioteca é de minha autoria com a do Senador Freitas Neto,
e V. Exª opinou também, nós três.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Vamos decidir agora o seguinte: há quatro propostas para a
área de educação. Uma para atender ao ensino universitário, mas que já há consenso; outra para atender ao
ensino profissionalizante e médio, que há consenso; outras duas, temos que decidir por uma emenda. O
Senador José Jorge entende que a Comissão deve aumentar valor do Fundef; a Senadora Emilia Fernandes e
o Senador Geraldo Cândido pleiteiam recursos para a educação de jovens e adultos. Então o que temos que
decidir agora? Se vamos acatar a sugestão do Senador José Jorge, ou seja, aumentar os recursos do Fundef.
Se decidirmos assim, não sobrarão recursos, patrocinados ou indicados pela Comissão, para a educação de
jovens e adultos. É essa a última decisão que temos que tomar.
Vou colocar em votação a proposta do Senador José Jorge, para que a Comissão apresente uma
emenda que acrescente valores àquele que está na proposta atual do Governo ao Fundef.
Os Srs. Senadores que a aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa).
Rejeitada a proposta. Ganhou a proposta da alfabetização.
Assim sendo, vamos colocar em votação a emenda do ensino universitário.
Pediria a V. Exª que lesse o enunciado da emenda
O SR. ÁLVARO DIAS - Apoio a entidades públicas de ensino superior federais e não-federais.
Este é o título da emenda. O valor é de R$400 milhões.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Os Srs. Senadores que a aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovada.
Vou colocar em votação a emenda que destina recursos ao ensino profissionalizante. Gostaria que
fosse lido o texto.
O SR. MOZARILDO CAVALCANTI - Sr. Presidente, como vai ser resultado de uma fusão,
gostaria que fosse dado um prazo. O enunciado é esse: apoio ao desenvolvimento da educação profissional
dos Cefets e escolas técnicas.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Mais ou menos como está?
O SR. MOZARILDO CAVALCANTI - É mais ou menos isso. Mas temos que compatibilizar....
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - V. Exª, então, entregará à tarde.
Os Srs. Senadores que a aprovam queiram permanecer sentados (Pausa)
Aprovada.
Os autores são os Senadores Iris Rezende, Mozarildo Cavalcanti e Luzia Toledo.
Vamos colocar em votação a emenda que trata do fomento ao ensino de jovens e adultos.
V. Exª e o Senador Geraldo Cândido entregarão brevemente?
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, ficaria assim: é o fomento ao projeto especial para
o ensino fundamental de jovens e adultos, para os programas de alfabetização de mulheres e para os
assentamentos rurais. E determinaríamos um valor; havia estabelecido 20, havia estabelecido cinco. Então,
determinamos 25. Colocou-se para mais. E assina o Senador Geraldo Cândido e eu.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Aliás, o Ministério pede mais 30.
Os Srs. Senadores que o aprovam...
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, poderíamos estabelecer os 30 mil.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto ) - As Sr as e os Srs Senadores que o aprovam queiram
permanecer sentados. (Pausa)
Aprovado.
A Senadora Emilia Fernandes e o Senador Geraldo Cândido, portanto, assinam...
O SR. SEBASTIÃO ROCHA - Não há uma redação proposta pelo Ministério para jovens e
adultos?
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Gostaria que fossem encaminhadas, hoje à tarde, para a
Comissão, as emendas que tiveram alteração de redação, porque temos um prazo para encaminhá-las ainda
nesta semana.
Aproveito a oportunidade para transmitir aos membros desta Comissão o convite do Reitor da
Universidade de São Paulo, que tem o prazer de convidar para a exposição de Tecnologia da Informação,
desenvolvida na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo pelo Laboratório de Sistemas Integráveis,
que se realizará sob os auspícios da Comissão de Educação no Senado Federal.
A SRª LUZIA TOLEDO - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Concedo a palavra à Senadora Luzia Toledo.
A SRª LUZIA TOLEDO - Sr. Presidente, há dois processos de duas rádios no Estado do Espírito
Santo. Como temos uma festa no Estado, gostaria de, ainda há quorum,... São apenas dois processos, dos
quais sou Relatora.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - A Senadora Luzia Toledo propõe que se apreciem dois
processos extrapauta na sessão de hoje.
As Sras e os Srs. Senadores que aprovam a proposição da Senadora queiram permaneçam sentados.
(Pausa)
Aprovada.
A SRª LUZIA TOLEDO - São duas rádios de um município do meu Estado. Haverá uma festa
agora, e solicitei ao Presidente para aprovarmos...
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Pauta extra, portanto.
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo que aprova ato que autoriza a Prefeitura Municipal de
Cariacica a executar serviços de radiodifusão sonora em freqüência modulada no Estado do Espírito Santo. A
Relatora é a Senadora Luzia Toledo, a quem concedo a palavra para emitir o seu parecer.
A SRª LUZIA TOLEDO - Sr. Presidente, é a primeira vez que esta Comissão aprova uma rádio
para o Estado do Espírito Santo.
O Município de Cariacica promoverá agora uma grande festa. O Deputado Aloízio Santos,
Deputado desse Município, realmente ficará muito feliz com a aprovação dessa rádio nesta sessão.
O processo está formalmente bem feito. A Câmara Federal já remeteu o processo com o seu parecer
favorável. Não há nenhum óbice no parecer. O nosso parecer é favorável à aprovação da radiodifusora de
Cariacica, um município da Grande Vitória. É a primeira vez, desde que estamos nesta Comissão, que se
aprova uma rádio para o Estado do Espírito Santo, repito.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Em discussão o parecer.
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
As Sras e os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa)
Aprovado.
Ainda em pauta extra, de acordo com autorização da Comissão, aprova ato que outorga permissão à
Fundação Rômulo Neves Ballestrero para executar serviços de radiodifusão sonora em freqüência modulada,
na localidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo. A Relatora é a Senadora Luzia Toledo, a quem concedo
a palavra para a apresentação de parecer.
A SRª LUZIA TOLEDO - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, esse também é um processo cuja
formulação está perfeita, vindo da Câmara dos Deputados.
Trata-se da aprovação de uma radiodifusora de uma Fundação, na capital do Estado do Espírito
Santo, Vitória. O processo encontra-se completamente com o seu Diretor-Presidente, com as ações. Enfim, o
processo está eivado de todas as exigências legais.
Portanto, o meu parecer foi favorável à aprovação dessa rádio de uma Fundação na capital do
Espírito Santo, Vitória.
O SR. PRESIDENTE (Freitas Neto) - Em discussão o parecer da Senadora Luzia Toledo.
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
As Sras e os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa)
Aprovado, com a abstenção do Senador Geraldo Cândido.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente reunião.
(Levanta-se a reunião às 13h35min.)

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